Papo de Varzea

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O craque que não foi 2
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Papo de Várzea

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Crescer ao lado do campinho do bairro é fácil. Ele jogava bola todos os dias. E era bom nisso. Aos poucos, os convites para as peladas foram crescendo. Com 15 anos, era conhecido no bairro. “Tá vendo o moleque? É bom de bola”. A fama foi crescendo.

A cada fim de semana, ele jogava por um, dois, até três times diferentes. Era campeonato na manhã de sábado, festival no domingo… Jogando sempre ao lado da turma com quem cresceu, os troféus na parede iam sempre aumentando. Até que um olheiro o viu jogando.

“Meia. Habilidoso. Tem raça. Pode dar certo”. Convocou o garoto: “Tem teste na sexta-feira que vem. No Palmeiras. Está interessado?” A resposta veio rápida. Ele já tinha 18 anos e sabia que, se quisesse ser jogador, tinha de aproveitar. “É minha última oportunidade”. Pois ele foi. No teste, jogou pouco, mas chamou atenção. Recebeu o sinal verde: “Volta na semana que vem. Queremos ver você jogando um pouco mais”.

Ao chegar em casa, a alegria era imensa. Contou para a família, para a namorada. Acreditava, mesmo, que o sonho iria se realizar. No sábado, acordou cedo e foi o primeiro a chegar no campo do bairro. Seu time tinha jogo marcado e ele queria dividir sua alegria com os amigos.

Entrou em campo confiante. Driblava um, dois, tocava. O time vencia, ele tinha deixado o atacante várias vezes na cara do gol. Era a despedida perfeita. Mas o adeus virou drama. No fim do jogo, ele correu para dominar um lançamento. O buraco apareceu no lugar errado. O joelho virou. O barulho, mais do que a dor, o fizeram ter certeza que tinha dado adeus ao futebol.

Sem plano de saúde, sem dinheiro, não pode fazer a operação que salvaria a carreira. Não foi ao teste. Ainda tentou voltar a jogar, mas o joelho não tinha mais a firmeza necessária. Arrumou um emprego, teve filhos e nunca realizou o sonho.

Quem esperava, porém, que o garoto se tornasse um homem amargo, se enganou. Sem poder jogar, ele agora escreve sobre o futebol. Mesmo trabalhando duras horas durante a semana, nos sábados e domingos ele sempre encontra um tempinho para acompanhar os amigos. Seus textos mostram a paixão pelo esporte e o respeito por quem joga.

E muitos de vocês o conhecem, mas não sabem que aquele cara com a prancheta na mão poderia, sim, estar dentro de campo.

Por Bruno Doro

PS: O texto tem muitas licenças poéticas, mas é, em sua essência, a história de um grande amigo que fiz desde que passei a acompanhar o futebol amador. Essa é minha homenagem a ele.


Tudo pronto para a “Copa do Mundo”? Ajax e Pioneer empatam em preparação
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Papo de Várzea

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No último domingo (16/2) aconteceu no CDC Parque Dorotéia o grande clássico dos campeões da várzea. Em campo, as equipes do Pioneer, da Vila Guacuri, e do Ajax, da Vila Rica. Ambos estão na reta final da preparação para a última edição da Copa Kaiser e mostraram, durante a partida, que devem ser respeitados.

A partida começou em clima de festa, com os alambrados cheios. E, com duas equipes técnicas, a bola rolava fácil. O primeiro gol foi do Lobão, de bola parada. O árbitro da partida marcou pênalti e o meio-campista Jackson bateu firme.

Na segunda etapa, o Pioneer correu atrás e empatou com o atacante Makita. Ele aproveitou a bobeira da zaga do Ajax e, sozinho, empurrou para o fundo das redes. O Ajax tomou a frente do placar mais uma vez após um chute de fora da área do lateral direito Henrique. A bola explodiu no travessão e, no rebote, Thiaguinho, que tinha acabado de entrar, aproveitou e só empurrou.

