Papo de Varzea

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SDX mostra o que é jogo duro. Que o diga o Jardim Elba…
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O SDX, da Cidade Tiradentes, é um dos times mais competitivos do futebol de várzea de São Paulo. E quando falamos em competitivo, pense no bom e no ruim que essa afirmação traz. Eles não se rendem. Tentam a vitória a cada minuto. Nem que tenham de usar a força bruta para isso…

Foi assim o jogo do último domingo, contra o Jardim Elba. O time saiu perdendo (com gol do volante Claudecir, ex-Palmeiras), mas buscou a virada. E quase levou o empate nos dois últimos lances do jogo. Confira na crônica de Carlão Carbone:

 


Raízes vence União da Gleba. E preste atenção em Val, tão figura quanto o irmão, Gilmar Fubá
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Choveu bastante no fim de semana em São Paulo e o campo do Nacional, na Barra Funda, sofreu um pouco. Quem aproveitou isso foram os atacantes. O Raízes, da Vila Formosa, venceu o União Gleba do Pêssego por 2 a 1 com ajudinha do barro na área dos goleiros. Detalhe importante: o melhor do jogo foi Val, irmão do campeão mundial pelo Corinthians Gilmar Fubá.

 

Zagueirão viril, parecido com Cléber, aquele do Palmeiras. Mas Val é tão figura quanto o irmão. Quer a prova? Olhe o diálogo (que foi mais ou menos assim):

Val, você acha que o Coritnhians errou ao dar uma chance para o seu irmão, não para você?

Acho que não. Se fosse eu, talvez tivesse gastado tudo!


Internacional do Moinho Velho: torcida vem do berço
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Aposto que você já tinha esquecido: mas a camisa do Papo de Várzea/Amigos da Várzea ainda não tinha sido entregue. Até este domingo. Na última rodada da Copa Kaiser, o blog foi até o CDM Dorotéia, no bairro de Pedreira, para conhecer o vencedor.

Helder Rizzi, de 25 anos, levou a camisa. Ele é jogador do Internacional do Moinho Velho e filho de um dos fundadores do clube. “Acompanho o time desde os quatro anos. Desde os 14 anos jogo. Vale tudo, primeiro quadro, segundo quadro. Estou aqui para ajudar”, diz o goleiro (reserva).

Neste ano, o time vem fazendo uma das melhores campanhas do torneio até aqui. Nas primeiras quatro rodadas, quatro vitórias. O primeiro “tropeço” veio justamente quando o Papo de Várzea estava assistindo (Pé frio? Esse tema ainda é alvo de discussão na nossa redação…).

No domingo, o time enfrentou o Real Madri, de Paraisópolis – que foi muito bem na Série B do ano passado. E sofreu para empatar em 1 a 1. Levou o gol no começo do jogo, pressionou durante os 70 minutos (os jogos da Kaiser tem 35min em cada tempo) e o empate só veio nos acréscimos do segundo tempo.

Vamos torcer para que a campanha continue em alta. Afinal de contas, o Inter completa 40 anos em 2013. O que melhor do que brilhar no principal torneio da várzea de São Paulo para comemorar?

E, aproveitando, para quem está cobrando mais detalhes do jogo: o parceiro do blog Edu Lima, participante ativo do Voz do Terrão, estava no Doroteia e vaio mandar o relato detalhado do empate. Enquanto isso, dê uma olhada nas fotos da competição:

 


Ajax, Praça e São Carlos mantêm campanha perfeita na Copa Kaiser
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  • ATENÇÃO: no vídeo, alguns torcedores comemoram o gol com palavrões

O atual campeão da Copa Kaiser sofreu. No meio do barro, o Ajax, da Vila Rica, fez apenas um gol, sofrido, de cabeça, mas bastou. Com a vitória por 1 a 0 sobre o Garotinho, do Jardim Nove de Julho, a equipe manteve a campanha perfeita na Copa Kaiser 2013.

Outros dois times que chegaram com quatro vitórias à rodada também venceram, com muito mais facilidade. Também na Zona Leste, o Jardim São Carlos, de Guaianases, bateu o Cruz Credo, da Vila Formosa, por 3 a 0. E na Zona Oeste, o Praça, de Pirituba, fez 3 a 1 no Iguape, do Jardim Iracema.

Quer saber mais mais se classificou? Clique aqui: Ajax, Praça e São Carlos mantêm campanha perfeita na Copa Kaiser


Segunda divisão: a várzea tem e pode ser divertida
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O Palmeiras está jogando a Série B do Brasileirão e, com isso, a Segundona voltou a ser assunto de discussão. Se você acompanha o Papo de Várzea, sabe que a Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador de São Paulo, tem uma Série B. Mas sabe exatamente como ela funciona?

