Papo de Varzea

Segunda divisão: a várzea tem e pode ser divertida
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O Palmeiras está jogando a Série B do Brasileirão e, com isso, a Segundona voltou a ser assunto de discussão. Se você acompanha o Papo de Várzea, sabe que a Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador de São Paulo, tem uma Série B. Mas sabe exatamente como ela funciona?

Bom, a parte burocrática, do regulamento, está lá embaixo. Vamos falar do que interessa. Do que rola quando a bola… rola. O clichê do profissional também vale na várzea. Na Segundona, os jogos são mais pegados. Ás divididas são mais duras e, na maioria das vezes, a técnica fica de lado. Parceiro do blog, Carlão Carbone acompanhou dois jogos da Série B da Kaiser nas últimas semanas. Dê uma olhada:

Jogo de Segundona: São Jorge se classifica

 

Série B na várzea é pegada: União vence com um a menos

 

Bom, agora para a parte burocrática. Sabia que um time rebaixado em uma temporada pode conseguir voltar para a elite no mesmo ano? Funciona assim: a Série A começa em março. Ao final da Etapa 1, 48 times são rebaixados. A Série B começa em maio, já com esses times que saíram da elite.

A fórmula é relativamente simples. A cada ano, a organização define torneios seletivos, disputados em campos pela cidade, que valem 36 vagas na Segundona. Sempre em maio, o torneio começa com 144 times, divididos em 36 grupos. Destes, 108 são remanescentes da temporada anterior e 36 chegam das seletivas.

Ao final da Etapa 1, os 40 piores índices técnicos são rebaixados (seguindo uma divisão por zonas) e 72 passam para a segunda fase, se juntando aos 48 times que vieram da Série A. A cada fase, dois times se classificam em cada grupo. O acesso à Série A para os classificados para as oitavas de final nas Zonas Norte, Sul e Oeste (oito times em cada) ou, no caso da Zona Leste, para os 24 times classificados para a Etapa 3.


Da Copa Kaiser ao Brasileirão, com parada na Suíça: a história de Matteus, novo volante do Atlético-PR
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Site do Atlético-PR

O sonho de qualquer moleque é jogar futebol em um clube grande. Mas, na maioria das vezes, o caminho para isso é o mais difícil possível. O meio-campista Matteus que o diga.

Na semana passada, foi apresentado como reforço do Atlético-PR. Chegou, finalmente, à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Prêmio para dois anos em que o “diamante da várzea” pastou para conseguir brilhar.

Para quem não conhece, Matteus é cria das escolinhas do Pioneer, da Vila Guacuri. Ele era o grande maestro do time que foi campeão da Copa Kaiser de 2010 – a edição São Paulo e a nacional. Antes disso, tinha ajudado o Água Santa, time que hoje está disputando a Série B do Paulista (o equivalente à quarta divisão estadual), ao bicampeonato invicto da Divisão Especial do Amador de Diadema, um dos torneios mais difíceis do futebol de várzea brasileiro.

Com ele em campo, os azuis da Zona Sul ficaram 93 partidas invictos. Seu impacto era tanto que, no torneio de 2012, o primeiro sem o meio-campista, o Pioneer deixou a Copa Kaiser ainda na segunda etapa.

Foi um ano antes, em 2011, aliás, que começou o calvário do jogador. Após 2010, ele passou a chamar atenção de empresários. No ano seguinte chegou a proposta que mais agradou. No meio daquela Kaiser, ele aprontou o passaporte e foi tentar a sorte na Suíça.

O problema é que saiu da divisa entre São Paulo e Diadema machucado. Uma lesão muscular o incomodou durante os seis meses de avaliação no Zurich, da capital suíça. Não ficou. Ao voltar, a dúvida: será que o futebol profissional era para ele? Após seis meses no frio, tentar mais um pouco no Brasil não era problema.

E as coisas começaram a dar certo – mais ou menos… Disputou o Paulistão de 2012 pela Portuguesa Santista. O time jogou a “Bezinha” de São Paulo e não foi nada bem. Das dez partidas, perdeu sete e empatou as outras três. Matteus foi titular do time em nove partidas. O desempenho individual, porém, valeu e, no fim do ano, ele já estava no Independente, de Limeira.

No time do interior, já deslocado para a função de segundo volante, finalmente chamou a atenção dos grandes. Dos 25 jogos do Independente, foi titular em 16. Acabou o torneio como o quarto artilheiro da equipe, com três gols.

Agora, o desafio é conquistar espaço no Atlético-PR. “Vir para um time grande como Atlético Paranaense é uma oportunidade excelente em minha vida. Cada dia que passa tenho que trabalhar e me dedicar nos treinamentos. Quando a oportunidade aparecer, tenho que estar bem para desenvolver meu trabalho”.

Se depender da torcida do Papo de Várzea, quando a chance aparecer, ele não sai mais do time!


Aos 25 anos, ainda dá para ter sucesso no futebol profissional? Ramires, campeão com Ajax, vai descobrir
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Nos últimos dois anos, um mistério matutava na cabeça do pessoal do Papo de Várzea. Toda vez que passava por um jogo do Ajax, da Vila Rica, um jogador chamava atenção. Ramires tinha, na época, 24 anos e não se encaixava no perfil do varzeano.

Alto e rápido, tinha bom domínio de bola, passes precisos, parecia estar em todos os setores do campo, responsável por fazer o jogo rodar. O que mais altava aos olhos, porém, era seu histórico no futebol. Ou melhor: a falta dele.

Mesmo com um biótipo perfeito (baixinho bom de bola é fácil achar, mas um cara grande, canhoto e que joga o fino da bola é raro…), ele nunca tinha tido uma chance no futebol profissional. Até chegou a fazer parte dos times da base do São Paulo, mas nunca chegou a assinar um contrato. Quem o via em campo logo perguntava: o que esse garoto tem de errado para não estar no futebol profissional?

Em 2013, após Ramires conquistar o título da Copa Kaiser com o Ajax, dirigentes de um time da Segunda Divisão do Campeonato Paulista (que equivale, na verdade, ao quarto nível estadual) resolveram conferir. O pessoal do Taboão da Serra o viu jogando na Copa Kaiser e fez o convite para alguns testes.

Não era a mais convidativa das ofertas. Para quem não sabe, a “Bezinha” tem um limite de idade e cada clube só pode jogar com três atletas com mais de 20 anos. Ramires, aos 25 e sem nenhuma experiência profissional, teria de lutar por uma vaga com ex-profissionais rodados – para se ter uma ideia, um dos companheiros veteranos dele é o goleiro Sérgio, ex-Palmeiras, de 43 anos. Mesmo assim, foi aprovado.

Chegava, então, a hora de decidir se aceitava ou não o convite. Neste momento, você, leitor, pode pensar que era uma decisão fácil. “Vai lá, diz sim e tenta realizar o sonho”. Mas não é bem assim.

Imagine o caso. O garoto tem de sustentar a família. Tem uma oferta de um clube profissional, mas de divisões menores. O salário pode ser razoável, mas sempre existe a chance de atrasos (ou, pior, do calote puro e simples). Na várzea, o salário não é fixo, mas somando os bichos das três, quatro partidas por semana, no fim do mês o dinheiro pode ser razoável. Era o caso do meio-campista, que sobrevivia justamente dos bichos – que ganhava jogando, muitas vezes, por três, quatro times diferentes.

Resolveu tentar. “Eu já tinha desencanado de ser profissional. Mas apareceu a oportunidade e resolvi tentar mais uma vez. Vamos ver se dá certo”.

Se depender da torcida dos amigos, vai sim: “É uma porta que se abriu para ele e a gente só pode torcer para que dê certo. Ele é um meia canhoto, que marca e define bem. Um grande jogador. Se Deus quiser, vai dar certo”, torce o técnico do Ajax, Robson Melo.


Voz do Terrão: XI Garotos da Lapa é campeão da II Copa Pelezão de Futebol
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Embalados pelas conquistas de 201 e 2012, o XI Garotos da Lapa Futebol Clube e sua diretoria, ao lado dos profissionais de educação fisica Igor Savala e Wesly Otoni, resolveram criar uma competição. O objetivo era ranquear as equipes da região e oferecer um evento que aumentasse o nível do futebol amador na região.

DESTAQUES DA COMPETIÇÃO
Artilheiro: Alexandre Chichito (Valência) – 6 gols
Destaque: Erick Oliveira (XI Garotos da Lapa)
Melhor Goleiro: João Nackson (XI Garotos da Lapa)
CLASSIFICAÇÃO FINAL
1º. XI Garotos Da Lapa
2º. Valencia EFB
3 º. AE Bagaceira
4º. Onze De Maio

A II Copa Pelezão de Futebol 2013 veio com força total e mobilizou não só 16 equipes da Lapa, mas muitas outras e de outros bairros e regiões. O nome é uma homenagem a uma das primeiras competições da região, idealizada pelas equipes do bairro e por Barreto, então diretor do Clube Escola Lapa – Pelezão.

O torneio teve 16 vagas abertas. Os primeiros confirmados foram oito equipes que detinham horários no Pelezão, aos sábado à tarde e domingo (manhã e tarde). Sem elas, a dificuldade para montar a tabela da competição seria maior. Outras oito equipes foram convidadas. No total, foram formados quatro grupos – em uma disputa forte em busca desse grande titulo.

Em cada jogo foi eleito o jogador destaque. Já a equipe campeã levou, além de troféu e medalha, um jogo de uniformes com 22 conjuntos. Isso apimentou ainda mais a disputa, que por si só já elevava o seu nível graças aos clássicos regionais.

Atual campeão da região Lapa dos Jogos da Cidade (de forma invicta) e campeão municipal no estádio do Pacaembu, os XI Garotos da Lapa se tornaram a grande referência na competição. Por outro lado, muitas outras equipes surgiram fortes para lutar por esse troféu. Botafogo da Vila Leopoldina, Valencia EFB, AE Bagaceira, Acomex, Onze de Maio, Força Jovem e Leões da Lapa foram os grandes destaques ao se classificarem para a fase final.

Jogos emocionantes e com muita disputa marcaram cada confronto de quartas de final. Muitos torcedores e dirigentes foram firmes a afirmaram que muitos jogos poderiam, sem sombra de dúvidas, valer como o jogo da final da competição. Alguns exemplos foram XI Garotos da Lapa 3 x 1 Botafogo Vila Leopoldina e Valencia EFB 2 x 1 Acomex.

Não foi diferente na semifinal, que teve dois placares elásticos: o Valencia EFB goleou por 5 a 0 e o XI Garotos da Lapa venceu por 3 a 0.

Na final, o coordenador de esportes da Seme (Secretaria de Esportes e Lazer do Município de São Paulo), Paulo Pavam, deu pontapé inicial. O juiz responsável pela decisão foi Marcelo Alfieri, da Federação paulista, escalado pela AAGSP (Associação de Árbitros da Grande São Paulo).

Os finalistas eram duas grandes equipes. De um lado, o Valencia EFB, formada por jovens que em sua maior parte moram na região. Durante todo o torneio mostraram um perfil muito aguerrido e chegaram à final com uma campanha invicta. Do outro lado, a equipe dos XI Garotos da Lapa, com um perfil forte e competitivo, uma defesa sólida e um ataque criativo e muito rápido – e também chegou invicto.

Foi quinta final consecutiva nos últimos dois anos do XI Garotos, graças à liderança de Xaxá, o presidente-técnico, Nelson, o segundo treinador, e Paulo, auxiliar e dirigente. A experiência valeu e os XI Garotos levaram o titulo da competição ao vencer a equipe do Valencia EFB por 3 a 1. A campanha invicta teve seis jogos, cinco vitórias e um empate, incluindo dois gols sofridos e 12 feitos.

O AE Bagaceira conquistou o terceiro lugar com uma grande virada. Estava perdendo por 2 a 0 e fez 3 a 2 em menos de 20 minutos.

O texto foi enviado pelo pessoal do próprio XI Garotos da Lapa.

 Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pela nossa página no Facebook ou pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Voz do Terrão: Renegados vence Arcos e se reabilita na Série B da Copa Kaiser
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O domingo foi de grandes jogos na cidade de São Paulo pelo futebol amador. Pela Série B da Copa Kaiser, o Renegados/Jardim São Bernardos venceu o Arcos/Jardim Consórcio por 1 a 0, no Caldeirão do Iporanga.

A partida começou às 11h40 e, mesmo com o sol do meio-dia na cabeça, teve alta velocidade, com as equipes procurando o gol de qualquer maneira. Em alguns momentos, inclusive, deixaram sua retaguarda desprotegida. Foi um jogo bastante movimentado, os rivais gastaram muita energia e venceu a experiência.

A equipe do Renegados jogou pra frente. É um time respeitado na região do Grajaú, impôs seu ritmo com paciência e experiência . Com um meio-campo veterano, esperou o jogo fluir e as jogadas aparecerem. O gol surgiu, a vitória se confirmou e o time chegou aos quatro pontos no torneio.

O Arcos também jogou muita bola. Não saiu de qualquer maneira para o ataque. Buscou sempre as laterais, por onde conseguiu suas melhores oportunidades. Pena que não foram suficientes para empatar a partida. Não foi um dia bom para a jovem equipe do Arco: com a derrota, segue sem nenhum um ponto na competição. No mesmo grupo estão Santa Amélia, de Santo Amaro (4 pontos),  e São Lourenço/Jardim São Lourenço (2 pontos).

O jogo

Os melhores lances na primeira etapa não demoraram a aparecer. Logo aos quatro minutos, o experiente Eduardo ajeitou para o lateral Everton, que fuzilou por cima do gol do Arco. Aos sete, Everton Santana, do Renegados, tocou para o experiente Gustavo mandar de primeira, rente ao travessão.

A equipe do Arco teve ótima chance aos 15 minutos. Após furada da zaga do Renegados, William aproveitou a sobra de bola e tocou para Michel, que chutou em cima do goleiro. A outra boa chance da primeira etapa veio aos 28 minutos, em roubada de bola de Luiz Fernando. Ele lançou William, que encheu o pé. A bola tirou tinta por cima do travessão.

No intervalo, o Arco já fez substituição. O Renegados manteve o time e centralizou o jogo pelo meio de campo, sua grande referência. Com isso, pressionou nos primeiros minutos. Aos 3min, Michel lançou Gustavo, que chutou na defesa. Na sobra, Eduardo emendou de primeira. O goleiro do Arco segurou firme.

Aos 4min, o Renegado fez o gol da vitória. Everton Santana cruzou na medida para Victor Mello. De cabeça, encobriu o goleiro e colocou no fundo da rede.

O Arco tentou de todas formas empatar a partida, mas não conseguiu. Teve uma boa chance aos 23min. Guilherme carregou a bola e chutou forte. A bola passou perto do travessão. A última chance foi nos acréscimos, aos 36 minutos. Luiz Fernando cobrou falta na área, para uma jogada ensaiada. Ueslei perdeu de baixo do gol, chutando pra fora.

O Renegados foi merecedor da vitória e ainda teve o melhor jogador da partida: Victor  Mello.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

 

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Voz do Terrão: R- 2 Debony/Parque Dorotéia segura empate diante do Bafômetro/Heliópolis
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No principal clássico da zona sul no último domingo, Bafômetro e R-2 Debony empataram em 1 a 1 em um jogo eletrizante no Caldeirão do Iporanga.  A partida teve inicio as 13h35 pela Etapa 2. Era a segunda rodada do Grupo S-9, com Ouro Preto/Jd.Iporanga, ABC/Pedreira, Bafômetro e  R- 2 Debony, uma das chaves mais equilibradas da região. Na primeira rodada, Ouro Preto e R- 2 Debony FC venceram.

A partida começou a todo vapor, lá e cá. Forte marcação, jogo tenso e nervoso, muitos contra-ataques, belos passes, dribles e jogadas geniais. As equipes queriam gols de qualquer jeito, sem medo de serem atacadas.  Garra e belas jogadas deram o ar do espetáculo e a arbitragem bem segura conduziu a partida proibindo a violência.

O R-2 Debony entrou motivado pela ótima campanha na Copa Kaiser conquistando bons resultados. Essa motivação fez com que, logo no primeiro minuto, saísse o primeiro gol. Após um ataque perigoso do Bafômetro, no contra-ataque o  R- 2 Debony pegou a defesa adversária desaquecida. Edilson recebeu na intermediária e tocou para Jonathan, que chutou rasteiro no canto direito do goleiro.

Em desvantagem, o Bafômetro partiu pra cima. O empate saiu aos 29 minutos. Na pressão para marcar o gol, Leandro passou por três marcadores e tocou para Rodrigo Brito, o Goiaba. Ele ajeitou e colocou de canhota no canto direito do goleiro. A bola só parou no fundo da rede.

O gol acabou dando para Goiaba o prêmio de melhor da partida. Para fazer justiça, ele realmente foi aquele que mais deu trabalho ao adversário. Chutou, driblou e usou a velocidade para evitar a derrota do Bafômetro.

O outro jogo do grupo também terminou empatado. No campo do Anhanguera, Ouro Preto ficou no 1 a 1 com o ABC/Pedreira.  Com os resultados, Ouro Preto e R-2 Debony dividem a liderança com quatro pontos. E ABC e Bafômetro dividem o terceiro lugar, com um.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

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Voz do Terrão: Unidos da Vila é campeão do 3º campeonato Especial de Diadema
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Não bastou chegar ao jogo podendo empatar, o histórico de ser o atual campeão ou jogar em casa. O Unidos da Vila, do Jardim Campanário, superou não só o Grêmio Eldorado, mas também todas as vantagens do rival e conquistou o título da Divisão Especial do 3º Campeonato de Diadema de Futebol Amador. O troféu veio com uma vitória por 3 a 1 no estádio do Jardim Inamar.

As equipes já tinham se enfrentado duas vezes em 2013, com vantagem para a equipe do Grêmio, com uma vitória e um empate. As duas torcidas fizeram a festa e compareceram em peso para prestigiar a grande final.

A partida começou quente, com a equipe do Unidos da Vila indo pra cima. Logo de cara, aos três minutos, veio o primeiro lance de perigo: André tocou para Rodnei, que arriscou do meio da rua. O goleiro Celso, do Grêmio, fez boa defesa, segurando firme.

Aos 18 minutos, o Grêmio fez pressão e a defesa  do Unidos cedeu. Braz roubou a bola e tocou para Uochiton Baraúna, que deu um corte no marcador e tocou para Marcinho. Ele que só ajeitou e bateu firme no canto do goleiro Fofão. Ele pulou mas não teve jeito: Grêmio 1 a 0.

Com o placar aberto, o Grêmio ficou só administrando o resultado, tocando a bola. Mas a equipe do Unidos não se abateu e foi para o ataque. O gol de empate saiu aos 38 minutos, em cobrança de escanteio de Rodnei na cabeça do zagueiro Willians, que foi lá no alto e testou firme para colocar fogo na partida.

Logo depois do gol a equipe do Unidos foi buscar a virada. Quase conseguiu aos 40 minutos do primeiro tempo. Rodnei recebeu a bola no meio campo e bateu forte, dando susto no goleiro Celso, do Grêmio. No último lance do primeiro tempo, o Unidos passou perto novamente. Pitucho brigou no alto e a bola sobrou para Andre. De primeira, ele tocou para De, que bateu cruzado. A bola passou na frente do gol e foi para fora.

A segunda etapa começou com a equipe do Unidos atacando, querendo buscar o resultado. No segundo minuto, Marquinhos fez boa jogada e tocou para Pitucho. Ele driblou o zagueiro e bateu cruzado, a bola passou perto.

Aos 8 minutos, bom ataque do Grêmio: bola rápida na direita, França bateu cruzado. Uochiton Baraúna, que acompanhava o jogo, vacilou e a zaga chegou junto, evitando o segundo gol do Grêmio. Outro bom ataque do Grêmio veio aos 12 minutos, mais uma vez com Uochiton Baraúna. Ele recebeu no meio campo e fez boa virada para Thiaguinho, livre na direita. O atacante levou para a linha de fundo e cruzou na cabeça de Uochiton Baraúna. O baiano subiu com estilo, mas testou para fora, perdendo outro bom ataque.

Depois dos bons ataques do Grêmio, o Unidos acordou na partida. Aos 21 minutos, Rodnei bateu falta e a bola pingou na frente do goleiro Celso, que ainda estava com a visão encoberta. Mesmo com muita gente na sua frente, fez grande defesa, no reflexo, colocando a bola para escanteio.

Aos 23 minutos, De recebeu a bola na intermediária e arriscou o chute, que saiu forte e rasteiro no canto. O goleiro Celso teve trabalho. Fez a defesa parcial, Felipinho pegou o rebote e bateu para fora. A resposta do Grêmio veio aos 30 minutos. Marcinho, artilheiro do campeonato com 14 gols, bateu falta e a bola explodiu no travessão e saiu. A torcida do Grêmio gritou gol.

Aos 33 minutos do segundo tempo, Pitucho fez ótima jogada na ponta direita e cruzou. De chegou batendo de primeira, no contra pé do goleiro, para fazer o gol da virada do Unidos. Precisando do gol de empate, a equipe do Grêmio foi para o ataque. Rinaldo bateu lateral rápido para Willian, que fez o giro no zagueiro e bateu cruzado. A bola passou perto do goleiro Fofão e saiu pela linha de fundo.

O terceiro gol sacramentou o título do Unidos. Aos 45 minutos do segundo tempo, o goleiro Fofão repôs a bola rápida e pegou a equipe do Grêmio desprotegida. Pitucho, sozinho, dominou e bateu forte. Ainda contou com a sorte: a bola desviou no zagueiro e entrou no cantinho, matando o goleiro Celso, que ficou vendido no lance.

Depois do apito final, foi só festa para o lado do Unidos da Vila. Jogadores, diretores e torcedores, todos emocionados. Pelo lado do Grêmio, a tristeza era visível em todos.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Conheça o time do bairro nobre que faz sucesso na várzea
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Futebol de várzea combina com bairro nobre? No 1º de Maio, do Tatuapé, sim. A sede da equipe fica no coração do bairro de Anália Franco, uma das regiões mais valorizadas da Zona Leste de São Paulo. E, na Copa Kaiser, o time está muito bem, obrigado.

Pela Etapa 2, venceu no último domingo o Pau Queimado, também do Tatuapé, por 3 a 0, com show de Léo e Carlão (na foto, com a bola). O primeiro marcou duas vezes. O segundo fez um gol e foi eleito o craque do jogo pelo pessoal da Várzea na TV.

 

O time tem alguns detalhes curiosos. O terreno, que tem uma cancha de bocha desativada e uma quadra de futsal, é alvo de especulação imobiliária há anos. “Já ofereceram milhões para erguer prédios de luxo. Mas não vendemos. Temos mais de 70 anos de história. Quando chegamos aqui era tudo mata. Há 20 anos começou a valorizar. Perdemos nosso campo, mas não vamos perder a nossa sede”, conta João Donizetti, técnico e diretor de esportes do clube.

Além disso, o artilheiro Carlão é um capítulo a parte: há três temporadas no 1º de Maio, ele passou pelo futebol de Omã, no Oriente Médio, mas não se adaptou. E o motivo é engraçado: sem conseguir conquistar nenhuma garota local, ficou sem “namorar” por oito meses.


Lendas da Várzea: Quando um pitbull entra em campo
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Essa Lendas da Várzea vai ser um pouco diferente. Normalmente, neste espaço o Papo de Várzea deixa o próprio personagem contar a sua história. Dessa vez, nós mesmo vamos contar a história de como um jogador transformou um mascote em símbolo da união entre time e comunidade.

Quem já passou pela Casa Verde para ver uma partida de futebol de várzea sabe que o mascote do Nove de Julho, um dos times mais populares da região, é o Pitbull. Mas sabe como foi que a torcida abraçou o símbolo? Foi graças a um atacante, o Fernando.

Nascido e criado na Casa Verde, ele começou sua carreira de varzeano em um rival do Nove. Era jogador do Mangaba e, ainda hoje, guarda com carinho os duelos contra o time rubro-negro. Com o tempo, sempre se destacando, ele acabou recrutado para o time. Irreverente como só ele, resolveu procurar uma maneira de homenagear o time.

“Logo lembrei das máscaras. Paulo Nunes e o porco, sabe como é. Resolvi procurar uma de pitbull”. Mas como fazer para achar uma máscara de cachorro, ainda mais de um pitbull. Na época, a raça estava em alta, mas pela violência – fazendo com que o cachorrão não fosse dos mais populares. “Fui procurar a máscara. Rodei o bairro inteiro. Só achei na 25 de março”.

Restava, então, esperar o momento para a estreia. No primeiro jogo em que colocou a máscara no calção, marcou. Virou Fernando Pitbull. “O pessoal adorou. Fui até em programas de televisão com a máscara”, lembra. O apelido pegou mesmo alguns anos depois, quando ele marcou o gol do título do Nove de Julho nos Jogos da Cidade.

Passou um período longe do time e voltou neste ano, para se aposentar do gramado. “Já tenho 36 anos. Ainda dava para continuar jogando, mas estou cansado. Resolvi parar e nada melhor do que parar na Copa Kaiser. Mas quase não fui inscrito”, conta. “Falaram que iam me inscrever, mas quando vi a lista, não estava meu nome. Sorte que o pessoal do time ligou e conseguiu me colocar de última hora”.


Copa Kaiser já tem seis classificados para terceira fase
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Neste domingo, seis times garantiram a classificação para a terceira fase da Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador da cidade. Destaque para o Leões da Geolândia, da Vila Medeiros, que continua sua campanha perfeita em 2013. Além dele, Pioneer/Vila Guacuri, Paraná Clube/Vila Nhocuné, Carrão, Boa Esperança/São Mateus e Jardim Regina/Pirituba já passaram de fase.

Saiba como foi aqui: Copa Kaiser já tem seis classificados para terceira fase