Papo de Varzea

Voz do Terrão: Botafogo de Guaianases comemora 58 anos com festa
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UOL Esporte

Na semana passada, o Grêmio Botafogo de Guaianases fez a festa de comemoração dos 58 anos de tradição e respeito no futebol amador. O clube foi fundado em 5 de abril de 1955 por Admardo Armond, que veio para a capital paulista com sua família diretamente do Rio de Janeiro. Apaixonado pelo futebol e pelo Botafogo dos craques Didi, Nilton Santos e Garrincha, ele resolveu montar a sua própria equipe. Usou o nome do clube do coração e o peculiar escudo com a estrela solitária no peito.

Deu certo. Em pouco tempo o Botafogo de Guaianases mostrou paixão e organização e conquistou eu espaço no futebol amador em São Paulo. É um time estimado por todos que amam a várzea. E tem até torcida organizada, a Torcida Jovem e Raça Alvinegra.

Desde 2007, tem uma parceria com o São Paulo. Nesse acordo, garotos de 8 a 13 anos que se destacarem vão para o CT de Cotia fazer testes, com chance de fazer parte do quadro de atletas de um time profissional.

O Bota já foi campeão da Copa Kaiser (1997), foi bicampeão varzeano pela Federação Paulista (1989 e 1990) e já revelou craques para o futebol profissional. Enéas Camargo foi campeão paulista pela Inter de Limeira em 1986. Rubens Nicola defendeu Corinthians, Colo Colo do Chile e o próprio Botafogo, do Rio de Janeiro. Fernando Jacutinga jogou no São Paulo. Ubiracipassou por XV de Piracicaba, Fluminense e futebol mexicano. Eliseu foi goleiro da Portuguesa de Desportos. Pingo foi atleta do Corinthians.

A administração do time também é diferente. Desde 1986, o Botafogo aboliu os cargos eletivos de sua diretoria. Ou seja: não existe mais presidente, vice, tesoureiro, etc… O clube é gerido por uma comissão em que cada um conhece bem a sua função.

No feriadão de Corpus Christi foi realizada a comemoração de 58 anos no campo do Céu Jambeiro. Foram muitas atrações e grandes jogos. O primeiro foi sub 14, com os times da base de São Paulo e Botafogo. Logo em seguida foi a vez do sub 16 dos dois times.

A festa também contou com o amistoso entre Jardim Regina, de Pirituba, e Jardim Elba. O jogo especial teve o sub 20 do Corinthians contra o elenco principal do Botafogo de Guaianases. O campo estava lotado com a presença da comunidade para prestigiar. A torcida ficou dividida. A maioria dos torcedores não sabia se apoiava o Botafogo, o time da casa, ou se torcia para o Corinthians- lembrando que a zona leste é um conhecido reduto corintiano.

O jogo começou com domínio do Corinthians. Aos 8min, Thiago cobrou escanteio e a zaga do Botafogo ficou parada, olhando Ítalo subir sozinho e testar para fora. No ataque seguinte saiu o gol do Corinthians. Allano recebeu bom lançamento na ponta esquerda, tocou para Léo. Dentro da grande área, ele dominou e bateu colocado, tirando do goleiro Luiz para abrir o placar.

O segundo gol do Corinthians saiu de bola parada, aos 18min. Em jogada de escanteio, Paulo Vitor subiu e cabeceou firme para o fundo da rede, ampliando o placar. A zaga do Botafogo novamente falhou e parou no lance.

A equipe do Botafogo não se achou em campo na primeira metade do primeiro tempo. Tomou dois gols pela má colocação de sua defesa em campo. O técnico Adilson Pintinho, porém, conseguiu arrumar a marcação e a equipe cresceu. Começaram a aparecer as jogadas. O primeiro chute a gol do Botafogo com perigo foi aos 28 minutos, com Zé Goiaba. Ele recebeu na entrada da área e arriscou forte. O goleiro Rocha, bem colocado, espalmou para escanteio. Com esse lance, o time de Guaianases acordou. No último lance do primeiro tempo, o Botafogo diminuiu o placar. Gustavo fez boa jogada na direita e cruzou. Dube subiu e desviou. A bola sobrou limpa para Zé Goiaba dominar e bater rasteiro, sem chances para o goleiro do Corinthians.

