Cenas da Várzea – Taças
Papo de Várzea
Papo de Várzea
Papo de Várzea
Eventos do Futebol de Várzea nos quatro cantos da cidade. Faça seu roteiro:
Sábado, 14/12
Super Copa Vila Izabel – FINAL
15:30h 9 de Julho FC x Jd. Jaqueline
Endereço: Ninho da Coruja – Av. dos Eucaliptos, S/nº – Alto de Quitauna – Osasco
Sábado, 14/12
54ª Festival de Aniversário Tricolor do Parque
09:30h NENÊ VILA MATILDE x AMIGOS BOLSA VALORES BMF
11:00h AMIGOS DA VÁRZEA PANELA x AMIGOS DA VÁRZEA TONELADAS
13:00h MEC TIRADENTES x NA HORA H COHAB I
14:20h DA Q BRADA FUTEBOL E SAMBA x BONSUCESSO FUTEBOL CLUB
15:50h A A MIOLO x SÓ NA BRISA
17:20h JD VERONIA EC X 9 DE JULHO CASA VERDE
18:30h TRICOLOR DO PARQUE x JD ELBA
Endereço: CDC Délio de Carvalho: Rua João José de Queiroz, 117
Sábado, 14/12
I Festa de Confraternização Amigos do Jd. Coimbra Futebol e Samba
09:00h – Categoria Mirim
10:30h – Categoria Infantil
12:00h – Categoria Juvenil
14:30h – Amigos do CAP FS x Amigos do Somália
Endereço: CDM Jd. Paulistano – Rua Nicolo Tarataglia, 171 – Jd. Coimbra
Sábado, 14/12
Festival de 16 anos Ratatá FC / Heliópolis
14:00h Ratatá FC x Classe A
Diversas atrações musicais
Endereço: Arena Tim Heliópolis: Rua 2 de Fevereiro, 45
Domingo, 15/12
CAMPEONATO DO CHOPP 2013 ( VETERANO 35 ANOS )
COPA DOS CAMPEÕES 2013
CAMPEONATO DO BOI DE 2013
10:30 hs – Campeonato Chopp: Piraporinha Vet __X__Jaraguá Vet
12:00 hs – Copa dos Campeão: Unidos da Ponte__X__Comercial Pirituba
14:00 hs – Campeonato do Boi: Leões do Parque __X__ Aliança
Endereço: Campo do Sabão: Rua Sebastião Muniz de Souza, 120 – São Luiz
Por Carlão Carbone
Papo de Várzea
O jogo começa no vestiário, isto é fato. No vídeo abaixo, Maurício do Classe A / Barra Funda trazendo os jogadores para o jogo.
Papo de Várzea
Papo de Várzea
Nos dias 18, 19 e 20, a várzea de verdade chega à televisão, com o documentário francês “Várzea, o futebol da minha quebrada”. O filme, que será exibido em três capítulos de 30 minutos na ESPN Brasil, passa por campo, bola e jogadores, claro. Mas é centrada no torcedor. É ele o coração desse movimento que reúne, a cada fim de semana, milhares de pessoas ao redor dos muitos terrões pelo Brasil.
Quem captou esse espírito foi o francês Stephane Darmani, um empreendedor que chegou ao Brasil para vender bijuterias e acabou se apaixonando pelo jeito brasileiro de fazer futebol. O trabalho, que será exibido, também, na França, pelo Canal+, é o resultado de um ano e meio de dedicação a um dos times mais populares do futebol amador paulistano, o Noroeste da Vila Formosa.
Para quem não sabe, é o time do atacante Rildo, da Ponte Preta, que nesta quarta-feira disputa a final da Copa Sul-Americana, na Argentina, contra o Lanús. O jogador é a maior revelação do clube, mas é a exceção, não a regra. E é justamente isso que o filme de Darmani mostra. A decisão por passar um ano inteiro ao lado de todos os envolvidos com o Noroeste não foi tomada pelo produto mais brilhante, o jogador profissional que saiu da comunidade. Mas justamente por quem não teve oportunidade para sair da quebrada.
Pelas pessoas comuns, como vocês, que estão lendo este post, que fazem com que o futebol de várzea seja tão apaixonante. As pessoas que correm atrás da sobrevivência durante toda a semana. Mas aos domingos, estão correndo atrás do time, orgulhosos por verem 11 jogadores em campo com a sua camisa, honrando as cores do bairro em que você nasceu. E no Noroeste, tudo isso é muito intenso.
Na Vila Guarani, onde fica a sede do clube, os craques que seguem defendendo a equipe são questão de orgulho. O time é formado por esses abnegados. São atletas que nasceram por lá, aprenderam a jogar bola na escolinha do clube e hoje são os craques da comunidade. “Quando eu decidi fazer o documentário, era isso que eu procurava. Não essa coisa de pegar um jogador de São Mateus, outro de Guarulhos, outro da zona sul e fazer uma panela para montar um time”, conta Darmani.
