Papo de Varzea

Arquivo : dezembro 2013

Agenda do fim de semana: bailes, festivais, jogos e confraternização
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Papo de Várzea

Neste final de semana, a várzea está movimentada, evento nos quatro cantos da cidade:

Sexta 06/12

Baile Nostalgia Black Music – Clube Atlético Carrão

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Baile Nostalgia Black Music – Clube Atlético Carrão

Das 22:00h às 04:00h

Endereço: Av. Conselheiro Carrão, 1.898  – V. Carrão

 

 

Sábado 07/12

Super Copa Vila Izabel –Semi-Final

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15:00h – VILA IZABEL x JAQUELINE

16:30h – 9 DE JULHO x IPANEMA

Endereço: Ninho da Coruja – Av. dos Eucaliptos, S/nº – Alto de Quitauna – Osasco

 

Sábado 07/12

5ª Copa Jardim Regina de Futebol Amador 2013

Semi-Final

15:00 – Viracopos F.C/Pirituba x ADC Levanta Poeira/Taboão da Serra
16:30 – Real Nardini F.C/Pirituba x Loko é Poko F.C/Morro Doce

Endereço: CDM Jardim Regina: Rua Pirapozinho, 117 – Jardim Regina

 

Sábado 07/12

Festa de Encerramento 2013 – Só na Brisa FS /  Pirituba e Torcida Bonde dos Loucos

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Endereço: Rua Doutor André Peggion – Jd. Regina

 

 

Sábado 07/12

Festival de Aniversário 37 anos SE Coroado / Guaianazes

 

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09:30h – Vet. SE Coroado x Vet. Nenê Vila Matilde
11:30h – EC Coimbra x EC Lapenna
13:00h – Jd.Verônia x Unidos FC
14:30h – Tiradentes x Cantareira
16:00h – SE Coroado x Jd. Regina

Endereço: CDC Serra Queimada: Rua Serra Queimada, 845 – Guaianazes

 

Sábado 07/12

I COPA NOROESTE 2013

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16:00H – AD Ressaca / Heliópolis x Colina FC / V.  Guarani

 

Endereço: Campo do Americano de V. Formosa:

 

 

Domingo 08/12

Amistoso – apresentação do elenco Pioneer FC 

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11:00h – Pioneer FC/V. Guacuri x Central Leste/Itaquera

 

Endereço: CDC Dorotéia – Endereço: Rua Miguel Fleta, s/n – Parque Doroteia

 

Domingo 08/12

Copa Verão Santa Mariacopa verao santa marina

10:00h – Unidos FC x Flamengo Independente

Endereço:  Campo Santa Maria – Rua Cavalheiro Ernesto Giuliano, 1301 – Bairro Olímpico

 

Domingo 08/12

30ª Copa Paraisópolis Tim

copa paraisopolis tim

12:00h – Paraíbas x Palmeirinha

13:30h – Renascente x Rainettes

Campo do Palmeirinha: R. Melchior Giola s/n – Paraisópolis

 

 

Domingo 08/12

XIII Copa Anhanguera 2013

xiii copa anahnguera semi 13:00h – EC Gaviões / Cid. Julia x Furacão / Cid. Ademar

14:30h R-2 Debony FC / Pedreira x Gangster FS / V. Rica

 

Endereço: CDC Maria Felizarda:Avenida Salim Antônio Curiati, 225 – Jurubatuba – São Paulo

 

Por Carlão Carbone


Várzea Solidária
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Papo de Várzea

No Futebol de Várzea, a solidariedade é um sentimento constante e à flor da pele do pessoal.

O vídeo mostra a iniciativa de Sindy, que por sua conta e risco movimentou a várzea numa campanha de doação de sangue.

É de parar e pensar, pequenas atitudes, geram grandes resultados. É a famosa corrente do bem. Confira!