A etapa complementar começou com algumas mudança feitas pelo técnico do Botafogo. Ele trocou o time e acertou a marcação, diminuindo os espaços e dificultando para o Corinthians. A equipe foi para cima logo no começo. Maloá fez boa jogada e tocou para Dube, que arriscou o chute. Rocha fez a defesa parcial e a zaga deu um bico para escanteio. Na cobrança para a área, Dube subiu sozinho e fez o gol, mas o assistente levantou a bandeira. A árbira da partida confirmou o impedimento.

Depois, em uma bobeira do Botafogo, quase saiu mais um gol para o Corinthians. A bola foi recuada na fogueira para o goleiro Pierre, que conseguiu driblar o primeiro jogador. Na sequência, porém, em vez de dar um chutão para frente, tentou driblar o segundo rival. Perdeu a bola para Keké. Sem goleiro, porém, ele bateu para fora, perdendo um gol incrível.

O gol de empate do Botafogo saiu num contra-ataque. Everson recebeu na entrada da área e, na saída do goleiro, bateu colocado no canto. A equipe do Corinthians chegou ao ataque num lance de bola parada aos 18 minutos. Paulo Vitor cobrou falta e o goleiro Pierre deu um tapa para escanteio.

Com o placar empatado, o jogo ficou mais truncado, mas sem violência. A arbitragem não teve muito trabalho, tanto foi que nenhum cartão foi mostrado durante o jogo.

A equipe do Corinthians, porém, ainda tentava a vitória e foi para o ataque. Keké, na entrada da área, arriscou o chute. A defesa do Fogão se jogou na frente e a bola explodiu num dos zagueiros, armando um contra-golpe. Fábio saiu do meio-campo e pegou a defesa do Corinthians aberta. Ele ganhou na corrida e, na saída do goleiro Rocha, bateu no canto. A bola foi para fora, perdendo a grande chance de virar para equipe do Botafogo.

No último lance da partida, a zaga do Corinthians falhou e Everson dominou, saiu da marcação e bateu firme. A bola estava entrando quando o meio-campista Fernando, em cima da linha, tirou.  A bola ainda voltou nas mãos do goleiro Rocha, que contou com a sorte e fez a defesa.

A partida amistosa entre Botafogo de Guaianases e Sub-20 do Corinthians terminou empatada. Quem gostou foi a torcida (corintianos ou não), que teve a chance de curtir a festa, acompanhar de perto futuros profissionais do Timão ainda gritar gol, do Corinthians ou do Botafogo de Guaianases.

 

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Voz do Terrão: Malhadão ganha do Cruzeiro e embola o grupo na Copa Kaiser
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O Malhadão/Pq. Doroteia se reabilitou na Segundona da Copa Kaiser 2013. Neste sábado, venceu o Cruzeiro/Jd. Gaivotas por 2 a 1. A partida, válida pela segunda rodada da primeira etapa do Grupo S-6, foi disputada no campo do Chácara do Conde, extremo da zona sul. A equipe azul tinha empatado na estreia e precisava ganhar para ficar bem no grupo. Já o Malhadão estava pressionado, pois tinha perdido o primeiro jogo e ambicionava conquistar os primeiros pontos.

O primeiro lance de perigo foi aos oito minutos, quase gol do Cruzeiro. A zaga do Malhadão foi sair jogando e errou. Vando roubou a bola e arriscou para o gol, mas errou o alvo. Aos 13min, resposta do Malhadão em contra-ataque rápido. Felipinho lançou Pitucho, que driblou o zagueiro e bateu para o gol. Mas pegou mal na bola e o goleiro Fábio, do Cruzeiro, fez a defesa, tranquilo.