Perdendo em casa, o Pioneer saiu com tudo para o ataque. Foi aí que apareceu o paredão Marins, novo goleiro do Ajax, com ótimas defesas. Quando parecia que ele iria garantir a vitória do Ajax, veio o empate.

Nos minutos finais, em uma jogada rápida pela ponta direita, a zaga do Ajax fez linha burra. Makita, de novo, bateu forte, cara a cara com o goleiro, para marcar. Com o empate, o Pioneer 2014 soma 4 jogos, com duas derrotas e dois empates.

Por Eduardo Lima, do jornal É Nosso

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Agenda da Várzea – Festas, jogos, competições
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Papo de Várzea

É só fazer o roteiro. Pura resenha!

 

Sábado, 22/02 e Domingo, 23/02

Festival AA Vila Izabel

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Sábado:

10:00h – Paradão AA Vila Izabel x Paradão Corinthinha
13:00h – Só Na Brisa x União Pery
14:30h – Praça x Sedex
16:00h – AA Vila Izabel x Jd. Elba

 

 

Domingo:

10:00h – Veterano AA Vila Izabel x Veterano Vida Loka
11:30h – Carrão x Inter jaraguá
13:00h – Saloá x Cantareira
14:30h – Comercial x Jd. Brasil

Endereço: Ninho da Coruja – Av. dos Eucaliptos, S/nº – Alto de Quitauna – Osasco

 

Sábado, 22/02

Roda de Samba do Tiradenteschurras tira

A partir das 16:30h

Endereço: Rua Maria Antonieta berny, 50

 

 

Sábado, 22/02 e Domingo, 23/02

Festival Esportivo 36º Aniversário Anhanguera

festival anahnguera 220214

Sábado:

08:00h – AR Anhanguera x AR Palmares
09:20h – Tradição FC x Só Onze FC
10:40h – Nois Q Ta x Toca Fácil
12:00h – Portal FC x Toca Fácil
13:20h – Nova Geração x AA Alvorada
14:40h – Black-out x SC Jd. Jaqueline
16:00h – SC Mãe Sara x GE Campo Grande
17:20h – EC Renascente x GDR Danúbio

Domingo:

08:00h – Brasilia FC x Titânico FC
09:20h – Brasilia FC x Independência FC
10:40h – Anhanguera x Escadinha FC
12:00h – Anhanguera x Internacional
13:20h – GR Jd.das Palmas x EC Ouro Preto
14:40h – Ajax FC x America FC
16:00h – GR Piraporinha x Leões da Geolândia

Endereço: CDC Anhanguera: Rua Marcelino Zonta, 316

 

Sábado, 22/02unidos do morro

Festa Comemorativa AA Produto do Morro 13º Aniversário

10:00h – Boomerang FC (Feminino) x Vera Cruz (Feminino)
11:30h – AA Produto do Morro (Veterano) x Vera Cruz (Veterano)
13:00h – Bafômetro x Resenha FC
14:30h – Produto do Morro x Vera Cruz

Endereço Arena Tim Heliópolis: Rua Maciel Parente

 

 

 

copa nove de julho 2014Sábado, 22/02 e Domingo,23/02

Copa Nove de Julho

SEDE: S.L BENFICA VILA MARIA

DIA: 22/02 – SÁBADO

Local: S.L Benfica Vila Maria
15:00 – Clube Atlético Perus/Perus x Arsenal F.C/Jd Brasília
16:30 – E.C Comercial Pirituba x Cruzeirinho F.C/Vila Souza

Local: Flamengo Vila Maria
16:30 – Primos F.C/Jd Princesa x E.C Tô Envolvido/Vila Nova Cachoeirinha

DIA: 23/02 – DOMINGO

Local: Flamengo Vila Maria
13:00 – Meninos do Taboão F.C/Jd Celeste x Sambaiba F.C/Tremembé

