Papo de Varzea

Arquivo : novembro 2013

Amizade/Malhadão bate Unidos do Santa Maria no Amador de Diadema
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Na semana passada, a bola rolou na última rodada da segunda fase da 3ª divisão do Amador de Diadema. No campo de Piraporinha em Diadema, o Amizade/Malhadão venceu o Unidos do Santa Maria por 4 a 2. Com a vitória, o Malhadão se classificou para a semifinal e ainda garantiu o acesso para a segunda divisão no ano que vem.

A partida começou com com muito toque de bola e sem lances de perigo. O Unidos do Santa Maria jogava pelo empate e estava cauteloso. O Amizade/Malhadão tinha que correr atrás dos três pontos para subir para a segunda divisão do futebol amador de Diadema.

O primeiro ataque de perigo foi do Unidos. Aos 8 minutos, o atacante Miranda fez ótima jogada na ponta direita e arriscou o chute. De longe, pegou na veia e a bola ia na gaveta. O goleiro Jeferson, do Malhadão, estava atento e fez grande defesa. Buscou no ângulo e espalmou para fora, evitando o gol.

A resposta veio rápida. No ataque seguinte, aos 11 minutos, o lateral direito Henrique lançou o atacante Tampa, que dividiu com a zaga e a bola sobrou limpa para o atacante Chico. Dentro da grande área, ele bateu rasteiro, no canto do goleiro Robson, que fez boa defesa com os pés. A zaga deu um bico para fora, afastando o perigo.

Aos 21 minutos, saiu o primeiro gol da partida. O atacante Frances, artilheiro da competição, recebeu lançamento e ganhou na corrida de zaga. Limpou o goleiro Robson e, quase sem ângulo, bateu para o fundo da rede. O zagueiro ainda tentou tirar, mas não teve jeito. Placar aberto e Amizade/Malhadão 1 a 0.

Nem deu tempo para comemorar e, aos 24 minutos, em falta perigosa, o atacante Miranda bateu com perfeição, sem chances para o goleiro Jeferson. Partida empatada. Com o 1 a 1, o o Amizade/Malhadão foi ainda mais para o ataque.

Aos 31 minutos, o zagueiro Flank bateu falta e o atacante Chico fez a assistência para Frances, que dominou e bateu forte. O chute saiu rasteiro, para fora, passando perto da trave. No último ataque do primeiro tempo, o lateral esquerdo Felipinho, do Malhadão, recebeu lançamento e tentou cruzar. A bola pegou efeito e quase entrou direto. Robson se recuperou e deu um tapinha, colocando para escanteio.

A segunda etapa começou como terminou a primeira: com o Amizade/Malhadão no ataque. Aos 8 minutos, em boa troca de passes no meio campo, Caio deixou Chico sozinho, sem marcação. O atacante pegou errado na bola, que foi para fora. Grande oportunidade perdida.

Aos 11 minutos, o Santa Maria quase conseguiu o impensável: a virada. Miranda fez boa jogada no meio campo e tocou para Leones. Cara a cara com o goleiro, ele chutou em cima do rival. No rebote, o atacante Baixinho bateu fraco e o zagueiro Pele tirou em cima da linha, evitando o gol.

Depois desse susto, o Malhadão parou de perder gols. Aos 16 minutos, saiu um golaço do meio campista Caio. Em bola trabalhada no meio campo, Caio, Robinho e Frances trocaram passes de primeira até o chute do meia, no cantinho do goleiro Robson.

O terceiro gol do Amizade/Malhadão saiu de bola parada, aos 28 minutos. Caio, de novo, bateu falta perto da lateral e a zaga do Unidos deu bobeira. Frances acertou um lindo chute de primeira, no ângulo.

O Unidos sofria na defesa e, no ataque, tinha problemas para colocar a bola para dentro. Aos 32 minutos, o volante Alessandro bateu falta, a zaga do Amizade/Malhadão afastou errado Negueba, sozinho dentro da pequena área, bateu para fora perdendo. Cinco minutos depois, a bola entrou. Chuveirinho na área, a zaga afasta errado e Eder pega o rebote, dentro da pequena área, e diminui o placar.

No último lance da partida, em contra ataque rápido e mortal, o meia Bruninho roubou a bola no seu campo e lançou Frances, que dominou e colocou na frente, ganhando na corrida do zagueiro. Cruzou para Raul que, oportunista, entrou por trás da zaga e colocou nos fundo das redes, decretando a vitória do Amizade /Malhadão por 4 a 2 sobre o Unidos Santa Maria.