Outro bom ataque do Malhadão foi aos 14 minutos.  Frances recebeu lançamento na direita e cruzou para Willian, que dominou e bateu. Fábio, novamente, fez a defesa. De tanto pressionar saiu o gol do Malhadão aos 25 minutos, num contra-ataque bem encaixado. Jean recebeu lançamento na direita e fez boa jogada. Tocou para Frances, sem marcação, bater na saída do goleiro e abrir o placar: 1 a 0.

A equipe do Malhadão fez o gol e foi para o ataque com tudo. Aos 31min, ótima troca de passes envolvendo a equipe rival. Jean começou a jogada pela direita e tocou para Frances, que deixou o zagueiro falando sozinho e tocou para Pitucho. Ele foi inteligente e deu um lindo toque de letra para Willian, que ficou cara a cara com o goleiro. Ele não perdoou e ampliou o placar, fazendo um golaço. Teve torcedor subindo até pelos alambrados de alegria.

No ultimo lance da primeira etapa, o Cruzeiro quase diminuiu. Pê fez ótimo lançamento na ponta esquerda para Bahia, que cruzou. Régis bateu e a bola ia entrando. Mas o lateral Cris, do Malhadão, com o pé salvador, tirou em cima da linha, dando um bico para fora.

O Malhadão voltou para o segundo tempo com a vantagem de dois gols no placar e sabendo que teria de segurar o ímpeto do Cruzeiro. Mesmo assim, foi para o ataque primeiro, logo aos dois minutos. Pitucho recebeu lançamento e chegou batendo de primeira. A bola passou perto, dando susto no goleiro Fábio.

Aos 8min, bom ataque do Cruzeiro. Fábio Santista lançou Pê, em boa posição. Mas não contava com o goleiro Jeferson, que foi bem na jogada, saiu rápido e fez a defesa. Com o placar a favor, a equipe do Malhadão conseguia manter o bom ritmo. Pitucho recebeu lançamento e, de peito, tocou para Frances. De primeira, ele devolveu para Pitucho, que dominou e bateu para fora.

Outro bom ataque do Malhadão foi aos 15 minutos.  Frank bateu lateral rápido para Frances. Ele dominou, fez o giro no zagueiro e bateu. Bem colocado, o goleiro do Cruzeiro segurou firme e fez a defesa sem rebote. Na bola parada saiu o gol do Cruzeiro. Aos 18min, a bola foi alçada na área do Malhadão. A zaga bateu cabeça e, na sobra, Pê chutou e fez o gol para esquentar a partida.

Depois de ter tomado o gol, o Malhadão ainda teve bons contra-ataques desperdiçados aos 20 e 23 minutos. O primeiro lance foi com Jean, o craque da partida. Ele fez bom lançamento para Willian, que dominou e bateu meio sem jeito, para alívio do goleiro do Cruzeiro. No outro, pressão na saída de jogo e Willian ficou com a bola. Rolou para Jean, que dominou e bateu. O goleiro Fábio, bem colocado, fez outra boa defesa.

O Cruzeiro até tentou chegar ao gol empate em cobranças de faltas levantadas na área. Mas a defesa do Malhadão permanecia bem postada e afastava o perigo para longe. Nos minutos finais, aumentou a pressão. Mas o rival suportou bem o aperto e saiu com a vitória.

O Grupo S-6 ficou embolado, com Metalúrgico de Heliópolis na ponta, com quatro pontos, seguido de perto por Favela/V. Guacuri e Malhadão/Pq. Dorotéia, com três. O Cruzeiro corre por fora, com um ponto marcado, mas ainda com chance.

A ultima rodada será empolgante e os times jogarão para saber quem fica com as duas vagas na próxima fase. Malhadão enfrenta o Metalúrgico, enquanto Favela e Cruzeiro se encontram.

 

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas.