SEDE: FLAMENGO VILA MARIA

DIA: 23/02 – DOMINGO

Local: Flamengo Vila Maria
11:30 – Família Vista Alegre/Vila Brasilândia x GTX F.C/Casa Verde

SEDE: CÉU JAMBEIRO “BOTAFOGO GUAIANASES”

DIA: 22/02 – SÁBADO

Local: Céu Jambeiro “Botafogo Guaianases
14:00 – A.A Jd São Pedro/Jd São Pedro x Dabandit F.C/Cohab II
15:30 – Vamo Q Vamo/Itaim Paulista x S.E Coroado/Guaianases.
17:00 – G.R Bicho Solto/Itaim Paulista x A.A 8 de Maio/Guaianases

DIA: 23/02 – DOMINGO (Chave Sábado)

11:20 – Lá da Rua F.C/Guaianases x Á Firma F.C/Itaquera.

DIA: 23/02 – DOMINGO – QUARTAS DE FINAL
12:40 – Grêmio Botafogo F.C/Guaianases x E.C União Gleba do Pêssego/Itaquera
14:00 – E.C Jardim São Carlos/Guaianases x Tricolor do Parque/Pq Guarani

SEDE: PALMEIRINHA PARAISÓPOLIS

DIA: 22/02 – SÁBADO

14:00 – Unidos do Lidia/Jd Lidia x S.C Atlético/Paraisópolis
15:15 – Bairro Proibido F.C/Jd São Domingos x Vila Nova F.C/Campo Limpo
16:30 – Grêmio União Paraisópolis x Vida Loka F.F/Jd São Luiz.
18:00 – Associação Palmeirinha/Paraisópolis x R2 Delbony F.C/Pedreira

DIA: 1/03 – SÁBADO

14:00 – Dragões F.C/Jd Educandário x Rainettes F.C/Real Parque
15:15 – Vkn F.C/Jd Colombo x Currião F.C/Paraisópolis
16:30 – Estrela F.C/Rio Pequeno x ADC Levanta Poeira/Taboão da Serra

SEDE: CDC CECÍLIA MEIRELES “MAGNÓLIA”

DIA: 22/02 – SÁBADO
Local: Flamengo Vila Maria.

15:00 – Cantareira F.C/Heliópolis x Unidos do Morro/Penha

DIA: 23/02 – DOMINGO
2ª Fase – Quartas de Final

12:30 – E.C XI Paulista/Jd Romano x Skina F.C/Jd Fontalis

Endereço: Campo do Palmeirinha – Rua Melchior Giola, s/n – Paraisópolis
Endereço: Campo do Benfica de Vila Maria – Av. Morvan Dias de Figueiredo, 4.025 (Marginal Tiête)
Endereço: CDC Cecília Meirelles “Magnólia” – Rua Anésio Antão Ferreira, 31
Endereço: CÉU JAMBEIRO “BOTAFOGO GUAIANASES – Rua Manoel Calhamares, s/n
Endereço: Campo Flamengo de Vila Maria – Marginal do Tietê s/n (entre as pontes do Tatuapé e Vila Maria

 

Domingo, 23/02negritude

Copa Negritude

Master 40:

10:00h – Payssandu x Unidos Água rasa
11:30h – Santos AE Carvalho x Sta Cruz P Nunes
13:00h – Amigos dos Santos x Barcelona

Master 50:

08:30h – Veronia x Botafogo AE Carvalho
10:00h – Esquadrão x But
11:30h – Atlético Carmosina x Irmãos Coragem

Endereço: Campo do Negritude (Arthur Alvim) – CDC ALVORADA – Av. Padre Estanislau de Campos, 430

 

Por Carlão Carbone


Saíram os grupos da Copa Kaise 2014. Torneio segue gigantesco…
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Papo de Várzea

A essa altura, você já deve saber que a Copa Kaiser terá, em 2014, sua última edição. O torneio diminuiu, não tem mais uma segunda divisão, acaba ainda no primeiro semestre, antes da Copa do Mundo. Mas ainda assim segue gigantesco.

