Papo de Varzea

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“Vacilamos quando não podíamos”, diz técnico do Ajax, eliminado com 80% de aproveitamento
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Se você acompanha a Copa Kaiser, a essa altura já sabe que o Ajax, da Vila Rica, atual campeão, foi eliminado. Mas o que deu errado? Olhando para os números, é difícil encontrar culpados. Foram 12 jogos, com oito vitórias e quatro empates. O time acabou fora do torneio sem ter perdido nenhum jogo. O aproveitamento é próximo de 80%, números que dariam orgulho a qualquer pessoa.

O Papo de Várzea conversou com o técnico do time, Robson Melo, para avaliar a campanha. E a resposta foi sincera: “O grande problema foi que vacilamos três vezes seguidas. E justamente quando não podíamos errar. Empatamos três vezes na mesma fase. Se tivessem sido um empate em uma fase e dois empates na outra, mesmo com esses resultados seguidos, não teríamos sido eliminados”, lamenta.

Só para situar quem não acompanhou: a eliminação veio na Etapa 4, após empates contra 1º de Maio/Tatuapé (1×1), SDX/Cidade Tiradentes (1×1) e Coroado/Guaianases (0x0). Antes dessa série, a equipe vinha de oito vitórias em nove jogos. “O time estava jogando muito bem. Marcando muito, chegando rápido ao ataque, surpreendendo. Saímos sem perder um jogo. Com um aproveitamento que poucos vão ter na história da Kaiser. Foi uma infelicidade grande”.

 

Quem acompanha futebol sabe: em um torneio longo, é impossível passar todas as rodadas em alta. Olhe o Campeonato Brasileiro para ver isso. Fases boas e ruins se alternam e o time que consegue lidar melhor com essas variações é o que termina com o título. O formato de disputa da Copa Kaiser, porém, é muito mais cruel.

Com quase nove meses de duração, é um campeonato dividido em fases de três jogos cada. Quem quer ser campeão precisa estar sempre na ponta dos cascos. Some a isso o fato de envolver atletas amadores, que além do físico, ainda precisam se preocupar em como vão ganhar a vida e você tem um desafio enorme para motivar um grupo de atletas durante a competição.

No caso do Ajax, existia, ainda, um outro agravante: nenhum time da várzea era tão conhecido. O time, que conta com uma das torcidas mais fanáticas da cidade, entrava em campo sempre sob a lupa, com “olheiros” de todos os rivais buscando pontos fortes para anular e fracos para explorar. “Era nítido quando a gente entrava em campo. Todo mundo joga com mais vontade contra o Ajax. Isso já acontecia antes do título. Depois do título, isso aumentou”.

O comando do Ajax até tentou criar surpresas. Trouxe o meia Nenê, um dos destaques da Copa Kaiser no ano passado (foi finalista com a Turma do Baffô/Jardim Clímax) e renovou o banco – quase todos os atletas foram trocados. E manteve a base forte que tinha sido campeã. Incluindo, aí, a manutenção do nigeriano Daniel Eze, artilheiro do time com quatro gols, que no ano passado jogou pouco, com uma lesão no joelho. Mas nem mesmo isso evitou uma oscilação do time em um momento chave do torneio.

Como sempre acontece no futebol, as mudanças não demoraram. Na semana em que foi eliminado, o técnico Robson já confirmava que estava fora do time. “Meu ciclo no Ajax terminou. Foram dois anos aqui. No ano passado, fomos abençoados com o título. Nesse ano, outro time será abençoado. É bom para a várzea”.

Aos 35 anos, porém, ele tem muito futuro. Em 2012, ele era auxiliar-técnico de Ajax. O titular era Tukinha, ex-jogador, lenda do próprio Ajax. Tukinha era quem botava a cara, ficava na linha lateral, era o alvo da torcida. Robson era o homem dos bastidores, analisava os adversários taticamente e, para muitos, era o responsável pelo bom futebol do time. Virou técnico nesse ano. E segue invicto. No ano que vem, certamente estará em outra equipe, valorizado pela campanha.

No Ajax, a busca por um novo comandante está praticamente definida. Algumas pessoas contaram ao blog que o nome deve sair da Série B da própria Kaiser.


Na várzea, mulheres fazem sucesso e ignoram cantadas: “Peço número da camisa, dão telefone”
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Mesária, técnica, cartola. Pense em uma atividade relacionada ao futebol de várzea e, certamente, vai encontrar uma mulher exercendo a função. Em um ambiente masculino por excelência, a mulherada está conquistando seu espaço, ignorando cantadas e brincadeiras.

