Papo de Varzea

Categoria : Fragmentos da Várzea

Várzea Solidária
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Papo de Várzea

No Futebol de Várzea, a solidariedade é um sentimento constante e à flor da pele do pessoal.

O vídeo mostra a iniciativa de Sindy, que por sua conta e risco movimentou a várzea numa campanha de doação de sangue.

É de parar e pensar, pequenas atitudes, geram grandes resultados. É a famosa corrente do bem. Confira!

 

Por Carlão Carbone


Fragmentos da Várzea – Para o Paulão
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Papo de Várzea

Manja quando na delegação tem um cara especial que faz a parada acontecer? E toda gratidão é mostrada na preleção e na dedicação do título para esse cara, que no caso é o Paulão da Associação Recreativa Anhanguera, vencedor da Copa Grêmio Esportivo Campo Grande, batendo o Tradição FC por 1×0.

 

Por Carlão Carbone

 


Fragmentos da Várzea – Estéticas das Periferias (Museu do Futebol)
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Papo de Várzea

Em agosto, aconteceu no Museu do Futebol, o evento Estéticas das Periferias – Arte e Cultura nas Bordas da Metrópole, cuja programação contou com exibição de produções audiovisuais, , exposição de camisas de times de futebol de várzea, totem multimídia de fotos e debate com o tema “Futebol e Periferia, entre a alienação e a identidade cultural).

Evento show de bola, que rendeu boas histórias e muita resenha. Confira no vídeo abaixo.

 

Por Carlão Carbone

 


Nos pênaltis, Leões bate Danúbio e vai jogar a final da Kaiser
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UOL Esporte

 

Os Leões da Geolândia rugiram mais alto. No último domingo, o time da Vila Medeiros empatou em 1 a 1 com o Danúbio, da Freguesia do Ó, mas foi melhor nos pênaltis, vencendo por 4 a 1. Com isso, o time verde se classificou para a final da Copa Kaiser, contra o Família 100 Valor. A decisão está marcada para o próximo domingo, ás 13h30, no estádio do Nacional, com transmissão ao vivo do UOL.

UOL TRANSMITE FINAL AO VIVO

  • Divulgação/Copa KaiserNo domingo, o UOL vai transmitir, ao vivo, a final da Série A da Copa Kaiser. O jogo está marcado para 13h30, entre Leões da Geolândia e Família 100 Valor.

OAs torcidas compareceram em peso, principalmente a do Danúbio. Com suas duas organizadas, a Loucos da Frega e a feminina Nóiskibrilha, estava em maior número e fazia mais barulho. A galera leonina, porém, estava presente com suas camisas verdes e a tradicional batucada.

A maior força do time, porém, parecia vir de uma curiosidade. Todas as camisas do Leões tinham o número 13 nas costas, em homenagem aos 13 anos do clube. Pense bem: como um time de 13 anos, com o 13 nas costas, jogando no dia 13, às 13h, poderia perder a semifinal de 2013? Sem contar outro “pé de coelho” verde: a presença de Ligeirinho, o folclórico massagista campeão no ano passado pelo Ajax, da Vila Rica, e que também estava no banco de reservas do Leões em 2005, quando o time foi campeão metropolitano.

Em campo, os dois times eram muito técnicos. O Danúbio, campeão da Copa Kaiser em 2007, é conhecido por seu futebol bonito e bem entrosado. O Leões da Geolândia também mostrou bom toque de bola e se impôs com maior porte físico. Com isso, o começo do jogo foi bom, mas com poucas chances reais de gol. Os times pareciam se estudar e as chances começaram a aparecer só a partir da metade do primeiro tempo.

Foi nesse momento que, aos 17, Mazinho avançou pela direita e levantou na área. Capetinha ganhou a disputa e chutou na trave. Na jogada seguinte, Jorge do Vale partiu por dentro sozinho e entrou na área. O goleiro Uruca, do Danúbio, pulou nos pés do atacante e ficou com a bola.

Depois disso, o jogo foi todo do Danúbio.  Aos 19 minutos, Salomão cruzou rasteiro e Edimilton Baixinho, mesmo com o zagueiro Rodolfo em cima, apareceu livre no meio da pequena área. Ele desviou com o pé, levantou as mãos para comemorar o gol, mas o goleiro Thiago conseguiu fazer a defesa.  Um minuto depois, Feijão arriscou de fora da área e Thiago espalmou. Salomão pegou a sobra, mas mandou por cima, sem goleiro. Aos 28, Rodrigo ciscou na área e deu um chute rasteiro, sem muita força, e o goleiro quase aceitou. Aos 30, Hugo cobrou escanteio e, no meio do bolo, o artilheiro Baixinho cabeceou certinho, Pela segunda vez, Thiago fez milagre para evitar o gol.