 

Por Carlão Carbone


O que o vencedor do Oscar tem a ver com o futebol de várzea?
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Papo de Várzea

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Na semana passada, estreou nos cinemas brasileiros uma animação diferente. Coproduzida por Argentina e Espanha, Um Time Show de Bola conta a história de Amadeo e seu time de pebolim. Eu, particularmente, prefiro o nome original: Metegol. Em português, deveria ser pebolim, mesmo. Ou Totó. A adaptação “Sessão da Tarde” é desnecessária.

Bom, vamos aos dados. O diretor do filme é o argentino Juan Jose Campanella. Para quem não conhece, ele é o responsável pelo filme de 2010 O Segredo dos Seus Olhos, ganhador do Oscar. Ironicamente, ele já disse não ser um fanático pelo esporte. Não dá para perceber. Ele já tinha usado o esporte no filme oscarizado. Volta a usá-lo agora, como pano de fundo para contar uma estória de amizade, coletividade e superação.

A trilha sonora é o ponto fraco. Encanta com os tangos, decepciona com os pseudo-dances. Como é um filme para a garotada, acho que esse detalhe vai passar despercibido pela maioria. Eu me incomodei.

O enredo não é dos mais complexos. Amadeo é um garoto tímido, mas que tem um talento único: é craque no pebolim. Um dia, vence o garoto mais metido da cidade, chamado Grosso. Tempos, o menino do nariz empinado volta para a cidade, como craque de futebol (o futebol, no caso, o real). E quer se vingar de Amadeo em sua praia: uma digna pelada, com profissionais de um lado e amadores do outro.

E é aí que Campanella, o diretor do Oscar, se encontra com o futebol de várzea. A escalação do time que defende a honra de Amadeo e do vilarejo é varzeana de raiz, com vendedores, velhinhos, um nerd, um padre e até uma velhinha disfarçada de homem.

É o clichê do bem contra o mal, oprimidos contra opressores. Mas o jeito como essa fácul é contada impressiona. Esteticamente, é uma das grandes animações já feitas – não à toa é um dos filmes mais caros do cinema argentino. Os traços lembram fim dos anos 80, com cores carregadas e cheias de estilo. Alguns lances do jogo, é verdade, caem no estilo videogame, uma coisa meio PS3 e Fifa. Mas também existem os trechos neo-Toy Story, já que os brinquedos ganham vida. Os bonecos do pebolim ajudam Amadeo a superar seu inimigo.

E os detalhes impressionam. A mesa de pebolim de Amadeo é velha – ainda mais no momento em que a história é contada, de Amadeo para seu filho. As cores meio desgastadas e as falhas na tinta dos bonecos estão lá, perfeitas no filme, com direito a arranhões e desgaste do tempo. E o melhor: são bonecos com rosto, diferentes dos totós de hoje em dia, massas disformes que só com muita criatividade ganham contornos humanos.

Em campo, esse bonecos parecem inspirados em ídolos reais das décadas de 70 e 80.  Quem tem mais de 30 anos pode viajar, reconhecendo características de Passarella, Ardiles,  Burruchaga, Valderrama, Kempes, Leopoldo Luque, Falcão…

Como não podia deixar de ser, podemos ver algumas críticas no filme. O mais evidente é a recusa em aceitar o mundo capitalista do futebol atual, que aceita jogadores mimados, empresários gananciosos, televisão cada vez mais influente e estádios moderníssimos que destroem a paisagem das cidades. É um filme que discute até que ponto a tecnologia ajuda ou acaba com o futebol puro, simples e divertido. E aí? Poderia ser mais várzea do que isso?

Marcelo S. Costa, do jornal É Nosso (com algumas mudanças de Bruno Doro)


Suburbana de Curitiba: virada histórica do Santa Quitéria adia a decisão
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Papo de Várzea

O primeiro texto desta quarta-feira vem do Paraná. Na semana passada, o Dênis Barbosa entrou em contato com o Papo de Várzea e perguntou: futebol de várzea de Curitiba interessa?

A resposta era fácil. Para quem não sabe, o futebol amador curitibano está entre os mais organizados do país, atraindo uma série de ex-profissionais. E Dênis é um conhecedor de craques e campos da região. Agora, ele conta como foi o segundo jogo da final da Suburbana 2013.