O Papo de Várzea conheceu algumas dessas pioneiras e ouviu histórias de vida inspiradoras, como a das mulheres do Botafogo do Jaçanã e da vice-presidente do Santos do Jardim das Oliveiras, Isabel Varotto. E engraçadas, como a da mesária Dayane Tavares e da técnica Bruna Moreno.

“Passam o telefone no lugar do número da camisa”

Para começar, a história de Dayane. Formada no curso da Associação de Árbitros da Grande São Paulo, ela trabalha como mesária há anos. Começou quase por acaso. “Eu sempre gostei de futebol, mas jamais imaginei que um dia trabalharia com isso. Eu e o William tínhamos começado a namorar há pouco tempo quando fomos a um jogo dele, que é árbitro. O mesário faltou e ele me pediu para fazer a mesa, já que não tinha mais ninguém disponível. Fiquei insegura, mas deu tudo certo. Não parei mais”, lembra.

A decisão de seguir no futebol deixou os dois ainda mais próximos, graças ao calendário puxado que árbitros do futebol amador levam. Eles trabalham de domingo a domingo, comandando cinco, seis jogos por dia. “Eu brinco que árbitro não tem vida social. É só jogo, jogo, jogo… Como, no início do namoro, trabalhávamos em lugares diferentes, não dava tempo de ficar junto. Foi quando percebi que o jeito era ir para o campo, mesmo. Uni o útil ao agradável”.

O que não deve ser muito agradável são as cantadas que, inevitavelmente, aparecem quando uma mulher entra em um mundo masculino. Dayane, porém, tira de letra. “Tem isso em qualquer lugar, inclusive no campo. Afinal, só tem homem. Mas não falta respeito. O número de mulheres está crescendo, mas ainda são poucas na várzea. Então, quando o jogador me vê, faz brincadeira. É normal, por exemplo, passar o número do telefone no lugar do número da camisa. Mas é fácil lidar com essa situação. Eu sou muito séria e eles percebem logo”, conta.

Artilheiro coloca irmã no banco para poder jogar

Outra história inusitada é de Bruna Luise Moreno. Varzeana por influência familiar, ela é uma frequentadora assídua das partidas do time do seu irmão, o atacante Tom. Em um domingo, ela foi praticamente obrigada pelo irmão a entrar em campo. Ou melhor: a ficar no banco de reservas.

Em um jogo pela Copa Kaiser, o técnico do Inter Biricutico, do Jardim São Luiz, avisou que iria faltar. Seu substituto natural seria Tom, atacante e artilheiro do time. E irmão de Bruna. O jogo, porém, era importante demais para o goleador ficasse no banco. Foi aí que alguém deu a ideia: “Porque não colocar a Bruna como técnica?”

Parecia uma maluquice, mas era só pensar no assunto para encontrar motivos para fazer a aposta. Ela conhecia o time, gostava de futebol e, imprescindível, estaria em campo no dia do jogo. Estava decidido. Bruna aceitou virar técnica por um jogo e não fez feio. O Inter venceu a Mocidade Cabuçu, do Jardim Maria Estela, por 1 a 0. E quem marcou o gol da vitória? Tom.

“Os jogadores são amigos e eu não tive problemas. É claro que o Tom estava sempre de olho, antes do jogo a gente discutiu o que poderia acontecer e o que eu deveria fazer, mas as decisões foram minhas. Todos respeitaram e atenderam os pedidos que fiz em campo. Foi uma pena ter chovido. Mas quem foi ao Magnólia (local do duelo) viu um bom jogo”, comemora.

Futebol é coisa de família no Botafogo e no Santos

As outras duas histórias envolvem famílias que estão no mundo do futebol há muito tempo. No Botafogo do Jaçanã, o patriarca, Miltinho, fundou o time. Quando ele morreu, sua mulher, dona Fátima, assumiu a presidência e a filha do casal, Eloá, virou técnica.

“Todos na várzea sabem que, no Botafogo do Jaçanã, quem manda são as mulheres. E somos respeitadas por isso. Nós temos orgulho e trabalhamos para que nada falte aos nossos jogadores. Fazemos de tudo para honrar essa camisa que amamos”, afirma Dona Fátima.

A presidenta (como ela gosta de falar do cargo, imitando Dilma Rousseff), apesar de cuidar muito bem dos jogadores, não assiste aos jogos. Para não ficar exaltada, vai ao campo, mas dá um jeito de se distrair e não prestar atenção no que ocorre dentro das quatros linhas. Fica andando por perto. Em um jogo no Flamengo, da Vila Maria, chegou a caminhar na calçada de uma pista lateral da Marginal Tietê.

