Para um atacante da várzea, alegria do gol não tem som. Mas ele não liga
Papo de Várzea
Danilo nasceu surdo. Por causa da deficiência, também é mudo. E essas limitações jamais impediram o garoto de sonhar. Ele joga futebol como qualquer outro. Dentro de campo, não há pressão da torcida rival, barulho do apito do juiz ou vibração da torcida após o gol. Mas a ''língua da bola'' fala mais alto para a estrela do Martinica, time que disputa campeonatos de várzea na zona sul de São Paulo.
O jogador surdo e mudo já passou pelo futebo profissional e hoje, aos 27 anos, é a esperança de gols da equipe amadora do bairro de Campo Limpo. Tratado como igual pelos companheiros, recorre sempre a gestos com a mão e leitura labial para entender e ser entendido.
SURDO E MUDO, DANILO DRIBLA DEFICIÊNCIA E ATUA NA VÁRZEA PAULISTANA
A história completa está nesse link (http://uol.com/bmdwkk), escrita pelo craque Bruno Thadeu, ao lado do Ugo Soares. É bem parecida com a de um grande cara que conheci no ano passado, o Alexandre Toledo, que defende pênaltis como poucos, mesmo jogando, no gol, com uma perna só. São histórias como essas, do Danilo e do Alexandre, que ajudam a entender a nossa paixão pelo futebol.
Por Bruno Doro