Papo de Varzea

Leste, oeste, norte e sul: última rodada pode classificar ex-campeões
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UOL Esporte

O Boa Esperança foi campeão da Copa Kaiser em 1996 e 2000. O Napoli, em 2002. O Classe A, em 2011. E todos eles vão jogar pela sobrevivência na edição 2013 neste domingo. Além disso, a grande surpresa de 2012, o Juventus da Liberdade, joga para evitar o rebaixamento para a Série B e o Cantareira, para emplacar seu superataque. Confira os cinco jogos do domingo:

Zona Norte: Juventus da Liberdade x Vigor/Pari

Local: Flamengo/Vila Maria

Horário: 11h30

Surpresa vira decepção: Juventus da Liberdade não depende só de si para evitar rebaixamento

Grande surpresa da Copa Kaiser do ano passado, ao ser semifinalista, o Juventus da Liberdade luta agora para não ser a maior decepção de 2013. Como perdeu os seus dois primeiros jogos (para Jardim Brasil e Jardim Peri-Gesan), o time do Glicério só não será rebaixado para a Série B com uma combinação de resultados. Ele precisa vencer o Vigor, do Pari, a partir das 11h30, no campo do Flamengo da Vila Maria e torcer por uma derrota do Jardim Brasil para o Jardim Peri-Gesan, que duelam no mesmo horário no campo do Magnólia.

Zona Sul: Cantareira/Heliópolis x Unidos/Jd. Maria Estela

Local: Caldeirão do Iporanga

Horário: 11h30

Com poderoso ataque passando em branco, Cantareira precisa vencer o Unidos para avançar

Quando a Copa Kaiser começou, ninguém apostaria que o Cantareira poderia ficar sem marcar sequer um gol nas suas duas primeiras partidas. Isso porque  o time montou um ataque poderoso para 2013. Mas o inesperado aconteceu. Mesmo contando com dois artilheiros em edições passadas da Kaiser, Macedo (2012) e Denô (2008), o time de Heliópolis vem de um empate por 0 a 0 (com o Mãe Sara, da Vila Santa Catarina) e uma derrota por 1 a 0 (para o Festpan, no clássico de Heliópolis). Para sorte do Cantareira, mesmo não tendo balançado as redes rivais, a classificação à próxima fase ainda é possível. Basta uma vitória sobre o Unidos FC, do Jardim Maria Estela, neste domingo, às 11h30, no Caldeirão do Iporanga, para a equipe da Zona Sul avançar à etapa 2 da Copa Kaiser.

Zona Leste: Boa Esperança/São Mateus x Olaria/Jd. Iguatemi

Local: campo do Jardim Planalto

Horário: 13h

Bicampeão Boa Esperança joga por empate para igualar campanha de 2012

O Boa Esperança, de São Mateus, acabou um pouco esquecido pela cobertura do futebol amador do UOL Esporte. Por isso, o Papo de Várzea pede desculpas. O time é um dos mais importantes da história da Copa Kaiser, com dois títulos (1996 e 2000) e dois vice-campeonatos (1998 e 2004), mas no ano passado não foi bem: parou na segunda etapa, com apenas duas vitórias em seis jogos. Desta vez, o time pode igualar a classificação e o número de triunfos já neste domingo. Com quatro pontos no Grupo L-22, a equipe de São Miguel encara o Olaria, do Jardim Iguatemi, para confirmar a classificação. Um empate já coloca o time na próxima fase. Aliás, até uma derrota pode valer a vaga, dependendo do resultado de Unidos da Pacarana, de AE Carvalho, contra Harmonia, da Vila Antonieta. O Pacarana, campeão da Série B 2012, também só precisa do empate para se classificar.

Zona Leste: Tiradentes/Vila Curuçá x Estrela Azul/Pq. Boa Esperança

Local: Canarinho

Horário: 13h

No grupo da morte, Tiradentes tenta reconquistar confiança após derrota

O L-14 é o grupo da morte da Copa Kaiser 2013 e, neste domingo, um time que poderia ter vida longa na competição vai dar adeus ao torneio. Depois do clássico da rodada passada (Napoli 2 x 0 Tiradentes), o desespero passou da Vila Industrial para a Vila Curuçá. Agora, o Tiradentes entra em campo com o sinal de alerta ligado contra o Estrela Azul, do Parque Boa Esperança. O rival é uma das maiores surpresas de 2013 até aqui, após bater o favorito Napoli na estreia, e entra em campo precisando só do empate para se classificar em primeiro lugar. O Tiradentes precisa vencer e ainda ficar de olho no placar da  outra partida do grupo, Napoli x Jaú, já que a decisão do classificado pode sair no saldo de gols.

