Papo de Varzea

Arquivo : agosto 2013

Na várzea, mulheres fazem sucesso e ignoram cantadas: “Peço número da camisa, dão telefone”
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Mesária, técnica, cartola. Pense em uma atividade relacionada ao futebol de várzea e, certamente, vai encontrar uma mulher exercendo a função. Em um ambiente masculino por excelência, a mulherada está conquistando seu espaço, ignorando cantadas e brincadeiras.

O Papo de Várzea conheceu algumas dessas pioneiras e ouviu histórias de vida inspiradoras, como a das mulheres do Botafogo do Jaçanã e da vice-presidente do Santos do Jardim das Oliveiras, Isabel Varotto. E engraçadas, como a da mesária Dayane Tavares e da técnica Bruna Moreno.

“Passam o telefone no lugar do número da camisa”

Para começar, a história de Dayane. Formada no curso da Associação de Árbitros da Grande São Paulo, ela trabalha como mesária há anos. Começou quase por acaso. “Eu sempre gostei de futebol, mas jamais imaginei que um dia trabalharia com isso. Eu e o William tínhamos começado a namorar há pouco tempo quando fomos a um jogo dele, que é árbitro. O mesário faltou e ele me pediu para fazer a mesa, já que não tinha mais ninguém disponível. Fiquei insegura, mas deu tudo certo. Não parei mais”, lembra.

A decisão de seguir no futebol deixou os dois ainda mais próximos, graças ao calendário puxado que árbitros do futebol amador levam. Eles trabalham de domingo a domingo, comandando cinco, seis jogos por dia. “Eu brinco que árbitro não tem vida social. É só jogo, jogo, jogo… Como, no início do namoro, trabalhávamos em lugares diferentes, não dava tempo de ficar junto. Foi quando percebi que o jeito era ir para o campo, mesmo. Uni o útil ao agradável”.

O que não deve ser muito agradável são as cantadas que, inevitavelmente, aparecem quando uma mulher entra em um mundo masculino. Dayane, porém, tira de letra. “Tem isso em qualquer lugar, inclusive no campo. Afinal, só tem homem. Mas não falta respeito. O número de mulheres está crescendo, mas ainda são poucas na várzea. Então, quando o jogador me vê, faz brincadeira. É normal, por exemplo, passar o número do telefone no lugar do número da camisa. Mas é fácil lidar com essa situação. Eu sou muito séria e eles percebem logo”, conta.

Artilheiro coloca irmã no banco para poder jogar

Outra história inusitada é de Bruna Luise Moreno. Varzeana por influência familiar, ela é uma frequentadora assídua das partidas do time do seu irmão, o atacante Tom. Em um domingo, ela foi praticamente obrigada pelo irmão a entrar em campo. Ou melhor: a ficar no banco de reservas.

Em um jogo pela Copa Kaiser, o técnico do Inter Biricutico, do Jardim São Luiz, avisou que iria faltar. Seu substituto natural seria Tom, atacante e artilheiro do time. E irmão de Bruna. O jogo, porém, era importante demais para o goleador ficasse no banco. Foi aí que alguém deu a ideia: “Porque não colocar a Bruna como técnica?”

Parecia uma maluquice, mas era só pensar no assunto para encontrar motivos para fazer a aposta. Ela conhecia o time, gostava de futebol e, imprescindível, estaria em campo no dia do jogo. Estava decidido. Bruna aceitou virar técnica por um jogo e não fez feio. O Inter venceu a Mocidade Cabuçu, do Jardim Maria Estela, por 1 a 0. E quem marcou o gol da vitória? Tom.

“Os jogadores são amigos e eu não tive problemas. É claro que o Tom estava sempre de olho, antes do jogo a gente discutiu o que poderia acontecer e o que eu deveria fazer, mas as decisões foram minhas. Todos respeitaram e atenderam os pedidos que fiz em campo. Foi uma pena ter chovido. Mas quem foi ao Magnólia (local do duelo) viu um bom jogo”, comemora.

Futebol é coisa de família no Botafogo e no Santos

As outras duas histórias envolvem famílias que estão no mundo do futebol há muito tempo. No Botafogo do Jaçanã, o patriarca, Miltinho, fundou o time. Quando ele morreu, sua mulher, dona Fátima, assumiu a presidência e a filha do casal, Eloá, virou técnica.