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Voz do Terrão: Em jogo duro, SDX/Cidade Tiradentes vence Jardim Elba por 2 a 1
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O jogo entre SDX/Cidade Tiradentes e Jardim Elba, no belo Estádio Nicolau Alayon, na Barra Funda, deixou os torcedores ligados no jogo do início ao fim. A bola rolou às 13h10, em um domingo frio, mas de jogo quente. Um presente para as torcidas que compareceram e fizeram festa na arquibancada. Foi o grande incentivo para que os atletas fizessem um dos mais disputados jogos da competição, com belos passes, dribles e chutes ao gol. O vencedor foi o SDX, 2 a 1, de virada, com gol no fim do segundo tempo.

Logo no início, o jogo ficou tenso. Os dois times fizeram muitas faltas, alguns atletas se contundiram e os dois técnicos foram expulsos aos 20 minutos do primeiro tempo. Oportunidade para os auxiliares conduzirem o restante da partida. O árbitro expulso, ainda, um jogador pra cada lado e controlou a partida.

Quem começou atacando foi o SDX, que veio a campo com um ponto e confiante no seu elenco forte e entrosado. Aos 7min, a bola sobrou para Petson Rubens, que chutou forte, por cima, mostrando seu cartão de visita. O Jardim Elba, motivado pela sua torcida, logo respondeu. Foi para cima no tudo ou nada e conseguiu ser superior ao adversário na primeira etapa.

Aos 20 minutos, teve uma excelente oportunidade. Rodrigo recebeu perto da linha de fundo e chutou cruzado, direto para o gol. O destino da bola era o ângulo. Atento, o goleiro defendeu, em uma linda ponte. Outro bom lance veio aos 21min: Leandro Carvalho tocou para o outro Leandro, seu companheiro de ataque no Elba, que, debaixo do gol, chutou forte, mas a zaga salvou. O Jardim Elba abriu o placar aos 34min. Após bate-rebate na pequena área, Claudecir, ex-Palmeiras, aproveitou a chance e tocou de chapa, no ângulo esquerdo, sem chance para o goleiro.

 

VEJA A CRÔNICA DE SDX 2 X 1 JARDIM ELBA

No segundo tempo, o Jardim Elba não teve a mesma determinação da primeira etapa. As poucas chances que teve não foram aproveitadas e, em dois descuidos, tomou a virada e perdeu a partida, ficando em situação complicada na competição.

O SDX aproveitou a apatia do Elba e, ligado, chegou ao seu gols aos 6min. Daniel cruzou e, no bate-rebate, a bola sobrou para Anderson, que mandou no fundo da rede, no canto esquerdo do goleiro. 1 a 1. Com o placar igual, o jogo ficou mais emocionante. Aos 13min, o Elba quase fez o segundo: Leandro Carvalho girou e acertou um tirambaço, tirando tinta do travessão. Na resposta, o SDX foi ao ataque e Leandro recebeu no meio-campo. Foi levando a bola e, quando chegou na cara do gol, chutou pra fora, por cima.

O jogo continuou movimentadíssimo e, aos 34min, o SDX virou a partida. Leandro foi na linha de fundo e cruzou para Edinaldo, que escorou de cabeça, de cima para baixo, no canto esquerdo do goleiro. SDX 2 a 1. O Elba ainda teve grande chance de empatar nos acréscimos. Aos 37min, Leandro (do Elba) saiu na cara do gol e, quando chutou, o goleiro fechou o ângulo e defendeu. A partida terminou com Leandro (do SDX)  como o melhor em campo.

No outro jogo do grupo L-35, o Nápoli/Vila Industrial fez 1 a 0 no Primavera/Jardim Panganiello e se classificou para a próxima fase, com seis pontos. O SDX é o segundo, com quatro pontos. Primavera tem um ponto e o Elba ainda está zerado.

 

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

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Voz do Terrão: Raízes/Vila Formosa segura União Gleba e avança para 3º fase da Kaiser
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Foi um jogo empolgante. No domingo, o Raízes/Vila Formosa venceu o União Gleba do Pêssego/Itaquera por 2 a 1. A partida valia pelo grupo L- 35 da Etapa 2 da Copa Kaiser e foi realizada no Estádio Nicolau Alayon, do Nacional (também conhecido como Arena Kaiser), na Barra Funda/ SP. No outro jogo do grupo, X do Morro/ AE Carvalho venceu o Brasão/Cangaíba por 2 a 1.