“O Noroeste é o oposto disso. Vários jogadores são de lá. O Bimba, que é o capitão, o Mimi, a zaga inteira. O Memeco, um dos zagueiros, joga no time desde os 12 anos. Tem uma porção de fotos dele na sede com a camisa do Noroeste, desde criança”, completa.
Essa junção entre time, comunidade e torcida, porém, fica mais evidente no principal personagem do documentário. Barba é o narrador da história. Torcedor símbolo, ele cuida da sede do clube, é uma das figuras centrais da bateria (sua marca registrada é acompanhar aos jogos mascarado) e é um líder na comunidade.
E sua história mostra como é difícil a vida em comunidades carentes no Brasil. Pouco depois da eliminação do Noroeste na Copa Kaiser de 2012 (o time perdeu as semifinais nos pênaltis), dois garotos foram mortos em uma chacina dentro da favela. Os moradores protestaram e queimaram ônibus. Barba foi o único preso. Ficou quatro meses na cadeia e acabou inocentado.
Não sei se o documentário chega a essa conclusão, mas a história de Barba pode ser uma parábola para como o futebol amador no Brasil é tratado. A importância de figuras como ele é usada pelas autoridades para exercer controle sobre as comunidades carentes. A prisão de Barba não é muito diferente do que um vereador que oferece grama sintética ao campo do bairro quer. Ambos são meios de controle das autoridades sobre quem precisa de ajuda. Uma delas pela força bruta, outra pela força econômica.
E o futebol de várzea fica ali, no meio, espremido. Mas sempre vibrante. Quer uma prova? A pré-estreia do filme, marcada para sexta-feira, às 20h, no campo do Americano, próximo da comunidade em questão, deve ter mais de mil pessoas…
Por Bruno Doro
Papo de Várzea
Fico feliz quando alunos de comunicação me procuram para ajudar em seus trabalhos de conclusão, os temidos TCC. Dessa vez, tive a honra de prestigiar a apresentação do livrorreportagem “Nas Linhas da Várzea: o legado do futebol de várzea em São Paulo”, produzido por alunos da Universidade Metodista, em São Bernardo, ABC.
Thiago Fatichi, 22 anos, integrante do grupo, conta que falar de várzea teve um sabor especial. “Porque é onde ainda se pratica o futebol de verdade, com alma”. Já para Letícia Cislinchi, 21, o desafio foi outro. “Somos um grupo formado em sua maioria por mulheres. Na hora de gravar, preferíamos que um dos meninos fosse com a gente. Depois de perceber que as pessoas tratavam a gente com muito respeito, passamos a ir sozinhas mesmo”, contou.
Uma das histórias do livro é a de Milton Bigucci, varzeano que hoje ganha a vida destruindo campos para construir prédios. Sim, o que antes era sua diversão virou o seu negócio. Pode? Na foto dos universitários, em pé, da esquerda para direita, estão Núbia Anacleto, Mayara Nukamoto, Letícia Cislinschi, Thamiris Rezende e Camila Lima. Agachados: Guilherme Farias e Thiago Fatichi.
Quer ler o livro? A versão online está disponível em http://bit.ly/1ks9R99.
Por Diego Viñas
Papo de Várzea
Papo de Várzea
O Amizade/Malhadão conquistou, no dia 30 de novembro, a 3ª divisão do Campeonato Amador de Diadema. Na final, disputada no no campo do Piraporinha, a equipe venceu o Bahia por 1 a 0.
A partida começou com as duas equipes se estudando, com bom toque de bola no meio-campo e muita marcação. Com os homens de criação sem espaço, os primeiros chutes da partida só podiam ser de bola parada. Aos 2 minutos, o meio-campista Caio bateu com perigo, para fora, na primeira chance do Amizade/Malhadão. A resposta do Bahia veio em cobrança de falta da intermediaria de Buiu, em que a zaga afastou o perigo.
Os primeiros lances de perigos com bola rolando só aconteceram após os 25 minutos. Buiu recebeu lançamento na ponta esquerda e bateu cruzado. A bola passou por toda a extensão da área e ninguém do Bahia colocou o pé para empurrar para o fundo da rede.
O Bahia continuou em cima e, aos 30 minutos, Clodoaldo roubou a bola e lançou o atacante Thiaguinho. Dentro da grande área, ele bateu forte, mas a bola saiu. Aos 34, o Amizade/Malhadão finalmente conseguiu chegar com perigo. O volante Nan roubou a bola no campo de ataque, tabelou com Caio e chutou, nas mãos do goleiro Mineiro, bem colocado.
A chance aumentou a confiança do Malhadão. Aos 36 minutos, o meio campista Robinho fez ótima jogada e lançou o lateral-direito Henrique. Sem marcação, ele bateu de pé esquerdo, para fora, perdendo gol claro.