Bom, a parte burocrática, do regulamento, está lá embaixo. Vamos falar do que interessa. Do que rola quando a bola… rola. O clichê do profissional também vale na várzea. Na Segundona, os jogos são mais pegados. Ás divididas são mais duras e, na maioria das vezes, a técnica fica de lado. Parceiro do blog, Carlão Carbone acompanhou dois jogos da Série B da Kaiser nas últimas semanas. Dê uma olhada:

Jogo de Segundona: São Jorge se classifica

 

Série B na várzea é pegada: União vence com um a menos

 

Bom, agora para a parte burocrática. Sabia que um time rebaixado em uma temporada pode conseguir voltar para a elite no mesmo ano? Funciona assim: a Série A começa em março. Ao final da Etapa 1, 48 times são rebaixados. A Série B começa em maio, já com esses times que saíram da elite.

A fórmula é relativamente simples. A cada ano, a organização define torneios seletivos, disputados em campos pela cidade, que valem 36 vagas na Segundona. Sempre em maio, o torneio começa com 144 times, divididos em 36 grupos. Destes, 108 são remanescentes da temporada anterior e 36 chegam das seletivas.

Ao final da Etapa 1, os 40 piores índices técnicos são rebaixados (seguindo uma divisão por zonas) e 72 passam para a segunda fase, se juntando aos 48 times que vieram da Série A. A cada fase, dois times se classificam em cada grupo. O acesso à Série A para os classificados para as oitavas de final nas Zonas Norte, Sul e Oeste (oito times em cada) ou, no caso da Zona Leste, para os 24 times classificados para a Etapa 3.


Voz do Terrão: Renegados vence Arcos e se reabilita na Série B da Copa Kaiser
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O domingo foi de grandes jogos na cidade de São Paulo pelo futebol amador. Pela Série B da Copa Kaiser, o Renegados/Jardim São Bernardos venceu o Arcos/Jardim Consórcio por 1 a 0, no Caldeirão do Iporanga.

A partida começou às 11h40 e, mesmo com o sol do meio-dia na cabeça, teve alta velocidade, com as equipes procurando o gol de qualquer maneira. Em alguns momentos, inclusive, deixaram sua retaguarda desprotegida. Foi um jogo bastante movimentado, os rivais gastaram muita energia e venceu a experiência.

A equipe do Renegados jogou pra frente. É um time respeitado na região do Grajaú, impôs seu ritmo com paciência e experiência . Com um meio-campo veterano, esperou o jogo fluir e as jogadas aparecerem. O gol surgiu, a vitória se confirmou e o time chegou aos quatro pontos no torneio.

O Arcos também jogou muita bola. Não saiu de qualquer maneira para o ataque. Buscou sempre as laterais, por onde conseguiu suas melhores oportunidades. Pena que não foram suficientes para empatar a partida. Não foi um dia bom para a jovem equipe do Arco: com a derrota, segue sem nenhum um ponto na competição. No mesmo grupo estão Santa Amélia, de Santo Amaro (4 pontos),  e São Lourenço/Jardim São Lourenço (2 pontos).

O jogo

Os melhores lances na primeira etapa não demoraram a aparecer. Logo aos quatro minutos, o experiente Eduardo ajeitou para o lateral Everton, que fuzilou por cima do gol do Arco. Aos sete, Everton Santana, do Renegados, tocou para o experiente Gustavo mandar de primeira, rente ao travessão.

A equipe do Arco teve ótima chance aos 15 minutos. Após furada da zaga do Renegados, William aproveitou a sobra de bola e tocou para Michel, que chutou em cima do goleiro. A outra boa chance da primeira etapa veio aos 28 minutos, em roubada de bola de Luiz Fernando. Ele lançou William, que encheu o pé. A bola tirou tinta por cima do travessão.

No intervalo, o Arco já fez substituição. O Renegados manteve o time e centralizou o jogo pelo meio de campo, sua grande referência. Com isso, pressionou nos primeiros minutos. Aos 3min, Michel lançou Gustavo, que chutou na defesa. Na sobra, Eduardo emendou de primeira. O goleiro do Arco segurou firme.

Aos 4min, o Renegado fez o gol da vitória. Everton Santana cruzou na medida para Victor Mello. De cabeça, encobriu o goleiro e colocou no fundo da rede.

O Arco tentou de todas formas empatar a partida, mas não conseguiu. Teve uma boa chance aos 23min. Guilherme carregou a bola e chutou forte. A bola passou perto do travessão. A última chance foi nos acréscimos, aos 36 minutos. Luiz Fernando cobrou falta na área, para uma jogada ensaiada. Ueslei perdeu de baixo do gol, chutando pra fora.

