Terceiro uniforme? Várzea tem time com sete camisas diferentes
Papo de Várzea
Sabe a moda do terceiro uniforme? No Corinthians, a camisa roxa fez sucesso. No Fluminense, a laranja é campeã de vendas. No Boca Juniors, da Argentina, a rosa foi a mais vendida da história. E como a várzea aproveita todas as boas ideias do profissional, o fardamento alternativo também apareceu.
Olhe o exemplo do Pioneer, da Vila Guacuri. O time lançou, no domingo, seus uniformes para 2014. No total, são sete camisas diferentes, contando apenas os uniformes de jogo. Os modelos de goleiros não estão incluídos na conta, assim como as femininas (foi feita uma rosa, por exemplo, no mesmo layout da principal).
E não é que deu certo? No primeiro dia de vendas (o Pioneer monta, em todos os seus jogos, uma banca de produtos oficiais que aceita até cartão de crédito), os torcedores acabaram com o estoque. Foram vendidas quase 100 camisetas. Parte desse número, aliás, será entregue por correio: quando os compradores chegaram, a lojinha já não tinha mais produtos disponíveis. Normalmente, o número de camisetas vendidas fica na casa das 20 unidades.
“É uma tradição do Pioneer fazer uniformes diferentes. Nesse ano, são sete modelos. Muita gente comprou. Muita gente reclamou também, mas isso é normal. No ano passado, quando fizemos o uniforme do alvo, foi a mesma coisa. Logo depois, já estavam elogiando”, explica Sérgio Ricardo, o presidente do time da Vila Guacuri.
Nos últimos anos, a venda de camisetas oficiais se tornou uma parte importante da vida dos times de várzea. “Nesse ano, a venda de camisas vai fazer diferença. A Uniex, que fez as camisas, não é só fornecedora do uniforme, mas patrocinadora do time. As camisas para a torcida saem por um valor bem mais baixo do que estávamos trabalhando e, com isso, o lucro é maior”, completa Sérgio.
O Pioneer não é o único que tem esquema de lojinhas. O Ajax, da Vila Rica, e o Noroeste, da Vila Formosa, também estão lucrando com a venda de suas camisas em dias de jogos.
Por Bruno Doro