Papo de Varzea

Arquivo : junho 2013

SDX mostra o que é jogo duro. Que o diga o Jardim Elba…
Comentários 1

UOL Esporte

O SDX, da Cidade Tiradentes, é um dos times mais competitivos do futebol de várzea de São Paulo. E quando falamos em competitivo, pense no bom e no ruim que essa afirmação traz. Eles não se rendem. Tentam a vitória a cada minuto. Nem que tenham de usar a força bruta para isso…

Foi assim o jogo do último domingo, contra o Jardim Elba. O time saiu perdendo (com gol do volante Claudecir, ex-Palmeiras), mas buscou a virada. E quase levou o empate nos dois últimos lances do jogo. Confira na crônica de Carlão Carbone:

 


Raízes vence União da Gleba. E preste atenção em Val, tão figura quanto o irmão, Gilmar Fubá
Comentários 2

UOL Esporte

Choveu bastante no fim de semana em São Paulo e o campo do Nacional, na Barra Funda, sofreu um pouco. Quem aproveitou isso foram os atacantes. O Raízes, da Vila Formosa, venceu o União Gleba do Pêssego por 2 a 1 com ajudinha do barro na área dos goleiros. Detalhe importante: o melhor do jogo foi Val, irmão do campeão mundial pelo Corinthians Gilmar Fubá.

 

Zagueirão viril, parecido com Cléber, aquele do Palmeiras. Mas Val é tão figura quanto o irmão. Quer a prova? Olhe o diálogo (que foi mais ou menos assim):

Val, você acha que o Coritnhians errou ao dar uma chance para o seu irmão, não para você?

Acho que não. Se fosse eu, talvez tivesse gastado tudo!


Internacional do Moinho Velho: torcida vem do berço
Comentários Comente

UOL Esporte

Aposto que você já tinha esquecido: mas a camisa do Papo de Várzea/Amigos da Várzea ainda não tinha sido entregue. Até este domingo. Na última rodada da Copa Kaiser, o blog foi até o CDM Dorotéia, no bairro de Pedreira, para conhecer o vencedor.

Helder Rizzi, de 25 anos, levou a camisa. Ele é jogador do Internacional do Moinho Velho e filho de um dos fundadores do clube. “Acompanho o time desde os quatro anos. Desde os 14 anos jogo. Vale tudo, primeiro quadro, segundo quadro. Estou aqui para ajudar”, diz o goleiro (reserva).

Neste ano, o time vem fazendo uma das melhores campanhas do torneio até aqui. Nas primeiras quatro rodadas, quatro vitórias. O primeiro “tropeço” veio justamente quando o Papo de Várzea estava assistindo (Pé frio? Esse tema ainda é alvo de discussão na nossa redação…).

No domingo, o time enfrentou o Real Madri, de Paraisópolis – que foi muito bem na Série B do ano passado. E sofreu para empatar em 1 a 1. Levou o gol no começo do jogo, pressionou durante os 70 minutos (os jogos da Kaiser tem 35min em cada tempo) e o empate só veio nos acréscimos do segundo tempo.

Vamos torcer para que a campanha continue em alta. Afinal de contas, o Inter completa 40 anos em 2013. O que melhor do que brilhar no principal torneio da várzea de São Paulo para comemorar?

E, aproveitando, para quem está cobrando mais detalhes do jogo: o parceiro do blog Edu Lima, participante ativo do Voz do Terrão, estava no Doroteia e vaio mandar o relato detalhado do empate. Enquanto isso, dê uma olhada nas fotos da competição:

 


Ajax, Praça e São Carlos mantêm campanha perfeita na Copa Kaiser
Comentários Comente

UOL Esporte

  • ATENÇÃO: no vídeo, alguns torcedores comemoram o gol com palavrões

O atual campeão da Copa Kaiser sofreu. No meio do barro, o Ajax, da Vila Rica, fez apenas um gol, sofrido, de cabeça, mas bastou. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Garotinho, do Jardim Nove de Julho, a equipe manteve a campanha perfeita na Copa Kaiser 2013.

Outros dois times que chegaram com quatro vitórias à rodada também venceram, com muito mais facilidade. Também na Zona Leste, o Jardim São Carlos, de Guaianases, bateu o Cruz Credo, da Vila Formosa, por 3 a 0. E na Zona Oeste, o Praça, de Pirituba, fez 3 a 1 no Iguape, do Jardim Iracema.

Quer saber mais mais se classificou? Clique aqui: Ajax, Praça e São Carlos mantêm campanha perfeita na Copa Kaiser


Segunda divisão: a várzea tem e pode ser divertida
Comentários 1

UOL Esporte

O Palmeiras está jogando a Série B do Brasileirão e, com isso, a Segundona voltou a ser assunto de discussão. Se você acompanha o Papo de Várzea, sabe que a Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador de São Paulo, tem uma Série B. Mas sabe exatamente como ela funciona?