São 48 grupos na primeira fase (a única, aliás, em formato de chaves). Depois, mata-mata simples. Começa no dia 9 de março, com final marcada para 1º de junho. E ai, qual o grupo mais forte?

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ZONA NORTE

Grupo N-1

Inter Biricutico (Jardim São Luiz)

Leões da Geolândia (Vila Medeiros)

GTX (Casa Verde)

União do Peri (Jardim Peri)

Grupo N-2

Vasco da Gama (Vila Galvão)

Jardim Brasil (Jardim Brasil)

Biqueira (Vila Maria)

Esquadrão dos Cobras (Vila Sabrina)

Grupo N-3

Líder Madeiras (Brás)

Apache (Parque Vila Maria)

União (Parque Edu Chaves)

Botafogo (Jaçanã)

Grupo N-4

Mocidade Cabuçu (Jardim Elisa Maria)

Jardim Peri – Gesan (Jardim Peri)

Vigor (Pari)

Mella Pé (Vila Mazzei)

Grupo N-5

Jaçanã FS (Jaçanã)

Peri Novo (Vila Nova Cachoeirinha)

Lagoinha (Vila Maria)

Bem Bolado (Santana)

Grupo N-6

Nove de Julho (Casa Verde)

V. Bamsk (Jaçanã)

Brisas (Jardim Julieta)

Primos (Jardim Princesa)

Grupo N-7

Serrano (Jaçanã)

Benfica (Vila Maria)

Inocoop Skill (Jardim Brasil)

Guarani (Jardim Peri)

Grupo N-8

Flamengo (Vila Maria)

Inajar de Souza (Jardim Cachoeirinha)

Vasco Jardim (Vista Alegre)

Vup – Vet. Unidos Paulista (Casa Verde)

 

ZONA SUL

Grupo S-1

Internacional (Moinho Velho)

Parque São Paulo (Parque São Paulo)

Juventude (Vila Império)

Rapa Fora (Vila Guarani)

Grupo S-2

Tutu (Jardim Iporanga)

Milianos (Jardim Rosana)

América (Parque Nova Santo Amaro)

Chácara do Conde (Grajaú)

Grupo S-3

Pioneer (Vila Guacuri)

Bafômetro (Heliópolis)

Real Madri (Paraisópolis)

Amigos (Jardim São Francisco)

Grupo S-4

Ponte Preta (Jardim Leme)

Ouro Preto (Jardim Iporanga)

Unidos (Jardim Maria Estela)

Ponte Preta (Jardim Mirna)

Grupo S-5

Mãe Sara (Vila Santa Catarina)

Renascente (Jardim Umuarama)

Palmeirinha (Paraisópolis)

ABC (Pedreira)

Grupo S-6

R-2 Debony (Parque Dorotéia)

Turma do Baffô (Jardim Climax)

Califórnia (Jardim Alvorada)

Portuguesa (Vila das Belezas)

Grupo S-7

Só o Pó (Jardim Santa Lucia)

Cantareira (Heliópolis)

Nós Travamos (Jardim Tupi)

Metalúrgico (Heliópolis)

Grupo S-8

Castelo (Cidade Dutra)

Festpan (Heliópolis)

São Francisco (Heliópolis)

Unidos (Vila Marcelo)

 

ZONA OESTE

Grupo O-1

Danúbio (Freguesia do Ó)

Jardim Regina (Pirituba)

Caju (Jaguaré)

São Jorge (Vila dos Remédios)

Grupo O-2

Vila Izabel (Osasco)

IDM – Ilha da Madeira (Jardim D’abril)

Classe A (Barra Funda)

Associação Iguape (Jardim Iracema)

Grupo O-3

João Paulo (Jardim Maracanã)

Amigos (Residencial Sol Nascente)

São Marcos (Pirituba)

Corinthians (Vila Yara)

Grupo O-4

Novo Roma (Vila Jaguara)

