Papo de Varzea

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Time amador de São Bernardo usa Angelina Jolie, Gisele Bundchen e até Obama para divulgar feitos
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Usar fotos famosas e inserir detalhes pessoais não é novidade. Se você procurar na internet vai encontrar uma série de serviços gratuitos: você só precisa mandar sua foto para que ela seja inserida na cena desejada.

Pois um time de várzea está usando esse recurso e, com muito bom humor, recebe a ajuda de astros como Angelina Jolie, Brad Pitt, Gisele Bundchen e até o presidente dos EUA, Barck Obama, para divulgar seus feitos na internet. A equipe em questão é o Esporte Clube DER, que disputa a Divisão Especial da Liga Amadora de São Bernardo.

O responsável pelas imagens é Binho Santos, que faz as atualizações da página do clube no Facebook. A maioria das imagens é de marketing, com o logo do clube ou o mascote e uma celebridade. Em outras, porém, as montagens bem-humoradas são usadas para chamar a torcida para o jogo, como as que mostram um âncora da Fox News ou com o craque inglês David Beckham.

O time foi criado nos anos 50 por funcionários do Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo à beira da Rodovia Anchieta, que liga a capital paulista ao litoral. Segundo site oficial, em 60 anos de idade, já soma mais de 20 títulos.

Em breve, um documentário sobre a história do time será lançado, fruto do trabalho de pós-graduação do companheiro Cleyton Santos. Quando ele estiver disponível, daremos os detalhes aqui no Papo de Várzea.


Artilheiro da Copa Kaiser ainda busca chance, após problemas no Nordeste
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Bill tem 18 anos, 1,93m e faro de gol. É mais um dos milhares de garotos que sonham, por aqui, em vencer com a bola nos pés. Predicados para isso ele tem. Sua equipe foi eliminada da Copa Kaiser, mas sua média de gols á altíssima: quando o Inter, do Jaraguá, foi eliminado do torneio, após seis partidas, o centroavante somava oito gols. Marca invejável para veteranos da várzea. Para um garoto, então…

Mas qual a dificuldade para ele? Ele até já tentou. Foi levado por um empresário para o Olímpico, do Sergipe. “Passei meses treinando por lá. Mas nunca tive chance. Acabou o período de testes, não fui aprovado e voltei para São Paulo”, conta o garoto.

Quem o viu em campo avisa: além de grande, ele é um jogador técnico, que se posiciona bem na área. E ainda chuta bem. Falta, no entanto, alguém que o ajude. “Hoje, estou sem empresário, sem ninguém para ajudar. Assim, é quase impossível encontrar um clube”, conta.

Enquanto nada surge para Bill, ele segue jogando na várzea. Com os bichos e ajudas de custo, sobrevive do futebol mesmo sem um contrato profissional. E, o melhor, no time do coração. Ele foi criado no Jaraguá e, desde cedo, queria defender a equipe. Quando completou 18 anos, finalmente foi autorizado a jogar a Copa Kaiser.

A história é comum na várzea. Há alguns dias, publicamos, aqui mesmo, no Papo de Várzea, duas histórias parecidas. Rafinha, meia do Inter, do Moinho Velho, tem 28 anos e ainda sonha com o profissional, mesmo após ter sido enganado em sua primeira experiência do gênero. Já Ramires, campeão pelo Ajax, da Vila Rica, está tendo sua primeira chance em um time profissional no Taboão da Serra, que disputa a quarta divisão em São Paulo.

Em tempo: no último domingo, mais dois jogadores chegaram a oito gols na Copa Kaiser, Jonathan Alves Cavalcante, do Inajar de Souza, da Vila Nova Cahoeirinha, e Julio Cesar da Silva Ribeiro, do Mãe Sara, da Vila Santa Catarina.

Copa Kaiser 2013

Copa Kaiser 2013

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Empates acabam com campanhas perfeitas da Copa Kaiser
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Até esse domingo, duas equipes se destacavam na Copa Kaiser. Ajax, da Vila Rica, e Praça, de Pirituba, tinham campanhas perfeitas, com seis vitórias em seis jogos. Dois empates, no entanto, acabaram com essas séries.

