Papo de Varzea

Arquivo : dezembro 2013

Agenda da Várzea – Festas, jogos, confraternizações
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Papo de Várzea

Eventos, festas, confratenizações.

Sexta, 20/12

amigos da varzea x

X Encontro dos Amigos da Várzea

A partir das 21h

Endereço:  Rua Masato Misawa, 201 – Itaquera

 

Sábado, 21/12

festa divisa

Jogo dos Amigos // Atividades para criança // show Jair Cacau

Divisa FC x EX Estrela

Endereço: CDC ESTRELA JARDIM VILA FORMOSA Rua Floriza nº 150

 

Sábado, 21/12

Festival de Aniversário Unidos de Piritubaunidos pirituba

09:00 – VT Unidos de Pirituba x Amigos do Reginaldo

10:30 – Unidos por Acaso FC x Marotos FC

12:00 – La Coruña FC x Aliados da Mazza FC

14:00 – Unidos de Pirituba FC x União Turístico FC

16:00 – Santa Brígida FC x Real Boaçava

Endereço: CDC Líbano Rua Adalberto Kurt, 475 – Jardim Líbano

 

Por Carlão Carbone


Gangster, da Vila Rica, é campeão da 18ª Copa Anhanguera
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Papo de Várzea

gangster

Não deu para o Gaviões, da Cidade Júlia. Na final da 18ª Copa Anhanguera, no Campo GECG (Grêmio Esportivo Campo Grande), o Gangster, da Vila Rica, foi melhor, venceu por 3 a 0 e levantou o título. Na semifinal, disputada no domingo anterior, o Gangster já tinha mostrado força ao bater, nos pênaltis, o R2- Debony. O Gaviões tinha vencido o Furacão por  3 a 2.

A conquista coroa a recente história do Gangster, fundado há pouco mais de um ano. Em tão pouco tempo, já foi campeão da taça Ferradura, da Vila Santa Catarina, vice da Copa Vila Missionária.

O duelo começou com as duas equipes avançando muito e mostrando força ofensiva, apesar do forte calor. Aos cinco minutos, Tiaguinho recebeu na intermediaria, ganhou da zaga adversária na corrida e bateu colocado. Em cima da linha, o zagueiro do Gaviões salvou o que seria o primeiro gol da partida.

Na resposta, Felipe tocou com açúcar para Marcinho, que avançou e bateu da grande área. Acertou um chute forte, mas o goleiro do Gangster fez uma linda defesa. O Gaviões seguiu em cima e, aos 15 minutos, quase marcou. Beiço arriscou forte, de fora da área, rente ao travessão, assustando o goleiro.

O Gangster, após os sustos, impôs seu ritmo, foi pra cima e dominou o meio campo. Aos 25 minutos, fez 1 a 0 em uma bela jogada. Felipe tocou para Bruninho, o maestro e camisa 10 do time, que lançou Tiaguinho. O atacante ganhou na corrida e colocou no fundo do barbante, rasteiro, no contrapé do goleiro.

Aos 30min, quase saiu o segundo gol do Gangster. Tiaguinho ganhou no meio-campo, avançou ao ataque e cruzou na medida para Magrão. O atacante cabeceou por cima, desperdiçando uma ótima chance.

A segunda etapa começou com o Gaviões modificado. Mesmo assim, o time não melhorou. Bem montado, o Gangster sobrou em campo, aproveitando, principalmente, a velocidade dos atacantes.

Aos 17 minutos saiu o segundo gol. O atacante Magrão roubou bola no meio campo e tocou na frente para João, que tinha acabado de entrar em campo. Ele ajeitou e fuzilou no canto direito do goleiro Negão.

O Gavião ainda tentou uma reação aos 22 minutos. Mazinho tocou para Cuca, que, de fora da área, mandou uma pedrada.Chute forte, no canto esquerdo. O goleiro Fabio fez boa defesa e botou para escanteio. Depois, o Gaviões só chegou nas bolas paradas. Aos 25 minutos, Felipe cobrou falta frontal, por cima da barreira. O goleiro Fábio se esticou todo e tocou para escanteio.

O dia, porém, era mesmo do Gangster. Aos 25, o dono do jogo, Magrão, recebeu no bico da grande área e pedalou para cima de dois marcadores. Encontrou uma brecha e colocou rasteiro, no cantinho. O goleiro se esticou todo, mesmo encoberto. Defendeu, mas espalmou para frente. No rebote, Magrão colocou no fundo do gol, fazendo 3 a 0 e liquidando a partida.