Inter (Jaraguá)

Vila Nova Paquetá (Pirituba)

Saad (Jardim Rincão)

Grupo O-5

Família 100 Valor (Jardim Panamericano)

Savime (Vila Jaguara)

Peñarol (Pirituba)

100 Juizo (Jardim Esperança)

Grupo O-6

Praça (Pirituba)

Unidos (Jardim Brasília)

Estrela (Rio Pequeno)

Saloá (Pirituba)

Grupo O-7

Unidos do Largo 13 (Perus)

Catumbi (San Remo)

Panela Problema (Jaraguá)

Jardim Jaqueline (Butantã)

Grupo O-8

Clube Favela (Rio Pequeno)

Comercial (Pirituba)

Só na Brisa (Jardim Regina)

XI Canarinhos (Vila Palmeiras)

 

ZONA LESTE

Grupo L-1

Paraná Clube (Vila Nhocuné)

Colorado (Cidade Castro Alves)

XI Primos (Vila Carioca)

Unidos (Vila Mafra)

Grupo L-2

Ajax (Vila Rica)

Estrela Azul (Parque Boa Esperança)

100 Maldade (São Mateus)

Novo Horizonte (Itaquera)

Grupo L-3

Jardim Verônia (Ermelino Matarazzo)

Verona (Cidade Tiradentes)

Sistema (Jardim Nova Conquista)

Portuguesa (Cohab Teotônio Vilela)

Grupo L-4

Paulista (Itaim Paulista)

Negritude (Artur Alvim)

Adega (AE Carvalho)

Olaria (Jardim Iguatemi)

Grupo L-5

UNIÃO GLEBA DO PESSEGO

Bento Gonçalves (Tatuapé)

Nem Ligo (Jardim São Carlos)

Unidos (Jardim São Carlos)

Grupo L-6

Sete de Setembro (Vila Progresso)

8 de Maio (Guaianases)

Novo Sapopemba (Sapopemba)

Nova Era (Cidade Tiradentes)

Grupo L-7

Madrid (Móoca)

Ressaca (Heliópolis)

Associação Piratinnga (3ª Divisão)

Associação (Vila Julia)

Grupo L-8

Sambreja Bool (Vila Cardoso Franco)

Meninos Unidos do Laranjeiras

Parque Stella (São Miguel)

Artur Alvim

Grupo L-9

SDX (Cidade Tiradentes)

Vila Reis (São Miguel)

Coroa (Conjunto José Bonifácio)

Caldeirão (Vila Nhocuné)

Grupo L-10

Brasão (Cangaiba)

1º de Maio (Tatuapé)

Juventude (São Mateus)

Santos (Jardim das Oliveiras)

Grupo L-11

Boa Esperança (São Mateus)

Vera Cruz (Vila Prudente)

Titanus (Guaianases)

Jardim São Pedro

Grupo L-12

Unidos (Jardim Moreno)

Fumaça Futebol e Farra (Jardim Marilia)

Tricolor do Parque (Parque Guarani)

Botafogo (São Miguel)

Grupo L-13

Raízes (Vila Formosa)

Central Leste (Itaquera)

Alto Alegre (Jardim Alto Alegre)

Modelo  (Itaquera)

Grupo L-14

Botafogo (Guaianases)

Unidos da Pacarana (AE Carvalho)

Paraíba (Heliópolis)

Santos (Vila Carmosina)

Grupo L-15

Garotinho (Jardim Nove de Julho)

Noroeste (Vila Formosa)

Vamp (Jardim Danfer)

Águia FC – Rocinha (AE Carvalho)

Grupo L-16

Coroado (Guaianases)

Cruz Credo (Vila Formosa)

Nova Cidade (AE Carvalho)

Juventude (Vila Prudente)

Grupo L-17

Leões Unidos (Inácio Monteiro)

Lapenna (Jardim Lapenna)

Tossan (Itaim Paulista)