“Eu fico muito nervosa e não consigo ver o jogo. Fico andando de um lado para o outro e fico muito cansada. Acaba o jogo e estou acabada”, relata. “É o jeito dela. Minha mãe fica muito tensa e acha melhor assim. Mas, depois do jogo, ela quer saber exatamente o que aconteceu, quem jogou bem, quem foi mal e se o juiz apitou direito”, fala a Eloá.

A treinadora, aliás, é um capítulo à parte. O pai era foi um craque nos tempos de jogador e era lembrado como um bom técnico. E passou o talento para a filha. “Depois que meu pai morreu, muita gente dizia que a mulherada não ia conseguir tocar o Botafogo. Estavam errados, porque estamos aqui, firmes e fortes. Eu aprendi tudo de futebol com o meu pai. Cresci do lado dele, acompanhando os jogos nos campos de várzea”, conta. A estratégia é usar a linha-dura: “Jogador que não respeita o comando, é mandado embora. Eles são acostumados porque meu pai era linha-dura. É melhor dispensar do que ter gente insatisfeita que não vai lutar pela sua camisa”.

O comportamento rende elogios: “Ela entende bastante de futebol e todos a respeitam por isso. Ela sabe mostrar quem manda”, admite Vitor, zagueiro e capitão do time do Jaçanã. “Ter mulheres no comando é normal para a gente. Só sentimos diferença mesmo no vestiário. E quando ficamos bravos. Por educação, às vezes temos que maneirar nos palavrões e na agressividade ao reclamar”.

A última história é de Isabel Varotto. Ela é vice-presidente do Santos, do Jardim das Oliveiras, e mulher do presidente e técnico, Nilson Barroso. E o amor dos nasceu na beira do campo. “Nos conhecemos no futebol. Ele sempre jogou pelo time e eu acompanhava os jogos. Começamos a namorar, nos casamos e as coisas não mudaram. Continuamos todo fim de semana nos campos de terra”, diverte-se Isabel.

O trabalho dos dois pelos Santos é grande. O time é uma das entidades que toma conta do campo de futebol do CDC do Jardim das Oliveiras. O local conta com uma escolinha de futebol para garotos da região – inclusive familiares da equipe principal, que acabou eliminada na terceira etapa da Copa Kaiser, superando o desempenho do ano anterior.

“O time principal, que jogou a Kaiser, é todo de amigos, de pessoas do bairro. A escolinha é recente, então nenhum deles passou por lá, mas muitos deles colocaram os filhos para jogar lá. Inclusive, o sobrinho de um dos jogadores está fazendo testes no Santos, levado pela escolinha”, conta Nílson.

 


Copa da Paz: Tiradentes leva 3º lugar mesmo sem reservas
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Na disputa do 3º lugar da 6ª edição da Copa da Paz e Paraisópolis, o Tiradentes/Vila Curuçá entrou em campo com uma dúvida: será que seria possível vender o duelo, mesmo com tantos desfalques? Quando o juiz apitou o início do jogo, o time só tinha um jogador no banco de reservas. O atacante titular faltou, o lateral também, o voltante não apareceu… Mas o time se superou e venceu o Unidos do Lídia por 1 a 0.

 


Time comemora gol, esquece saída de bola e leva empate
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O lance inusitado aconteceu no final da Copa da Paz de Paraisópolis, um dos torneios mais importantes do futebol amador de São Paulo. O Dragões, do Jardim Educandário, abriu o placar e todos os jogadores foram comemorar com sua torcida, no alambrado. O Vida Loka, da Favela Felicidade, aproveitou o descuido: deu a saída de bola rápido e empatou o jogo. Valeu? O árbitro da partida validou e ainda explicou o motivo.

Para quem quer saber mais, a Copa da Paz é um marco no futebol de várzea de São Paulo. Criada em 2008, serviu para amenizar a imagem de violência que comunidades da Zona Sul, como Paraisópolis e Heliópolis, tinham, inclusive entre os atletas de fim de semana. A história está aqui: Copa da Paz: protesto contra violência vira um dos torneios mais importantes da várzea.

E se quiser saber como foi o jogo completo, esse lance, o gol da vitória do Vida Loka, o climão no único campo de Paraisópolis e a festa do título estão aqui: Com gol inusitado, Vida Loka é campeão da Copa da Paz.