 

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Golaços, furadas, defesas milagrosas e frangos: veja melhores vídeos do ano
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Futebol de várzea é um campo cheio para belos momentos. Nem que esses momentos não sejam, aparentemente, tão belos assim. Mas quem gosta de jogar futebol pode apreciar com a mesma intensidade a risada que surge de uma furada de bola, um frango do goleiro, um chute belíssimo e uma defesa milagrosa.

Nós preparamos, durante a temporada, clipes com os melhores momentos da Copa Kaiser, que cobrimos com bastante cuidado durante o ano. Vocês já devem ter visto alguns deles, mas vale a pena olhar novamente. Principalmente agora, que estão todos juntos. Divirta-se:

 


Na várzea, Jardel libera mulher na concentração: É só não mexer com a minha
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O Jardel artilheiro, aquele que subia mais altos que os zagueiros e cabeceava como poucos ficou no passado. A idade chegou, a barriga cresceu. Mas ele segue sendo estrela sempre que resolve entrar em campo. É assim no Vila Nova de Ibirubirá, time amador que, desde o mês passado, conta com o ex-centroavante do Grêmio como maior atração.

O time é organizado. Faz dois treinos semanais e tem concentração um dia antes do jogo. Mas nem por isso escapa das brincadeiras do atacante. Jardel, que escapou dos treinos, não consegue resistir: “A concentração é no bar da esquina”, diz, gargalhando.

Depois, ainda tenta dar um tom mais sério à conversa. Inevitavelmente, falha na missão: “Ibirubá fica a três horas e meia de Porto Alegre. Então, quando vou para lá, fico em hotel, que o time paga. É concentração mesmo, mas pode levar a mulher. É liberado. É só não mexer com a minha que está tudo certo”, completa, brincando.

Aos 40 anos, o futebol profissional ficou para trás. A ideia, agora, é virar treinador. Ele fez um estágio outro ex-atacante, Fernandão, que comandou o Internacional, e já recebeu propostas de alguns clubes. Incluindo o Grêmio.

“Essa é a ideia: futuramente, trabalhar no Grêmio, primeiro nas categorias de base, depois no profissional. Acho que seria legal ensinar os centroavantes a cabecear. Fui eleito duas vezes o melhor cabeceador pela Fifa. Nada melhor do que usar esse potencial para ensinar”, diz.

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Isso, porém, deve esperar um pouco. Segundo ele, em dezembro viaja para a Turquia, para conhecer o projeto de um time da primeira divisão que estaria interessado. Até lá, segue trabalhando como garoto-propaganda do Grêmio e indicando atletas. Alguns deles da várzea.

“O futebol amador ainda é um celeiro. O Leandro Damião está aí para lembrar todo mundo disso. É preciso ter bom olho e saber escolher. Além disso, o garoto precisa de oportunidade. É possível tirar um jogador da várzea encaixar no profissional. Mas você precisa ter coragem. Eu levaria alguns jogadores que encontrei por aqui (no Vila Nova). Faria uns amistosos antes, mas acho que é possível”, afirma com convicção.

Mas e o preparo físico? E a falta de base? “É lógico que você precisa testar. Ver se o cara tem qualidade, também,  no meio dos profissionais. Mas é preconceito. Todo mundo fala que fulano não teve base, que não vai dar certo por causa disso, mas não é o caso. Às vezes, o jogador se encaixa. Dá liga”, continua.

O próprio Jardel é prova disso. Enquanto seu time amador treina duas vezes por semana, Jardel só apareceu para jogar. Sua estreia foi no domingo passado: vitória por 3 a 2 sobre o Bangu, considerado o melhor time do Amador de Ibirubá.

“Eu não treino. Tenho um personal trainer em Porto Alegre, que é responsável pelo meu preparo físico. E viajo no fim de semana do jogo. Mas no primeiro jogo eu fui bem. Não marquei, mas dei duas assistências”.

Quem deve ter ficado satisfeito com a atuação foi o técnico do Vila Nova. Infelizmente, os leitores ficarão sem saber o seu nome, já que Jardel, aparentemente, esqueceu de perguntar… “Poxa vida, não sei o nome dele”, lamentou, sincero.

Não tem problema. No próximo domingo, tem jogo de novo em Ibirubá. E um verdadeiro encontro de gigantes: Jardel vai encarar o time de Sandro Sotilli, atacante gaúcho campeão estadual pelo Juventude.