Tornado (Cohab II – Itaquera)

Grupo L-18

MEC-Maranhão (Cidade Tiradentes)

Nápoli (Vila Industrial)

Meninos da Vila (Jardim Elba)

Kemel Kizomba (Cidade Kemel)

Grupo L-19

Fumaça (Cidade Tiradentes)

América (Vila Iolanda II)

União Alto Alegre (São Mateus)

Tiradentes (Vila Curuça)

Grupo L-20

Raça Ruim (Vila Matilde)

Carrão (Vila Carrão)

Canindé (Jardim Marilu)

Irmãos Coragem (Ermelino Matarazzo)

Grupo L-21

XI Garotos (Ermelino Matarazzo)

Primavera (Jardim Fanganiello)

Tabajara (Jardim Elba)

Az de Ouro (Itaim Paulista)

Grupo L-22

X do Morro (AE Carvalho)

Portuguesa (Ponte Rasa)

Tricolor Tradefer (Jardim Penha)

Vila Nova (Guaianases)

Grupo L-23

Armação (Parque São Lucas)

Jardim Elba

Juta Três (Fazenda da Juta)

Santa Cruz (Jardim Sinhá)

Grupo L-24

Tamo Junto (Jardim Independência)

Pau Queimado (Tatuapé)

Sapuca (Jardim Sapopemba)

Santa Cruz (Jardim Pedro José Nunes)


O craque que nunca foi
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UOL Esporte

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Todo mundo tem um história de um craque que nunca chegou ao estrelato. Aquele talento raro que, por um motivo ou outro, perdeu-se na poeira das ruas. Essa aqui ouvi há algumas semanas e, creio, ilustra bem porque o futebol é tão apaixonante.

Bom, a história começa com o craque. Desde pequeno, ele se destacava nas peladas do bairro. Contra crianças de sua idade, não dava nem graça. Ele era tão bom que, com dez anos, já estava jogando com os garotos de 15. Aos 12, seus rivais eram adultos. Quando chegou aos 15 anos, não existia uma pessoa que o conhecesse que não dissesse que iria virar jogador.

Só que, sabe como é a vida… O pai do garoto arranjou emprego em outra cidade e lá foi ele, atrás do pai. Voltou aos 18 anos. Tinha terminado o colegial, voltou para a cidade onde cresceu e estava pronto: iria tentar realizar seu sonho. “Tio, vou ser jogador de futebol. Você acha que eu consigo teste em algum lugar?”

O tio tinha história no futebol amador, conhecia muita gente na cidade, mas não tinha contatos para tanto. Precisou de duas semanas, ligando, diariamente para os amigos, mas conseguiu. “Meu filho, segunda-feira, duas da tarde, você vai a uma peneira. Na Portuguesa”.

O garoto não ficou exatamente empolgado, mas apareceu. Jogou apenas 30 minutos. “Nossa, é craque. Sabe com quem ele parece, quando domina a bola e levanta a cabeça? Com o Ademir da Guia”, disse o técnico, empolgado. Tirou o garoto de campo e avisou: você está aprovado. Volte na semana que vem que iremos te inscrever.

Quando o tio chegou em casa, estava orgulhoso. A família, finalmente, teria um jogador de futebol. Mas o rosto do futuro profissional não estava exatamente brilhando. Quando a semana seguinte chegou, o diretor que tinha conseguido o teste ligou. “E ai, onde está o seu sobrinho? Ele não apareceu mais. Todo mundo ficou impressionado”. Ele não sabia o que responder. Foi perguntar para o garoto, que respondeu. “Tio, a Portuguesa é boa, mas não é o que eu quero. Você acha que consegue um teste no Corinthians?”

Como família é família, lá foi ele pegar o telefone e cobrar favores. Precisou de três semanas, mas o teste foi marcado. Feliz da vida, lá foi ele falar com o sobrinho: terça-feira, 9h da manhã, em um dos terrões do Parque São Jorge. “Pôxa, tio… Demorou, né. Consegui um emprego. Não vai dar”.

