Papo de Varzea

Agenda do fim de semana: cinema, arraial e muitos jogos pela frente
Comentários Comente

UOL Esporte

O fim de semana está agitado para quem gosta da várzea. Por isso, vamos direto para o que está programado:

Cinema de várzea no Museu do Futebol

Esse evento é no sábado (31/8), no Museu do Futebol, que fica no Pacaembu. O nome é pomposo: Encontro Estéticas das Periferias – Arte e Cultura nas Bordas da Metrópole. Mas o evento promete ser bem varzeano. Quem garante é o parceiro Diego Viñas, da Varzeapédia, autor de um dos filmes que serão exibidos. Além do cinema, também rola uma exposição de fotos e camisas, além de um debate. Começa às 9h30 e vai até 17 horas.

 

Arraial do Arsenal da Vila Prado

A festa caipira, com shows e comidas típicas, rola no campo da Vila Prado, no sábado (31/8) e no domingo (1/9), das 12h às 22h. O endereço: Rua Maria Eliza Siqueira, nº 150.

 

Copa Kaiser: início das oitavas de final

As oitavas de final da Copa Kaiser começam no domingo e seis jogos estão marcados para domingo (1/9):

11h30: Madrid x Leões da Geolândia (no estádio do Nacional)

13h: Inajar de Souza x  Coroado (no Cecília Meireles)

13h: Danúbio x  Bafômetro (no Caju)

13h: Pioneer x Nápoli (no estádio do Nacional)

13h: 1º de Maio x Família 100 Valor (no Agostinho Vieira)

13h: Jardim São Carlos x Vila Izabel (no campo do Burgo

Clique aqui para ver o endereço dos campos.

 

Família Só Quem É x Bem Bolado/São Luís

No sábado (31/8), às 15h, tem Família Só Quem É/Zona Sul contra Bem Bolado/São Luís no CDC São Luís, no Jardim Ibirapuera.

 

Super Copa Vila Izabel

No Ninho da Coruja, em Osasco, rolam quatro partidas.

Sábado (31/8)

14h Peri Novo x Jaqueline

15h15 Extra X 15 de Novembro

16h30 Palmeirinha x 100 Juizo

Domingo (1/9)

15h IDM x Rasga

 

XI Copa Anhanguera 35 anos

Cinco partidas no domingo (1/9) no torneio que comemora os 35 anos do Anhanguera.

8h Harmonia x Unidos do Morro (CDC Anhanguera)

9h30 Anhanguera x Renegados (CDC Anhanguera)

8h Internacional x Milianos (CDC Cidade Ademar)

9h30 Mãe Sara x Titânico (CDC Cidade Ademar)

10h Grêmio Campo Grande x Renascente(CDC Campo Grande)

 

Festival de Aniversário do Corinthians da Vila Piauí – 48 Anos

A festa de aniversário tem dois jogos no sábado (31/8), no CDM da Vila Piauí.

14h Corinthians x Barroca

16h Corinthians x Praça

 

3ª rodada da Copa Iporanga

Serão sete partidas no CDC Caldeirão do Iporanga (e uma no CDC Danúbio), agitando os times da Zona Sul.

Sábado (31/8)

18h Amigos/Jd S.Francisco x Franca/Cidade Ademar

19h20 Atlético/Pq Recreio X MEC/Jd Cocaia

Domingo (1/9)

10h Novo Horizonte x Gaviões/Cidade Julia

11h15 Castelo/Cid. Dutra x Colorado/Pq. América

12h IBR/Jd. Iporanga x Águia Negra/Jd. Eliana (no CDC Danúbio)

12h30 Imperial/Jd. Iporanga x Sente o Drama

13h45 Ouro Preto/Jd. Iporanga x Jardim Malha

15h00 Estrela/Rio Bonito x Danúbio/Pq. Alto

 

Copa Kaiser Santa Catarina define duelos das fases finais

Não é São Paulo, mas é várzea: o final de semana tem decisão na Copa Kaiser de Santa Catarina. Serão disputadas nove partidas transferidas da 3ª rodada. O torneio tem uma característica diferente da versão paulista: tem três categorias em disputa: titulares, aspirantes e veteranos. Neste fim de semana serão definidos os classificados para os mata-matas. Mais informações no site www.copakaiser.com.br.

