Papo de Varzea

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Metalúrgico é campeão da Zona Sul na série B da Copa Kaiser
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UOL Esporte

No domingo, a Série B da Copa Kaiser conheceu seus campeões regionais. Na Zona Sul, o Metalúrgico, de Heliópolis, acabou com o título. O time bateu Portuguesa, da Vila das Belezas, por 2 a 1. As duas equipes tinham se encontrado na fase anterior, com placar idêntico. Em seu primeiro ano na Série B, o time de Heliópolis já conseguiu o acesso para a elite.

A partida começou equilibrada, com as duas equipes se estudando em campo. A marcação não dava espaços e os chutes, que já eram raros, só saiam de longa distancia (e ainda por cima sem direção). O primeiro ataque com perigo foi aos 15 minutos, com o volante Willians, do Metalúrgico. Ele fez boa jogada no meio campo e tocou para o meia Osvaldinho, que bateu forte. A bola passou perto do travessão e saiu em tiro de meta, para alivio do goleiro Thiago, da Portuguesa.

A resposta veio dez minutos depois, com Rafinha. Ele fez boa jogada na intermediaria e tocou para Henrique, que dominou, limpou a jogada e bateu colocado, no cantinho do goleiro Tatu. Ele se esticou todo e colocou a bola para escanteio, evitando o gol.

Na cobrança do escanteio, a Portuguesa quase abriu o placar. A bola na área ficou viva e Rafinha bateu forte. A zaga do Metalúrgico tirou em cima da linha. No contra-ataque, Jajá recebeu lançamento na ponta esquerda e tocou para Maicon, o artilheiro da Portuguesa. Cara a cara com Thiago, o matador bateu para fora.

No último lance do primeiro tempo, já nos acréscimos, Eder fez bom lançamento para Maicon. Ele cruzou da linha de fundo. O goleiro fez a defesa parcial e, no rebote, Jajá, sozinho, só empurrou para o gol. Metalúrgico 1 a 0.

A segunda etapa começou com domínio da Portuguesa. Perdendo, a equipe teve que sair mais para buscar o empate.  Conseguiu logo aos oito minutos. Em cobrança de falta rápida, a bola chegou aos pés do habilidoso Lu. Ele fez linda jogada, saindo de três marcadores, e bateu colocado. A bola fez uma curva perfeita e saiu do alcance de Tatu.

A Portuguesa insistiu e chegou novamente aos 11 minutos. Lu lançou Rafinha, que adiantou a bola. Tatu foi ligeiro e fez a defesa. Aos 17, a Portuguesa perdeu outra chance. Rafinha deixou Lu sozinho, que bateu na saída do goleiro. Era o gol da virada, mas o árbitro da partida, Valmir Batista, apitou falta, sem aplicar a lei da vantagem. Reclamação geral da Portuguesa com o gol anulado.

O Metalúrgico só chegou ao ataque aos 25 minutos, com Willians. Ele arriscou do meio da rua e Thiago se esticou todo, espalmando para escanteio. O ataque acordou o Metalúrgico e, aos 32, Willians bateu falta perto da lateral. A bola tinha endereço certo, mas Thiago, novamente, fez ótima defesa. Na cobrança do escanteio, a zaga da Portuguesa ficou parada. Osvaldinho subiu sozinho e escorou o escanteio, fazendo o segundo gol do Metalúrgico.

Nos minutos finais, a Portuguesa fez pressão e tentou empatar. O Metalúrgico se fechou e segurou a vitória por 2 a 1. Ao fim da partida, os jogadores da Portuguesa ficaram revoltados e foram reclamar com a arbitragem pelo gol anulado. No meio do tumulto, o juiz acabou expulsando três atletas.

Agora, o Metalúrgico vai jogar a semifinal geral. A partida será no próximo domingo, às 12h30, no campo do Anhanguera, na zona Sul de São Paulo. O rival será o Santa Cruz, do Jardim Sinhá, da zona Leste.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Jogador infiltrado: reza pré-jogo evoluiu e é muito mais do que pai-nosso
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Dizem que, se fé ganhasse jogo, o campeonato baiano acabaria empatado. A verdade é que, acreditando ou não, jogador de futebol segue a linha do religiosamente correto. Cada um tem a sua religião e a sua maneira de se comunicar com Deus. Há alguns anos, tudo acabava em um pai-nosso, com as mãos voltadas para o céu. Mas isso está mudando.