Zona Oeste: Classe A/Barra Funda x Unidos/Jardim Brasília

Local: Caju

Horário: 13h

Classe A joga para voltar a vencer

Campeão de 2011, o Classe A ainda não venceu na Kaiser-2013. Na rodada passada, os empates já incomodavam e a comissão técnica já tinha feito mudanças. A busca pela melhor formação segue e o duelo contra o Unidos, do Jardim Brasília, pode valer a vaga. O time tem dois pontos e ocupa a terceira posição no Grupo O-5. Na outra partida, o já classificado Inter, do Jaraguá, encara o Ilha da Madeira, lanterna do grupo com um ponto.

 


Acezos bate “rival da Kaiser” e é campeão invicto da Copa Renegados
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UOL Esporte

A 8ª Copa Renegados, do Jardim São Bernardo, realizou sua grande final no último fim de semana, no CDC São Bernardo, na zona sul de São Paulo. Na decisão, duas equipes de qualidade, mas melhor para a Associação Acezos (com ''z'' mesmo), da Cidade Dutra, que venceu o R-2 Debony, do Parque Dorotéia, por 2 a 0.

O Acezos entrou em campo ostentando a invencibilidade na competição, contando com a melhor defesa do torneio. Pelo lado do R-2 Debony, apenas uma derrota – e com o melhor ataque. Esses ingredientes serviram para apimentar ainda mais a partida. O confronto serviu de tira teima, pois as duas equipes se enfrentaram na primeira fase, com empate em 0 e 0. Naquele jogo, os destaques foram os dois goleiros, Felipe, do Acezos, e Jeferson, do R-2 Debony, que garantiram o placar com grandes defesas.

No último sábado, o campo estava lotado. As duas torcidas compareceram em massa, prestigiando, apoiando e incentivando os jogadores. Os primeiros minutos da partida foram truncados e com muito respeito. Com duas equipes bem técnicas em campo, o jogo teve muitos toques de lado e nada de procurar o gol. Chutes foram raros. A primeira bola que chegou às metas com perigo foi da equipe do R-2 Debony, aos nove minutos. O goleiro Jeferson saiu jogando rápido e o zagueiro Tony, do Acezos, se perdeu no quique da bola. Edilson “Firula” dominou e tocou para Nenê, sem marcação. Ele bateu no contrapé do goleiro Felipe, que fez grande defesa, evitando que o placar fosse aberto. No ataque seguinte, boa jogada do R-2, Nenê recebeu a bola na entrada da área e bateu a meia altura. O goleiro Felipe, bem colocado, fez a defesa.

O Acezos só chegava ao gol do R-2 com bolas paradas, mas o goleiro Jeferson, sempre saindo no segundo andar, cortava todos os cruzamentos. Aos 20 minutos do primeiro tempo, quando só estava dando R-2, aconteceu uma discussão entre o treinador Renato “Don Don” e o meio campista Du Bocão, ex-jogador do Tutu/Jd. Iporanga. Os dois trocaram ofensas verbais e o treinador substituiu Bocão, que saiu reclamando, por Bruno.

Aproveitando a desestabilidade emocional do rival, o Acezos foi pra cima e começou a mostrar seu bom futebol. Logo na primeira bola, Bruno foi dominar, perdeu o tempo da bola e o rival Véio roubou. Lançou Thiaguinho, que não dominou. O goleiro Jeferson saiu rápido e fez a defesa. Outro bom ataque do Acezos veio aos 29 minutos. Malinha tocou para Deivão, que arriscou de fora da área. Bateu colocado, a bola fez a curva e saiu, dando susto no goleirão. Depois, foi a vez do R-2 chegar, em bola parada. Aos 28 minutos, Nilsinho colocou a bola dentro da área e a zaga chutou errado, quase matando o goleiro Felipe, vendido no lance e só torcendo para que o lance acabasse em escanteio. As equipes chegavam com muito perigo em lances de bola parada. Outro susto para o Acezos veio com Edilson, que cobrou falta perto da lateral esquerda, fechada. A bola caiu de repente, no cantinho goleiro Felipe. Só que o arqueiro estava esperto e fez a defesa parcial. A bola ficou viva na área e a defesa afastou mal, Bruno pegou o rebote e bateu colocado, raspando o travessão.