Atual campeão, o Ajax segue marcando muitos gols, mas não passou dos 2 a 2 contra o América, da Vila Iolanda. Já o Praça também seguiu apostando em sua defesa forte, mas o duelo contra o Ilha da Madeira, do Jardim D’Abril, acabou 0 a 0.

Leia a notícia completa: Empates acabam com campanhas perfeitas da Copa Kaiser


Alma do futebol de várzea está nos detalhes
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Isso deve acontecer em todas as áreas. Mas como o que nos interessa é futebol de várzea, é sobre isso que vamos falar. A alma de um objeto, de um esporte, de qualquer ação humana, na verdade, está nos detalhes.

É aquela palavra que descreve perfeitamente uma situação. Ou uma imagem que consegue traduzir o esporte sem muitas explicações. Você já conhece os fragmentos da várzea em vídeo. Nesta sexta-feira, apresentamos os fragmentos em imagens. Confira:

 


Varzeanos indicam retranca, reza e até W.O. para Taiti evitar vexame contra Espanha
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O Taiti virou o time da moda da Copa das Confederações. Entre os inscritos, só um é atleta profissional. Os outros tem outras profissões, são professores, entregadores. Tem até um vendedor de celular. Lembra de alguma coisa? Isso mesmo, o time da Oceania é o representante da várzea no torneio da Fifa!

Mas não se engane: os varzeanos brasileiros garantem que jogam muito mais… Mesmo assim, o Papo de Várzea resolveu perguntar para alguns deles: qual a receita para o Taiti enfrentar a poderosa Espanha, atual campeã mundial e Europeia? A resposta é simples. Primeiro você arma a retranca. Depois, reza por contra-ataque. Se nada der certo, aproveite para contar para seus filhos que, um dia, você esteve em campo ao lado de Iniesta, Xavi, Fábregas…  Confira algumas dicas:

Deixe o jogo feio. E torça muito

O primeiro ouvido foi o baiano Uochiton Baraúna (esse conversando com Mano Menezes), atacante do Jardim São Carlos. Aos 30 anos, ele defendeu vários times de várzea de São Paulo, sempre marcando muitos gols. Em 2010, foi o artilheiro da Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador da cidade – em 2012, conquistou o título pela primeira vez. Para ele, a receita é abrir mão de atacar.

“É uma seleção fraca. Os jogadores são limitados. Eles até se posicionam bem, mas vão pegar a Espanha. Vão tomar um vareio e não vão ver a cor da bola. A Espanha valoriza muito a posse. Tem que entrar todo fechado e torcer para não levar gol”, diz o artilheiro. “Se o seu time é ruim. E ainda por cima vai jogar contra uma equipe muito melhor, você tem de se fechar. Fica na retranca mesmo. E o jogo vai ser feio. Quando abrir uma brecha, você pode tentar um contra-ataque. Mas é quase impossível”, completa.

Corrida entre um Audi e um Uno Mille

Kico Nogueira, técnico do Classe A, da Barra Funda, faz uma comparação interessante: “A diferença entre os times é muito grande.Vamos visualizar a seguinte situação, para resumir: é uma corrida entre um Audi R8 e um Uno Mille. A única chance seria o Audi quebrar. A única chance do Taiti é ver a Espanha ter dois expulsos e dois outros jogadores se machucarem. E não ter mais substituição”, fala. “Quando não existe qualidade técnica, não existe esquema tático que funcione para defender ou atacar”.

Só se colocar as traves fora do estádio

Sérgio Ricardo, presidente do Pioneer, da Vila Guacuri, lembra que o grande problema do Taiti não é técnico, mas físico: afinal, contra a Espanha, os taitianos devem correr ainda mais atrás do bola do que na estreia contra a Nigéria – que terminou em 6 a 1 para os africanos.

“Olha, contra a Espanha, só se colocarem as traves para fora do estádio… Mas falando sério, no Taiti, os caras não tem preparo físico. Sempre que pegarem um time bem preparado, vão sofrer. Alguns times da Copa Kaiser ganhariam deles com facilidade, até. Olhe o jogo contra a Nigéria. O goleiro falhou algumas vezes. Em outros gols, foi a defesa que errou. Na maioria das vezes, cometeram falhas de time amador”, analisa o cartola. “Mas não acho que a Espanha vai massacrar como estão falando. Não sei se chega a seis gols”.