“Todos na várzea sabem que, no Botafogo do Jaçanã, quem manda são as mulheres. E somos respeitadas por isso. Nós temos orgulho e trabalhamos para que nada falte aos nossos jogadores. Fazemos de tudo para honrar essa camisa que amamos”, afirma Dona Fátima.

A presidenta (como ela gosta de falar do cargo, imitando Dilma Rousseff), apesar de cuidar muito bem dos jogadores, não assiste aos jogos. Para não ficar exaltada, vai ao campo, mas dá um jeito de se distrair e não prestar atenção no que ocorre dentro das quatros linhas. Fica andando por perto. Em um jogo no Flamengo, da Vila Maria, chegou a caminhar na calçada de uma pista lateral da Marginal Tietê.

“Eu fico muito nervosa e não consigo ver o jogo. Fico andando de um lado para o outro e fico muito cansada. Acaba o jogo e estou acabada”, relata. “É o jeito dela. Minha mãe fica muito tensa e acha melhor assim. Mas, depois do jogo, ela quer saber exatamente o que aconteceu, quem jogou bem, quem foi mal e se o juiz apitou direito”, fala a Eloá.

A treinadora, aliás, é um capítulo à parte. O pai era foi um craque nos tempos de jogador e era lembrado como um bom técnico. E passou o talento para a filha. “Depois que meu pai morreu, muita gente dizia que a mulherada não ia conseguir tocar o Botafogo. Estavam errados, porque estamos aqui, firmes e fortes. Eu aprendi tudo de futebol com o meu pai. Cresci do lado dele, acompanhando os jogos nos campos de várzea”, conta. A estratégia é usar a linha-dura: “Jogador que não respeita o comando, é mandado embora. Eles são acostumados porque meu pai era linha-dura. É melhor dispensar do que ter gente insatisfeita que não vai lutar pela sua camisa”.

O comportamento rende elogios: “Ela entende bastante de futebol e todos a respeitam por isso. Ela sabe mostrar quem manda”, admite Vitor, zagueiro e capitão do time do Jaçanã. “Ter mulheres no comando é normal para a gente. Só sentimos diferença mesmo no vestiário. E quando ficamos bravos. Por educação, às vezes temos que maneirar nos palavrões e na agressividade ao reclamar”.

A última história é de Isabel Varotto. Ela é vice-presidente do Santos, do Jardim das Oliveiras, e mulher do presidente e técnico, Nilson Barroso. E o amor dos nasceu na beira do campo. “Nos conhecemos no futebol. Ele sempre jogou pelo time e eu acompanhava os jogos. Começamos a namorar, nos casamos e as coisas não mudaram. Continuamos todo fim de semana nos campos de terra”, diverte-se Isabel.

O trabalho dos dois pelos Santos é grande. O time é uma das entidades que toma conta do campo de futebol do CDC do Jardim das Oliveiras. O local conta com uma escolinha de futebol para garotos da região – inclusive familiares da equipe principal, que acabou eliminada na terceira etapa da Copa Kaiser, superando o desempenho do ano anterior.

“O time principal, que jogou a Kaiser, é todo de amigos, de pessoas do bairro. A escolinha é recente, então nenhum deles passou por lá, mas muitos deles colocaram os filhos para jogar lá. Inclusive, o sobrinho de um dos jogadores está fazendo testes no Santos, levado pela escolinha”, conta Nílson.

 


A várzea em quatro elementos: o jogo, o técnico, o juiz e a torcida
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Muito mais do que esporte, futebol de várzea é sensação. Sons da batida na bola. Batuque da torcida. Reclamação com o juiz. Gritos do técnico. Complete isso com o sol a pino e a poeira no ar e o ambiente está criado. Juntamos alguns vídeos para tentar mostrar isso:

O JOGO: Arquibancada de futebol é sempre igual. Barulhos altos, gritos e muitos xingamentos.

 

O TÉCNICO: antes de jogo decisivo é sempre igual. A preleção tem que ser cascuda, para que o time entre ligado!

 

O ÁRBITRO: para jogo decisivo, todo árbitro sabe que tem de seguir as 17 regras do futebol à risca.