 


Com gol inusitado, Vida Loka é campeão da Copa da Paz
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Imagine a cena: seu time abre o placar, a torcida explode em festa e todos os jogadores vão para o alambrado comemorar. O rival não liga para a comemoração, coloca a bola no centro, reinicia a partida e empata. Foi isso que rolou na final da Copa da Paz de Paraisópolis. Melhor para o Vida Loka, da favela Felicidade, que venceu por 2 a 1 o Dragões, do Jardim Educandário, e levou o bicampeonato do torneio (um dos mais importantes da várzea de São Paulo).

 


Copa da Paz: protesto contra violência vira um dos torneios mais importantes da várzea de SP
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A Copa da Paz nasceu como um protesto. Em 2008, a zona zona sul de São Paulo aparecia na TV e nos jornais como um dos locais mais violentos do planeta, onde chacinas eram frequentes e as pessoas tinham medo de sair às ruas. Mas quem morava por lá via outro cenário.

Existia, sim, muita violência. Mas também havia vida e alegria. E como mostrar essa realidade? Um grupo de varzeanos legítimos, moradores de Paraisópolis, que já foi uma das favelas mais conhecidas (e temidas) da cidade, apostou no futebol.

Nascia, então, a Copa da Paz. Um campeonato de futebol de várzea com 16 times da própria comunidade de Paraisópolis e 16 times de fora. “O objetivo era unir as quebradas. Falavam que a região era violenta. Que tinha guerra, mas ninguém se conhecia. Então resolvemos nos conhecer”, conta Bruno Melo, vice-presidente do Palmeirinha, um dos times mais conhecidos da comunidade.

 

Deu certo. Em uma visita à Heliópolis, outra comunidade que nasceu de uma favela gigante, a Copa da Paz foi elogiada justamente pela união que promoveu. O mesmo acontece em outros campos. Times de longe, das zonas norte e leste, são só elogios. A arquibancada está sempre lotada, com baterias animadas e queima de fogos.

Em 2013, o Palmeirinha organizou a sexta edição do torneio. Pela segunda vez, sem patrocínio. O acordo com uma marca de bebidas acabou no ano passado e o dinheiro ficou curto. A organização cobrou uma taxa de inscrição (nos anos anteriores, as equipes pagavam com cestas básicas que eram distribuídas na própria comnunidade) e, mesmo assim, teve de se virar com apenas um quarto do dinheiro que tinha em 2012.

Para manter a premiação (R$ 12 mil para o campeão, R$ 5 mil para o vice e R$ 2 mil para o 3º colocado), o presidente do Palmeirinha, seu Chiquinho, apelou para suas economias. “Ele tirou o valor que faltava da aposentadoria. A gente teve de se sacrificar”, diz Bruno.

E não foram só eles: no ano passado, quem trabalhou no torneio recebeu uma ajuda de custo – ou seja, além de promover Paraisópolis, a Copa da Paz ainda movimentava a economia local. Neste ano, o trabalho foi voluntário. O pior: nem todas as contas foram quitadas. Taxas de água e luz seguem abertas e devem ser parceladas. “Foi um sacrifício, mas estamos contentes com o resultado. Já estamos começando a buscar parceiros para que, no ano que vem, as coisas sejam mais tranquilas”, completa Bruno.

Para completar, vamos ao mais importante: os resultados no campo! No último sábado, o Vida Loka, da favela da Felicidade, venceu a final contra o Dragões, do Jardim Educandário, por 2 a 1, e conquistou o bicampeonato (assista ao vídeo acima, vale a pena). Em terceiro lugar ficou o Tiradentes, da Vila Curuçá, que bateu o Unidos, do Jardim Lídia, por 1 a 0.

 


Jogador de várzea morre após trombar com goleiro em jogo de veteranos
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O mundo do futebol de várzea está de luto nesta quarta-feira. No início da tarde, Silenildo Aparecido Pereira, o Cidão, jogador do Cinquentão do Negritude, de Artur Alvim, morreu no Hospital das Clínicas. Ele não resistiu aos ferimentos sofridos durante uma partida disputada no último domingo.

O lance ocorreu no fim do duelo entre Negritude e Linense, da Vila Gustavo, no campo do B.U.T. “Faltavam três minutos para acabar o jogo quando cruzaram uma bola. O Cidão e o goleiro disputaram a bola pelo alto. O goleiro veio mais rápido, tirou de soco. Mas como estava em movimento, acabou batendo contra a cabeça do Cidão. Os dois caíram. O goleiro ainda conseguiu se proteger com as mãos, mas o Cidão bateu forte com a cabeça no chão”, conta o diretor do Negritude, Douglas Alves da Silva.