Sábado (31/8)

Titulares: Atlético Passo Manso x Canto do Rio (no Estádio Edmundo Hort/Blumenau)

Domingo (1/9)

Veteranos: 9h30 – Águias x Samba Gol (no estádio Floresta/Gaspar )

Veteranos: 9h30 – Bandeirantes x Atlético Itoupava (no estádio Davi Oliveira/Blumenau)

Veteranos: 10h30 – Horizonte x JJ Bordados (no estádio Davi Oliveira/Blumenau)

Aspirantes: 13h15 – JJ Bordados x Horizonte (no estádio estádio Guilherme Tribess/Jaraguá do Sul)

Aspirantes: 15h – Canto do Rio x Alvorada (no estádio Edmundo Hort/Blumenau)

Aspirantes: 15h – Grêmio x Águias (no estádio Adolfo Largura/Blumenau)

Titulares: 15h15 – Primeiro Braço x Salto do Norte (no estádio estádio Eric Roeder/Massaranduba)

Titulares: 15h15 – JJ Bordados x Continental (no estádio Guilherme Tribess/Jaraguá do Sul)


Bolão: quer apostar nos resultados da Copa Kaiser?
Comentários Comente

UOL Esporte

Quando começamos a pensar em como cobrir a Copa Kaiser 2013, pensamos em fazer um bolão. O sistema da competição, porém, dificultava isso. Agora, com as oitavas de final e o fim das divisões regionais, já podemos colocar em prática essa ideia.

O Bolão UOL da Copa Kaiser já está no ar, nesse endereço: http://uol.com/blddkS

Você pode criar uma liga com seus amigos e apostar os resultados com os manos das quebradas. Ou juntar todo mundo do seu time para descobrir quem é que entende mais. É só entrar, se cadastrar, criar uma liga se quiser e chamar os camaradas.

Nós, que fazemos o Papo de Várzea, estamos participando. A primeira rodada é no domingo. Então, não perca tempo para fazer , também, as suas apostas.


Time de várzea comemora 96 anos após rodar 32km por São Paulo em busca da sede própria
Comentários 1

UOL Esporte

O Estrela da Saúde nasceu no dia 1º de setembro de 1917 no bairro da Saúde, em São Paulo. No próximo domingo, comemora 96 anos quase 30km distante do local em que nasceu. O clube quase centenário é o melhor exemplo de como o futebol de várzea paulistano foi sendo expulso do centro da cidade e hoje sobrevive nas periferias (fizemos uma matéria específica sobre o tema aqui: Futebol de várzea foge do centro e encontra abrigo na periferia de SP), sem perder a alegria.

A história é longa, tem uma série de reviravoltas, mas pode ser resumida assim: se você pegar um carro, sair da primeira sede, passar pelas outras cinco casas que o clube já teve e fechar o trajeto na sede atual, terá andado 32km pela cidade, indo do centro até o extremo sul da cidade de São Paulo.

 

Jornada quase interminável

A primeira sede do Estrela foi em terreno baldio. Atrás das Indústrias Moinho Santista, os imigrantes italianos que trabalhavam na fábrica se reuniam, após o expediente, para bater bola no descampado vizinho. Os primeiros jogos da turma foram em 1913, mas a fundação de um clube foi adiada até 1917, por causa da I Guerra Mundial.

Pouco depois da fundação, o Estrela encontrou sua primeira sede de verdade, na Rua Carneiro da Cunha. O terreno ficava no mesmo bairro da Saúde, na zona sul de São Paulo, onde ficava a fábrica em que os imigrantes trabalhavam. O local tinha sido cedido pela família Estefano que, 25 anos depois, retomou as terras.

Deram, porém, um novo terreno em troca, na Avenida Jabaquara, ainda na mesma região. A quarta troca de endereço veio rápida. Em dois anos, os Estéfanos mais uma vez pediram as terras de volta. Com isso, mandaram o clube para a Rua Fagundes Filho. Ainda na Saúde, o Estrela, ganhou, então, seu primeiro estádio.