Bom, a parte burocrática, do regulamento, está lá embaixo. Vamos falar do que interessa. Do que rola quando a bola… rola. O clichê do profissional também vale na várzea. Na Segundona, os jogos são mais pegados. Ás divididas são mais duras e, na maioria das vezes, a técnica fica de lado. Parceiro do blog, Carlão Carbone acompanhou dois jogos da Série B da Kaiser nas últimas semanas. Dê uma olhada:

Jogo de Segundona: São Jorge se classifica

 

Série B na várzea é pegada: União vence com um a menos

 

Bom, agora para a parte burocrática. Sabia que um time rebaixado em uma temporada pode conseguir voltar para a elite no mesmo ano? Funciona assim: a Série A começa em março. Ao final da Etapa 1, 48 times são rebaixados. A Série B começa em maio, já com esses times que saíram da elite.

A fórmula é relativamente simples. A cada ano, a organização define torneios seletivos, disputados em campos pela cidade, que valem 36 vagas na Segundona. Sempre em maio, o torneio começa com 144 times, divididos em 36 grupos. Destes, 108 são remanescentes da temporada anterior e 36 chegam das seletivas.

Ao final da Etapa 1, os 40 piores índices técnicos são rebaixados (seguindo uma divisão por zonas) e 72 passam para a segunda fase, se juntando aos 48 times que vieram da Série A. A cada fase, dois times se classificam em cada grupo. O acesso à Série A para os classificados para as oitavas de final nas Zonas Norte, Sul e Oeste (oito times em cada) ou, no caso da Zona Leste, para os 24 times classificados para a Etapa 3.


Da Copa Kaiser ao Brasileirão, com parada na Suíça: a história de Matteus, novo volante do Atlético-PR
Comentários Comente

UOL Esporte

Site do Atlético-PR

O sonho de qualquer moleque é jogar futebol em um clube grande. Mas, na maioria das vezes, o caminho para isso é o mais difícil possível. O meio-campista Matteus que o diga.

Na semana passada, foi apresentado como reforço do Atlético-PR. Chegou, finalmente, à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Prêmio para dois anos em que o “diamante da várzea” pastou para conseguir brilhar.

Para quem não conhece, Matteus é cria das escolinhas do Pioneer, da Vila Guacuri. Ele era o grande maestro do time que foi campeão da Copa Kaiser de 2010 – a edição São Paulo e a nacional. Antes disso, tinha ajudado o Água Santa, time que hoje está disputando a Série B do Paulista (o equivalente à quarta divisão estadual), ao bicampeonato invicto da Divisão Especial do Amador de Diadema, um dos torneios mais difíceis do futebol de várzea brasileiro.

Com ele em campo, os azuis da Zona Sul ficaram 93 partidas invictos. Seu impacto era tanto que, no torneio de 2012, o primeiro sem o meio-campista, o Pioneer deixou a Copa Kaiser ainda na segunda etapa.

Foi um ano antes, em 2011, aliás, que começou o calvário do jogador. Após 2010, ele passou a chamar atenção de empresários. No ano seguinte chegou a proposta que mais agradou. No meio daquela Kaiser, ele aprontou o passaporte e foi tentar a sorte na Suíça.

O problema é que saiu da divisa entre São Paulo e Diadema machucado. Uma lesão muscular o incomodou durante os seis meses de avaliação no Zurich, da capital suíça. Não ficou. Ao voltar, a dúvida: será que o futebol profissional era para ele? Após seis meses no frio, tentar mais um pouco no Brasil não era problema.

E as coisas começaram a dar certo – mais ou menos… Disputou o Paulistão de 2012 pela Portuguesa Santista. O time jogou a “Bezinha” de São Paulo e não foi nada bem. Das dez partidas, perdeu sete e empatou as outras três. Matteus foi titular do time em nove partidas. O desempenho individual, porém, valeu e, no fim do ano, ele já estava no Independente, de Limeira.

No time do interior, já deslocado para a função de segundo volante, finalmente chamou a atenção dos grandes. Dos 25 jogos do Independente, foi titular em 16. Acabou o torneio como o quarto artilheiro da equipe, com três gols.

Agora, o desafio é conquistar espaço no Atlético-PR. “Vir para um time grande como Atlético Paranaense é uma oportunidade excelente em minha vida. Cada dia que passa tenho que trabalhar e me dedicar nos treinamentos. Quando a oportunidade aparecer, tenho que estar bem para desenvolver meu trabalho”.

Se depender da torcida do Papo de Várzea, quando a chance aparecer, ele não sai mais do time!