Por Vanderlei Lima, do UOL


Você já perdeu um gol como esse?
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O Blog da Redação do UOL Esporte achou um lance digno da várzea nessa semana. Ou melhor: digno dos pernas de pau da várzea… Em um jogo na Bósnia e Herzegovina, que estará na Copa do Mundo de 2014, entre NK Mladost Gornje Zivinice e NK Omladinac Durdevik, um atleta recebe uma bola em profundidade, nas costas da zaga, e dá um chapéu no goleiro rival.

Com a área livre, ele avança sozinho até a pequena área, quando resolve chutar. Gol fácil? Bom… O inacreditável e impensável ocorreu: ele conseguiu chutar no travessão. Ainda teve o rebote, mas o goleiro voltou a tempo de fazer uma bela defesa.

Assista a bizarrice e diga nos comentários: já viu algum gol tão perdido assim?

Em tempo: mesmo com o gol incrível desperdiçado, o NK Mladost Gornje Zivinice conseguiu comemorar a vitória por 2 a 1.


Copa Kaiser em BH é cancelada; edições regionais não estão garantidas
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Quando falamos sobre o fim da Copa Kaiser em São Paulo, alguns internautas perguntaram, também, se outras edições regionais também terminariam. O Papo de Várzea entrou em contato com a Heineken e fez justamente a pergunta: a Copa Kaiser, como um todo, vai terminar?

A resposta não é tão simples. Segundo o comunicado enviado pela assessoria de imprensa, somente os torneios de São Paulo, que termina no próximo ano, e o de Belo Horizonte, que acabou já em 2013, têm destino definido. Os outros, como em Porto Alegre e Santa Catarina, dependem das empresas responsáveis pela distribuição regional da cerveja.

Confira a nota oficial:

Em 2014, a Copa Kaiser continua nas cidades de Curitiba, São Paulo, Porto Alegre e Blumenau, e deixa de ser realizado em Belo Horizonte. Em relação a 2015, a continuidade da Copa Kaiser em outras cidades (Curitiba, Porto Alegre e Blumenau) depende da decisão das franquias Coca-Cola locais, que são parceiras da HEINEKEN Brasil e responsáveis pela distribuição e promoção regional do portfólio de suas cervejas, assim como pela execução dos campeonatos. Quanto ao torneio em São Paulo, a Kaiser informa que sempre manteve uma relação muito próxima ao seu parceiro, Evidência, empresa que sempre exerceu suas atividades de organização e gestão do campeonato com o mais alto nível de profissionalismo, primando pela qualidade de execução de suas atividades, e acredita que, antecipando o comunicado de sua saída como patrocinadora da Copa, torna possível para a Evidência a busca de alternativas para dar continuidade deste campeonato ou de outro equivalente.

Nota do blog: o fim do campeonato é uma pena, mas é uma decisão empresarial que faz sentido. O Papo de Várzea torce para que a Evidência mantenha a organização de um torneio em São Paulo, que elevou o nível do futebol amador na cidade. E torce, também, para que, nas demais cidades, a Copa Kaiser continue.


Sem a Kaiser, quais são as alternativas para o varzeano?
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Nesta semana, confirmamos que a Kaiser vai deixar de organizar o principal campeonato de futebol de várzea da cidade. Em 2014, o torneio terá sua última edição e será mais curto. Mas qual será o reflexo disso para os varzeanos?

O Papo de Várzea conversou com algumas personalidades do futebol amador para saber qual era o panorama previsto para o ano que vem. A primeira conclusão é rápida: o nível técnico do torneio vai aumentar. E muito. Até este ano, o campeonato envolvia quase 400 times com 20, 25 atletas cada um. Com o número de times caindo pela metade, os elencos serão qualificados. Além disso, como só um classificado em cada grupo e sem as vagas por índice técnico, todo jogo passa a valr muito.

Outras conclusões são menos previsíveis. A visão é que, em 2014, campeonatos menores vão ganhar muito mais importância. Duas pessoas cuja opinião eu respeito muito falaram bem sobre a Copa Negritude. O torneio é um dos mais tradicionais da Zona Leste da cidade, tem história e respeito dos varzeanos. O pessoal da diretoria não vai gostar, mas a realização da Copa Ives Ota está sendo  benéfica para eles. A Copa Negritude não foi realizada em 2013 por motivos diversos, mas o segundo torneio foi feito no mesmo local, com os mesmos times e com a mesma equipe técnica trabalhando. É uma continuidade que só reforça essa tradição.

