Papo de Varzea

No clássico da Cidade Tiradentes, MEC-Maranhão vence SDX de virada
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No domingo, o estádio Nicolau Alayon recebeu um grande jogo pela Copa Kaiser. Em duelo que decidiu o grupo L-46 da Copa Kaiser, o MEC-Maranhão venceu o SDX por 2 a 1 em clássico da Cidade Tiradentes. Foi um jogo movimentado, com as equipes sonhando com a classificação.

Uma vaga nas oitavas de final, porém, era difícil: os dois time precisavam vencer, construir um placar de muitos gols e ainda dependiam de outros resultados.

A equipe do SDX começou melhor. Henrique, que já havia perdido uma oportunidade de gol aos 10 minutos, colocou Juquinha livre, dentro da área, no mano a mano com o goleiro. O atacante tocou de chapa, no fundo gol, para abrir o marcador: SDX 1 a 0.

Depois do gol, o SDX continuou atacando, sem dar espaço para o adversário. Teve três chances para  ampliar o placar. A primeira aos 20 minutos, com Gil. Ele cobrou falta frontal e colocou a bola no cantinho, mas o goleiro Adriano defendeu.

Sem encontrar equilíbrio, o MEC não fez um bom primeiro tempo. Tanto que a única jogada de perigo saiu já no final, aos 27 minutos. Bruno cobrou falta, a bola desviou na barreira e, no rebote, Fábio chutou para fora.

Na segunda etapa, o SDX voltou pressionando. Até os 12 minutos, voltou a perder ótimas oportunidades de ampliar o placar, mas não foi feliz nas finalizações. Aos seis minutos, Jaílson Chocolate fez uma assistência genial. Ele encontrou, livre, Enrique “Mala”, que fuzilou por cima do travessão.

O ponto que marcou a reviravolta no jogo aconteceu aos 14 minutos, quando o MEC, finalmente, se ajeitou se em campo e partiu para o tudo ou nada. A chave foi a entrada do camisa 19, Tamara, que  estava no banco cumprindo punição por ter faltado na partida anterior. Ele botou fogo no jogo e, no terceiro lance em que tocou na bola, balançou as redes: Jhol fez um belo passe, Tamara driblou o goleiro e empatou o jogo.

Com o 1 a 1, o MEC não deu mais espaço para o adversário. Conseguiu a virada no ultimo minuto. Denílson tocou para Bruno, que deixou Tamara na cara do goleiro. O craque do jogo o pé e colocou no no fundo do gol. Virada do MEC: 2 x 1 SDX.

O resultado, porém, não foi suficiente e as duas equipes acabaram eliminadas. As duas vagas na chave ficaram com 1º de Maio/Tatuapé e Madrid/Móoca.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Após três meses sem andar e uma parada cardíaca, jogador volta a brilhar na várzea
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Sabe a frase que “só competir já é uma vitória”? Em poucos casos ela faz mais sentido do que na história do volante Fábio Vieira, o Mentirinha, do Pioneer, da Vila Guacuri. Ele perdeu o movimento nos membros inferiores, passou uma semana na UTI entre a vida e a morte e resistiu a uma parada cardíaca, Voltar a andar já seria um feito e tanto. Mas hoje, dois anos depois de passar um mês internado, ele atua em alto nível no principal torneio de futebol amador de São Paulo.

A história dramática começou em 23 de janeiro de 2011. Então com 30 anos, Fábio percebeu formigamento nos pés. Pouco depois, perdeu completamente a força nas pernas. Foi levado às pressas para o hospital. Quando saiu o diagnóstico, o choque: ele tinha contraído a síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune que causa inflamação no sistema nervoso e tem como sintoma principal a perda de força muscular.

Foram 28 dias internado. Na pior fase da doença, ficou por sete dias em uma UTI. Nesse período, sofreu uma parada cardíaca. “Foi um medo gigante. Quando fui internado, só pensava na minha mulher e no meu filho, que tinha só sete meses”, lembra.

Quando o quadro permitiu que ele ficasse em um quarto comum, ele recebeu uma visita que pautou a recuperação. “Uma pessoa veio de Manaus para conversar. Ele estava recuperado e disse que eu devia me dedicar à fisioterapia, que só com ela eu conseguiria voltar a andar”.

Nessa hora, a experiência como ex-jogador profissional fez a diferença. Fábio começou nas divisões de base do Corinthians, passou pelo São Caetano e virou jogador profissional no Paraná Clube. Encerrou a carreira aos 25 anos, quando defendia o time da Força Sindical, em São Paulo. Nessa época, ficou muito próximo do presidente da entidade, Paulinho da Força, e passou a trabalhar por lá. Virou assessor da secretaria de esportes, função que exerce até hoje.