 

A TORCIDA: Em jogo importante, torcedores chegam batucando alto.

 


Copa da Paz: Tiradentes leva 3º lugar mesmo sem reservas
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Na disputa do 3º lugar da 6ª edição da Copa da Paz e Paraisópolis, o Tiradentes/Vila Curuçá entrou em campo com uma dúvida: será que seria possível vender o duelo, mesmo com tantos desfalques? Quando o juiz apitou o início do jogo, o time só tinha um jogador no banco de reservas. O atacante titular faltou, o lateral também, o voltante não apareceu… Mas o time se superou e venceu o Unidos do Lídia por 1 a 0.

 


Time comemora gol, esquece saída de bola e leva empate
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O lance inusitado aconteceu no final da Copa da Paz de Paraisópolis, um dos torneios mais importantes do futebol amador de São Paulo. O Dragões, do Jardim Educandário, abriu o placar e todos os jogadores foram comemorar com sua torcida, no alambrado. O Vida Loka, da Favela Felicidade, aproveitou o descuido: deu a saída de bola rápido e empatou o jogo. Valeu? O árbitro da partida validou e ainda explicou o motivo.

Para quem quer saber mais, a Copa da Paz é um marco no futebol de várzea de São Paulo. Criada em 2008, serviu para amenizar a imagem de violência que comunidades da Zona Sul, como Paraisópolis e Heliópolis, tinham, inclusive entre os atletas de fim de semana. A história está aqui: Copa da Paz: protesto contra violência vira um dos torneios mais importantes da várzea.

E se quiser saber como foi o jogo completo, esse lance, o gol da vitória do Vida Loka, o climão no único campo de Paraisópolis e a festa do título estão aqui: Com gol inusitado, Vida Loka é campeão da Copa da Paz.

 


Com gol inusitado, Vida Loka é campeão da Copa da Paz
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Imagine a cena: seu time abre o placar, a torcida explode em festa e todos os jogadores vão para o alambrado comemorar. O rival não liga para a comemoração, coloca a bola no centro, reinicia a partida e empata. Foi isso que rolou na final da Copa da Paz de Paraisópolis. Melhor para o Vida Loka, da favela Felicidade, que venceu por 2 a 1 o Dragões, do Jardim Educandário, e levou o bicampeonato do torneio (um dos mais importantes da várzea de São Paulo).

 


Copa da Paz: protesto contra violência vira um dos torneios mais importantes da várzea de SP
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A Copa da Paz nasceu como um protesto. Em 2008, a zona zona sul de São Paulo aparecia na TV e nos jornais como um dos locais mais violentos do planeta, onde chacinas eram frequentes e as pessoas tinham medo de sair às ruas. Mas quem morava por lá via outro cenário.

Existia, sim, muita violência. Mas também havia vida e alegria. E como mostrar essa realidade? Um grupo de varzeanos legítimos, moradores de Paraisópolis, que já foi uma das favelas mais conhecidas (e temidas) da cidade, apostou no futebol.

Nascia, então, a Copa da Paz. Um campeonato de futebol de várzea com 16 times da própria comunidade de Paraisópolis e 16 times de fora. “O objetivo era unir as quebradas. Falavam que a região era violenta. Que tinha guerra, mas ninguém se conhecia. Então resolvemos nos conhecer”, conta Bruno Melo, vice-presidente do Palmeirinha, um dos times mais conhecidos da comunidade.

 

Deu certo. Em uma visita à Heliópolis, outra comunidade que nasceu de uma favela gigante, a Copa da Paz foi elogiada justamente pela união que promoveu. O mesmo acontece em outros campos. Times de longe, das zonas norte e leste, são só elogios. A arquibancada está sempre lotada, com baterias animadas e queima de fogos.

Em 2013, o Palmeirinha organizou a sexta edição do torneio. Pela segunda vez, sem patrocínio. O acordo com uma marca de bebidas acabou no ano passado e o dinheiro ficou curto. A organização cobrou uma taxa de inscrição (nos anos anteriores, as equipes pagavam com cestas básicas que eram distribuídas na própria comnunidade) e, mesmo assim, teve de se virar com apenas um quarto do dinheiro que tinha em 2012.