 

No segundo tempo, o jogo foi muito mais fechado e as chances, mínimas. Ficava claro que o jogo seria decidido nos detalhes. Melhor para o Leões. Bruno Alemão dominou no peito e, da intermediária, chutou forte. A bola pingou na frente do goleirão Uruca e morreu dentro do gol. A torcida da zona norte vibrou muito com o 1 a 0.

Na saída de bola, o Danúbio quase empatou. Hugo cobrou escanteio,  a defesa tirou e, na sobra, Feijão acertou um canudo, que desviou no zagueiro Jorge e saiu por pouco. Pouco depois, aos oito minutos, em novo escanteio para o time da Freguesia do Ó, o Leões quase fez contra. Hugo cobrou, Sullivan foi tirar com o peito e quase colocou na rede. Quatro minutos depois, Pezão recebeu toque de Baixinho e cruzou rasteiro. A bola passou cruzou a pequena área, rente à linha, sem que ninguém tocasse.

O Leões vivia dos contra-ataques puxados pelos atacantes Capetinha e Mazinho. Em um deles, o Danúbio se complicou. Capitão do time, o zagueiro Café derrubou Capetinha e levou o segundo amarelo. Mesmo com um a menos, o time da Freguesia conseguiu o empate. Aos 27 minutos, Rafael Português entrou na área pela esquerda e foi derrubado pelo volante Miltinho. O juiz Luiz Vanderlei Martinuccio anotou o penal. Hugo Leonardo, que tinha entrado no segundo tempo, correu e converteu para empatar. Delírio total nas arquibancadas.

Antes do apito final, o técnico Marquinhos ainda tirou Thiago, que salvou o time com pelo menos dois milagres embaixo das traves, e colocou o reserva Gustavo. O goleirão saiu muito nervoso, mas a escolha do suplente se provou correta. Nos pênaltis, 4 a 1 para o Leões, com direito a um pênalti de Baixinho defendido por Gustavo – o meio-campista Feijão, que já tinha perdido um pênalti na segunda rodada das quartas de final, perdeu o outro, mandando na trave.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Marcelo Costa. Jornalista e funcionário público, ele está sempre atrás da melhor história nos campos da cidade. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


De coadjuvante a finalista: Família 100 Valor bate Nápoli na semi da Kaiser
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UOL Esporte

Fundado em 1979, o Nápoli tem tradição no futebol varzeano da capital, conta com um título da Copa Kaiser em sua galeria de troféus e ainda chegou ao domingo com a melhor campanha da edição 2013 do torneio. Contra o Família 100 Valor, do Jardim Panamericano, um time que nunca tinha disputado a Copa Kaiser até o ano passado, o time da Vila Industrial era o favorito.

UOL TRANSMITE FINAL AO VIVO

  • Divulgação/Copa KaiserNo domingo, o UOL vai transmitir, ao vivo, a final da Série A da Copa Kaiser. O jogo está marcado para 13h30, entre Leões da Geolândia e Família 100 Valor.

No domingo, na semifinal da Série A da Copa Kaiser, porém, nada disso importou. Grata surpresa do campeonato, o 100 Valor, com um elenco talentoso e feras da várzea, venceu por 1 a 0, em uma partida que teve todos os ingredientes de um clássico da várzea. De gol anulado a discussões, passando por expulsões e gols perdidos.

O pré-jogo já dava indícios de que seria assim. As torcidas estavam agitadas, mas faziam um belo espetáculo. Fumaça, bandeiras, camisetas, faixas e gritos de incentivo. Em uma bandeira, a frase “Fio Eterno” homenageava um dos fundadores da torcida Nação Azul, do Nápoli. A organizada também estendeu um dos maiores bandeirões dos times de várzea. A torcida do 100 Valor não ficava atrás. Em bom número, pulava na cadencia da bateria Chapa Quente e um grande busto com o mascote do time corria nos braços da torcida.

O duelo começou quente. Logo no segundo minuto, o centroavante Gão, do 100 Valor, recebeu na frente e marcou. O impedimento foi marcado pela assistente Maria Núbia Ferreira Leite. Aos cinco, de novo Gão, que se movimentava bem, pegou um passe por trás da defesa e passou por Xixa. Ele driblou William, mas foi tocado. O juiz Flávio Rodrigues Guerra marcou o pênalti. Gão bateu, sem chances para o goleiro.

O Nápoli tinha que acordar no jogo. Aconteceu aos 11 minutos. Jô recebeu na área, enganou o zagueiro Dentinho e toco no meio da área. Digão dominou em boas condições, próximo à pequena área, mas demorou para chutar e foi travado por Índio. Aos 18, Cecéu foi na linha de fundo e cruzou. Digão chutou forte e o goleiro Dida, bem colocado, fez a defesa.
 
Aos 21, foi a vez do 100 Valor revidar. O lateral Amassado, improvisado como volante, quase amassou seu time. Ele saiu errado e a bola caiu na cabeça de Lê, que avançou sozinho em direção ao gol. Entrou na área e, na hora do chute, foi alcançado pelo zagueiro  Mizael. Na cobrança de escanteio, Gão errou o carrinho na linha do gol e a bola sobrou para Lê, que, na confusão, colocou para dentro. A assistente Maria Núbia, anulou por impedimento, muito contestado pela torcida e jogadores.