No último lance do primeiro tempo veio o castigo para o R-2. Após falta na lateral, Thiaguinho cobrou, a defesa ficou só olhando e Vitor subiu de cabeça. Testou firme para o chão, superando o goleirão e colocando o Acezos na frente.

A segunda etapa começou com várias modificações nas duas equipes. Logo aos sete minutos do segundo tempo, o R-2 foi para o ataque com Nenê, que fez boa jogada individual e levou para a linha de fundo. A zaga afastou mal o cruzamento e Bruno, novamente, pegou o rebote e bateu forte. O goleiro do Acezos, Felipe, estava bem colocado e segurou firme, sem rebote.

Com o placar a seu favor, o Acezos começou a explorar os contra-ataques. Thiaguinho recebeu bom lançamento e levou para a linha de fundo. Bateu cruzado para trás. Léo deixou a bola escapar e Mike aproveitou a oportunidade e bateu forte, rasteiro. O goleiro Jeferson fez a defesa firme. Aos 18min saiu o segundo gol do Acezos. Nasceu de uma bobeira geral do R-2. Cobrança de lateral do R-2, o Acezos recuperou a bola com Melo, que rolou para Léo, sozinho e sem marcação. Ele arriscou de fora da área e acertou na gaveta, fazendo um golaço. Em resposta, a equipe do R-2 foi para o ataque. Aos 25 minutos, Gabiru bateu falta de pertinho da área e o goleiro Felipe fez a defesa. Perdendo por 2 a 0, o R-2 tentava de todo jeito diminuir o placar. Com isso, a defesa ficou desprotegida. Numa boa arrancada, Thiaguinho roubou a bola e tocou para Véio, que só rolou para Robinho. Ele bateu colocado no canto, mas a bola passou raspando o poste. O R-2 seguia levando perigo com lances de bola parada: aos 34min, Gabiru bateu falta na área e o goleiro Felipe fez a defesa. Na hora da reposição, foi chutar e o atacante Edilson “Firula” pulou na frente da bola, dominou e bateu forte. O chute foi em cima do goleirão, que fez outra boa defesa. A equipe toda do Acezos reclamou com o árbitro, Sr. Ordiley, pedindo falta e ele mandou seguir o jogo.

Aos 40min, novamente a bola parada para o R-2. Gabiru bateu e o zagueiro Pixita cabeceou para o fundo da rede. O bandeirinha deu o gol, mas o árbitro apitou irregularidade do zagueiro. O terceiro gol do Acezos quase saiu aos 42min. Melo fez boa virada de jogo e achou Thiaguinho livre. Ele bateu de primeira, no contra pé do goleiro Jeferson, mas perdeu boa oportunidade de ampliar o placar. No último lance da partida, Thiaguinho recebeu a bola ainda no seu campo e saiu em disparada para fazer o gol. Chegou ate a área, mas quando ia finalizar, o zagueiro Dandan deu um bico para escanteio.  Não houve tempo pra mais nada: o placar acbou “sertanejo”, com gols de Vitor e Leo. O Acezos foi campeão invicto. E de quebra ganhou os prêmios de goleiro menos vazado, para Felipe, que conta com um detalhe curioso: Felipe é titular do R-2 Debony na Copa Kaiser desse ano. O time do Acezos ainda teve o artilheiro, Mike, com sete gols.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas.

 Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Lendas da Várzea: Delegado salva equipe de briga na Zona Norte
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Briga faz parte do imaginário do futebol de várzea. Hoje, elas são mais raras (pelo menos nas competições mais importantes), mas ainda acontecem. Há alguns anos, não era assim. A história agora é contata por um veterano do Nove de Julho, um dos times mais tradicionais da Zona Norte da cidade.