Para manter a premiação (R$ 12 mil para o campeão, R$ 5 mil para o vice e R$ 2 mil para o 3º colocado), o presidente do Palmeirinha, seu Chiquinho, apelou para suas economias. “Ele tirou o valor que faltava da aposentadoria. A gente teve de se sacrificar”, diz Bruno.

E não foram só eles: no ano passado, quem trabalhou no torneio recebeu uma ajuda de custo – ou seja, além de promover Paraisópolis, a Copa da Paz ainda movimentava a economia local. Neste ano, o trabalho foi voluntário. O pior: nem todas as contas foram quitadas. Taxas de água e luz seguem abertas e devem ser parceladas. “Foi um sacrifício, mas estamos contentes com o resultado. Já estamos começando a buscar parceiros para que, no ano que vem, as coisas sejam mais tranquilas”, completa Bruno.

Para completar, vamos ao mais importante: os resultados no campo! No último sábado, o Vida Loka, da favela da Felicidade, venceu a final contra o Dragões, do Jardim Educandário, por 2 a 1, e conquistou o bicampeonato (assista ao vídeo acima, vale a pena). Em terceiro lugar ficou o Tiradentes, da Vila Curuçá, que bateu o Unidos, do Jardim Lídia, por 1 a 0.

 


Pioneer empata com o Milianos e se mantém invicto
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No domingo, foi realizada a abertura da 5ª fase da Copa Kaiser. No campo do Anhanguera, em partida válida pelo grupo S -20, Pioneer, da Vila Guacuri, e Milianos, do Jardim Rosana, empataram em 0 a 0. O primeiro ainda está invicto na competição. O segundo vem fazendo ótima campanha.

A partida já virou clássico na zona sul e a rivalidade também é muito grande. Em abril, as equipes se enfrentaram nesse mesmo campo. O time do Guacuri levou a melhor, vencendo por 3 a 2.  O jogo começou sem espaços e com muita pegada no meio-campo. Com os armadores bem marcados, a bola quase não chegava ao ataque. O desarme era certo.

Jogadas de perigo, mesmo, só a partir dos 18 minutos. Em bola parada para o Pioneer, Gilmar bateu do meio da rua e o goleiro Aranha, do Milianos, foi fazer o golpe de vista e viu a bola explodir no travessão.

A resposta do Milianos veio da mesma forma. Aos 20 minutos, Daniel bateu falta no bico grande área. A bola ia na gaveta, mas o goleiro Celso se esticou todo para colocar a bola para escanteio. Nesse primeiro tempo, as chances foram escassas e o jogo, equilibrado.

A segunda parte do jogo começou do mesmo jeito. Ninguém queria se arriscar muito e a marcação foi forte, com algumas entradas mais duras. O árbitro da partida, Valmir Batista, teve um pouco de trabalho para controlar os ânimos. Começou a aplicar muitos cartões amarelos e ainda deu dois cartões vermelhos, um para cada lado.

O Milianos chegou com perigo aos sete minutos. Fafi fez boa jogada no meio campo e lançou Peba, que bateu na entrada da grande área. Ele, porém, pegou muito embaixo da bola, que foi longe do gol de Celso.

O gol do Pioneer quase saiu aos 25 minutos. O time fez pressão na saída de bola e retomou a posse. Na sobra, Gilmar arriscou um chute venenoso. A bola ia no ângulo de Aranha, mas ele se esticou todo e espalmou para escanteio, evitando que o placar fosse aberto. E ficou nisso, poucas emoções, com tudo azul no Anhanguera.

Como a partida terminou empatada, o grupo S-20 ficou embolado, já que o outro jogo também deu empate sem gols, entre Turma do Baffô e Bafômetro. Os próximos encontros serão no dia 18/08: Pioneer x Bafômetro e Baffô x Milianos.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Jogador de várzea morre após trombar com goleiro em jogo de veteranos
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O mundo do futebol de várzea está de luto nesta quarta-feira. No início da tarde, Silenildo Aparecido Pereira, o Cidão, jogador do Cinquentão do Negritude, de Artur Alvim, morreu no Hospital das Clínicas. Ele não resistiu aos ferimentos sofridos durante uma partida disputada no último domingo.

