Papo de Varzea

Eles conseguiram! Seleção de amputados vai buscar o penta mundial

Papo de Várzea

10733613_1478711395742021_1894538327_n

A seleção brasileira de amputados vai, sim, disputar o Mundial da categoria, em dezembro, no México. O time, que tinha perdido patrocinadores e teve de buscar, de última hora, dinheiro para a viagem, já conseguiu 12 das 16 passagens necessárias para ir ao torneio na cidade de Culiacán, no México. “Com isso, já conseguimos disputar o campeonato”, comemora Rogerinho Almeida, camisa 10 da equipe.

É uma conquista que deve ser comemorada: os brasileiros são tetracampeões, com grandes chances de conquistar a Copa do Mundo pela quinta vez, e o esforço conjunto mostrou a força que esses atletas amadores têm quando colocam um objetivo na cabeça. O futebol de amputados não é uma modalidade paraolímpica e, por isso, não recebe verbas oficiais. A seleção não é apoiada pela CBF ou pelo CPB (Comitê Paraolímpico Brasileiro).

Mesmo assim, conseguiu a maior parte dos R$ 39 mil que precisavam para a viagem. As 12 passagens foram uma doação de uma empresa que preferiu ficar anônima. Além disso, o time recebeu material novo da Deka Sports e também apoio da APTO Esportes, empresa de eventos esportivos. A partida para o México está marcada para o dia 28. O Mundial começa no dia 30 – no dia 29, no congresso técnico, será definida a tabela da competição.

Sobre o futebol de amputados

O futebol de amputados foi criado em 1987, nos EUA. Em menos de 30 anos, tem campeonatos em todos os continentes e 25 países têm seleções disputando torneios. Os pré-requisitos para virar um esporte olímpicos já foram atingidos. Resta, apenas, esperar o reconhecimento dos órgãos competentes – para o Rio-2016, por exemplo, futebol só deve ser disputado entre cegos.

No Brasil, a modalidade surgiu dois anos depois. Ainda não é muito popular, são apenas 15 times disputando o Campeonato Brasileiro. Mesmo assim, o time tem grandes resultados. Além dos quatro títulos mundiais, a seleção também é bicampeã da Copa América.

Além dos resultados, a seleção brasileira de amputados tem também muitas histórias para contar. Um dos jogadores mais atuantes, Rogerinho tem histórias muito engraçadas sobre como ele lida com a sua mobilidade reduzida – ele nasceu com uma má formação congênita e não tem a perna esquerda. Você pode ler um pouco sobre Rogerinho e William, que acabou fora da lista final do Mundial, aqui: Atleta da seleção tetracampeã de futebol só lembra que é amputado no ônibus

E, se quiser ajudar, é só entrar em contato com o Rogerinho: rogerioumc@yahoo.com.br ou em seu perfil no Facebook (https://www.facebook.com/rogeriosmelmogi).

Por Bruno Doro