Segundo ele, a demora no resgate deixou todos apreensivos. “Chamaram a ambulância, mas ela demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local. Quando os paramédicos fizeram o primeiro atendimento, viram a gravidade e chamaram o Águia. Ele foi para o Hospital das Clínicas, mas já era tarde”, completa Douglas.

No hospital, foi confirmado o traumatismo craniano. A morte cerebral foi confirmada nesta quarta. A diretoria do Negritude pretende fazer uma homenagem ao jogador.

Nota do Blog: os sentimentos de todos que fazem parte do Papo de Várzea estão com a família do Cidão. Mas é importante lembrar que acidentes assim devem servir de aprendizado:  organizadores de campeonatos devem se conscientizem de que é necessário cuidar da saúde dos atletas. Ambulâncias nos campos, em dia de jogo, devem ser uma prioridade.


Quem são os favoritos da Copa Kaiser?
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O Papo de Várzea até pensou em fazer uma análise como essa, mas tinha programado para a próxima fase. Mas os parceiros Marcelo Costa e Eduardo Lima, do É Nosso e que escrevem sempre às quartas-feiras no Voz do Terrão, adiantaram o serviço: um a um, os 20 times que começaram, no último domingo, a disputa da Etapa 5 da Copa Kaiser:

Zona Leste – Grupo L-46

Madrid/Móoca

Estreante na Série A, o Madrid faz uma boa campanha, graças à base mantida desde o ano passado. A campanha desse ano tem 5 vitorias, 7 empates e apenas uma derrota. O artilheiro é Fábio, com 4 gols. O time é  umas das surpresas da copa este ano. No ano passado, o Juventus, do Glicério, foi a grata surpresa. Nesse ano é o Madrid. Se repetir a história, pode até beliscar o quarto lugar, o que seria uma honra.

1º de Maio/Tatuapé 

Time tradicional, fundado em 1938. Sua campanha até o momento é de 6 vitorias, 5 empates e 2 derrotas. Hermenegildo Gigante é o artilheiro com 7 gols, mas o time conta ainda com Carlão e  Leonardo, que até agora marcaram seis gols. O 1º de Maio é outro que tem história e, pela estrutura que tem, pode chegar longe. O time também contou com um pouco de sorte e, mesmo em um grupo que tinha o atual campeão Ajax, além de SDX e Coroado, se saiu bem.

MEC-Maranhão/Cidade Tiradentes

 O Maranhão Esporte Clube é  o time que tem uma das campanhas mais viris. Tomou 43 cartões até agora. Sua campanha é tem 5 vitorias, 4 empates e 4 derrotas e Gleiciomar é o artilheiro, com 7 gols.

O time é jovem, foi fundado em 1997, talvez tenha que ganhar mais experiência. Mas o Vida Loka, da Brasilândia, ganhou um título e era novato na competição…

SDX/Cidade Tiradentes

O SDX, antigo Sedex, vem forte até agora. Vice-campeão em 2010, no ano passado não teve um bom campeonato e ficou fora dos 20 melhores. Em 2013, sua campanha é de 5 vitorias, 6 empates e 2 derrotas. João Carlos é o artilheiro, com 4 gols.

O SDX deixou escapar um título nos pênaltis para o Pioneer e, nesse ano, se os dois chegarem à final, não será surpresa. Quem sabe a história muda?

 

Zona Leste – Grupo L-47

Nápoli/Vila Industrial

Campeão em 2002 e vice em 2007, o time da Vila Industrial vem fazendo, neste ano, a melhor campanha da copa. Em 12 partidas, tem 10 vitorias, 2 empates e apenas uma derrota. Conta com o técnico Lombardinho e o goleador França, com 7 gols. Ano passado, fez boa campanha: ficou em 6º.

Em 2013, a equipe vem forte para tentar o bicampeonato. É favorito? É lógico!

Jardim São Carlos/Guaianases

O Jardim São Carlos vem fazendo um bom papel. Sua campanha é de 8 vitorias, 3 empates e 2 derrotas. Ano passado, ficou em nono lugar. Luizinho dividia a artilharia da competição até o domingo, com 10 gols, mas foi superado por Baixinho, do Danúbio, agora com 11.

No ano passado, davam o São Carlos como campeão certo, mas o time acabou eliminado. Isso serve de lição e, em 2013, apostar em, ao menos, uma semifinal não é absurdo.