Na quarta sede, ficou por 20 anos, período em que chegou a conquistar uma vaga na elite do futebol de São Paulo. Em 1949, o time se tornou campeão varzeano do estado e conquistou uma vaga na Segunda Divisão do Campeonato Paulista. Dez anos depois, conquistou o título da Segundona. Só não subiu para elite porque não tinha um estádio para 15 mil pessoas, exigência da Federação Paulista para a Primeira Divisão.

Calote na Vila Mariana

Após a conquista da Segunda Divisão, veio um período de incertezas e uma nova mudança, para aquela que seria a quinta casa do clube. Essa sede, porém, não chegou nem mesmo a ser ocupada. E a história por trás dela é daquelas que são estranhas demais para serem inventadas. Em 1961, a diretoria do clube recebeu uma boa proposta pelo terreno. Vendeu. Arrecadou um milhão de cruzeiros com as terras e mais um milhão com materiais de construção reciclados do estádio.

O Estrela, então, comprou outro terreno, na Avenida Vergueiro, no bairro da Vila Mariana. No negócio, estava também, prevista, a construção de um novo estádio. Para ter dinheiro para a obra, a empresa que iria arcar com as obras vendeu títulos de sócios. O problema é que o estádio nunca saiu do papel.

Meses depois, a compra foi anulada e um dos sócios da empresa sumiu com os quatro milhões arrecadados com os títulos. O Estrela recuperou apenas metade do que tinha sido arrecadado e levou mais nove meses para encontrar uma nova sede. Com menos dinheiro, a solução foi procurar longe de casa. Encontraram, então, um terreno na represa de Guarapiranga, ocupado em 1963.

Parceria com São Paulo por dívidas

 

O Estrela está na represa até hoje, mas longe de ser o clube de antigamente. Na década de 90, já com poucos sócios, passou a sofrer com dívidas e teve de fazer uma parceria com o São Paulo para sobreviver. A sede foi dividida e a maior parte, 90 mil metros quadrados, acabou cedida, em comodato, para o São Paulo. Sobraram o campo e a área do estacionamento e do bar. Em troca, o São Paulo pagou os mais de R$ 300 mil em impostos atrasados.

Esses problemas, porém, não impedem que o clube, ainda hoje, tenha um papel importante no futebol paulista. O maior exemplo disso é que os dois jogadores mais famosos que já vestiram sua camisa ainda estão em atividade. O volante Denílson, que passou pelo Arsenal e voltou recentemente ao São Paulo, começou a jogar no campo da Guarapiranga. Seu pai, inclusive, é o responsável, atualmente, pelas categorias de base do clube. Já o atacante Leandro Damião, do Internacional, que já chegou à seleção brasileira, disputou a Copa Kaiser pelo clube.


Série B da Kaiser: Segundona já tem 29 times comemorando o acesso
Comentários Comente

UOL Esporte

Muita gente reclama que o Papo de Várzea não fala muito da Série B da Copa Kaiser. É verdade. Por isso, vamos a uma visão geral do torneio até agora.

 

A Série B reúne 192 times que brigam por 48 vagas na elite do futebol amador de São Paulo. Uma característica única da competição é que os times que caíram da Série A tem a chance de voltar no mesmo ano. Os rebaixados entram na competição a partir da segunda etapa, disputando com quem já passou por uma fase na Segundona.

Zona Leste: 24 já subiram

O caminho mais rápido, mas também mais difícil, para a elite é na Zona Leste, em que os times que passam pela Etapa 2 já estão classificados. Por causa disso, a região já conhece os 24 times que jogam a Série A em 2014:

CLASSIFICADOS PARA A SÉRIE A – ZONA LESTE

Artur AlvimBotafogo/
São Miguel
Canindé/
Jardim Marilu
Irmão Coragem/
Ermelino Matarazzo
Jardim São PedroJuta Três/
Fazenda da Juta
Juventude/
São Mateus
Juventude/
Vila Prudente
Modelo/
Itaquera
Nova Cidade/
AE Carvalho
Paraíba/
Heliópolis
Parque Stella/
São Miguel
Santa Cruz/
Jardim Sinhá
Sapuca/
Jardim Sapopemba
Sistema/
Jardim Nova Conquista
Tabajara/
Jardim Elba
Titanus/
Guaianases
Tornado/
Itaquera
Tossan/
Itaim Paulista
União Alto Alegre/
São Mateus
Unidos/
Jardim São Carlos
Vila JúliaVila Nova/
Guaianases
XI Primos/
Vila Carioca

Esses 24 que conquistaram o acesso se enfrentaram, em jogos de eliminação simples, na Etapa 3, que era exclusiva para a Zona Leste. Atualmente, 12 seguem vivos (em negrito na tabela) e, no próximo domingo, decidem os oito classificados para as quartas de final da região. O único que já está garantido é o Botafogo/São Miguel, que venceu suas duas partidas na fase atual até agora.

Zonas Oeste, Norte e Sul

Nas outras regiões, os times precisam de uma fase a mais para garantir o acesso. Até agora, cinco times já conseguiram o feito. Na Zona Sul, Juventude/Vila Império (que venceu, no último domingo, por 4 a 1 o Amigos/J. São Francisco), Rapa Fora/V. Guarani (2 a 0 Unidos do Sergipe/J. Vera Cruz) e América/Pq. Nova Santo Amaro (1 a 0 no Irmãos Madrugada/Pq. Santo Antônio) chegaram aos seis pontos nas oitavas de final e já estão classificados. Na Zona Oeste, o feito foi obtido por Estrela/Rio Pequeno (2 a 0 no Jardim Jaqueline/Butantâ) e Peñarol/Pirituba (2 a 1 no Ipanema/Jaraguá). Na Zona Sul, nenhum time venceu duas seguidas nas oitavas.

 


Goleiro sofre: veja os frangos mais inacreditáveis da várzea
Comentários 2

UOL Esporte

Sabe quando alguém diz que ''esse lance é digno da várzea''? Estava pensando em lances assim…

Para comemorar que a Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador da cidade, está chegando em suas fases decisivas, o Papo de Várzea separou alguns dos melhores momentos do torneio até agora. Vamos ver os golaços, aqueles belos chutes de longe, os gols perdidos, as grandes defesas.

Para começar, pedimos licença aos goleiros, uma das funções mais ingratas do futebol (principalmente na várzea), e vamos mostrar os frangos mais inacreditáveis do ano. Aproveite:

 


Santa vaga: São Carlos engrena, vence o Noroeste e segue na luta por título
Comentários Comente

UOL Esporte

Muita emoção na última rodada da Etapa 5 da Copa Kaiser. No domingo, no CDM Flor da Mocidade do Burgo Paulista, na Ponte Rasa, o Jardim São Carlos, de Guaianases, fez 1 a 0 no Noroeste, da Vila Formosa. O campo estava lotado, o calor era escaldante e a poeira corria solta!

Na entrada das equipes, a festa foi grande. As duas comunidades estavam presentes, além de muitos amantes do bom futebol que foram ao campo prestigiar o grande duelo. As equipes já tinham se encontrado no torneio, com empate de  1 a 1 no campo do Nacional, na Barra Funda. Mesmo sem um dos seus principais jogadores, o meia-atacante Marcinho, o São Carlos entrou com uma escalação forte, apostando em Uóchiton Baraúna, Luizinho & Cia. Após chegar à semifinal no ano passado, o Noroeste manteve a base, apostando na força de sua defesa. Mesmo assim, não conseguiu segurar o ataque sãocarlense.

Os primeiros minutos foram de muita correria e marcação. O primeiro lance de perigo foi da equipe do São Carlos, aos 10 minutos. O atacante Luizinho recebeu bom lançamento na esquerda e chutou cruzado. A bola pingou e explodiu no rosto do goleiro Gambelli. No rebote, a zaga, atenta, deu um bico para fora, afastando o perigo.