“A carreira como jogador não deu certo, mas eu sabia do esforço que era necessário. Então, comecei a me dedicar à recuperação. Por um ano, fiz fisioterapia todos os dias. E quando a fisioterapeuta virava as costas para ir embora, eu começava de novo a fazer, por conta própria”.

Ouvindo Fábio contar a história, tudo parece normal. Fácil, até. Mas não foi. Ele precisou de três meses para voltar a andar. Chegou a usar fraldas e sonda. Para se mover, precisava ser empurrado em uma cadeira de rodas. “Nesse período, só o apoio da minha esposa, Tayla, e a alegria do meu filho, Gabriel, me faziam continuar”.

A volta ao futebol amador foi quase natural. Mesmo na UTI, Fábio conversava com os amigos e perguntava placares das partidas. Ouvia, semanalmente, perguntas sobre quando (e nunca se) iria voltar aos campos. A resposta veio menos de um ano depois. E o responsável foi o técnico Vilmar Pereira, o Babão.

Em uma partida de seu time na época, o Água Santa, contra o Casa Grande, Babão resolveu apostar no meio-campista. Era uma decisão de risco. “Fisicamente, ele ainda não estava pronto. Mas eu acompanhei o quanto ele estava se esforçando. O quanto ele queria voltar. Se fosse outra pessoa, talvez nem mesmo tivesse voltado a andar. Mas o Mentira voltou a jogar bola. Ele é um vencedor”, elogia o técnico.

Quando Fábio entrou em campo, os torcedores começaram a gritar seu nome. O desempenho não foi dos melhores. O jogo terminou 0 a 0. Mas foi a maior vitória que ele já conquistou. “Aquele jogo mostrou que era possível voltar. Abracei a fisioterapia com mais força ainda. E hoje estou zerado”.

A prova disso é que o Mentirinha voltou a ser um jogador requisitado na várzea paulistana. Se antes da doença, ele tinha sido bicampeão da Copa Kaiser (Vida Loka/Brasilândia em 2009 e Pioneer/V. Guacuri em 2010), agora ele busca mais um título, novamente pelo Pioneer. E é uma pessoa completamente difrente.

“Jogador, principalmente os de várzea, é egoísta. Quer jogar em Diadema, em Santo André, na Copa Kaiser. Joga três vezes no mesmo dia. Eu era assim. Jogava até quatro vezes no mesmo dia, para ganhar um dinheirinho. Mas isso cobra um preço. Hoje, sei que preciso me cuidar, comer bem, treinar durante a semana. E não posso fazer como fazia antes”.

Quem quiser conferir a recuperação do jogador tem uma grande chance: no próximo domingo, às 13h, ele vai jogar pelo Pioneer contra o Nápoli, da Vila Industrial – o meio-campista está de volta ao time após duas semanas afastado por problemas físicos. O duelo será no estádio Nicolau Alayon, o campo do Nacional, na Barra Funda.

 


Atacante exagera e levanta juíza na comemoração, mas gol é anulado
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Um lance inusitado marcou a rodada da Copa Kaiser, o principal torneio do futebol amador de São Paulo, no último domingo. No segundo tempo da vitória do Nápoli/Vila Industrial sobre o Coroado/Guaianases por 2 a 0, a árbitra Regildenia Holanda de Moura foi abraçada e levantada pelo atacante Digão, do Nápoli, durante a comemoração de gol.

A juíza, que faz parte do quadro feminino da Fifa, não se impressionou com a festa: anulou o lance, marcando falta no goleiro Caveira.

 

O jogo terminou, mesmo, 2 a 0 para o time da Vila Industrial – se quiser ver os gols da partida, você pode assistir aqui: Nápoli mostra força e bate Coroado (com lance inusitado)


Nápoli mostra força e bate Coroado (com lance inusitado)
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O Nápoli, da Vila Industrial, tinha a melhor campanha da Copa Kaiser, mas, ainda assim, precisava da vitória por uma boa margem de gols para se classificar para as oitavas de final. O Coroado conseguiu engrossar o jogo, mas não resistiu. O 2 a 0 para o time da Vila Industrial valeu a vaga. Um lance, porém, marcou o jogo: no fim, a árbitra Regildenia Holanda de Moura anulou um gol do Nápoli. Antes de saber que o gol tinha sido anulado, porém, o atacante Digão levantou a juíza, para comemorar.