Coroado/Guaianases
O Coroado de Guaianases vem lutando para ser uma das forças da Zona Leste. Ao longo dos anos, vem seguindo de perto os favoritos. Em 13 jogos, tem 8 vitorias, 3 empates e 2 derrotas. O veterano Alexandre é o artilheiro da equipe, com 9 gols.

O Coroado não chega a ser um favorito a ganhar o titulo, pois também o Grupo L-47 é um dos mais fortes. Melhor assim, pois se não prestarem a atenção, o time do Coroado vai chegando, chegando…  Quem sabe até as quartas? (nota do Papo de Várzea: é bom lembrar que esse time eliminou o atual campeão Ajax e venceu o favorito São Carlos)

Noroeste/Vila Formosa

Com 49 anos de estrada e de tradição, esse time tem camisa. O Norusca, no ano passado, ficou em terceiro lugar e nesse ano vem brigando forte. Sua campanha tem 6 vitorias, 6 empates e 1 derrota. Seus artilheiros são Tarcísio e Thiago, com 5 gols cada.

Pela torcida que tem, o Noroeste é sempre um dos favoritos ao título. O dirigente Roberto é a imagem do time, apaixonado e com garra.

Zona Norte – Grupo N-20

Inajar de Souza/Jardim Cachoeirinha

 O índio tem tradição e respeito na várzea. Muita rivalidade rola pelos lados da zona norte. No ano passado, não foi bem e ficou de fora dos vinte primeiros. Em 2011, ficou em 11º. Em 2013, a campanha tem 7 vitorias, 3 empates e 3 derrotas. Jonathan é o guerreiro que marcou mais vezes, com 9 gols .

O Inajar, pela força e pelo nome que conquistou, já merece um título. Quem sabe nesse ano? O time faz uma boa campanha e a zona norte não ganha o título há mais de quatro anos.

Vasco da Gama/Vila Galvão
O Vasco vem com uma base que joga junto desde 2006, quando os atletas eram, ainda, juniores. O entrosamento é grande e, em seu primeiro ano na Série A, vem fazendo uma ótima campanha. São 8 vitorias, 2 empates e 3 derrotas.  Robson é o cara e tem 6 gols.

Pelo entrosamento, o time pode surpreender. E se beliscar do quarto ao sexto lugar, já é uma vitória e tanto.

Leões da Geolândia/Vila Medeiros

Leões é outro da zona norte respeitado por onde passa. Desde 2008, vinha em grande sequência, chegando entre os 20 primeiros (2008 e 2009 ficou em terceiro). Só tem um problema: há dois anos não consegue chegar nessa seleta lista. Em 2013, já conseguiu ficar entre os vinte e quer mais.  Sua campanha tem 8 vitorias, 4 empates e 1 derrota. O artilheiro  é o  João, com 6 gols.

Nesse ano, o Leões é também um dos favoritos ao título, pelo que apresentou e pela camisa que tem.

Jardim Peri/Gesan

O GESAN (a palavra é uma junção dos nomes do fundador  Geraldo e da sua esposa, Sandra) foi fundado em 05 de março de  2000. O time do Jardim Peri vem fazendo uma boa campanha, sua melhor até hoje pela competição. Conseguiu 7 vitorias, 3 empates e 3 derrotas. Rene é o artilheiro com 4 gols.

Corre por fora. Se conseguir passar para a oitavas será uma grande conquista. (Nota do Papo de Várzea: o time deu um grande passo no domingo para acabar com essa projeção ao bater o Inajar).

Zona Oeste – Grupo o-20

Danúbio/Freguesia do Ó

Campeão em 2007, o Danúbio se viu envolvido em polêmica nesse ano. Mas segue firme na sua busca por mais um título. No ano passado, conseguiu ficar em 15º lugar. Já desceu para a série B, mas subiu invicto e campeão em 2010. Em sua campanha em 2013, tem 7 vitorias, 4 empates e 2 derrotas. Edimilton, o Baixinho,assumiu a artilharia da Copa, com 10 gols.

O Danúbio também é outro dos considerados “grandes” na várzea. Tem futebol para ir em frente e tudo para passar para as oitavas.

 Vila Izabel/Osasco

Em 2013, o time de Osasco está tendo sua melhor campanha na história da competição. Conta, no banco, com a experiência do técnico Tião, bicampeão da Kaiser (2009 e 2011). Tem, ainda, no elenco jogadores experientes e que já foram campeões por outros times. Tem 8 vitorias, 4 empates e apenas 1 derrota. Seu artilheiro é Maurinho, com 8 gols.