A Copa da Paz, de Heliópolis, está na mesma situação: tem tradição, é bem organizada e respeitada. Quem viu os vídeos que o Carlão Carbone mandou para o blog com as finais viu isso.

Outra competição que foi citada foi a Copa Pirituba. E aqui entra um conceito que deve ganhar força: as copas regionais. Com a realização de um torneio que envolve a cidade inteira, e que atraia a atenção das comunidades, copas regionais acabaram em segundo plano. Com uma Kaiser menor, o campeonato do bairro volta a ganhar força. Pirituba e Heliópolis, duas regiões que tem um time amador em cada esquina, devem viver esse fenômeno.

Além disso, os times vão aproveitar para aumentar o número de torneios e festivais que eles mesmos organizam. A Copa Nove de Julho, na Zona Norte, e a Super Copa Vila Izabel, na zona Oeste, são exemplos – e aqui fica a desculpa do blog por não citarmos outros times. Se você tiver outros exemplos, é só colocar nos comentários…

Por fim, foram citadas Copas em que a premiação é a o grande atrativo. Faz sentido. A Copa Kaiser virou alvo de desejo pela exposição que os times ganhavam. Mas os cartolas transformaram a montagem dos elencos em verdadeiros monstros, colocando dinheiro que não tinham para avançar cada vez mais longe na competição. Agora, poderão equilibrar as contas, indo atrás de vitórias que também podem gerar caixa para o clube.

Menos citados foram os torneios “oficiais”, como os Jogos da Cidade, organizados pela Prefeitura, e o Amador da Federação, feito pela FPF.

E você: qual torneio gostaria de ver seu time disputando a partir de agora?


Tutu é campeão da Copa do Caldeirão do Iporanga
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O domingo foi dia de decisão e o Caldeirão do Iporanga mais uma vez ferveu. Com os dois times da casa em campo, o Tutu teve dificuldades no tempo normal, mas venceu o Ouro Preto nos pênaltis, por 5 a 4, e conquistou a 5ª Copa Caldeirão do Iporanga.

O resultado pode ser considerado uma surpresa. O Ouro Preto chegou à final depois de eliminar o destaque da competição, o Juventude do Porto. Já o Tutu passou pelas semifinais no sufoco, precisando dos pênaltis para derrotar o Unidos da Vila Marcelo. Ao seu lado, porém, o placar do último confronto: em 2012, pela Copa Kaiser, o Tutu venceu por 3 a 1.

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A partida começou com o Ouro Preto indo ao ataque logo aos três minutos. O volante Val tocou para o centroavante Maycon, que dominou quase caindo, mas chutou. A bola passou perto do travessão do goleiro Bebezão, do Tutu, e saiu em tiro de meta.

O Tutu chegou com perigo em uma cobrança de falta na lateral esquerda.  Vinicius cruzou e o centroavante Thiago subiu no meio da zaga e testou forte para o chão. O goleiro Ronaldinho, do Ouro Preto, fez grande defesa, salvando em cima da linha, sem rebote.

O gol do Tutu saiu aos 28 minutos, depois de uma grande jogada do volante Formiga. Ele roubou a bola no meio campo e fez ótima jogada individual, ligando o atacante Jeferson. Ele saiu do marcador e deixou o atacante Thiago sozinho. Ele bateu na saída do goleiro e abriu o placar da final: Tutu 1 x 0 Ouro Preto.

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O Ouro Preto quase conseguiu o empate no ataque seguinte. O meio-campista Paraíba recebeu lançamento na ponta direita, foi até a linha de fundo e cruzou. O jovem atacante Marcelo cabeceou e obrigou o goleiro Bebezão a fazer grande defesa.

O segundo gol do Tutu saiu de uma bobeira do goleiro Ronaldinho e da zaga do Ouro Preto. Ele tentou sair jogando, mas o atacante Thiago, mais rápido, roubou a bola. Com o goleirão batido, ele cruzou. O zagueiro poderia ter salvado a pele do arqueiro, mas chutou errado e a bola espirrou no peito do atacante Jeferson, artilheiro da competição, que aproveitou para empurrar para dentro, fazendo 2 a 0.

A vitória do Tutu parecia certa, mas o Ouro Preto estava longe de desistir da partida. No último lance do primeiro tempo, o atacante Fá recebeu lançamento na direita e bateu cruzado. O lateral direito Jonas chegou antes do goleiro Bebezão e, de bico, diminuiu o placar.