Duas boas equipes, Raízes e União Gleba do Pessego EC entraram em campo fazendo contas para a classificação. A equipe da Vila Formosa vinha de uma vitória. O União perdeu na primeira rodada. Além disso, a grande torcida que marcou presença no estádio ajudou a acelerar o ritmo da partida. Dentro das quatro linhas, o que se viu foi um jogo sem violência, em que a arbitragem teve pouco trabalho, mesmo com o gramado molhado.

OS MELHORES LANCES DE RAÍZES 2 X 1 UNIÃO GLEBA

O Raízes pressionou o tempo todo, sem relaxar. O objetivo era manter os 100% de aproveitamento na segunda fase e pensar mais alto no torneio. Logo no início, encontrou boas oportunidades de gol. Com o domínio das ações, só saiu para o ataque nos momentos certos, para garantir a classificação antecipada.

Já o União Gleba do Pêssego também atacou sem medo e encontrou boas jogadas, tanto nos contra-ataques, quanto nas jogadas construídas pelo meio-campo e pelas laterais. A equipe adversária, porém, estava bem atenta e permitiu só um gol. Não foi suficiente e a derrota deixou a equipe em situação difícil na competição.

Logo no primeiro minuto de jogo, André, do Raízes, já chegou com perigo. Dentro da área do União Gleba, chutou forte, por cima. Na reposta, o União Gleba foi ao ataque. Nilson foi derrubado e, na cobrança de falta, Bruno mandou por cima do travessão.

O Raízes marcou aos 15min, em um bate-rebate na área. A bola sobra pra Bessaco colocar no fundo do gol, fazendo 1 a 0. A equipe do União Gleba foi para cima e quase empatou aos 16min. Walace recebeu na área, girou e chutou por cima. Aos 34min saiu o segundo gol do Raízes. André tabelou com Fabiano, que pensou rápido e, de bico, chutou no cantinho rasteiro, no lado direito. Raízes 2 a 0.

Na segunda etapa, o jogo foi emocionante também. O Raízes ajustou sua linha defensiva, evitando pressão pra cima de seu goleiro. Após descuido do Raízes, o União Gleba quase diminui o placar. Aos 15min, Danilo ganhou a bola e tocou para Bené, que chutou um canhão próximo ao travessão. Seis minutos depois, o Raízes teve chance de ampliar. Bruno driblou o goleiro e, quando chutou, a defesa salvou.

Apesar de tentar muito, o União Gleba só conseguiu o seu gol aos 34min. Dú cruzou na medida para Cara Preta. De cabeça, mandou no canto, no fundo gol. Foi o último lance de perigo do jogo.

Além de vencer o jogo, o Raízes ainda teve o melhor jogador em campo, o zagueiro Val, que jogou com muita determinação. O grupo L-35 ficou assim: Raízes com 6 pontos, X do Morro e Brasão com 3 pontos e União Gleba na lanterna, zerado.

 

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

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Voz do Terrão: Inter/Moinho Velho empata no final e continua invicto na Copa Kaiser
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A temperatura estava baixa. Os bairros de São Paulo sofreram com a chuva. Mas isso não prejudicou muito a segunda rodada da segunda fase da Copa Kaiser 2013. Em campo, uma verdadeira partida da Champions League (pelo menos no nome): Internacional do Moinho Velho e Real Madri de Paraisópolis. Com nomes tão pomposos, o empate em 1 a 1 caiu bem.

O Inter vinha de uma sequência de quatro vitorias – a última por 1 a 0 contra o Mãe Sara/V. Sta Catarina. Já o Real subiu da Série B no ano passado e estreou na etapa 2 com derrota por 3 a 1 para o Renascente/Jd. Umuarama.