O técnico Tião é malandro (no bom sentido da palavra) e já deve estar pensando numa estratégia para se classificar. Acho que, do grupo, passam o Vila e mais um para as oitavas.

Catumbi/San Remo

O time do bairro San Remo vem fazendo boas campanhas ao longo de suas participações. Nesse ano, passou as primeiras quatro etapas sem perder e estava invicto na competição, apesar dos muitos empates (nota do Papo: o time foi superado no domingo, pelo Vila Izabel). A campanha do Catumbi tem 6 vitorias, 6 empates e agora 1 derrota. Conta com os gols de seu artilheiro Marco Roberto, que já fez 6.

Vem “comendo pelas beiradas”: não é o favorito a passar para as oitavas. Só se a máxima “caixinha de surpresa” aparecer.

Família 100 Valor/Jardim Panamericano

É o primeiro ano na série A do time do Jd. Panamericano. O Família 100 Valor vem fazendo boa campanha. O time verde tem 7 vitorias, 4 empates e 2 derrotas. O goleador da equipe responde pelo nome de  Klever e tem 8 gols na sua conta.

Já conseguiu um grande feito ao chegar tão longe. Se ficar contente com o resultado, jogará sem pressão e pode ir além.

Zona Sul – Grupo S-20

Pioneer/Vila Guacuri

Os “pioneiros” foram campeões em 2010 da Copa em São Paulo e no Brasil. Depois de um 2012 não tão bom (em que foi eliminado na segunda fase), vem forte para a reta final de 2013. A equipe esta invicta na competição, com  8 vitorias e 5 empates. Seu ataque tem dois artilheiros com 6 gols cada, Magrão e Ricardo.

Muitos falam em investimento, mas o que seria investimento sem organização e obstinação? É, sim, um dos favoritos à conquista da Copa. (Nota do Papo de Várzea: é bom lembrar que o time foi reformulado para 2013, mas manteve a forte base que está na equipe desde o título)

Turma do Baffô/Jardim Clímax

Turma do Baffô, do Jardim Clímax, bateu na trave por dois anos consecutivos (2011/2012) e ficou com o vice-campeonato. Nesse ano, se reforçou e vem lutando para, novamente, chegar à final. A equipe costuma crescer nas adversidades. Tem 8 vitorias, 3 empates e 2 derrotas, e seu artilheiro é Delcio, com 6 gols.

Nos últimos dois anos, dois vices. O Baffô, agora, quer o caneco de uma vez por todas. A vantagem desse time é a seguinte: Deixaram chegar? Então segura.

Bafômetro/Heliópolis

O ano de 2013 já é o melhor da história do Bafômetro na competição. Bateu, nas fases anteriores, a grandes rivais e vem surpreendendo na zona sul. Sua campanha tem 6 vitorias, 4 empates e 3 derrotas, Luiz Felipe, o “Lipe” , é o  artilheiro, com 8 gols.

Heliópolis tem um bom número de times na competição e sonha com o título . Apesar de ser difícil passar, nada é impossível. (Nota do Papo: rival do Bafômetro, o Cantareira ficou entre os 10 em 2012, na melhor campanha da história de um time de Heliópolis. O objetivo da equipe é, certamente, destronar o rival).

Milianos/Jardim Rosana

O Milianos está repetindo a campanha de 2011 e tem chances de prosseguir para a semifinal. A equipe é bem unida e de bom toque de bola. A campanha desse ano tem 7 vitórias, 4 empates e 1 derrota. Rafael Fafi é o artilheiro, com 7 gols.

O time tem missão árdua contra adversários de peso. Se vencer uma nas duas primeiras rodadas, pode ganhar força. (Nota do Papo: no primeiro jogo, empate em 0 a 0 com o Pioneer).

Nota dos autores das análises, Eduardo Lima e Marcelo S. Costa: Não queremos, de maneira nenhuma, ofender, proteger, menosprezar ou exaltar nenhuma agremiação. Nem muito menos dar uma de adivinhões. Apenas fazemos nossas análises de acordo com a campanha dos times. E essa “brincadeira séria” que fazemos é apenas um exercício , levando-se em conta a grande magia do futebol, que é a capacidade de sempre nos surpreender. Portanto, amigos da várzea, façam também suas apostas e seus prognósticos. Sempre respeitando o próximo e levando sempre na esportiva.