Quando comecei, o técnico puxava o pai-nosso, o massagista a ave-maria e todos partiam confiantes para a partida. Hoje, a variação é muito maior. A religiosidade dos jogadores mudou e você encontra evangélicos, luteranos, católicos e tudo mais. E cada um reza de um jeito. Um puxa a oração. Outro levanta os braços e fica em silêncio. O que está lá atrás faz uma prece pessoal, pedindo proteção.

Até quem não é exatamente religioso se rende. Conheci muitos que nunca pisaram em uma igreja ou compareceram a cultos, mas antes de entrar em campo, eram os primeiros a puxar a fila dos pedidos a Deus.  Um atacante do meu time segue essa linha. Provocador e catimbeiro, é sempre o motivo das brigas em campo. Com canela fina, cabelo arrepiado e sem papas nas língua, ele “causa” em todo jogo. Eu sempre aviso: “Dá uma segurada, meu irmão. Assim, nem Deus aguenta”. Do jeito que é, deveria estar na igreja todos os dias. Já escapou de cada uma que até Deus duvida…

Quem também tem uma história legal em sua relação com Deus é meu zagueiro. Antes de todos os jogos, ele pede desculpas a Deus pelo que pode acontecer. Arrepia os adversários, levanta os atacantes e assusta a torcida rival. Quando o juiz apita, pede desculpas novamente. Algumas vezes, o pedido de perdão vem no meio das partidas. É o famoso “morde e assopra”. Ter um zagueiro de Deus é assim mesmo. Dentro de campo, do pescoço para baixo é canela!

A verdade é que o futebol é um meio em que a religiosidade exerce uma função importante. Acreditar em Deus dá força, causa uma sensação de confiança para os jogadores entrarem em campo na temperatura certa para o duelo. Isso transforma o vestiário em um local sagrado: todas as crenças são aceitas, sem preconceito.

Quando o UOL Esporte mergulhou no futebol de várzea, viu que as pessoas eram atenciosas, mas evitavam alguns assuntos. Quanto os jogadores ganham? Como é a relação jogador/treinador? Torcida tem poder? Para responder a tudo isso, o Papo de Várzea encontrou um espião. Ele é um veterano do futebol amador que aceitou contar  os segredos do futebol amador. A cada mês, um tema novo!

Veja o que já foi publicado:

Vestiário de futebol virou salão de beleza

Superstições: tem craque que coloca grama na cueca para dar sorte

Varzeano também aproveita a sobra das marias-chuteiras do profissional

Várzea e apelidos. Não tem essa de politicamente correto

Torcida faz festa, mas pode expulsar jogador antes de chegar ao vestiário

 


Tensão à flor da pele: Vila Izabel e Inajar empatam e são eliminados
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No domingo, o campo do Magnólia lotou para o duelo entre Inajar de Souza e Vila Izabel. Os torcedores dos dois clubes, porém, não saíram felizes: com o empate em 1 a 1, ambos acabaram eliminados. Os dois times tinham, na teoria, chance de classificação. O Inajar precisava vencer, mas dependia de um tropeço do Nápoli na outra partida do grupo. Já o Vila Izabel só precisava vencer. Confira o jogo (e a emoção do alambrado)…

 


Goleiro ignora falta de uma perna e segura artilheiros na várzea
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Está vendo a foto aí em cima? Sim, esse goleiro não tem uma perna. E não tem vergonha disso. “A deficiência está na cabeça”, avisa Alexandre Toledo. Aos 37 anos, ele convive com a falta da perna esquerda desde 1996. Em 16 anos, se tornou uma verdadeira lenda dos campos de várzea de São Paulo.