Quem lembra do garoto correndo com a bola até hoje lamenta a decisão…

Por Bruno Doro

Ps: OK, partes dessa história são reais. Outras, não. Quais? Só quem ouviu a história de outra fonte vai saber…


Vida de artilheiro
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Papo de Várzea

vidadeartilheiro

Abriu os olhos. Procurou o relógio. 11h30.

O palavrão saiu alto. Atrasado. Ao seu lado, a morena apenas virou para o outro lado. “Essa vai longe”. Mais do que um pensamento, era um desejo. Quase meio-dia. Olhou para a mulher, agora com mais atenção. “Valeu a pena…”

Estava atrasado. Já tinha perdido o café da manhã na concentração. Agora, só indo direto.

O jogo do dia é no estádio. Nada dos campinhos surrados. Grama verdinha. Não vai ter de driblar os buracos dos terrões ou os calombos dos sintéticos.

Foi até o armário pegou a mochila. Saiu do quarto e abriu: chuteira, caneleira. Aprendeu a usar a proteção quando era garoto. Nunca gostou de levar pancada. Com as caneleiras, tinha mais confiança. Mas era provocado.

– Boleiro não usa caneleira. Joga com a canela limpa. Escapa da porrada na habilidade.

“Tudo bem. Mas vai encarar um beque armário, daqueles que vem na maldade. Melhor estar precavido”.

Foi até o banheiro, pegou uma toalha limpa e a necessaire. Sabonete, shampoo, condicionador e gel. O gel não pode faltar. Pegou o celular. Estava desligado. A noite passada tinha sido boa. Samba na sede do clube. Churrasco e cerveja. Titular não paga.

Às 10h40, já estava tirando a moto da garagem. Ligou, acelerou. Ignorou a cor dos semáforos. Em 30 minutos estava no vestiário. Ninguém comentou o atraso. Ainda. Colocou o uniforme e esperou. O técnico entrou. Com o canto do olho, viu que seu atacante tinha chegado.

– Foi boa a noite?

Sem resposta. Fechou os olhos. Viu a morena na cama. Sorriu. Preleção, reza, fogos, entrada em campo. Jogo atrasado. Do vestiário até o apito do juiz, tudo passa como um borrão. Bola rolando, hora de mostrar serviço.

O volante domina, caminha com a bola, levanta a cabeça. Pose de craque. Não é. “Vai tocar de lado”. Fez isso. Quando o meia encosta na bola, o lateral-direito sai em disparada. Recebe na intermediária. O atacante já está entre os zagueiros, esperando o lançamento. O lateral tenta driblar o marcador. Não consegue.

“É, vai ser um dia daqueles…”

Após 15 minutos, nenhuma bola chegou ao ataque. Só chutão. Trombou duas vezes com a zaga, em estouros do goleiro. Foi o mais perto que chegou. Mais ou menos como no samba da noite anterior.

A morena chegou cedo, acompanhada pela zaga de amigas. Foi logo chegando perto dos músicos. “Mulher não vai para o samba para comer carne, não vai para beber cerveja. Está lá para dançar”. Troca de olhares.

– Ei, conhece aquela?

Perguntou ao diretor do time, aquele que é responsável pelo bicho por jogo aos domingos. Não sabia. O goleiro, que nunca perdia um samba, também não. “Volta para o jogo”, pensou. Mais um chutão, trombada com a zaga. É, nada feito.

O segundo tempo começa. O volante, aquele que só passa para o lado, se vê livre. Corre com a bola. Lança. Foi meio torto, muito para a lateral. Mas pegou a defesa rival de surpresa. O lateral se adiantou para fazer a cobertura. O quarto-zagueiro também. Restou o beque-central. “Um tapa na frente e ele não segura”.

O atacante domina a bola, tenta o tapa. Era a primeira vez que pegava na bola. Claro que não ia dar certo. A bola foi longa demais. A zaga ficou, mas o goleiro saiu. “Na próxima”.