O delegado que salvou o dia

Eu nasci em Minas, mas vim para São Paulo com 11 anos. Quando fiz 15, entrei para o juvenil do Nove de Julho. Era o time mais forte do bairro e era uma honra vestir aquela camisa. Com 16 anos, cheguei ao quadro principal. No primeiro jogo, achei que iria ficar no banco. O camisa 10, o Maquitão, era o titular. Mas ele faltou naquele dia e o técnico me colocou na meia-esquerda. Herdei o número 10 e foi a camisa que usei pelos dez, 15 anos seguintes.

Nesse período, muitas coisas aconteceram. Quebrei o braço, quebrei a perna, mas uma das partidas que mais marcaram aconteceu no Vasco da Vila Guilherme. Naquela, época, a gente ia para o jogo na caçamba do caminhão. Não tinha ônibus, como agora, ninguém tinha carro.

Entramos nos vestiários, nos trocamos e deixamos tudo trancado lá dentro. No meio do jogo, saiu uma briga feia. Foi tão ruim que, quando a gente estava saindo do campo, os jogadores do outro time e os torcedores formaram uma barreira. Falaram que ninguém ia entrar no vestiário.

A discussão foi feia. No final, a gente só conseguiu pegar as roupas graças ao juiz. O Faria estava apitando o jogo. E ele era policial. Chegou gritando: ‘Deixa os garotos passarem. Eles vão pegar a roupa, sim’. A gente saiu correndo, pegou as roupas e foi direto pro caminhão, sem banho nem nada.

Essa é a história de Domício Toledo, o Batatinha, que jogou no Nove de Julho dos anos 60 até os anos 80 (sem contar o período pelos veteranos…).

Gostou? Quer contar uma história do futebol de várzea? Mande um e-mail para o Papo de Várzea: papodevarzea@gmail.com

 


Voz do Terrão: Conheça a história do Rapa Fora
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O Rapa Fora FC surgiu em 1998, na Vila Guarani. O nome original era Prolocal, herdado da primeira empresa que nos procurou. Em um bairro onde o futebol é tratado com extrema paixão, e onde nomes tradicionais da várzea paulistana despontam, nossa equipe surgiu como uma alternativa aos que buscavam uma nova identificação.

No começo, tínhamos um elenco bastante experiente, mas aos poucos a equipe foi rejuvenescendo. Ao mesmo tempo, conquistamos a simpatia dos moradores da região do Jabaquara, onde fica a Vila Guarani. Não demorou muito tempo e o time foi rebatizado, assumindo o Rapa Fora. O nome é estranho para alguns, mas simboliza uma questão de atitude. Quem não tiver o que fazer, quem não agrega nada ao grupo, que vá procurar outras paragens. Ou seja: Rapa Fora.

De cara nova, a equipe experimentou um período inédito de reinvenção. O azul, o preto e o branco foram adotados como as cores oficiais e o time passou a encarar os mais tradicionais campeonatos da várzea paulistana. Não escapando da máxima de que ''todo inicio é difícil'', nesta fase o Rapa Fora amargou resultados longe do esperado.

Mesmo assim, a obstinação de nós, dirigentes (Celso, Wendel, Carlos-Bu), mesclada ao empenho dos jogadores, fez com que, em 2007, próximo de completar dez anos de idade, o time conquistasse seu primeiro grande resultado. Ficamos em terceiro lugar na Copa Seme. No ano seguinte, o título passou raspando. O Rapa Fora foi vice-campeão.

Desde então, conquistamos diversos festivais e estamos sendo reconhecidos como referencia entre os times que não pagam incentivo aos jogadores. Logicamente, oferecemos estrutura aos atletas, mesmo com dificuldades financeiras.

Fora do futebol, nosso objetivo para esse ano é fazer uma grande festa no aniversário de 15 anos do clube – e estamos buscando apoio para isso.

O texto foi escrito por Wendel Gandra, diretor do Rapa Fora. Seu e-mail, aliás, foi o primeiro que o Voz do Terrão recebeu – antes, ainda, da criação do espaço.

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Voz do Terrão: Com só seis meses de vida, Divisa FC se classifica para Copa Kaiser-2014
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Olá, Papo de Várzea.