No ataque seguinte, falta frontal, no risco da meia lua, para a equipe do São Carlos. Uóchiton ajeitou com carinho e bateu. Ele colocou uma curva na bola, que foi saindo do alcance do goleiro Gambelli. Entrou no fundo do gol, fazendo 1 a 0 para o São Carlos.

A resposta do Noroeste veio rápida. Aos 14 minutos, Fabinho bateu falta do meio da rua. A bola desviou na barreira e ia na gaveta do goleiro Marins. Ágil, ele conseguiu se recuperar e foi buscar. Colocou a bola para escanteio, evitando o empate.

O Noroeste queria, a todo custo, empatar a partida ainda no primeiro tempo. Aos 18 minutos, Mauricio fez boa jogada pela esquerda e cruzou. A zaga do São Carlos afastou mal e, no rebote, Didi arriscou o chute longo, que saiu fortíssimo. Marins teve trabalho quando a bola pingou, mas  conseguiu espalmar para escanteio.

Após o gol, o São Carlos se fechou na defesa, atacando apenas nos contra-ataques. Em um dado momento, Henrique roubou a bola no meio campo e tocou para Rinaldo, que lançou rapidamente para Baraúna. O baiano passou pela zaga e bateu firme. A bola passou raspando a trave de Gambelli e saiu em tiro de meta.

Ao começar, o segundo tempo prometia ainda mais emoção. O Noroeste perdia e teria que sair para o ataque – o time precisava vencer para seguir na competição. Já o São Carlos estava “de boa”. Como podia até mesmo empatar, o placar a seu favor dava muita tranquilidade. Logo aos dois minutos, Fabinho, o camisa 10 do Noroeste, bateu falta e obrigou o goleiro Marins a fazer mais uma boa defesa, pegando firme, sem rebote.

O Noroeste chegou novamente ao ataque com bola parada, aos quatro minutos. Nenê bateu, tirando tinta do travessão. O São Carlos só chegou com perigo ao ataque aos 10 minutos. O menino do nome especial (entenda a história aqui), Uochiton Baraúna, foi lançado na grande área, dominou no peito e bateu. Mas pegou mal e mandou longe do gol. Com o tempo passando, os jogadores do Noroeste foram ficando nervosos em campo. Nada dava certo e os chutes paravam longe da meta do goleiro Marins.

O São Carlos jogava, então, com experiência. Tocava a bola de lado e deixava o tempo passar. Arriscava poucas vezes, mas quando chegava ao ataque, levava perigo. Aos 30 minutos, Rinaldo roubou a bola no meio-campo e lançou Baraúna, que dominou e não foi fominha: tocou para o centroavante Luizinho, livre dentro da grande área. Ele soltou a bomba e o goleiro Gambelli, bem colocado, fez grande defesa. No rebote, Rinaldo chutou e quase marcou.

Com a vitória, o São Carlos se classificou para as oitavas de final. Vai jogar grupo OF-3, ao lado de Madrid/Móoca, Leões da Geolândia/Vila Medeiros e Vila Izabel/Osasco. O próximo confronto do São Jardim São Carlos será contra o bom Vila Izabel, do técnico bicampeão Tião.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Bafômetro empata com Milianos e “se embriaga” com a classificação
Comentários Comente

UOL Esporte

No campo do Anhanguera, o Bafômetro, de Heliópolis, conseguiu a classificação para as oitavas de final da Copa Kaiser empatando em 1 a 1 com o Milianos, do Jardim Rosana. A partida fechava a Etapa 5 e, na Zona Sul, os quatro times participantes entraram em campo empatados. O Bafômetro conseguiu a vaga nos critérios de desempate: tomou um cartão amarelo a menos do que o Milianos, 5 a 6.

As equipes já tinham “se trombado” na Etapa 3, com vantagem para o Milianos, que venceu por 1 a 0. A situação daquela partida, porém, era outra: as duas equipes estavam classificadas e não havia a tensão de uma eliminação. Antes do apito inicial, muita tensão e concentração dos times. O jogo que estava marcado para 12h00, mas começou com 27 minutos de atraso.