Nota do Papo de Várzea: só fizemos pequenos ajustes de texto e atualizamos as campanhas com os jogos do domingo, já que a dupla Marcelo e Edu escreveu antes do início da Etapa 5. Quer saber como foram os jogos do último domingo? É só dar uma olhada aqui: Etapa 5 da Copa Kaiser começa com muitos empates e poucos gols


Etapa 5 da Copa Kaiser começa com muitos empates e poucos gols
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UOL Esporte

Os dois jogos da Zona Sul da Copa Kaiser, neste domingo, ilustraram bem como foi a primeira rodada da quinta fase da Copa Kaiser, a principal competição de futebol amador de São Paulo. As duas partidas da região terminaram empatadas. E em 0 a 0.

Nos dez jogos disputados no início desta tarde, foram cinco empates e 14 gols marcados. E a média de 1,4 por jogo foi “inchada” por duas partidas, a vitória de 3 a 1 do Leões da Geolândia, da Vila Medeiros, sobre o Vasco da Gama, da Vila Galvão, e os 2 a 2 de Madrid/Móoca e SDX/Cidade Tiradentes.

Leia a matéria completa aqui: Etapa 5 da Copa Kaiser começa com muitos empates e poucos gols


Agenda do fim de semana: decisões pela grande São Paulo
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UOL Esporte

Neste fim de semana, futebol domina a agenda – lembrando que, se você tiver algum evento para indicar, é só mandar para o papodevarzea@gmail.com.

Final da Copa da Paz

A comunidade de Paraisópolis está agitada para a grande decisão da Copa da Paz. A partir de 15 horas de sábado (3/8), rola a disputa do terceiro lugar, Tiradentes x Unidos do Lídia. A final está marcada para 17h, com Vida Loka x Dragões do Jardim Educandário. Os jogos serão no campo do Palmeirinha de Paraisópolis, na Rua Melchior Giola s/n – Paraisópolis – SP.

Final da Copa Prestes Maia

Mais uma decisão, agora da Copa Prestes Maia/Liga AIESP. No domingo (4/8), às 13h tem Leões Unidos x Bola na Hora. A final será no CDC Passagem Funda, na Av. Dr. Guilherme de Abreu Sodré, sem número, na Cohab Prestes Maia.

Final do Municipal de Mauá

Quem quiser sair da cidade pode visitar Mauá, para a decisão do Campeonato Municipal da cidade. Os jogos estão marcados para domingo (4/8), no Estádio Municipal, no Parque São Vicente. Às 9h, o duelo Jardim Canadá x Colônia decide a divisão intermediária. Às 11h, a final da 1ª Divisão: Scorpions x Cruz de Malta.

Etapa 5 da Copa Kaiser: só clássicos

Neste domingo (4/8), começa a Etapa 5 da Copa Kaiser, a última em que os times são divididos em Zonas Leste, Oeste, Norte e Sul. Com só 20 times na disputa, só clássicos estão marcados (começando às 13h). Na Zona Norte, por exemplo, encontram-se os dois times com a melhor campanha até agora na região: Vasco da Gama/Vila Galvão x Leões da Geolândia/Vila Medeiros (no Benfica). Na Zona Sul, destaque para Turma do Baffô/Jardim Clímax x Bafômetro/Heliópolis (no CDC Doroteia).

Na Oeste, após indefinição durante a semana (com direito a julgamento do Comitê Disciplinar da competição), Danúbio, da Freguesia do Ó, e Catumbi/San Remo foram confirmados na próxima fase e encaram, respectivamente, Família 100 Valor (no CDC Jardim Regina) e Vila Izabel (no Caju).

A Zona Leste terá quatro partidas. Mas o destaque fica por conta de Nápoli, dono da melhor campanha até agora, contra Noroeste, semifinalista de 2012, no Campo do Nacional. Endereços das partidas aqui.

Série B da Kaiser só na Zona Leste

Aproveitando, quem quiser acompanhar também pode assistir aos jogos da Série B da Copa Kaiser. Neste domingo, só a Zona Leste tem agenda (por conta do formato da competição), com 24 equipes jogando, em mata-mata único, por 12 vagas nas oitavas de final. A tabela está no site da competição.

Feijoada do Colorado do Brás

Em uma inclusão de última hora, a escola de samba Colorado do Brás fará, no sábado (3/8), uma feijoada para a escolha do samba enredo de 2014. A quadra fica na Rua Juvenal Gomes Coimbra, sem número, na saída da ponte da Vila Maria. E para os puristas, aí vai a explicação da entrada da escola de samba em um espaço de futebol: a Colorado surgiu, e recebeu seu nome, de um time de várzea.