Somos o Divisa F.C, um time dos bairros da Vila Rica e do Jardim Santo Eduardo, da zona leste de São Paulo. Nesse ano, montamos uma ótima equipe, participamos de três seletivas e, na última, finalmente conseguimos atingir o nosso sonho: entrar na Copa Kaiser.

A primeira competição que participamos foi a do Armação/Parque São Lucas. Nela, perdemos nos pênaltis, nas semifinais. A segunda foi a Copa Noroeste. Também perdemos nos pênaltis nas semifinais.

Agora, estamos disputando a copa Elo-Forte, no Jardim Planalto, e chegamos à final! Já jogamos contra mais ou menos 13 times que estão na Copa Kaiser, incluindo Sambreja, Família FC e Panela FC, todos respeitadíssimos. E derrotamos todos.

Mas porque essa história é importante?

Pois temos apenas cinco meses de fundação. Nascemos no dia 15 de novembro de 2013 e, de lá pra cá, perdemos só uma partida dentro de campo (as outras duas foram em disputas nos pênaltis).

Neste domino, fazemos a final contra o fortíssimo Madrid, da Móoca. Nota do Papo de Várzea: a final terminou 1 a 1, com vitória do Madrid. Os gols estão nesse vídeo:

 

Quem quiser saber mais sobre a nossa história, entre no blog: http://divisafutebolclube.blogspot.com.br/

Obrigado.

O texto foi escrito por Mauro Lima, do Divisa FC

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Voz do Terrão: Meninos Unidos do Laranjeiras desafia tradição e se classifica
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Olá, galera do Papo de Várzea!

O domingo ensolarado estava perfeito para uma partida de futebol. Às 13h, começou Adega x Meninos Unidos do Laranjeiras, pela terceira e decisiva rodada da Copa Kaiser, no campo do Céu Jambeiro, em Guaianases.

O Meninos Unidos do Laranjeiras é uma equipe tradicional da zona leste de São Paulo. Já chegou a figurar entre os grandes da várzea. Sua melhor colocação na Copa Kaiser foi um sexto lugar. Hoje, a equipe é composta por atletas da comunidade, longe do cenário atual dos “Pop Stars” da várzea, que contam com ex-profissionais e pagam salários. Muitas vezes, os atrativos são até melhores que times de padrão profissional.

Contra tudo e contra todos, com humildade, dedicação e muita vontade, o Meninos Unidos do Laranjeiras estão voltando a conquistar seu espaço. No Grupo L-5 da Kaiser-2013, enfrentou X do Morro, Vila Rica e o poderoso Adega, times tradicionais. Mesmo assim, sempre com valentia, conseguiu sua classificação para a Segunda Etapa em primeiro lugar, com sete pontos. No último jogo, inclusive, vitória sobre o Adega por 2 a 0, resultado que deixou a comunidade em festa.

Em um espaço masculino, nossa presidente Nêga administra o time com muita luta. O sucesso da primeira fase é fruto do bom trabalho do nosso técnico Sady, comandando toda a equipe com um discurso baseado na confiança e amizade com todos os atletas. Os dois são os responsáveis pela classificação.

Abraços a todos!

O texto é de Antonio Augusto de Faria. Ele é atleta do Meninos Unidos do Laranjeiras e, com quatro gols em três jogos, está na luta pela artilharia.

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Voz do Terrão: Chácara do Conde vence no “tudo ou nada”; ABC e Nós travamos garantem vaga com 1 x 1
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Terminou a primeira fase dos grupos S-1 e S-2 da Copa Kaiser 2013. E como não poderia deixar de ser, foi emocionante. Com um belíssimo espetáculo de futebol, provando a beleza da várzea, o Chácara do Conde/Grajaú venceu por 2 a 0 o Botafogo da Favela/Jardim Irene. No jogo que fechou a rodada, ABC/Pedreira e Nós Travamos/Jardim Ângela empataram em 1 a 1.

