Fragmentos da Várzea – Lamaçal
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Campo do Flamengo de Vila Maria depois de uma muita chuva na noite anterior e na madrugada. Jogo entre Jaçanã e Nove de Julho sofreu com a falta de condições.
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Campo do Flamengo de Vila Maria depois de uma muita chuva na noite anterior e na madrugada. Jogo entre Jaçanã e Nove de Julho sofreu com a falta de condições.
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Antes do jogo, sempre rola uma conversa entre árbitro e capitães. Agora, o Papo de Várzea mostra sobre o que eles falam no centro de campo. Desta vez, valia de tudo por baixo, mas por cima…
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Goleirão conversa até com o torcedor para se preparar para a cobrança de falta. E, se você perceber, a bola parece atraída pela câmera…
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No último domingo, Mãe Sara e Castelo Santo Amaro fizeram o ultimo jogo da terceira fase da Copa Kaiser Série A. O Castelo venceu por 1 a 0, mas o resultado acabou não sendo suficiente. Os dois times, tradicionais na Zona Sul, acabaram eliminados do torneio.
A bola rolou às 13h20, numa tarde quente para um jogo tenso, típico de jogo de decisão – ainda mais em um clássico de times fortes da mesma região. A partida teve jogadas fortes, faltas e muita pegada. Dificultou bastante para a arbitragem, que teve trabalho para controlar a partida.
Experiente, o Castelo usou seu bom toque bola, fruto de um meio-campo fortíssimo, para controlar a bola até os 12 minutos do primeiro tempo. E só isso foi suficiente para construir a vitória por 1 a 0.
A partir desse momento, fez o que ainda não tinha feito nessa fase: se fechou, montou um paredão. Atrás desse paredão, estava uma muralha: o grande goleiro Jesse, que defendeu de todas as maneiras e não deixou passar nem o vento – e ainda foi o melhor jogador em campo.
O Mãe Sara, que tem um time bom e equilibrado, dono de ataque veloz e decisivo, não esteve em um dia bom. Nada deu certo: pressionou o tempo todo e, mesmo enfrentando o bloqueio adversário, bombardeou o goleiro do Castelo. O bom meia Júlio chutou muitas vezes, assim como o lateral Douglas. Mas o goleiro Jesse estava inspirado.
A partida começou a todo vapor, com o Castelo seguro. Aos três minutos, Diogo Cavalcante avançou e tocou para Thomas, que chutou forte. Parou nas mãos do goleiro do Mãe Sara. A resposta veio aos seis minutos, com o meia Júlio. Ele ajeitou uma bola açucarada para Everton, que não deixou a bola cair e mandou uma bomba de primeira, direto na defesa.
Aos dez, o Castelo balançou a rede em um contra-ataque. Em decida pelo lado direito, Marcos Antônio escapou da defesa e tocou por cima, para Robson Rocha. Ele mandou de cabeça no contrapé do goleiro.
O Mãe Sara foi pra cima. Primeiro tentou as pelas laterais. Encontrando resistência, passou a tentar usar a habilidade em jogadas individuais do seu ataque. A forte marcação adversária, porém, forçou a criação de outra alternativa. A escolhida foram os chutes de longa distância. Foi assim aos 15 minutos, com o bom lateral Douglas, que, da intermediária, mandou uma pedrada e goleiro espalmou para linha de fundo.
Na segunda etapa, o Mãe Sara continuou na mesma pegada. Aos 13 minutos, o camisa 10, Júlio Cesar, numa cobrança de falta da intermediária, mandou uma bomba à meia altura. O iluminado Jesse, do Castelo, tirou de soco, para fora. Outra boa jogada foi aos 24 minutos. Ewerson cobrou falta na linha que divide o gramado, mandou na área, típico chuveirinho. Marcus Vinicius, na frente do gol, tentou chutar, mas foi travado e se chocou com o goleiro.
Com o resultado nas mãos, o Castelo se defendeu e procurou os contra-ataques. Quase ampliou aos 20 minutos, com o centroavante Marcos Antônio, que invadiu a área e foi tocado pelo zagueiro. Reclamações à parte, o lance foi interpretado como normal pelo árbitro da partida, Bruno Soto.