Um minuto depois, Sarrafo acertou um chute de esquerda no travessão. No rebote, já fora da área, Amassado chutou e Dida tirou por cima, com as pontas dos dedos. No último lance do primeiro tempo, Lê, do 100 Valor, deixou Gão sozinho. O zagueiro Lulinha conseguiu salvar.

No segundo tempo, o Nápoli veio com mais força, mas o 100 Valor sabia o que fazer: jogar nos contragolpes e usar a velocidade. Aos 30 segundos, Gão recebeu na intermediária, deixou para trás o marcador, chegou à meia lua da área, mas, na hora do chute, foi travado por Mizael. Dois minutos depois, em cobrança de escanteio, quem subiu foi o volante Bia, que desviou de cabeça para fora.

Aos cinco minutos, o time napolitano entrou no jogo. O meia Rato cruzou da esquerda, à meia altura. A bola quicou em frente ao atacante Digão, com o gol livre, que chegou atrasado. Aos nove, confusão na área e dois chutes perigosos do 100 Valor. No primeiro, a defesa do Nápoli salvou. No rebote, Gão avançou dentro da área, driblou o goleiro William e chutou. A bola ia entrar, mas Cecéu impediu o gol.

Pelo ritmo do Nápoli, parecia que as coisas iam virar. Aos 13, Xixa cruzou rasteiro e Digão, mesmo marcado, conseguiu o chute, para defesa do goleiro Dida. O jogo ficou nervoso, com algumas entradas duras. Aos 23, Rato, para o Nápoli, jogou a bola pingando na pequena área e Digão perdeu, sozinho.

Aos 29, o 100 valor respondeu. Em cobrança rápida de falta, a zaga parou e Gão saiu cara a cara com o goleiro William, que mergulhou nas pernas do centroavante para ficar com a bola. O Nápoli adotava um esquema arriscado, todo no ataque, com um buraco na defesa. Mas era tudo ou nada naquele momento.

Tanto que, aos 31, quase levou o gol. Salgado, o jovem e talentoso atacante que acabara de entrar no 100 Valor, recebeu um lindo passe na ponta direita. Partiu com bola dominada até a grande área e chutou, para defesa de William. Um minuto depois, outro contra-ataque, três do 100 valor contra dois do Nápoli. Miranda avançou e, na direita da grande área, chutou cruzado, para fora.

Quando faltavam dois minutos para o fim do jogo, uma confusão começou no meio-campo. Troca de empurrões, ameaças de agressão e dois expulsos. Digão, do Nápoli, e Gão, do 100 valor, levaram o vermelho. Pior para o time da zona oeste, que perdeu um ótimo jogador para a final. Mesmo assim, aos 33, o Nápoli teve a sua bola do jogo. Sarrafo pegou na lateral direita, deu um chute venenoso. A bola subiu e o goleiro Dida mandou para fora, em linda defesa. O 100 Valor ainda teve uma última chance, já nos acréscimos. Salgado pegou o lançamento, passou por Cicinho e levantou para a área. A bola caiu no pé de Miranda, que caprichou, mas mandou na trave.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Marcelo Costa. Jornalista e funcionário público, ele está sempre atrás da melhor história nos campos da cidade. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Pressão: treinador já partiu para cima dos “técnicos do alambrado”
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UOL Esporte

Você já ouviu a frase que o Brasil tem milhões de técnicos de futebol, certo? Pois saiba que, nas arquibancadas, é muito fácil achar especialistas. “Toca na lateral”, “marca em cima”, “joga pela esquerda”… No futebol profissional, é fácil ignorar. Os estádios são grandes, a distância da arquibancada até o banco de reservas é enorme e o barulho da torcida é grande. Na várzea, não. Os dois vídeos desse post mostram isso.

No futebol amador, a relação torcedor-time é muito mais próxima. O jogador ouve o cara gritando da arquibancada. E, em alguns casos, segue o que eles estão orientando. A troca de informações é muito maior. E esse é um dos motivos que levam os torcedores fanáticos pelos times de várzea a declararem que preferem o time do bairro a Corinthians ou Palmeiras…

 

Mas é claro que isso causa problemas. O blog já ouviu, mais de uma vez, relatos de ténicos que deixam as equipes amadoras por não aguentar essa interferência das arquibancadas. Um deles, inclusive, queria partir para a briga com os torcedores.

A solução foi inusitada: dois técnicos o substituíram. O que ficava em campo era um ex-jogador, respeitado pelos torcedores. O auxiliar tinha um perfil mais técnico, ficava dos alambrados e fazia as análises táticas. Um era o porta-voz. O outro, a análise técnica. Quem conhece a história, sabe que deu muito certo.