No início do ano passado, quando o UOL Esporte começou a buscar, com mais intensidade, histórias diferentes no futebol amador, a história do goleiro sem perna apareceu. “Na Lapa existe um goleiro sem perna”, dizia um. “Eu vi o cara pegando pênalti”, avisava o outro. Mas onde encontrá-lo? Ninguém parecia saber. Era quase uma lenda urbana.

“Um dia, estava esperando a hora de entrar em campo e um amigo meu me disse: ‘olha o goleirão’. Não vi nada demais. Mas quando a bola estava indo em direção ao gol, percebi o motivo do espanto. Ele não tinha uma perna”, disse o empresário André Kiss, que jogou futebol em uma universidade nos EUA e hoje corre atrás da bola nos terrões da cidade.

Há alguns dias, o próprio Alexandre se apresentou. Mandou um e-mail para o Papo de Várzea, o blog de futebol amador do UOL, com um vídeo e o assunto: “Deficiente defende um pênalti”. Após uma troca rápida de mensagens, admitiu que ele era o goleiro. E que queria contar a sua história.

No último sábado, a reportagem foi até um dos jogos de sua equipe, o Moleque Travesso do Rio Pequeno. O rival, o Jardim Wilson, venceu por 5 a 4. Não foi culpa de Alexandre. Ele tomou cinco gols, três deles enquanto seu time estava com um a menos. Quando a partida começou, com quase 40 minutos de atraso, ao menos quatro jogadores do Moleque Travesso ainda não tinha chegado.

 

Com um a mais, o Jardim Wilson explorou justamente a maior dificuldade de Alexandre: a saída de bola. Por duas vezes, os atacantes aproveitaram lançamentos longos e tocaram na saída do goleirão. Quem não está acostumado, certamente, achou que foi culpa do goleiro e de sua deficiência. Quem estava em campo garante que não foi.

“Pode até parecer falha, mas dentro de campo, você consegue ver que ele tem qualidade. Ele sai pulando, todo mundo acha que ele é lento, mas é muito rápido. E ainda por cima se posiciona muito bem. Fecha o ângulo direitinho”, diz Alexandre Pereira Jorge, o Tiguês, lateral direito do time rival.

As defesas de Alexandre comprovam isso. Em uma delas, pegou uma bola a queima roupa, com o atacante chutando cruzado. Usou a perna. Em outra, uma cabeçada dentro da área, fez uma bela ponte para defender de mão trocada. Nas duas ocasiões, executou movimentos que poucos goleiros na várzea conseguem.

“Quando começa o jogo, você ouve que o atacante vai chutar no lado em que falta a perna. Ou que é só chutar que a bola entra. Mas não é assim. É claro que eu tenho dificuldades. E a saída de bola, como o jogo mostrou, é a maior delas. Eu saio do gol pulando, não correndo. E é muito mais difícil para chegar no atacante. Mas nas outras jogadas eu consigo me virar muito bem”, analisa Alexandre.

Muito bem, mesmo. Imagine passar uma hora, uma hora e meia, em um pé só. Para quem tem duas pernas, é uma tarefa quase impossível. Imagine jogar bola, então… Quando Alexandre teve de amputar a perna, também pensava assim. Sofreu o acidente em 1996. Estava de moto e colidiu com um carro que vinha na contramão. “Na hora, achei que só tinha quebrado a perna. Senti o inchaço começando, mas achei que iria colocar o gesso e em dois meses iria voltar”. Estava errado.

As fraturas na perna esquerda eram numerosas ele passou meses em cima da cama, dependendo dos outros para fazer tudo. Após um ano tentando a recuperação, os médicos desistiram. Alexandre tinha, então, duas opções: manter a perna, e carregar um peso morto, ou amputar e viver uma vida “quase normal” – aspas do próprio. A carreira no futebol – ele era goleiro de um time profissional de divisões inferiores em Minas Gerais – já estava acabada. A vida “normal”, porém, estava começando.