Com o 1 a 1, o Inter continua invicto, a exemplo de mais três equipes da Copa Kaiser: Jardim São Carlos, Ajax, da Vila Rica, e Praça, de Pirituba. O time lidera o grupo S-14, com quatro pontos, ao lado do Renascente. Ambos se enfrentam na próxima rodada e um empate classifica ambas para próxima fase. No outro jogo do grupo, o Real enfrenta o Mãe Sara. Os dois tem um ponto marcado e terão que fazer sua parte e contar com o resultado positivo de um dos rivais para passar de fase.

O jogo

A partida começou com bom toque de bola das duas equipes, que demonstraram ser bem técnicas. A bola rolava fácil, sem chutão. Todos tratando a redonda com carinho. Quem chegou primeiro ao ataque foi o Real, aos nove minutos. Renatinho cruzou e o goleiro Rui saiu dividindo a bola nos pés do atacante. A bola sobrou para Neilson bater sem goleiro e abrir o placar para o Real.

Depois do gol, o Inter começou a se impor  em campo. E logo aos 13 minutos quase marcou. Betinho recebeu na entrada da área e bateu firme. O goleiro Gilson fez a defesa parcial. No rebote, Thiago tocou para Rafinha, que bateu de primeira. A bola foi fazendo curva e acabou saindo.

No ataque seguinte, aos 18min, Betinho cobrou escanteio na medida para o zagueiro Bibica. Ele subiu sozinho e cabeceou para fora. A bola passou raspando o ângulo do Real. O goleirão Gilson ficou torcendo para que a bola saísse.

Aos 22min, novamente o Inter chegou com perigo. Rafinha foi esperto, bateu falta curta para Carroça, que lançou Rodriguinho. Em ótimas condições, ele se enrolou na hora de concluir para o gol e deu um chute esquisito. A bola acabou batendo nos pés do goleiro Gilson, que foi rápido e fez a defesa evitando o empate.

Aos 24min, o ótimo camisa 10 do Inter, Rafinha, lançou Rodriguinho. Ele bateu rasteiro no canto e obrigou o goleiro do Real a fazer mais uma boa defesa, tirando para escanteio. Na sequência,  cobrança de tiro de canto, a zaga cortou errado. A bola ficou viva dentro da área e sobrou para Rodriguinho, que bateu. O goleiro Gilson, no puro reflexo, fez grande intervenção. No rebote, novamente Rodriguinho se enrolou com a bola e chutou para fora, perdendo grande chance de empatar.

No segundo tempo, o Inter manteve a vontade de buscar o resultado. Aos 3min, Buiu recebeu na entrada da área e arriscou. A bola foi para fora, passando perto do gol. Outra boa jogada rápida do Inter foi aos 10min. Buiu lançou Rafinha, que bateu para o gol e perdeu outra grande chance de empatar a partida. Jogando no contra-ataque, o Real chegou com perigo aos 17min: boa troca de passes, Saulo mandou para Cocada, que bateu forte no meio do gol. O goleiro Rui, do Inter, estava bem colocado e fez a defesa. A resposta da equipe do Moinho Velho veio aos 23 minutos. Sempre ele, Rafinha, tocou para Rodriguinho, que só rolou para Diogo chutar para fora.

O Real quase ampliou em contra-ataque rápido, que pegou a defesa do Inter escancarada. Saulo, que foi um dos artilheiros da Série B ano passado, saiu do seu campo e ganhou na corrida dos marcadores. Na hora da conclusão, o chute saiu mascado. Mesmo assim, o goleiro Rui ficou vendido no lança, só olhando a bola indo em direção ao gol. A sorte foi que um dos zagueiros se recuperou no lance e tirou a bola, evitando o gol.

As emoções estavam guardadas para o finalzinho. Quando o árbitro da partida deu três minutos de acréscimo, o Inter foi com tudo buscar o gol de empate. A bola foi lançada na direita e Buiu cruzou na medida. Era a chance que Rodriguinho tinha de se redimir de tantos gols perdidos. Dessa vez, ele caprichou e empatou a partida, no último lance de perigo do jogo.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas.

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Jogador infiltrado: Várzea e apelidos. Não tem essa de politicamente correto
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UOL Esporte

Hoje em dia está cada vez mais complicado catimbar, brincar e provocar no futebol profissional. Quando era garoto, vi muito jogador usando esses artifícios para tirar o rival de campo. Muitas vezes dava até em um quebra-pau gigantesco. Com as câmeras de TV cada vez mais próximas (e captando os mínimos detalhes), o futebol profissional está cada vez mais cheio de regras e moralismo. Muito chato!

Na várzea a história é outra. Não tem essa de câmera ou juiz olhando. Nas quatros linhas vale quase tudo pra ganhar. Já ouvi muita gente dizendo que na várzea os fracos não tem vez. E é isso mesmo. Provocações são normais. Os caras xingam a mãe, passam a mão, cospem na cara. É a estratégia dos menos privilegiados tecnicamente. Não estou defendendo, mas os juízes dizem que, se não for explicito, segue o jogo!

Outra coisa que é muito comum na várzea são os apelidos, que contam muito sobre o cara. Eu ouço sempre alguns inusitados e racho o bico. Já vi jogador chamado de Munrá, Lacraia, Pica-Pau, Paletó, Funeral, Dentadura, Galo Cego, Xixela, Dadinho, Cobrinha, Pé Mole, Da Lua, Rutinha, Yakult, Pardal, Bate-Estaca…

O melhor são as explicações, que nem sempre são as mais óbvias. O Dentadura pode ser um cara que realmente usa dentadura – acredite, na várzea é bem comum achar um desses. Mas também pode ser aquele dentuço ou o “negão” que está sempre rindo, mostrando os dentes. O Dadinho não é quem gosta do doce, mas o jogador que se parece com o personagem de Cidade de Deus (“Dadinho o C… O meu nome é Zé Pequeno”).

Os Yakults são sempre os mais branquelos do time (OK, o vício nos lactobacilos vivos também são uma causa para o apelido). O Munrá tem bafo. Afinal, ele é a múmia dos Thunderkats. E o Funeral? Sabe aquele cara triste, que tá sempre colocando todo mundo para baixo? É ele. O Da Lua e o Rutinha vem das novelas. Em Mulheres de Areia, o personagem Tonho da Lua sempre dizia que “Rutinha é a boa, a Raquel é má”. Virou sinônimo para quem é meio lento das ideias – ou se parece com o ator Marcos Frota.

Outros são mais ofensivos. O Pica-Pau é narigudo. O Pé-Mole não ganha uma dividida. O Cobrinha tem a ver com a comparação dos “equipamentos” durante o banho. E Lacraia, além da semelhança com a dançarina de funk, tem a ver com um assunto que é tabu no futebol: a homossexualidade.

Muita gente pergunta se existe homossexual na várzea. Existe, sim. Mas é raro isso ficar aberto ao time ou aos torcedores. Não conheço nenhum, mas percebo vários. Dá para perceber no jeito de falar e até no domínio de bola. Daí já viu, né? A provocação triplica. E é ampliada pela torcida. Mas esse assunto é para outra coluna. Dá muito pano pra manga!

A verdade é que tudo depende da qualidade do jogador. Se o cara for bom, não tem torcida ou pressão que segure. Bola na rede é o melhor remédio para provocação e artimanhas. E os jogos ainda podem render boas risadas com nomes, no mínimo, pitorescos!

 


Quando o UOL Esporte mergulhou no futebol de várzea, viu que as pessoas eram atenciosas, mas evitavam alguns assuntos. Quanto os jogadores ganham? Como é a relação jogador/treinador? Torcida tem poder? Para responder a tudo isso, o Papo de Várzea encontrou um espião. Ele é um veterano do futebol amador que aceitou contar  os segredos do futebol amador. A cada mês, um tema novo!

