Papo de Varzea

Arquivo : abril 2014

Feijoada do Ipanema mostra união das comunidades do futebol de várzea
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UOL Esporte

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No sábado, rolou a quinta edição da já tradicional Feijoada do Ipanema, no Jaraguá. Quem ganha é a comunidade do futebol amador. A várzea compareceu em peso, dos quatro cantos da cidade, para prestigiar o evento e rever os amigos.

A história da feijuca mostra isso. Quem teve a ideia da primeira edição foram dois diretores do Ipanema, o Disky e o Patão. Na época, toda a diretoria (que tinha ainda o Fleury, o Aílton, o Jefferson e o Souza) abraçou o projeto, mas chegou a sexta-feira, 14h00 e nada dos ingredientes, que seriam doados, chegarem. Os dois, então, foram ao mercado e compraram o necessário. Quando chegaram na sede, que surpresa: as doações tinham chegado! A comunidade mostrou que, mesmo chegando um pouco tarde, participa.

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Hoje, o evento virou um marco: o ano no Jaraguá só começa, mesmo, depois da feijoada. As senhoras preparam a comida, as mais jovens ajudam a servir. Ninguém cobra nada e tudo é feito com o maior carinho. Nesse ano, foram servidos 1300 pratos – para isso, foram preparados 100 quilos de arroz.

O comércio do bairro chega junto na colaboração, doando ingredientes. Não rola dinheiro, mas a maioria recebe troco: uma camisa do Ipanema para quem ajuda. É a famosa multa…

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Na quinta feijuca, a galera da várzea compareceu em peso. Tirando o Marcos Assunção, que é profissional (e dos bons), estavam lá o Pintinho, do Botafogo de Guaianazes, o Niltinho, da zona norte, o Cocada, da Várzea na TV, o Haroldo, do Boa Esperança de São Mateus, o meu amigo Beto, do Colorado, o Baiano, do São Carlos, o Dedé, do Ratatá, a galera da Família Danúbio… E muita gente que apareceu por lá e eu não anotei. Para esses, um abraço e uma desculpa pela falha.

Quem foi, ouviu o grupo Lenha na Fogueira, os amigos e irmãos do rap, Império Z.O e Expressão Ativa – pessoal que está sempre presente nos eventos da comunidade e tem respeito e admiração da galera. O DJs Flash, Carlinhos Mastermusic e Dinho comandaram a festa.

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O balanõ da diretoria do Ipanema foi positivo: segundo eles, foi a melhor das cinco feijucas já realizadas. As mulheres que cozinharam com carinho e dedicação estão de parabéns. Assim como todos que de alguma forma contribuíram para que tudo corresse de forma organizada e alegre.

Eventos como esse mostram a força de uma comunidade, provando que as periferias são muito mais do violência. Existem exemplos de união, trabalho, organização, amor e diversão saudável.

Quem não veio, pode esperar: ano que vem tem mais!

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Por Eduardo Lima, do É Nosso! 


Final Copa Nove de Julho – Sede Paraisópolis – Dragões x Vida Loka
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A revanche da Copa da Paz 2013 foi realizada neste sábado só que agora pela Copa Nove de Julho 2014, sede Palmerinha/Paraisópolis. Dragões/Jd. Educandário e Vida Loka/Fav. Felicidade se enfrentaram, só que desta vez deu Dragões nos pênaltis, vencendo por 2×0. Que venha a próxima, quando e onde? … Coisas do futebol de várzea!

Por Carlão Carbone


Fotos: Cantareira FC 2×2 GE Metalúrgico
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No campo do Palmeirinha/Paraisópolis o duelo de Heliópolis, entre Cantareira x Metalúrgico terminou empatado em 2×2. Confira as imagens.

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Fotos: Rodrigo Campos / Copa Kaiser


Parece mentira, mas não é
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Hoje é Dia da Mentira e pode se preparar, porque um monte de amigo seu vai fazer alguma piadinha sobre o assunto e no final: aháá, Dia da Mentira, no maior estilo Serginho Mallandro de ser. E ontem, soube de uma história que aconteceu na rodada do final de semana da Copa Kaiser que eu pensei: lá vem, mais uma daquelas lendas que só acontecem na várzea.

Foi assim: no duelo de duas equipes de Heliópolis, Cantareira e Metalúrgicos, na zona sul, aconteceu o que chamamos de “cair um raio duas vezes no mesmo lugar”. O Metalúrgicos abriu o placar e, para tentar arrumar o time, o técnico do Cantareira, Robinson Soares ‘Bubu’, resolveu substituir o camisa 10, Marcelinho. “Ele não estava bem no primeiro tempo. Jogo duro para ele que é ‘jogador leve’”, justificou. Mas antes de trocar o jogador, uma lateral a favor fez Bubu mudar de ideia. “Resolvi esperar o lance e saiu o gol dele. Então o mantive no jogo”.

Depois, o Metalúrgico fez o segundo e, de novo, teríamos uma troca. “Então resolvi tirar um dos volantes que era o camisa 8, Deivão, já estava cansado”. E uma jogada de bola parada e Bubu esperou antes de tirar o volante. “Como ele sempre faz um golzinho de cabeça, deixei até a cobrança da falta”. E não é que saiu o empate! Adivinha de quem? Do que ia sair, o Deivão!

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A mesma sorte do técnico do Santos

Para o técnico e presidente do Cantareira, Bubu, que conta com a ajuda do auxiliar Dux, o empate contou com a mesma sorte que teve o treinador Oswaldo de Oliveira, do Santos, contra o Penapolense domingo. “Além de conhecer os jogadores, tive uma pitadinha de sorte! Viu o Santos? No final, o Oswaldo Oliveira trocou de centroavante tirando Leandro Damião e colocando um da base… e saiu o gol da virada”, comparou o sábio Bubu, ou seria guru?

Por Diego Viñas