Artilheiro do amor: jogador desiste de contrato milionário por não poder namorar
UOL Esporte
Já resgatamos uma matéria nesta semana. Com o precedente aberto, então, vamos a mais uma: esta é mais nova, desse ano, mas vale a pena rever (principalmente agora que o Carlão começou a ficar famoso: apareceu em matéria na Band!)
A história é engraçada e Carlão segue jogando muito. Na última rodada, foi eleito o melhor do jogo na vitória do 1º de Maio sobre o MEC-Maranhão, pela Copa Kaiser.
Após jejum sexual no Omã, atacante arruma namorada e vira artilheiro na várzea
Para se buscar objetivos profissionais e pessoais, muitas vezes é necessário abrir mão de grandes prazeres. Que o diga o atacante Carlão, destaque do 1º de Maio, do Tatuapé, na Copa Kaiser. De olho em um bom contrato no Al Seeb, de Omã, há dois anos, ele deixou o Villa Rubia, da terceira divisão espanhola, e foi se aventurar no rígido país da Península Arábica. Dentro de campo, o brasileiro fez gols e teve um bom desempenho. Mas o problema era fora das quatro linhas. Por ser estrangeiro, ele teve de viver um forçado jejum sexual de oito meses.
''Era impossível conseguir uma mulher para namorar, por causa da cultura religiosa dos muçulmanos. Se você não é árabe, não pode mexer com as mulheres de lá. Eu fiquei na vontade durante os oito meses que joguei lá. Isso acabou fazendo com que eu fosse embora. Eu gosto é de bola na rede'', disse Carlão. ''O bom é que na Árabia, eu ganhei um bom dinheiro. Todos os times são de algum xeque. Eu ganhava premiação se fizesse gol e fiz bastante'', acrescentou ele.
Depois de conseguir fazer um pé de meia, Carlão, que antes havia passado por Itapirense, Oeste, Flamengo de Guarulhos e Taquaritinga, decidiu voltar para o Brasil. Cheio de desejo, reencontrou Priscila, a quem já conhecia há anos. O amor os envolveu, a abstinência sexual chegou ao fim e, pouco depois, nasceu Cauã, filho do casal. Paralelamente, o goleador buscava um time para jogar, pois o dinheiro ganho na Árabia estava indo embora com tantas despesas. Era a hora de tentar a sorte no Vietnã, no An Giang, da cidade de Long Xuyên. Mas, desta vez, com mulher.
''Me levaram para conhecer a estrutura do An Giang. Logo de cara, eu não gostei, porque eles me deram carne de cachorro para comer. E, no restaurante, começaram a passar ratos perto da mesa. Não gostei da cidade, mas fiquei um mês treinando e queriam assinar comigo. Mas não aceitei ficar'', comentou Carlão.
De volta do Vietnã, o veloz atacante acabou indo parar na várzea paulistana. Conhecidos o indicaram para o 1º de Maio, do Tatuapé. Na sua primeira temporada pelo time, em 2012, Carlão marcou três gols em três partidas. Mas a equipe sofreu em uma chave complicada, com os fortes SDX, da Cidade Tiradentes, e Nova Sapopemba, e foi eliminada já na primeira fase.
Neste ano, o time está brilhando. Já está na quinta fase, com grandes chances de classificação para as oitavas de final (afinal, venceu em sua estreia na Etapa 5).
Vivendo um belo momento, Carlão está feliz na várzea. Entretanto, ele espera que a visibilidade que está conquistando na Copa Kaiser possa o ajudar a despertar o interesse de um time profissional. ''Eu estou com 27 anos e tenho até experiência internacional. Espero que vejam meu futebol. Vamos ver se aparece uma nova oportunidade'', disse o atleta.