Como manter um campo de várzea?
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Representante do Vasco, da Vila Galvão, conta como mantém o campo, que foi reformado recentemente e conta com instalações boas quando comparadas a outros campos da várzea de São Paulo.
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Representante do Vasco, da Vila Galvão, conta como mantém o campo, que foi reformado recentemente e conta com instalações boas quando comparadas a outros campos da várzea de São Paulo.
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Nosso videorrepórter Carlão Carbone foi até o campo do Vasco, da Vila Galvão, para acompanhar o duelo entre Só Embaça e União do Peri. Errou o local do jogo, mas chegou a tempo para ver uma partida movimentada, lá e cá, que acabou com o time do Parque Novo Mundo goleado por 4 a 2. Confira:
Se você quiser ver mais gols ou crônicas das partidas da Copa Kaiser, dê uma olhada na playlist:
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Neste domingo, 48 partidas fecham a primeira fase da Copa Kaiser. O Papo de Várzea vai acompanhar de perto. Você também pode. E a tática para isso é simples: se você ouvir, entre 11h e 15h, o barulho de fogos de artifício, olhe para o céu e vá naquela direção. O campo de várzea estará por perto!
E, para seguir a tradição, veja como foram os jogos da última rodada:
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Nós, que fazemos o Papo de Várzea, sabemos que o duelo entre SDX e Verona teve espaço suficiente por aqui. Mas, como a primeira fase da Copa Kaiser está para terminar, é sempre bom lembrar dos grandes jogos.
E nada melhor do que olhar para o clássico da Cidade Tiradentes. Durante a semana anterior, muita gente falou do confronto – que acabou empatado, de maneira emocionante (não viu? Confira aqui: SDX e Verona empatam em clássico de muita rivalidade). A prova está aqui.
E, para quem estava dentro de campo, a rivalidade era bem maior, como a preleção do Verona mostra.
E, se você ainda não viu, dê uma olhada em alguns dos gols da Copa Kaiser:
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Rivalidade é o que mais se encontra no futebol de várzea de Sã Paulo. Mas poucas são tão grandes quanto SDX (o novo nome do Sedex) e Verona. Os dois são da mesma quebrada, Cidade Tiradentes, na Zona Leste da cidade, mas esse fator, no lugar de aliviar a tensão, só coloca mais gasolina nessa fogueira. Para entender o clima, multiplique por 1000 a intensidade da rivalidade que você conhece. Agora, se esse jogo passar de um simples amistoso e valer alguma coisa, multiplique novamente por 1000. Quando o resultado depender do confronto direto, então, segura!!!
O empate em 1 a 1 no último domingo, com mais de quatro mil pessoas na beira do campo, foi assim. O SDX já estava classificado, mas o Verona precisava de um empate para passar para a próxima fase. As torcidas chegaram separadas, cada uma com suas bandeiras. As baterias avisavam quem estava na área. Mesmo com todo o campo para se acomodar, as duas ficaram lado a lado, separadas apenas pela linha imaginária e tênue do respeito, atrás do gol, no fim do campo. Tenso: qualquer faísca bastaria para explodir a bomba.
As preleções foram de arrepiar alma, de trazer a aura da guerra e deixar os nervos a flor da pele. Os dois times não cansavam de ressaltar a rivalidade, a raça, a garra e a importância do jogo. No campo, a partida foi quente, estralada. O Verona começou o jogo estudando o adversário, enquanto o SDX ia para cima querendo jogo. Conseguiu manter a posse de bola, quebrando as jogadas do Verona, que tentava, mas não se achava. Esse domínio nos primeiros 15 minutos resultou no gol do SDX.
A torcida explodiu. O gol tinha um sabor muito maior do que simples vitória. Era o sabor de eliminação do rival. No segundo tempo, a temperatura subiu ainda mais. O Verona seguia em busca do empate, mas via o rival com o jogo na mão até então. Mas quem estava perdendo acordou. E foi para o tudo ou nada.
A pegada aumentou, faltas e entradas duras passaram a ser cometias. Algumas eram leais, outras, crocodilagem. Muito falatório com o juiz, discussão entre os jogadores. Sem muita violência, mas era possível ver que o espírito do jogo tinha mudado. O Verona queria mais o resultado do que o SDX, que só se segurava. De tanto tentar e brigar, o Verona conseguiu um pênalti.