As duas partidas foram em campo especial: o Caldeirão do Iporanga. Localizado na zona sul da cidade de São Paulo, foi o primeiro campo de várzea a ser reformado com grama sintética na capital. Segundo o presidente do CDC, Gerival “Nenga”, a ideia era a instalação de grama natural, mas o projeto foi mudado: o campo iria sofrer desgaste excessivo, já que 16 equipes usariam as instalações. Partindo desse princípio, o projeto foi aprovado com grama sintética. A cada fim de semana, o campo recebe 14 partidas.

Chácara do Conde 2 x 0 Botafogo da Favela

A partida começou exatamente às11h45, em ritmo acelerado. Foi um jogo “lá e cá”, com Chácara do Conde e Botafogo buscando o gol. Algumas vezes, com jogadas mais fortes, mas sem muita violência. Mesmo assim, em uma disputa mais forte de bola, o árbitro expulsou um de cada lado. Acabou controlando os jogadores até o apito final. Como precisava vencer, o Chácara do Conde mostrou mais garra e acabou saindo com o resultado que queria, graças aos gols de Cláudio e João Paulo.

ABC 1 x 1 Nós Travamos

No “Dia D” do grupo S-2, ABC, com três pontos, e Nós Travamos, com dois, jogaram de olho na segunda fase. Os dois precisavam somar pontos para não depender de ninguém. Perto dali, as outras duas equipes do Grupo S- 2 também se enfrentavma: com quatro pontos, Parque São Paulo entrou em campo já classificado, enquanto o Ajax /Jardim São Jorge corria risco de rebaixamente, com apenas um.

A partida começou às 13h22. Foi um jogo tenso e nervoso destes gigantes do futebol amador da zona sul.  A bola não parou e os atletas estiveram ligados, esperando o final da partida para descobrir quem seguiria na competição. O ABC pressionou mais, mesmo precisando apenas do empate. O Nós travamos ficou mais ansioso: o empate poderia significar rebaixamento. No fim, o empate foi bom para as duas equipes. Quando o juiz apitou o fim do jogo, Caio, camisa 10 do ABC, foi eleito o melhor em campo.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

 

 

 

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Goleiros da Copa Kaiser continuam com dificuldade: Vasco vence com falhas do rival
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A presença do UOL Esporte em alguns jogos não tem sido boa notícia para os goleiros da Copa Kaiser. Primeiro, o goleirão do Águia-Rocinha deu mole contra o Ajax. Depois, o arqueiro do Renegados levou oito do Pioneer. Na semana passada, o Vigor venceu o Jardim Brasil por 1 a 0 com uma falha incrível de seu camisa 1 no último gol.

Nesta semana, foi a vez da dupla Potinho, do Vasco da Vila Galvão, e Bruninho, do Esquadrão dos Cobras. Nos três gols da vitória do Vasco por 2 a 1, três falhas. Confira:

 

Se você quiser ver mais gols ou crônicas das partidas da Copa Kaiser, dê uma olhada na playlist:


Com mais de 4.000 na beira do campo, clássico da Cidade Tiradentes “multiplica rivalidade por 1.000”
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Rivalidade é o que mais se encontra no futebol de várzea de Sã Paulo. Mas poucas são tão grandes quanto SDX (o novo nome do Sedex) e Verona. Os dois são da mesma quebrada, Cidade Tiradentes, na Zona Leste da cidade, mas esse fator, no lugar de aliviar a tensão, só coloca mais gasolina nessa fogueira. Para entender o clima, multiplique por 1000 a intensidade da rivalidade que você conhece. Agora, se esse jogo passar de um simples amistoso e valer alguma coisa, multiplique novamente por 1000. Quando o resultado depender do confronto direto, então, segura!!!

O empate em 1 a 1 no último domingo, com mais de quatro mil pessoas na beira do campo, foi assim. O SDX já estava classificado, mas o Verona precisava de um empate para passar para a próxima fase. As torcidas chegaram separadas, cada uma com suas bandeiras. As baterias avisavam quem estava na área. Mesmo com todo o campo para se acomodar, as duas ficaram lado a lado, separadas apenas pela linha imaginária e tênue do respeito, atrás do gol, no fim do campo. Tenso: qualquer faísca bastaria para explodir a bomba.