O Renegados foi merecedor da vitória e ainda teve o melhor jogador da partida: Victor  Mello.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

 

Voz do Terrão é o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pela nossa página no Facebook ou pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Conheça o time do bairro nobre que faz sucesso na várzea
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Futebol de várzea combina com bairro nobre? No 1º de Maio, do Tatuapé, sim. A sede da equipe fica no coração do bairro de Anália Franco, uma das regiões mais valorizadas da Zona Leste de São Paulo. E, na Copa Kaiser, o time está muito bem, obrigado.

Pela Etapa 2, venceu no último domingo o Pau Queimado, também do Tatuapé, por 3 a 0, com show de Léo e Carlão (na foto, com a bola). O primeiro marcou duas vezes. O segundo fez um gol e foi eleito o craque do jogo pelo pessoal da Várzea na TV.

 

O time tem alguns detalhes curiosos. O terreno, que tem uma cancha de bocha desativada e uma quadra de futsal, é alvo de especulação imobiliária há anos. “Já ofereceram milhões para erguer prédios de luxo. Mas não vendemos. Temos mais de 70 anos de história. Quando chegamos aqui era tudo mata. Há 20 anos começou a valorizar. Perdemos nosso campo, mas não vamos perder a nossa sede”, conta João Donizetti, técnico e diretor de esportes do clube.

Além disso, o artilheiro Carlão é um capítulo a parte: há três temporadas no 1º de Maio, ele passou pelo futebol de Omã, no Oriente Médio, mas não se adaptou. E o motivo é engraçado: sem conseguir conquistar nenhuma garota local, ficou sem “namorar” por oito meses.


Copa Kaiser já tem seis classificados para terceira fase
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Neste domingo, seis times garantiram a classificação para a terceira fase da Copa Kaiser, o principal torneio de futebol amador da cidade. Destaque para o Leões da Geolândia, da Vila Medeiros, que continua sua campanha perfeita em 2013. Além dele, Pioneer/Vila Guacuri, Paraná Clube/Vila Nhocuné, Carrão, Boa Esperança/São Mateus e Jardim Regina/Pirituba já passaram de fase.

Saiba como foi aqui: Copa Kaiser já tem seis classificados para terceira fase


Paulo Autuori não parece, mas é um verdadeiro varzeano
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Quando você ouve falar em Paulo Autuori, que imagem surge? Eu, pelo menos, achava que o treinador era um daqueles almofadinhas, técnico de elite que está bem longe do espírito do futebol que eu, você e os parceiros tanto gostamos. Pois é: eu estava errado.

Nesta sexta-feira, o site da Fifa publicou uma matéria com o técnico, hoje no Vasco. E ele provou que é um verdadeiro varzeano (sem usar nenhuma vez a palavra várzea…). Defendeu o futebol de rua, aquele em que todo mundo começa. Falou dos dribles ao meio-fio e de como as escolinhas falham ao criar jogadores com espírito brasileiro.

Olha só o que ele disse: “O grande problema do futebol brasileiro foi o fim do futebol de rua. Ele proporcionava desenvolver a habilidade. Tinha calçada, você tinha que levantar bola, aprender a dominar. Você usava a parede para fazer tabela. Outra coisa que desenvolvia: jogos de rivalidade com as outras ruas. E o espírito? Você jogava três, quatro peladas com o dedo arrebentado, desenvolvia espírito de sacrifício. Mais: um jogo era de 12, então você era obrigado a fazer gol”.

Logo depois, ele acabou completamente com a imagem de almofadinha que eu tinha: “Na pelada de rua, o papai não estava. Hoje, papai vai levar na escolinha. Enquanto o técnico fala uma coisa, ele diz outra. Nas academias, tem garoto de 6 a 12 anos fazendo preparação física. Garoto dessa idade não precisa disso, ele tem energia. Ele precisa é aprender o espírito do jogo, o que ele aprendia na rua”.

Eu concordo. É verdade que nos campeonatos de várzea, como os que o blog acompanha, não vemos exatamente esse futebol de rua. Mas vá aos campos e dê uma olhada em volta. A garotada que vai assistir sempre leva a sua bola. E arranja rivais para a pelada em qualquer lugar vazio. Várzea é isso. E, como o Autuori faz questão de lembrar, é algo que está sendo colocado de lado no Brasil.

Quer ver a reportagem inteira com o técnico do Vasco? Ela está aqui: Paulo Autuori, ainda lírico.