Parar a bola na marca da cal, que parecia mais um cone do que uma simples marcação, foi difícil. O jogador correu, bateu e o goleiro defendeu. A bola voltou no rebote para o próprio batedor. No quique da bola nos morrinhos, subiu lascada e, com o chute de de chapa, subiu. O silêncio da torcida do SDX passou para a do Verona. A torcida amarela, do SDX, começou a fritar, uma mistura de comemoração de gol, de eliminação do rival.
Do lado em desvantagem, poucos jogaram a toalha. Muitos falavam em esperança, mesmo não passando toda essa confiança. Empurrados por esses sonhadores, no último lance, numa jogada pela direita, num toque para a entrada na área, o jogador do Verona meteu na gaveta. Indefensável. Golaço. Alívio da torcida do Verona, que se classificava. Coisas do futebol, coisas do jogo que só acaba quando termina, coisas de superação, coisas que, para entender, demora um tempo.
Um tempo de cada time. Um jogo brigado até o final. Duas torcidas rivais que souberam se respeitar. Um presente para o bairro, que completou, naquele dia, 29 anos.
O texto acima (e o vídeo também) é de Carlão Carbone, parceiro do blog, que toda semana acompanha uma partida para o Papo de Várzea e manda uma crônica com a visão dos alambrados do futebol de várzea. Mais vídeos podem ser vistos na página de futebol amador da TV UOL (http://tvuol.tv/bqc7Sd).
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Você já ouviu uma preleção antes de um jogo de futebol? Não, então saiba de uma coisa: o que é dito por técnicos ou dirigentes depende, e muito, da situação das equipes.
Prova disso são as preleções de Napoli, da Vila Industrial, e Tiradentes, da Vila Curuçá, que jogaram no último domingo.
O Nápoli chegou para a partida com a corda no pescoço, precisando vencer para não ser eliminado logo na primeira fase. Por isso, o presidente Pelé abusou dos palavrões para motivar seus jogadores. Uma das frases publicáveis foi “Você dizem que são homens de verdade, mas até agora não provaram nada”.
Já o Tiradentes, que vinha de vitória no primeiro jogo, estava mais tranquilo no vestiário, mesmo com as frases clichês sendo ditas. Qual delas? Que tal “Hoje é como final de campeonato”…
O resultado? Vitória do Nápoli por 2 a 0, como você pode conferir no vídeo que segue. Você acha que a preleção funcionou?
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Todos sabiam que Napoli e Tiradentes seria um jogão. E foi mesmo. Confira na crônica de Carlão Carbone como foi o jogo (e como a torcida se virou para assistir ao jogo no Campo do Canarinho…). O jogo terminou 2 a 0 e, se antes do apito inicial o desespero era do Nápoli, agora é o Tiradentes que vai preocupado para a última rodada.
Gostou do vídeo? Tem mais na página do UOL da Copa Kaiser!
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O trabalho nos campos de várzea pode ser difícil. Lama e chuva no inverno… Calor e poeira no verão… Mas a galera aprova o nosso esforço, como mostra o compositor Beto Brazil, que fez um sambinha em homenagem ao parceiro do Papo de Várzea Carlão Carbone:
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Nervosismo é normal antes do jogo. Mas, na várzea, as pessoas levam isso a um nível um pouco maior. Beto Colorado é um grande exemplo disso. Antes das partidas do Colorado da Cidade Castro Alves, ele fica mudo e não fala com ninguém. Nem mesmo com a filha. apesar dos pedidos por uma palavrinha…
O mesmo acontece com os jogadores. Quer uma prova? Veja o estado do atacante Stive, em sua primeira Copa Kaiser, ao acompanhar a vitória sobre o Botafogo da Vila Talarico. Ele tinha sido substituído e estava torcendo do alambrado.
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Torcedor é torcedor em qualquer lugar. Nos campos de várzea, eles são ainda mais apaixonados, como mostra Carlão Carbone. No vídeo, um grupo de amigos da bateria explica por que você deveria prestar atenção no Juventus da Vila Zatt, que vai jogar a Série B da Copa Kaiser nesse ano: