Time adota numeração bizarra e complica a arbitragem
UOL Esporte
Imagine a cena: o técnico chega à mesa e pede uma substituição. “Entra o 413, sai 913”. Achou inusitado? Pois acontece quase toda semana em jogos do time amador do Leões da Geolândia, da Vila Medeiros. E deixa os árbitros loucos.
No início do ano, quando estavam fazendo o planejamento para a Copa Kaiser 2013, o time da Zona Norte pensou em uma maneira de se destacar. Resolveu adotar a numeração bizarra. Todas as numerações têm pelo menos dois dígitos. A maioria, três. Alguns, até quatro, como o goleiro, 1313. “Foi uma ideia minha e do Nilton, que também é diretor. O ano é 2013 e resolvemos colocar um 13 nos números. Foi para ser diferente mesmo”, fala Lima, o presidente do time.
O problema é que a opção não é nem um pouco prática. Em uma das substituições, jogador, mesário e auxiliar tentaram chamar o atleta que iria sair pelo número. Não funcionou. Precisaram chamar pelo nome. Só assim a troca foi feita.
Sem contar nos problemas quando o juizão tem de advertir a equipe. “Complica bastante. Toda vez que eu tenho de apresentar um cartão, seja amarelo ou vermelho, tenho de parar para fazer a anotação. E com esses números, ainda preciso pedir pro jogador virar. E o jogador que esta sendo punido já está de saco cheio. Você precisa ser mais enérgico”, reclama o árbitro Francisco Carlos Ruffino.
Entre os atletas, a numeração alta também não agrada. “Pra falar a verdade, é meio embaçada. A diretoria resolveu fazer, é diferente, tudo bem”, diz o atacante Capetinha, destaque das duas vitórias da equipe em 2013 na Kaiser – e que, no dia em que conversou com o Papo de Várzea, precisou se virar para contar que estava usando o número 134.