“Quando chegou a hora de escolher, meu pai disse apoiaria minha decisão. Mas lembrou que ele e minha não estariam ao meu lado para sempre. Não adiantava abaixar a cabeça e ficar chorando. Foi um direto no queixo que ele me deu. E tenho certeza que é graças a isso que sou uma pessoa realizada hoje. Tudo o que eu conquistei até hoje aconteceu depois do acidente. Tenho uma mulher maravilhosa que conheci já após o acidente, um filho que eu amo, meu emprego (trabalha com logística internacional) que adoro, comprei a minha casa”.

Em campo, essa alegria e confiança aparecem. A volta aconteceu na praia. Ele e os amigos estavam em uma casa no litoral, nas folgas de fim de ano, apareceu o convite para uma pelada. Ele levantou do sofá e aceitou. “Todo mundo olhou com espanto. Mas como era na areia, eu fui sem medo de me machucar. Foi lá que percebi que não estava morto para o futebol”.

Já são 16 anos jogando com uma perna só. E jogando bem. Os companheiros de time confiam em Alexandre e seus zagueiros jogam sem pensar duas vezes em proteger o gol. E os rivais o tratam com o respeito que um grande goleiro merece – com ou sem deficiência.

Então, se um dia você estiver passando por um campo de terra e, embaixo das traves, perceber que está faltando alguma coisa no goleirão, pode ficar para assistir. Vale a pena.


Banda usa a várzea para unir futebol, heavy metal e bossa nova
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UOL Esporte

Por Maurício Dehò

Futebol e música andam lado a lado no Brasil. Quem nunca parou para ouvir “Partida de Futebol”, do Skank, um verdadeiro hino esportivo, e concordou com a letra que fala do sonho de ser um astro da bola? A banda paulistana Huaska, que mistura em seu som heavy metal e bossa nova, gravou uma música que pode, também, virar um clássico. E, ainda por cima, falando de futebol de várzea.

Vocalista Rafael Morozimato com a veterana do samba e flamenguista Elza Soares, que já cantou “Gávea” em show ao vivo com a banda

“Gávea” fala sobre a paixão nacional em uma versão simples: é um jogo de várzea que poderia acontecer em qualquer lugar do Brasil. Tudo o que você costuma ver nas peladas em um terrão está lá, na letra. O campinho cheio de desnível. O olheiro procurando o próximo craque. A torcida pequena, mas muito empolgada. O juizão que se complica com as marcações. E a boa e velha confusão… Quem ouve, volta para um tempo em que o futebol era aquele com os amigos do bairro, no terreno baldio atrás da escola. É um sentimento bem diferente do futebol profissional, carrancudo e sem brilho que se vê na televisão.

A música foi lançada pelo quinteto no disco “Samba de Preto”, de 2012. A letra e a melodia são dos compositores Alegre Côrrea e Márcio Tubino, que fazem sucesso no universo do jazz na Europa. Ao entrar no radar do grupo, por meio do produtor com quem trabalham, a decisão de gravar não demorou.

“A gente curte muito futebol, mas nunca tínhamos abordado esse tema. Ouvimos a música meio sem querer. Nosso produtor mostrou e, de cara, quisemos gravar. Não é muito a cara da banda. Costumamos escrever sobre relacionamentos, saudades, perda. Essa é aquela música que a gente queria ter feito, mas nunca ousou fazer”, conta o vocalista Rafael Moromizato, são-paulino, que tem a companhia de um violonista santista, um guitarrista torcedor da Lusa e um baterista doente que acompanha o Palmeiras pelo país.

Rafael conta que os detalhes e cenários ricos da letra o impressionaram. Combinando tudo isso com a melodia marcante, “Gávea” rapidamente virou presença constante no repertório do Huaska.

“O que eu mais gosto da letra é que ela descreve um jogo que rola em qualquer fim de semana, em qualquer lugar do Brasil. Até mais do que os campeonatos oficiais, existem muitos campeonatos assim, desconhecidos, com suas rivalidades locais. E a letra descreve muito a situação da torcida, do campo, do juiz, do olheiro, do clima”.

“Todo mundo que gosta de futebol se identifica. E o legal é que foge do mundo do futebol profissional. Quando era pequeno, eu lembro que era time contra time, sem politicagem, sem pilantras, sem cartolas. Era só futebol, sem tanta coisa que às vezes a gente nem gosta de saber, para não quebrar o encanto”, acrescenta.