Respirou fundo. A morena voltou. Está dançando. É prima do cara do cavaquinho, que vigia, atento. Ninguém se aproxima. Ter um  guarda-costas intimida. Grande, armário. Poderia ser um dos beques do jogo. A oportunidade só veio perto da meia-noite. O samba seguia forte. A morena foi até o bar. Pediu uma água.

– Deixa que eu pago. Por minha conta.

Xaveco. Nome, profissão, música preferida. Quando ela sorriu, o sucesso era certo. Levou para casa. “Que noite”.

– Presta atenção! Tá com a cabeça aonde?

O grito do capitão acordou o atacante. Escanteio. Cobrança alta. A zaga subiu, resvalou. A bola, que só tinha chegado uma vez, sobra no pé do atacante. Ele domina meio sem jeito, chuta fraco. O goleiro se estica e coloca para fora. Novo escanteio. Cobrança fechada. A bola bate na trave e sobra para o atacante. De cabeça, gol vazio. Para fora.

Jogo chato. Sem gol.

Torcedores saem cabisbaixos. Jogadores também. O atacante entra no vestiário, toma uma ducha. Veste a roupa, a mesma com que saiu de casa. Tira o pote de gel, coloca o cabelo para cima. Passa um perfume. “Ainda dá tempo”.

Pega o envelope do bicho apressado. Sobe na moto. Ignora a cor dos semáforos. A moto fica na frente da casa. Pega o celular. Desligado. Abre a porta. Vai até o quarto. Olha o relógio. Três da tarde.

A morena ainda está lá.

Artilheiro.

Por Bruno Doro

PS: É um texto de ficção. Mas, aposto, muitos personagens assim correm atrás da bola em um campinho perto de você…


Conheça o DJ varzeano: bola na rede e som na caixa
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UOL Esporte

Se você pensa que varzeano vive só do futebol, trabalho e família, está enganado. Adilson Bispo é um exemplo disso. Ele é presidente do tradicional Represa Nova, time da região da Pedreira, Zona Sul de São Paulo. Além de dirigente do time, também bate sua bolinha aos finais de semana. Mas em 2000, ele foi apresentado a outra paixão que o persegue até hoje: os saudosos discos de vinil.

“Comecei a colecionar por causa do meu vizinho, Sr Joao, que tinha muitos discos e sempre que estava de folga tirava um tempinho pra curtir”, disse Bispo, que hoje já possui uma respeitosa coleção, com 1.500 títulos diferentes. “Os discos são uma forma de relaxar da correria do dia a dia, tocar nas festas dos amigos. Já a várzea é paixão pura, amor mesmo e o bom é que dá pra conciliar. Sempre que faço festa, conto com as presenças do DJ Betão, Carlão Mr. Black e a galera que curte uma música de qualidade”, garante o DJ varzeano.

E como bom amante da várzea, Bispo também já fez loucura para garantir um disco novo para sua coleção. “Comprei um lote de 50 discos só por causa de um disco do Jorge Ben Jor chamado Sabor Tropical”, contou. E não bastasse o fato inusitado, Bispo garante que, por causa da estripulia, acabou ficando sem grana na época. Tudo pelo bom som!

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Do escritório, Bispo esfria a cabeça com seus equipamentos de primeira. E ele nos deu a receita para fazer a alegria da galera numa festa. As baladas que não podem faltar, como o disco de James Brown que ele segura na foto, ‘Revolution of the Mind’. “Jimmy ‘Bo’ Horne, com seus balanços, Betty Wright, e um disco que não tem como não tocar, ‘Sandália de Prata’ com Check My Machine, com uma versão mais pesada”. Mas Bispo, o DJ dos terrões, tem a sua preferida. “Billy Paul, com a melodia ‘Me and Mrs Jones’, que comprei em Porto Alegre (RS)”.

Por Diego Viñas