Logo no início, o Bafômetro dominou as ações e manteve a posse de bola no campo de ataque. Com isso, aos oito minutos teve uma grande chance para abrir o placar: um pênalti. Lipe recebeu lançamento de Juninho e, na disputa dentro da área, caiu. O árbitro Magno de Souza estava bem colocado e marcou um empurrão. O banco de reservas do Milianos reclamou muito, mas a irregularidade já estava assinalada. Camisa 11 do Bafômetro, Lipe cobrou e jogou a bola muito longe do gol.

O rival aproveitou o desânimo do gol perdido para mostrar seu repertório em duas jogadas seguidas. Aos 13 minutos, Jô dominou pela direita e chutou cruzado. A bola ia entrar, mas o goleiro Júlio pulou no segundo andar para agarrar. Aos 16, Peba foi parado com falta na entrada da área. Fafi bateu com capricho e a bola passou beirando a trave esquerda.

A defesa do Milianos seguia bem, sem dar trégua. Lipe, destaque do Bafômetro, era praticamente caçado em campo pelo seu marcador, William. Aos 26 minutos, o Milianos abriu a contagem. O centroavante Peba entrou na grande área pela direita, trombou com a zaga e foi ao chão. Ainda se levantou, mas foi tocado novamente, agora no calcanhar, por Maurinho. O árbitro Magno de Souza apontou a marca da cal. O atacante Jô bateu como manda o figurino:  goleiro para um lado e bola para o outro.

Quem pensou que o Bafômetro estava cambaleando com o placar adverso estava enganado. Bastaram quatro minutos para o empate. Lipe recebeu de Goiaba  na esquerda da grande área, dominou e, de canhota, tirou do goleiro Aranha. No último lance do primeiro tempo, o Milianos ainda teve a oportunidade de ampliar. Jô recebeu na meia lua e, mesmo marcado por dois jogadores, girou e bateu. No centro do gol, Julio encaixou.

Com direito até a pênalti perdido, o primeiro tempo foi equilibrado e isso se refletiu no placar. A defesa do Milianos era mais pesada e usava melhor sua força física. A defesa do Bafômetro era mais leve e rápida.

No segundo tempo, o técnico do Bafômetro, Nego Di, aumentou seu poder ofensivo tirando o volante Will e colocando o meia Luciano Rosa. A primeira chance concreta veio logo aos dois minutos. O zagueiro Anderson bateu falta próxima à trave direita do goleiro. A resposta veio em um escanteio batido por Fafi. Bola fechada e peçonhenta, forçando o goleiro Júlio a se virar, tirando a bola com um soco.

O Bafômetro chegou em seguida, com um chute de longa distância do lateral Leandro. Da ponta direita, ele atirou e a bola passou raspando o travessão. Aos 13, o Milianos voltou a incomodar. O goleiro Júlio tentou encaixar um chute de Robinho, mas bateu-roupa e mandou para escanteio. Na cobrança, Fafi colocou na área e o zagueirão William deu de cabeça. A bola foi fora.

A partir dos 15 minutos, o jogo ganhou emoção, com o time do Jardim Rosana melhor. Daniel tocou para Flavio aos 21 minutos. Ele fez o corta luz para Rodrigo encher o pé. A bola tocou na mão de Júlio e beliscou o travessão antes de sair. Quatro minutos depois, o Milianos respondeu. Daniel cobrou falta da lateral esquerda, a bola quicou dentro da área e passou perto de Claudião, esquecido pela marcação. Ele pulou, mas não alcançou e perdeu uma chance clara de gol.

Com o fim se aproximando, o jogo ficou dramático. Aos 28, chegou a informação de que o Pioneer tinha aberto o placar contra a Turma do Baffô, em jogo na Arena Kaiser. O Pioneer era um adversários diretos na luta pela vaga e o placar da partida alterava a classificação. O resultado era péssimo para o Milianos, que agora precisava ganhar de qualquer jeito. Para piorar, aos 30 minutos, o técnico Delei acabou expulso e saiu falando pelos cotovelos contra o juiz.