Foi a senha para que o time voltasse ligado no segundo tempo, em busca do empate. E ele quase aconteceu aos três minutos. Fá bateu escanteio e o Jonas, chegando de novo no ataque, subiu sozinho no meio da zaga. Ele desviou de cabeça e a bola passou perto da trave. O empate saiu aos 13 minutos. Paraíba recebeu na entrada da área e arriscou o chute. Foi feliz, pegou forte na bola e acertou o ângulo. Sem chances para o goleiro Bebezão.

Com o gol de empate, o Ouro Preto foi com tudo para tentar a virada, apostando nas bolas paradas. Aos 21 minutos, Paraíba colocou a bola na área, a zaga ficou parada e o goleiro Bebezão demorou a sair. Jonas, outra vez, testou forte, mandando a bola rente à trave. Aos 25, Fá cobrou, do bico da grande área, bem colocada, mas Bebezão fez linda defesa.

O jeito foi decidir o título nos penais. Deu Tutu, 5 a 4. Quando a série alternada terminou, as emoções afloraram em campo, com direito a choro do lado do Ouro Preto.

tiãoO texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


O fim da Copa Kaiser: porque a cerveja saiu de campo
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A Copa Kaiser terminou. Ou melhor. Terminará no ano que vem. E pode anotar. Aos domingos, os varzeanos vão continuar dizendo que vão jogar a Kaiser, mesmo que o nome do campeonato seja outro. Em 1999, quando o patrocinador era a Antártica, foi assim, porque iria mudar agora? Em 20 anos, foram 17 edições.

A coisa pegou. Uma tradição foi criada. E é justamente aí que mora o grande vilão do torneio. Como se aprende nas aulas de marketing, todo patrocínio tem prazo de validade. Depois de um tempo, a marca fica invisível para o torcedor, justamente o cara que deveria ser afetado por ela. O logo nas camisas não diz mais nada.

Com a Copa Kaiser, foi assim. Entre os times, reclamações comuns viraram um problema para o patrocinador. Vai jogar longe de sua torcida? A culpa é da Kaiser. O campo é ruim? Culpa da Kaiser. Não conseguiu inscrever um jogador para a fase seguinte? Culpa da Kaiser. O jogador foi expulso? Culpa da Kaiser. A maioria dos jogadores e cartolas consegue, conscientemente, diferenciar a organização do campeonato da cerveja.

Mas as críticas constantes acabam entrando na cabeça do torcedor comum. E quando esse cara vai até o bar do campo, em dia de jogo, para tomar uma cerveja, invariavelmente repetia o discurso. Só tem cervejas da Heineken? É culpa da Kaiser. Aceitar uma marca diferente da que você bebe normalmente para prestigiar a empresa que está bancando a diversão do fim de semana? Nem pensar…

Em tempo: a Copa Kaiser não é um campeonato dos sonhos. A organização poderia ser mais clara em suas decisões e, principalmente, poderia se comunicar mais com os torcedores que fazem a festa. Esses problemas, porém, são comuns ao Campeonato Paulista, ao Brasileirão, à Libertadores… A maioria desses campeonatos profissionais tem patrocinadores e vendem naming rights (o direito de associar sua marca ao nome do torneio). Mas você já ouviu o torcedor comum comemorar que o time se classificou para a Bridgestone Libertadores?

No fim das contas, é uma decisão empresarial. Coloque-se no lugar da Heineken, a dona da marca Kaiser. Pense nas críticas. Você continuaria a patrocinar o campeonato?


Isso é várzea: qual o tamanho da pressão nessa disputa de pênaltis?
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Está vendo essa imagem aí em cima? Imagine que você é o batedor. Acha que aguentaria a pressão? Copiando o colega Giancarlo Giampietro, do blog de basquete Vinte Um, a opinião no QG do Papo de Várzea é que muita gente fingiria uma lesão para não precisar caminhar até a marca da cal…

Independentemente da coragem do batedor, a foto impressiona por mostrar a essência da várzea. O momento decisivo, de emoção, vivido por todo mundo que estava em campo. Incluindo os torcedores.

E preste atenção para alguns detalhes:

– Será que tinha juiz?

– A torcida envolve completamente a área de cobranças, incluindo a pinguela de madeira…

A foto foi uma reprodução do Varzeapedia, do amigo Diego Viñas, um dos maiores conhecedores do futebol de várzea de São Paulo. Foi originalmente publicada por  Naldinho Do Psa, ao dar detalhes sobre a “arena” em que o duelo aconteceu, o campo da Rua 50, em Santo Amaro. E, para quem estiver curioso: o EC Valério venceu o Almenara.