Nos minutos finais, o Gaviões ainda teve uma chance de fazer o gol de honra. Em cobrança de falta perigosa, outra vez de Felipe, a bola passou tirando tinta do travessão, assustando o goleiro Fabio. Mas não teve jeito de tirar o título do Gangster, que, de quebra, levou as premiações de artilheiro, com Thiaguinho, e melhor defesa, com o goleiro Fabio.

Por Sebastião Vieira e Eduardo Lima


Gansgter bate R-2 Debony e vai à final da Copa Anhanguera
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gang

Na semana passada, foi realizada a semifinal da 18ª Copa Anhanguera, no Grêmio Esportivo Campo Grande, na zona sul de São Paulo. O Gangster, da Vila Rica, precisou dos pênaltis, mas venceu o R-2 Debony, do Parque Dorotéia, após empate em 0 a 0.

A partida começou muito dura, com a marcação em cima e sem espaços. Logo na primeira jogada mais ríspida, o árbitro da partida, Luiz Carlos Gavazzi, colocou para fora dois atletas. Um de cada equipe: o lateral direito Didi, do Gangster, e o volante Giovanni, do R-2 Debony. Deu certo. No primeiro tempo, os goleiros praticamente não foram exigidos. Com muita marcação, o jeito foi apostar nos chutes de longa distancia. Mas todos foram para fora, sem levar perigo.

Um dos poucos lances de perigo veio com o atacante Tiaguinho, do Gangster. Ele arrancou do meio-campo, fez boa jogada individual e foi derrubado dentro da área. Pediu pênalti, mas o árbitro não marcou nada. Já o R-2 Debony chegou com o atacante Juninho, que recebeu dentro da área e foi derrubado. Também pediu pênalti, o árbitro também mandou o lance seguir.

No segundo tempo, o R-2 Debony foi para cima. O meio-campista Jean recebeu na ponta e bateu forte. A bola passou raspando o poste do goleiro Osvaldo. Aos 11 minutos, o R-2 quase marcou. Em cobrança de falta, Jean bateu colocado e a bola, caprichosamente, bateu no travessão.

Depois do susto, o Gangster foi para o ataque. Aos 16 minutos, o atacante Magrão recebeu na entrada da área e arriscou. O chute, que foi forte, deu trabalho ao goleiro Felipe. No ataque seguinte, aos 17 minutos, o Gangster chegou com perigo de novamente. Magrão recebeu na entrada da área e fez o pivô, tocando para o meia Bruninho. Ele bateu forte e a bola ainda pingou na frente do goleiro Felipe, que fez outra boa defesa.

O Gangster passou a dominar o jogo. Como uma metralhadora de Al Capone da Chicago dos anos 40, atirava em todos os ataques. Aos 20 minutos, falta da entrada da área. O bom camisa 10 Bruninho ajeitou com carinho e bateu forte. A redonda ia na gaveta, mas goleiro Felipe foi buscar. Linda defesa de mão trocada, espalmando para escanteio. Aos 22, o volante Muringa arriscou da entrada da área e o Felipe espalmou mais uma. Na cobrança do escanteio, a bola ficou viva dentro da área e Tiaguinho, oportunista, bateu forte. Felipe pegou no reflexo.

No fim da partida, o R-2 Debony quase fez, com o atacante Edilson. Ele bateu falta com força, no canto. A bola quase entrou na gaveta, dando um susto no goleiro Osvaldo. Com o placar zerado, o jogo acabou nas dramáticas cobranças de pênaltis.

Para o R-2 Debony, Nagib, Bibica, Baiano e Flavio marcaram, enquanto Edilson e Preá erraram. Para o Gangster, só Liverton perdeu, enquanto Tiaguinho, Muringa, Magrão, Bruninho e Giba converteram.

Por Eduardo Lima


Varzeano quase foi para o Goiás. Patrão não deixou
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gemel

Estive neste domingo no 41º Encontro Preto x Branco, na Vila Arapuá, na zona sul de São Paulo. Com aquela nata da boleiragem reunida, foi difícil contar um história só, mas escolhi dividir a de Gemel, um senhor com mais de sete décadas de vida. Ele chegou de mansinho, trouxe um quadro enorme, com uma foto de um time pousado e começou a explicar. “Essa é uma forte seleção da várzea antiga. Eu sou aquele em pé, o segundo da esquerda para direita”.