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Com virada histórica, Santa Quitéria leva a decisão para o terceiro jogo

Depois levar dois gols do Trieste, o Santa Quitéria consegue uma reação impressionante, faz 3 a 2 e leva a decisão da Suburbana 2013 para o próximo sábado.

Este foi um fim de semana para ficar cravado na história do futebol amador paranaense, principalmente para o Santa Quitéria. Na segunda partida decisiva da Suburbana de 2013, no sábado, no estádio Orlando Rinoldin (Arena Vermelha), o Trieste precisava apenas de um empate para conquistar o título fora de casa, já que havia vencido o primeiro confronto por 3 a 1.

O time de Ivo Petry fazia a lição de casa, ao abrir dois gols de vantagem. ‘Fazia’ a lição, mas não completou a tarefa. Ao final do tempo regulamentar, o Santa Quitéria virou o rumo da decisão, saindo com a impressionante vitória por 3 a 2.

O jogo

O Trieste entrou em campo com a vantagem. Ao Santa Quitéria, só a vitória poderia forçar uma terceira partida. Aproveitando o placar a seu favor, o time de Santa Felicidade iniciou o confronto com uma postura tranquila, enquanto o Quitéria apostava nos contragolpes. Com isso, criou inúmeras chances de abrir o placar.

Contudo, não conseguiu marcar. Pior: ainda viu o adversário sair na frente. Aos 46 minutos, Cezar cobrou, com perfeição, falta na entrada da área, e sem chances de defesa para o goleiro Jonas.

Depois do intervalo, para frustração da torcida verde-amarela, logo aos 12 minutos, Pequi recebeu lançamento perfeito. Ele avançou com a bola e tocou de mansinho na saída de Jonas, fazendo 2 a 0. O Santa Quitéria se abateu em campo. Até parecia que havia “largado os bétis”. Após atacar com facilidade na primeira etapa e no início da segunda, passou a ter dificuldade para chegar ao gol do Trieste. Aos 26 minutos, no entanto, Jhonatan dá deu um novo rumo na partida. Após cobrança de falta, o camisa 7 subiu com tranquilidade marcou o primeiro gol de seu time.

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A reação

O time, porém, ainda precisava de mais gols para evitar que o Trieste levantasse a taça. Mas, com a força criada pelo primeiro gol, o Santa Quitéria se lançou ao ataque com força máxima. Com o apoio da torcida, que cantou o tempo inteiro, o clima do jogo indicava uma reção do time que estava atrás do placar. Foi o que aconteceu. Aos 36 minutos, veio o empate. Dinda recebeu no meio da área, sozinho, e só teve o trabalho de empurrar para as redes.

O gol faz a partida ganhar uma emoção inédita. A torcida cantou ainda mais forte e o Santa Quitéria respondeu dentro de campo. Foi uma virada histórica. Nos acréscimos, aos 49 minutos, o improvável aconteceu. No último suspiro, Leandrinho cobrou escanteio e Dinda subiu no meio da defesa, desempatando a partida para delírio da torcida. “Acreditamos na vitória até o último minuto”, disse Dinda, o herói da virada.

Com esse resultado teremos uma terceira partida entre Santa Quitéria e Trieste no próximo sábado (7), às 16h30,  no Estádio Maurício Fruet, para conhecer o campeão da Suburbana 2013.

Juvenil: Uberlândia conquista o título

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Na preliminar, o Uberlândia, que havia vencido o Combate Barreirinha no primeiro confronto por 1 a 0, voltou a vencer neste sábado, goleando por 4 a 0. Com isso, conquistou o título do Juvenil.

 

 


Fragmentos da Várzea – Para o Paulão
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Papo de Várzea

Manja quando na delegação tem um cara especial que faz a parada acontecer? E toda gratidão é mostrada na preleção e na dedicação do título para esse cara, que no caso é o Paulão da Associação Recreativa Anhanguera, vencedor da Copa Grêmio Esportivo Campo Grande, batendo o Tradição FC por 1×0.