 


Camisa do Noroeste vai para o Paulo Henrique
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Essa camisa tem um vencedor! Foram 23 apostas, 19 válidas (teve gente que errou nome do time ou não colocou 12 classificados…). Ninguém acertou todos os palpites, mas sete pessoas fizeram 11 pontos.

O primeiro a conseguir o feito foi Paulo Henrique Barros Moraes, que só errou um dos classificados da Zona Sul: ele apostou no Milianos, mas quem passou foi o Bafômetro.

Parabéns!

Nós vamos entrar em contato com você durante a semana para entregar a camisa!


Copa Kaiser chega às oitavas de final: Nápoli segue com melhor campanha e melhor defesa; Pioneer é melhor ataque
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Melhor campanha: Nápoli, Vila Industrial, com 35 pontos em 15 jogos

Na quarta etapa, o Ajax, da Vila Rica, foi eliminado sem perder nenhum jogo. O time tinha, ainda, a melhor campanha do torneio. No domingo, o Nápoli escapou do mesmo destino. O time azul da Zona Leste perdeu uma partida, empatou a outra e entrou na rodada decisiva da Etapa 5 precisando vencer. Quer piorar as coisas? A partida decisiva era contra o Coroado, de Guaianases, o mesmo time arrancou o empate do Ajax e eliminou o atual campeão.

A vitória, porém, veio. Com 2 a 0, o time manteve a melhor campanha da competição, com 35 pontos. Para completar, o time ainda tem a melhor defesa entre os classificados, com apenas seis gols sofridos.

Melhor ataque: Pioneer, da Vila Guacuri, com 33 pontos

Quem acompanhou a Copa Kaiser até aqui sabe: o Pioneer, desde a primeira fase, tem o melhor ataque do campeonato. Não deixa de ser irônico, então, que o time da Vila Guacuri passou duas partidas sem marcar e correu sério risco de ser eliminado por cartões amarelos.

Ao final da rodada do fim de semana, no entanto, tudo voltou ao normal. Com os 2 a 0 no campo do Nacional, o time voltou a marcar, se classificou com a melhor campanha da chave e ainda eliminou um rival tradicional, a Turma do Baffô, que chegou à final nos dois últimos anos.

Menção honrosa: Danúbio, da Freguesia do Ó, e Leões da Geolândia, da Vila Medeiros

Nápoli e Pioneer são os dois melhores times da competição até agora (e o Jardim São Carlos, de Guaianases, vem logo atrás), mas Danúbio e Leões merecem ser lembrados. O Danúbio, além de ser o melhor da Zona Oeste, ainda tem o time mais disciplinado do torneio, com 26 amarelos e dois vermelhos – o último no ranking é o Inajar de Souza, do Jardim Cachoeirinha, com 45 amarelos e três vermelhos.

Já o Leões é o melhor da Zona Norte, com 31 pontos. Além disso, tem o segundo melhor ataque do torneio, com 30 gols (e apenas 13 sofridos).

CLASSIFICAÇÃO GERAL

PGVEDGPGC
Nápoli351122256
Pioneer339603311
São Carlos321032249
Leões da Geolândia319423013
Coroado309332513
Inajar de Souza309332312
Vila Izabel308612111
Danúbio298522915
Família 100 Valor288522512
1º de Maio277622311
Madrid266811610
Bafômetro236631713


Gols salvam favoritos e Copa Kaiser define grupos das oitavas de final
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No meio do segundo-tempo, o duelo entre Pioneer, da Vila Guacuri, e Turma do Baffô, do Jardim Clímax, estava tenso. Com um empate em o a 0, os dois times seriam eliminados. Mas uma boa jogada pela esquerda terminou nos pés de Rodrigo Pio. O atacante dominou tirando o zagueiro e chutou no cantinho. O goleiro chegou a tocar na bola, mas ela entrou.

O gol foi a salvação do time campeão da Copa Kaiser em 2010 no torneio desse ano. A equipe, que tinha marcado mais gols até o início desta fase do que qualquer outro time na competição, tinha passado dois jogos zerada e podia ficar fora sem perder nenhum jogo. Quando o chute de Pio entrou, o Baffô, finalista em 2011 e 2012, se descontrolou, teve um jogador expulso, perdeu chances na cara do gol e ainda levou o segundo gol, com Júnior Rosa.

Foi um roteiro que se repetiu por boa parte dos campos de várzea da cidade. Na última rodada da quinta fase da Kaiser, 18 times lutavam por dez vagas nas oitavas. Os únicos que entraram em campo classificados era Coroado, de Guaianases, e 1º de Maio, do Tatuapé. E nenhum deles venceu.

Veja como foi a rodada completa aqui: Gols salvam favoritos e Copa Kaiser define grupos das oitavas de final