Na foto, Gemel tinha 44 anos. “Foi meu último jogo na várzea. Foi no campo do Copa Rio”. Hoje história, era um terrão de Heliópolis. Bem antes disso, porém, Gemel quase conseguiu ser profissional. “Eu era um bom central. Era forte, porque fiz luta livre, e os atacantes me respeitavam muito. Com 22 anos, tive a chance de ir para o Goiás”.

Um amigo, o Ditinho, que jogava no time do Centro-Oeste, levou o presidente goiano à casa de Gemel para a proposta. “Pedi para meu patrão me dar férias do meu trabalho. Eram férias vencidas, mas ele não me deu”. Gemel não podia pedir as contas. “Eu tinha duas filhas já e não podia arriscar. Então, acabei ficando no trabalho mesmo”, lamenta.

O Goiás, porém, ficou marcado. “Sempre fui mecânico de manutenção e jogador. Acabei perdendo o sonho de jogar no profissional. Fiquei muito triste. Até hoje torço pelo Goiás. Sou palmeirense, mas sempre torci pelo Goiás depois daquilo”.

Escalando o time dos sonhos

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Gemel contou a história dos jogadores da foto ai em cima. Alguns atuavam pelo profissional do Guarani (de Campinas) e outros se destacaram no Flor de São João Clímaco, no Floresta e na Portuguesa do Sacomã, como o nosso personagem. Da esquerda para a direita temos, em pé, Jura, Gemel (aos 44 anos, que se diz fã do futebol de Luis Pereira, ex-zagueiro do Palmeiras), Fábio, Beto e Lelo (volante dos bons); agachados estão Zé Lauro (figura épica de São João Clímaco), Dengo, Bigola, Oscarzinho (atacante craque) e Loiro.


60 jogos simultâneos, 1000 partidas por ano. E sem tapetão
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Papo de Várzea

Na última rodada do Campeonato Brasileiro, a Portuguesa colocou o meia Heverton em campo. Como estava suspenso, o time paulista corre o risco de ser rebaixado por ter usado o jogador. Quem acompanhou a polêmica durante a semana certamente escutou muita gente falando que isso tudo é digno da várzea. Muito pelo contrário…

Saiba que na várzea esse controle é feito de uma maneira simples e eficaz. Olhe a Copa Kaiser, por exemplo. Nas primeiras etapas, a cada fim de semana são realizados 100 jogos. Segundo a organização, nunca o tapetão teve de ser usado para tirar pontos por uso de jogador irregular. E olha que são quase 400 times envolvidos e mais de 1000 partidas disputadas a cada temporada. Como isso é possível? Ao contrário do futebol profissional, as pessoas parecem se importar com o fato.


Pode parecer uma afirmação dura, mas não é. No torneio de várzea, todos os mesários chegam para suas partidas com uma lista de jogadores com condição de jogo. Quem está suspenso aparece em vermelho e não joga. Simples, não?

Mas e os julgamentos, você pode perguntar. Bom, a comissão disciplinar se reúne todas as segundas-feiras, analisa as quase 100 súmulas do fim de semana e faz as deliberações necessárias. Ao fim do processo, um e-mail é mandado para todos os times envolvidos em algum tipo de decisão. Mesmo quem não recebe essa comunicação não pode dizer que não foi informado, já que uma hora depois do fim das análises, os resultados são publicados no site oficial.

Nenhuma dessas ações é complicada ou exige muito esforço. Mas é preciso ter vontade de divulgar o que se é decidido. Olhe o caso da Portuguesa: o julgamento foi em uma sexta-feira e a decisão só chegou às mãos do clube (vamos, aqui, excluir a figura do advogado) no fim da tarde de segunda. Muito tempo, não?

Quem lucra com essa demora na divulgação dos resultados? Ninguém! E qual o motivo para que isso continue assim? Eu, sinceramente, não sei responder. Parece que a organização do campeonato e o próprio tribunal não se incomodam com as armadilhas que são criadas a cada julgamento. Eles parecem satisfeitos em colocar obstáculos para as equipes, não ajudar quem está participando.

Por Bruno Doro