 

Por Carlão Carbone

 


Índio e futebol: em sede da Copa, jovens índios sonham com seleção
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Papo de Várzea

Até hoje, membros das várias nações indígenas que fazem parte da população nativa do Brasil sonham em ver um representante vestindo a camisa amarela da seleção. O caminho para que isso se torne realidade, porém, já está sendo traçado. E passa por um dos maiores campeonatos de futebol amador do mundo.

O Peladão, de Manaus, reúne mais de 1000 equipes de futebol de várzea, entre elas, algumas de origem indígena. Todas elas jogam em sua própria categoria. Nesta temporada, a final dos índios reuniu as tribos Sateré Mawé e Munduruku. Mais do que o placar (3 a 1 para os Saterá Mawé), o sucesso do torneio é medido pelo resultado social.

Quando a categoria indígena foi criada, o objetivo era reunir 20 mil índios de várias etnias que deixaram a floresta para morar em Manaus – para quem achou o número alto, saiba a população da capital amazônica tem dois milhões de habitantes. Ainda não chegou lá. Mas o clima amistoso da final, disputada em um gramado perto da Universidade Federal do Amazonas, foi um marco.

Sem arquibancada, uma centena de torcedores, parentes e amigos dos jogadores, se amontoam em pé ao redor do campo. Outros preferem fazer piqueniques na grama. É temporada de uma iguaria local, a tanajura, uma grande formiga negra que os índios comem viva, após arrancarem a cabeça com os dentes.

Os índios bebem também uma água misturada com farinha de mandioca que eles compartilham numa cuia em formato de colher. “Tem uma lado espiritual, é para se fortalecer”, explicou Jayme Dyacara, de 39 anos, oriundo de Rio Negro.

Força, aliás, é o que eles precisam. Muitos dos finalistas têm o mesmo dos outros garotos brasileiros: ser jogador de futebol. E enfrentam ainda mais dificuldades que os garotos da cidade. “Os Índios são muito pobres e não têm patrocínio”, lamenta o jovem Daniel Munduruku, de 22 anos, que exibe uma cabeleira vermelha no estilo moicano de Neymar. “Mas todos sonham com a seleção”, completa.

“É um dia de diversão para os índios. Eles precisam de visibilidade e de ocasiões para mostrar seu valor”, disse Arnaldo Santos, coordenador do Peladão.

O campeonato todo, aliás, é uma grande oportunidade para ser visto. O formato para isso ajuda. O Peladão é um campeonato sui generis por seu formato e pelas características do Amazonas. Gigantesco, o estado exige logísticas complicadas para viajar de cidade em cidade- às vezes, são necessários dias de barco para se jogar uma partida.

rainha da beleza

Muito mais incomum, porém, é a regra das rainhas da beleza. A categoria principal reúne homens de 16 e 39 anos, com 500 equipes participantes. Cada uma delas é representada por uma rainha, que exerce um papel crucial: quem é eliminado dentro de campo pode voltar à competição caso sua Miss vire a “Rainha do Peladão”.

Na edição 2013, as 12 finalistas estão confinadas num barco ancorado sobre o rio Amazonas. Elas participam de um programa da televisão local e aguardam o anúncio da vencedora, decidida por um juri de especialistas.

A categoria indígena (também são disputados um Peladão juvenil e um feminino, completando quatro categorias)  também tem sua rainha – mas sem o poder de interferir no resultado da competição.

Neste ano, cinco candidatas se enfeitaram com penas e pinturas corporais na floresta. Em fila, se apresentaram para os jurados e o público. “Não é só a beleza que conta. Aqui, mostramos também nossa cultura, nossas tradições, nossos desenhos corporais e o que representam”, explicou o antropólogo indígena João Paulo Tucano.

A vencedora foi Suellen, uma jovem de 18 anos da etnia Dessano, que usa como pendente um dente de onça, símbolo de força. “É a segunda vez que eu ganho. Agora, sonho em me tornar atriz”, admite a jovem.

Por Bruno Doro, com texto da AFP