O lance ocorreu no fim do duelo entre Negritude e Linense, da Vila Gustavo, no campo do B.U.T. “Faltavam três minutos para acabar o jogo quando cruzaram uma bola. O Cidão e o goleiro disputaram a bola pelo alto. O goleiro veio mais rápido, tirou de soco. Mas como estava em movimento, acabou batendo contra a cabeça do Cidão. Os dois caíram. O goleiro ainda conseguiu se proteger com as mãos, mas o Cidão bateu forte com a cabeça no chão”, conta o diretor do Negritude, Douglas Alves da Silva.

Segundo ele, a demora no resgate deixou todos apreensivos. “Chamaram a ambulância, mas ela demorou cerca de 40 minutos para chegar ao local. Quando os paramédicos fizeram o primeiro atendimento, viram a gravidade e chamaram o Águia. Ele foi para o Hospital das Clínicas, mas já era tarde”, completa Douglas.

No hospital, foi confirmado o traumatismo craniano. A morte cerebral foi confirmada nesta quarta. A diretoria do Negritude pretende fazer uma homenagem ao jogador.

Nota do Blog: os sentimentos de todos que fazem parte do Papo de Várzea estão com a família do Cidão. Mas é importante lembrar que acidentes assim devem servir de aprendizado:  organizadores de campeonatos devem se conscientizem de que é necessário cuidar da saúde dos atletas. Ambulâncias nos campos, em dia de jogo, devem ser uma prioridade.


Jogo de coincidências acaba em 1 a 0 para o 1º de Maio contra o MEC
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Um fim de semana ensolarado foi coroado com uma vitória do 1º de Maio/Tatuapé por 1 a 0 sobre o MEC/Cidade Tiradentes, no domingo. Os dois lutam por uma das duas vagas no Grupo L-46 da Copa Kaiser – a chave tem, também, Madrid/Tatuapé e SDX/Cidade Tiradentes. No MEC (Maranhão Esporte Clube), o destaque é o atacante Gleiciomar Tamará, que fez sete gols. Pelo 1º de Maio, o artilheiro da equipe é o camisa 9 Gigante, que conta, também, com  sete gols até o momento.

Tivemos duas coincidências nesse jogo. A primeira é a data de fundação dos times. O MEC nasceu em 7 de setembro de 1997. O 1º de Maio, ao contrário do que muitos pensam, nasceu no mesmo 7 de setembro, só que em 1938!

 

O jogo começou quente (assim como o astro rei, que castigava…). Até uma parada técnica, aos 19 minutos, foi feita para os jogadores tomarem se hidratarem. A temperatura prejudicou o duelo e, principalmente, o MEC, que jogou de preto.

O MEC errava muitos passes no meio de campo. O 1º de Maio criava algumas situações, principalmente com Carlão, eleito melhor em campo. Mas, na hora dos chutes, não acertavam o alvo.

Entre as raras chances boas no primeiro tempo, destaque para uma aos 20 minutos, para o time do Tatuapé. Léo pegou a sobra na grande área e deu um chute a queima roupa. O goleiro Adriano pegou.

O time do MEC fazia muitas faltas. Não à toa, o time é um dos líderes no quesito cartões. Aos 30 minutos, Buba teve uma chance de bola parada bem próxima à área, mas jogou por cima. No finalzinho do primeiro tempo saiu o gol.  E eis a segunda coincidência do dia: o lateral William, do 1º de Maio, cruzou forte e o seu xará do MEC, o camisa 21 William, tentou cortar com o pé e botou para dentro.

O segundo tempo teve a mesma pegada. A zaga do 1º de Maio estava bem armada, mas o time abdicou dos ataques e tomou um baita sufoco – principalmente após a entrada do camisa 10, Alberto Bel, rápido e habilidoso, no MEC. O técnico Rafael , com a mudança, aumentou o poder ofensivo  e foi para o tudo ou nada.

O 1º de Maio se fechou ainda mais e só jogou nos contra-ataques, para desespero de sua torcida. O MEC teve três boas chances de empatar. Aos 26, Juninho recebeu na esquerda, cortou William e chutou por cima. Um minuto depois, Alberto Bel, que acabara de entrar, quase fez. Após um escanteio, ele testou firme, a bola ainda resvalou no zagueiro Di e foi para o gol, mas o goleiro Nei, esperto, segurou bem.