Aos 34 minutos, o Bafômetro voltou a atacar. Luciano Bebê achou Lipe na linha da grande área. Ele deu um toquinho de lado, tirou do zagueiro e bateu de curva, buscando o ângulo. A redonda foi para fora. O árbitro deu cinco minutos de descontos. Para o Milianos, o tempo passou voando. Para o Bafômetro, esse período pareceu interminável.

Já nos acréscimos, Daniel bateu a falta na área do Bafômetro. William subiu e cabeceou por cima. Todo o banco do time de Heliópolis, principalmente o técnico Nego Di, pediam o final do jogo. Mas ainda deu tempo para um último ataque do adversário. Daniel armou para Robinho, de fora da área, arriscar. O chute saiu forte, mas Julio pegou no meio do gol e não largou.

Foi a senha para o final de jogo. Bafômetro classificado para as oitavas de final da competição pela primeira vez na sua história. O outro jogo do Grupo S-20 terminou na eliminação da Turma do Baffô, do Jardim Clímax, que perdeu para o Pioneer, da Vila Guacuri, por 2 a 0.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Marcelo Costa. Jornalista e funcionário público, ele está sempre atrás da melhor história nos campos da cidade. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Pioneer passa pelo Baffô no grande clássico da zona sul na Arena Kaiser
Comentários Comente

UOL Esporte

No domingo, Pioneer e Baffó fizeram um jogo eletrizante pela Copa Kaiser. Invicto e dono do melhor ataque da competição, o time da Vila Guacuri levou a melhor. Venceu por 2 a0, ficou com a vaga e eliminou o rival do Jardim Clímax, que tinha chegado à final nos últimos dois anos.

A vitória, porém, poderia, muito bem, ter ido para o lado do Baffô, que perdeu muitas oportunidades claras de gol. Principalmente na primeira etapa, em que dominou o jogo, faltou sorte para o atual vice-campeão. Aos 15 minutos, por exemplo, Pica Pau roubou a bola na intermediaria e chutou no ângulo esquerdo. O goleiro Celso voou no segundo andar para evitar o gol. Aos 20 minutos, o habilidoso Tiaguinho rolou para Muca, que cruzou na frente do gol. A bola raspou a cabeça de Délcio e de Pica Pau, que lamentaram a chance perdida.

A partir dos 25 minutos, o jogo mudou. O Pioneer equilíbrio as forças e passou a pressionar.  Aos 29, Rodrigo, que já havia incomodado o goleiro duas vezes, arriscou uma bicicleta. A bola beijou a trave, mas não entrou. O bombardeio continuou e, aos 32, Vagnão recebeu passe de Ricardo e mandou uma bomba. A bola desviou na defesa e acabou na trave.

Na segunda etapa, as duas equipes já sabiam que, se o placar continuasse zerado, morreriam abraçadas. Ambos, então, se lançaram ao ataque. O Baffó arriscou primeiro: aos sete minutos, Renato avançou pela linha de fundo e cruzou. Muca não alcançou.

A partir dos 10 minutos, a maior velocidade do Pioneer fez diferença. A rede balançou aos 17 minutos. Após cruzamento, a bola sobrou para Rodrigo, que driblou um rival na matada de bola e chutou no canto esquerdo do goleiro Leandro Bilica. Ele ainda tocou na bola, mas não conseguiu salvar.

O Baffó sentiu o gol sofrido e, na sequência, ainda teve um jogador expulso. Jé, em uma jogada infeliz, usou o braço em uma disputa de bola. Levou o vermelho, após muita discussão.

Com o resultado nas mãos, o Pioneer se segurou, botou a bola no chão e esperou  para dar o bote e matar o jogo. O volante Wellington, no meio-campo deu um chutão e a bola caiu na frente de Júnior Rosa. Ele partiu livre, mas deu um toque a mais e o goleiro Leandro Bilica acabou desviando. Quando o lance parecia definido, Bilica trombou com o lateral Muca e a bola escapou. Júnior, que ainda acompanhava a jogada, roubou a bola e marcou o segundo do Pioneer.

Rodrigo, autor do primeiro gol, levou a camiseta de melhor do jogo. O outro classificado da Zona Sul foi o Bafômetro, que empatou em 1 a 1 com Milianos e se classificou nos critérios disciplinares.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com