Com o resultado, o grupo S-15 terminou assim: Ponte Preta/Jd. Leme, com 7 pontos, e Ouro Preto/Jd. Iporanga, com 6, se classificaram. Castelo/Santo Amaro (3 pontos) e Mãe Sara/Vila Santa Catarina (1) estão fora da próxima fase.
O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.
Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com
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Amigos varzeanos, já somos 1000 em nossa página no Facebook (https://www.facebook.com/PapoDeVarzea). Para comemorar, vamos fazer, na próxima segunda-feira, uma pergunta sobre um dos posts publicados nesta semana. O primeiro que acertar, leva a camiseta do Carrão (tamanho M, cortesia do parceiro Marcelo Nunes).
Lembrando: se você ainda não curte, curta nossa fanpage:
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No último sábado, Anderson Silva chocou muita gente com sua derrota para o norte-americano Chris Weidman. Até mesmo na várzea. O resultado surpreendente foi usado na preleção da Turma do Baffô, do Jardim Clímax, em sua última partida da terceira fase da Copa Kaiser – contra o novato Festpan, de Heliópolis, em sua primeira temporada na primeira divisão.
Se você ficou curioso, a menção é rápida, no começo do vídeo: “Todo mundo viu a luta ontem do Anderson Silva, certo? Só isso. Coloca isso na cabeça”.
Tudo bem, estamos exagerando um pouco, mas… o paralelo entre Anderson e o Baffô ainda assim é válido. Nos últimos dois anos, nenhuma equipe foi tão consistente no principal torneio amador de São Paulo. Foi vice-campeão duas vezes seguidas. A eliminação precoce seria, sim, uma zebra gigante (para o universo do futebol amador, pelo menos…).
Você acha que funcionou? Bem, como o vídeo acima mostra, o favorito saiu atrás e todo mundo achou que as coisas tinham azedado. Mas o Baffô mostrou força e virou o jogo para 3 a 1. Uma bela vitória – e, para deixar os puristas do MMA ainda mais bravos com as comparações, vamos a uma outra: lembrou um pouco a primeira vitória sobre Chael Sonnen, não?
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Quando a Copa Kaiser começou, em março, e o Napoli, da Vila Industrial, tropeçou na estreia (derrota por 2 a 1 para o Estrela Azul, do Parque Boa Esperança, muita gente pensou que a história seria a mesma: time investe muito e, logo no início, não consegue render.
Um detalhe levantava, pelo menos neste blogueiro, uma lembrança incômoda: o técnico, Lombardi Júnior, era o mesmo que, no ano passado, estava à frente do Adega, da Cidade de AE Carvalho, que também investiu pesado e acabou eliminado precocemente.
Neste caso, é bom perceber que você está errado. No último domingo, o time, que foi campeão do torneio em 2002, venceu o Meninos Unidos do Laranjeiras por 3 a 1. Fechou a terceira etapa em primeiro lugar de sua chave e está entre os melhores do torneio – em nove jogos, venceu sete. A defesa é sólida e, em nove partidas, levou apenas três gols – a melhor marca entre todos os times do torneio. O ataque marcou 14 vezes.
Mais do que isso, o domínio que o Napoli mostrou contra o Meminos Unidos, mesmo com seis desfalques (o time tem uma parceria com o Sacadura, que disputa o Campeonato Amador de Santo André e o elenco teve de ser dividido com partidas em horários conflitantes), impressionou. O meio-campo, liderado pelo polivalente Sarrafo, criou bastante – o atacante França poderia ter saído com três gols da partida, como você pode ver no vídeo acima, se tivesse um pouco mais de sorte.
Parabéns, então, para Lombardinho, que conseguiu superar os problemas da primeira fase para mostrar um trabalho bem feito. E para o presidente do clube, Pelé, que resistiu à pressão para trocar o treinador.
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Quer entender o que os times de várzea representam para as comunidades em que estão inseridas? Assista a esse depoimento. Não é preciso explicar nada depois…
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O Estrela da Saúde tem 96 anos. E muita história para contar, como mostra o seu Roberto. Confira na videorreportagem de Carlão Carbone.
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