No segundo tempo, Caio recebeu um lançamento e, dentro da área, bateu forte, mas em cima do goleiro do Bahia. Aos 11 minutos, a defesa do Amizade/Malhadão vacilou e Buiu finalizou. O zagueiro Pelé salvou duas vezes. Poucos minutos depois, o Amizade/Malhadão vltou a assustar o Bahia. Chico recebeu lançamento e tocou de calcanhar. Frances chegou batendo de primeira, para fora.
Com tanta pressão, o gol do Amizade/Malhadão não demorou a sair. Aos 18 minutos, Chico sofreu falta e bateu rápido, deixando o atacante Frances sozinho. Sem marcação, ele driblou o goleiro Mineiro e empurrou para o fundo da rede, abrindo o placar da final.
Com o gol, o Amizade/Malhadão se fechou na defesa, esperando o contra-ataque. O Bahia teve que se abrir para buscar o gol e quase levou o segundo. Aos 20 minutos, Robinho fez ótima jogada no meio campo e tocou para Frances, sozinho. Na cara do gol, ele driblou o goleiro Mineiro e bateu para fora, perdendo a oportunidade de matar a partida.
O Bahia, porém, só levava perigo em bolas paradas. Aos 25 minutos, o atacante Thiaguinho bateu falta e a zaga tirou. No rebote, Mi bateu de primeira e a bola passou perto do gol.
O Amizade/Malhadão ainda perdeu mais um gol, aos 28 minutos. Frances recebeu lançamento e tocou para Henrique, que apareceu como homem-surpresa. A zaga do Bahia parou e Henrique tentou driblar o goleiro Mineiro. Não conseguiu.
Nos minutos finais, o Bahia tentou de todas as formas chegar ao gol, mas o Amizade/Malhadão fechou a cozinha e segurou o placar.
Por Eduardo Lima, do jornal É Nosso
Papo de Várzea
Dizem que para ser rei é preciso nascer em berço de ouro. No futebol, quando se fala em reinado, lembramos apenas de Pelé. O Rei absoluto dentro das quatro linhas não contrariou a essa regra. Sim, o camisa 10 da Seleção foi concebido pelo ventre majestoso do futebol de várzea, o eterno celeiro de craques.
Foi o campo laranja do bairro Vila Curuçá, em Bauru, interior de São Paulo, desenhado com uma demarcação mal feita que serviu decenário para desafiar o melhor do mundo. Na época, o melhor do São-Paulinho do antigo terrão de Curuçá, bairro hoje conhecido na cidade como Vila Dutra.
Exceto pela curiosidade de que Pelé já vestiu sim uma camisa tricolor na várzea, talvez contrariando muitos santistas por aí, os oito gols que o menino marcou na goleada do seu time do bairro por 11 a 0 contra o Popular Atlético Clube não seria uma novidade para ninguém nos tempos de hoje. Mas em 1955, isso impressionava um bocado a molecada de Bauru. Mal imaginava Pelé, nem o time do São-Paulinho ou do Popular Atlético Clube de que três anos depois, o menino estaria no profissional, na Seleção Brasileira, na Suécia e com o título da primeira Copa do Mundo para o elenco canarinho. E com apenas 17 anos de idade.
Nesse tempo, o campo onde o menino Edson sujava sua chuteira, tênis ou pé de terra, ainda era de terra batida. Como símbolo da especulação imobiliária, o campo de várzea se foi. Ou melhor, só o terrão e a várzea deram adeus, porque o campo ficou. Para a sorte (ou não) do futebol,nascera ali o Estádio Distrital José Spetic Filho.
Atualmente, o futebol de várzea perde gradativamente a sua característica da realeza. Pode parecer contraditório, mas os espaços que estão deixando de ser de terra para dar lugar às gramas sintéticas tiram dos seus descendentes a possibilidade de alcançarem a coroa. Aliás, o nome já diz: sintético. Essa “neovárzea” vive um grave conflito com a profissionalização da modalidade e o pagamento de jogadores em grandes competições amadoras. Gozado! Em meados da década de 1950, Pelé juntava amendoins para vender a fim de pagar o caminhão que levasse seu elenco aos jogos. Quando o pequeno Edson não tinha dinheiro, era o caminhão que ia até a casa dele para busca-lo. Imagine quanto Pelé ganharia se jogasse na várzea de hoje!
Mas era 1955, época em que o São-Paulinho disputava o Campeonato Varzeano daquele ano. Competição dura, de pontos corridos. A goleada do time da Vila Curuçá por 11 a 0 poderia ter sido com um gol marcado por cada jogador. Pelé marcou por ele e mais sete colegas de time, mas permitiu que Pico, Jairo e Roma completassem o placar naquele 27 de março. O campeão São-Paulinho teve Pelé como artilheiro com 38 gols e Pico na segunda colocação, com 20. Era só o começo!
Por Diego Viñas
Papo de Várzea
A velha e famosa técnica da água milagrosa, a água que cura lesões, batidas, cansaço em segundos!