SDX mostra o que é jogo duro. Que o diga o Jardim Elba…
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UOL Esporte

O SDX, da Cidade Tiradentes, é um dos times mais competitivos do futebol de várzea de São Paulo. E quando falamos em competitivo, pense no bom e no ruim que essa afirmação traz. Eles não se rendem. Tentam a vitória a cada minuto. Nem que tenham de usar a força bruta para isso…

Foi assim o jogo do último domingo, contra o Jardim Elba. O time saiu perdendo (com gol do volante Claudecir, ex-Palmeiras), mas buscou a virada. E quase levou o empate nos dois últimos lances do jogo. Confira na crônica de Carlão Carbone:

 


Raízes vence União da Gleba. E preste atenção em Val, tão figura quanto o irmão, Gilmar Fubá
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UOL Esporte

Choveu bastante no fim de semana em São Paulo e o campo do Nacional, na Barra Funda, sofreu um pouco. Quem aproveitou isso foram os atacantes. O Raízes, da Vila Formosa, venceu o União Gleba do Pêssego por 2 a 1 com ajudinha do barro na área dos goleiros. Detalhe importante: o melhor do jogo foi Val, irmão do campeão mundial pelo Corinthians Gilmar Fubá.

 

Zagueirão viril, parecido com Cléber, aquele do Palmeiras. Mas Val é tão figura quanto o irmão. Quer a prova? Olhe o diálogo (que foi mais ou menos assim):

Val, você acha que o Coritnhians errou ao dar uma chance para o seu irmão, não para você?

Acho que não. Se fosse eu, talvez tivesse gastado tudo!


Internacional do Moinho Velho: torcida vem do berço
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Aposto que você já tinha esquecido: mas a camisa do Papo de Várzea/Amigos da Várzea ainda não tinha sido entregue. Até este domingo. Na última rodada da Copa Kaiser, o blog foi até o CDM Dorotéia, no bairro de Pedreira, para conhecer o vencedor.

Helder Rizzi, de 25 anos, levou a camisa. Ele é jogador do Internacional do Moinho Velho e filho de um dos fundadores do clube. “Acompanho o time desde os quatro anos. Desde os 14 anos jogo. Vale tudo, primeiro quadro, segundo quadro. Estou aqui para ajudar”, diz o goleiro (reserva).

Neste ano, o time vem fazendo uma das melhores campanhas do torneio até aqui. Nas primeiras quatro rodadas, quatro vitórias. O primeiro “tropeço” veio justamente quando o Papo de Várzea estava assistindo (Pé frio? Esse tema ainda é alvo de discussão na nossa redação…).

No domingo, o time enfrentou o Real Madri, de Paraisópolis – que foi muito bem na Série B do ano passado. E sofreu para empatar em 1 a 1. Levou o gol no começo do jogo, pressionou durante os 70 minutos (os jogos da Kaiser tem 35min em cada tempo) e o empate só veio nos acréscimos do segundo tempo.

Vamos torcer para que a campanha continue em alta. Afinal de contas, o Inter completa 40 anos em 2013. O que melhor do que brilhar no principal torneio da várzea de São Paulo para comemorar?

E, aproveitando, para quem está cobrando mais detalhes do jogo: o parceiro do blog Edu Lima, participante ativo do Voz do Terrão, estava no Doroteia e vaio mandar o relato detalhado do empate. Enquanto isso, dê uma olhada nas fotos da competição:

 


Ajax, Praça e São Carlos mantêm campanha perfeita na Copa Kaiser
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UOL Esporte

  • ATENÇÃO: no vídeo, alguns torcedores comemoram o gol com palavrões

O atual campeão da Copa Kaiser sofreu. No meio do barro, o Ajax, da Vila Rica, fez apenas um gol, sofrido, de cabeça, mas bastou. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Garotinho, do Jardim Nove de Julho, a equipe manteve a campanha perfeita na Copa Kaiser 2013.

Outros dois times que chegaram com quatro vitórias à rodada também venceram, com muito mais facilidade. Também na Zona Leste, o Jardim São Carlos, de Guaianases, bateu o Cruz Credo, da Vila Formosa, por 3 a 0. E na Zona Oeste, o Praça, de Pirituba, fez 3 a 1 no Iguape, do Jardim Iracema.

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