O juiz Marcio Alberto Soares não interferiu no resultado do jogo. Foi bem disciplinarmente, expulsando um jogador – chegou até a dar um amarelo para quem estava no banco reclamando acintosamente.

Depois da expulsão do Alberto Bel, o MEC viu suas chances diminuírem. Mesmo assim, no finalzinho, teve a bola do jogo. Após tiro de canto, Lenilson subiu para cabecear. A bola bateu na trave e foi para fora. Ficou nisso, 1 a 0 para o 1º de Maio e a provisória liderança do Grupo L-46. No outro jogo da chave, o SDX empatou com o Madrid em 2 a 2, resultado péssimo para o MEC, que agora terá que vencer a próxima de qualquer jeito.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Marcelo Costa. Jornalista e funcionário público, ele está sempre atrás da melhor história nos campos da cidade. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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Em jogo movimentado e corrido, Turma do Baffô e Bafômetro não saem do zero
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No domingo, no CDM Dorotéia, Turma do Baffô/Jardim Clímax e Bafômetro/Heliópolis empataram em 0 a 0. O jogou marcou a abertura da quinta etapa da Copa Kaiser.

Em um dia de sol, quem teve a primeira oportunidade de abrir o placar foi o Baffô. Aos dois minutos, em uma bola lançada na área por Fernando, o camisa 9, Délcio, conseguiu chutar para o gol. A zaga do Bafômetro afastou.

Depois desse lance, os dois times ficaram presos no meio de campo, sem muito espaço para chegar ao ataque. Quem conseguiu superar a marcação primeiro foi o Bafômetro, aos 18 minutos. O lateral Edirlan apareceu de surpresa na área e conseguiu a finalização, mas cabeceou fraquinho e o goleiro pegou.

Aos 22, mais uma vez o Bafômetro dói ao campo de ataque, agora com Anderson. Ele lançou Leandro, que fez o gol, mas o bandeirinha marcou impedimento, para desespero dos torcedores “bafometrenses”.

Com 25 minutos, os times voltaram a ficar presos na marcação, sem criar oportunidades.

Na segunda etapa, logo no primeiro minuto, o Baffô desceu para o ataque com Tiago Batista. Ele foi atropelado pelo lateral Robson, do Bafômetro, e a trombada gerou desentendimento. O resultado? Dois cartões vermelhos.

Durante alguns minutos, a partida ficou parada, enquanto os jogadores expulsos se recusavam a sair de campo. Depois de muito lero-lero, as coisas se resolveram. Aos 11 minutos, o Bafômetro quase abriu o placar com Edirlan. Ele arriscou de longe e o goleiro afastou o perigo.

A Turma do Baffô respondeu aos 18, com Fernando. Ele recebeu do lateral Robson e bateu por cima do gol. Depois desses ataques, os times ficaram mais soltos, tentando sair com a vitória. Infelizmente, os arremates não resultaram em gols. Os técnicos até fizeram algumas alterações, para tentar mudar os rumos da partida, sem sucesso.

O Baffô desceu para o ataque aos 26, com Thiago Araújo. Ele bateu com efeito e o goleiro Francisco, o melhor em campo, pegou. Aos 32 minutos, novamente pressão do Baffô. A última tentativa de fazer o gol foi com o camisa 8, Fernando, que cabeceou, mas a bola passou por cima das traves.

No outro jogo do Grupo S-20, situação idêntica: Pioneer/Vila Guacuri 0 x 0 Milianos/Jd. Rosana. Ou seja, todo mundo junto e misturado, com um ponto cada. No próximo domingo, dia 11/08, não terá rodada em virtude do dia dos pais. Os times voltam a campo para a segunda rodada no dia 18, com Pioneer x Bafômetro, às 11h30 na Arena Kaiser, Turma do Baffô x Milianos, no campo do Anhanguera, às 13h.

O texto foi feito pela parceira do Papo de Várzea Gisele Lopes. Estudante de jornalismo, ela vai aos campos aos fins de semana atrás de histórias para narrar. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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