Contra goleada, só se derem W.O.

Outra linha de pensamento é mais polêmica. Para Carlão Carbone, que vai aos campos de várzea todos os finais de semana para registrar, em vídeo, o clima do alambrado, até se jogasse no terrão o time corria risco de sofrer um placar elástico. “Tem muito time de várzea que, se enfrentar esse Taiti, mete cinco gols só no primeiro tempo. No terrão, então, mesmo com 35 minutos por 35 [tempo de jogo do torneio amador mais importante da cidade], se não sair dez é marmelada… Na minha opinião, a única tática do Taiti para enfrentar a Espanha é rezar. E rezar muito”, fala, bem humorado.

Yuri Igor, do Tiradentes, da Vila Curuçá, a saída é nem mesmo entrar em campo. “Pra vergonha ser menor, só se eles não entrarem em campo. Assim, dá W.O. e eles perdem só de 3 a 0… Mas espero que eles façam o impossível e consigam, ao menos, marcar um gol na Espanha. É retranca e muita sorte para encaixar um contra-ataque”.

Só o Pitbull salva o Taiti

A melhor análise, porém, veio da Casa Verde: segundo o atacante Fernando Pitbull, do Nove de Julho, ele é a solução para o Taiti nesta quinta: “Você pode até montar um time defensivo e só jogar no contra-ataque. Mas tem de lembrar uma coisa: a Espanha marca muito forte na saída de bola. E, infelizmente, o Taiti não tem jogadores com qualidade para fazer essa ligação até ataque. E o problema maior é imaginar jogar contra quem você só vê no vídeo game ou na TV. É muito difícil jogar sem idolatrar. Foi o que aconteceu com o Santos contra o Barcelona. Só o Pitbull para salvá-los”.


Comercial vence o Saloá. E você sente a emoção de acompanhar um jogo do alambrado
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Quando falo que, a cada domingo, eu vou acompanhar um jogo de futebol de várzea, alguns amigos estranhos. Para quem nunca assistiu a um jogo do alambrado, é realmente difícil de entender qual é a sensação.

No último domingo, o Comercial venceu o Saloá por 1 a 0. O jogo foi tenso: envolvia dois times da mesma quebrada, Pirituba, e ainda valia classificação para a próxima fase da Copa Kaiser. E a crônica de Carlão Carbone responde, muito bem,a pergunta: como é um jogo de várzea para o torcedor?

Não é só grito da torcida, batuque da bateria ou os xingamentos ao juiz – que também acontecem no futebol profissional. Na várzea você ouve as reclamações dos jogadores ao juiz (e também a resposta do árbitro aos atletas). Enfim, você vive a partida de maneira muito mais forte. Confira:

 


Em rodada decisiva, Ajax e Praça fecham 2ª fase com campanha perfeita na Kaiser
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Rodada decisiva é assim: técnicos focam exclusivamente as vitórias para avançar para a próxima fase da Copa Kaiser. Em 28 partidas, apenas cinco terminaram empatadas – um contraste com os 12 empates do último domingo.

Os destaques foram o Ajax, da Vila Rica, e o Praça, de Piritiba, que mantiveram a campanha 100% – já são seis jogos e seis vitórias. O primeiro goleou o Colorado, da Cidade Castro Alves, por 6 a 1. Já o Praça superou o Unidos, do Jardim Brasília, por 1 a 0. Com os resultados, ambos avançaram para a etapa seguinte em primeiro lugar de suas chaves.

Quer saber mais? Acesse a nota completa (incluindo todos os classificados): Em rodada decisiva, Ajax e Praça fecham 2ª fase com campanha perfeita na Kaiser


Quer conhecer os bastidores da várzea?
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Você, que aparece sempre por aqui, sabe que estamos sempre procurando histórias novas para contar. Mas sabe quais são os bastidores de uma reportagem sobre o futebol de várzea?

Foi isso que o Leandro Iamin, do programa Varzeanos, queria saber. Conversamos por quase uma hora sobre porque a várzea pode ser tão apaixonante. Quem quiser, pode conferir aqui.

O programa, aliás, é um achado na internet. Ele fica dentro do Central 3, uma rádio feita para a internet, e já tem oito programas. O de estreia, com o craque Serginho Chulapa, é imperdível (está aqui).