As preleções foram de arrepiar alma, de trazer a aura da guerra e deixar os nervos a flor da pele. Os dois times não cansavam de ressaltar a rivalidade, a raça, a garra e a importância do jogo. No campo, a partida foi quente, estralada. O Verona começou o jogo estudando o adversário, enquanto o SDX ia para cima querendo jogo. Conseguiu manter a posse de bola, quebrando as jogadas do Verona, que tentava, mas não se achava. Esse domínio nos primeiros 15 minutos resultou no gol do SDX.

A torcida explodiu. O gol tinha um sabor muito maior do que simples vitória. Era o sabor de eliminação do rival. No segundo tempo, a temperatura subiu ainda mais. O Verona seguia em busca do empate, mas via o rival com o jogo na mão até então. Mas quem estava perdendo acordou. E foi para o tudo ou nada.

A pegada aumentou, faltas e entradas duras passaram a ser cometias. Algumas eram leais, outras, crocodilagem. Muito falatório com o juiz, discussão entre os jogadores. Sem muita violência, mas era possível ver que o espírito do jogo tinha mudado. O Verona queria mais o resultado do que o SDX, que só se segurava. De tanto tentar e brigar, o Verona conseguiu um pênalti.

Parar a bola na marca da cal, que parecia mais um cone do que uma simples marcação, foi difícil. O jogador correu, bateu e o goleiro defendeu. A bola voltou no rebote para o próprio batedor. No quique da bola nos morrinhos, subiu lascada e, com o chute de de chapa, subiu. O silêncio da torcida do SDX passou para a do Verona. A torcida amarela, do SDX, começou a fritar, uma mistura de comemoração de gol, de eliminação do rival.

Do lado em desvantagem, poucos jogaram a toalha. Muitos falavam em esperança, mesmo não passando toda essa confiança. Empurrados por esses sonhadores, no último lance, numa jogada pela direita, num toque para a entrada na área, o jogador do Verona meteu na gaveta. Indefensável. Golaço. Alívio da torcida do Verona, que se classificava. Coisas do futebol, coisas do jogo que só acaba quando termina, coisas de superação, coisas que, para entender, demora um tempo.

Um tempo de cada time. Um jogo brigado até o final. Duas torcidas rivais que souberam se respeitar. Um presente para o bairro, que completou, naquele dia, 29 anos.

O texto acima (e o vídeo também) é de Carlão Carbone, parceiro do blog, que toda semana acompanha uma partida para o Papo de Várzea e manda uma crônica com a visão dos alambrados do futebol de várzea. Mais vídeos podem ser vistos na página de futebol amador da TV UOL (http://tvuol.tv/bqc7Sd).


Armação, classificado com antecipação na Copa Kaiser, pede ajuda para Segunda Etapa
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UOL Esporte

Na semana passada, o Papo de Várzea estreou a Voz do Terrão com o texto do parceiro Eduardo Lima. Ele contou a história do jogo do Armação pela segunda rodada da Copa Kaiser. Antes da competição, a equipe ficou seis meses sem vencer, mas embalou uma sequência de dois triunfos seguidos e se classificou com antecipação.

No mesmo dia, a diretoria do time mandou um e-mail para o blog, pedindo ajuda para a disputa da Segunda Etapa do torneio:

''Olá, Amigos do papo de várzea!

Sou um dos diretores do Armação FC. Parque São Lucas e estamos atrás de patrocinadores que queiram abraçar esta causa. Recentemente, conseguimos obter a vaga para a 2° fase da Copa Kaiser Série A, mas nosso time está sem recursos. Por isso, preciso da ajuda de vocês para captar parcerias. No momento, temos apenas o apoios da nossa comunidade, com pequenos valores para deslocamento (ônibus fretado) da torcida e do time. Precisamos de verba para transporte, material esportivo e doações de cestas básicas para os nossos atletas.

Contamos com a ajuda das instituições que apostam nos talentos do futuro. Desde já agradeço atenção de todos e aguardo contatos.
Um forte abraço,

Eugênio: Presidente
Dudu: Diretor
Tel:11-980.589.478
Tel:11-972.816.703
E-mail: duduarm@ig.com.br ou duduarm@hotmail.com''

Você pode ajudar? Entre em contato com eles.

Se você também quiser contar alguma história, entre em contato. O e-mail do blog é papodevarzea@gmail.com