A banda já chegou a apresentar a canção com a participação de Elza Soares, veterana do samba que é amiga e colaboradora do grupo. A cantora gravou a música Samba de Preto no último disco do Huaska.

“Sempre tocamos, é uma das que virou uma das favoritas. Tivemos a oportunidade de ter a Elza em um show recente e ela é flamenguista, gosta bastante de futebol. Então, falamos para ela cantar também a Gávea, que tinha tudo a ver com ela. Foi uma felicidade, ela curtiu muito”, concluiu Rafael.

Confira a letra:
No domingo no campo da Gávea é día de jogo e um olheiro foi ver.
Quebra-Osso Clube de Regatas contra o Frente Rubra do Cine ABC.
O juiz foi escolhido na hora, no mando de campo,
Quebra que ganhou.
O gramado tinha uma baixada e sabiam,
É mole, só lançar que é gol.

Dado o apito inicial, o povo se chegou
e o olheiro gritou: “toca aqui.
sou o Bráulio, zagueiro do América, amigo do Edu e Didi.”
Quando a turma entendeu, o negócio engrossou
e o campinho se modificou.
Ficou como o Maraca lotado e o time da casa que se superou.

No afan de atacar, a defesa dormiu e do nada o contra surgiu.
Lançamento em profundidade. O goleiro, sozinho, a bola nem viu.
Um a zero. e agora a torcida do time da casa já fora de si.
Dava aquele incentivo danado. se perder o jogo, não saio daqui.

Mas começou segundão e a baixada
virou contra o Quebra, que desesperou.
Contra-ataque outra vez, morro abaixo.
Defesa e atacante. Outro gol.
Mas o goleiro fugiu, uma lata voou, o juiz apitou o final.
E o Bráulio, coitado, acusado de ser o culpado,
acabou no hospital.

O juiz foi pro mato, que cara-de-pau.
O goleiro cubano foi preso ilegal.
Foi porrada e risada, vagabundo é mau.
E no outro domingo ainda tem a final.


Leões, Nápoli e Danúbio sem juntam ao 100 Valor na semifinal da Kaiser
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As semifinais da Copa Kaiser estão definidas. Neste domingo, Leões da Geolândia/Vila Medeiros, Nápoli/Vila Industrial e Danúbio/Freguesia do Ó se classificaram nas oitavas de final do torneio e se juntaram ao Família 100 Valor/Jardim Panamericano, que tinha garantido a classificação com uma rodada de antecipação. A semifinal está marcada para o próximo domingo, no campo do Nacional, na Barra Funda.

Quer saber como foram os jogos? Confira aqui: Leões, Nápoli e Danúbio sem juntam ao 100 Valor na semifinal da Kaiser


Em Santa Catarina, jogadores também deixam futebol profissional pela várzea
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Quem acompanha o blog sabe que, em São Paulo, ver jogadores que preferem o futebol amador ao profissional é comum. A principal reclamação é com o pagamento, que não costuma chegar com tanta frequência. No futebol de várzea de Santa Catarina, a história é a mesma.

O goleiro Fabiano Appel, por exemplo, disputa a Copa Kaiser de Santa Catarina pela equipe do Floresta, de Pomerode. O atleta iniciou a carreira profissional no Brusque, defendeu grandes clubes como o Avaí e Fluminense. Após apenas sete anos de carreira e alguns calotes, resolveu se aposentar.

Na várzea, se surpreendeu com a estrutura. “Chegamos para jogar e encontramos uma equipe técnica de apoio muito qualificada, frutas e bebidas isotônicas no vestiário, coisas que clubes profissionais muitas vezes não oferecem”, diz ele, que ainda ressalta que é possível seguir ganhando dinheiro, mesmo como amador. “Eles normalmente acertam um valor por jogo. E após cada partida, sempre recebemos o valor combinado. Costumo dizer que as equipes que disputam regularmente as copas de futebol amador são semiprofissionais”.

Fabiano também tem outra curiosidade: ele é primo de Valdir Appel, reserva de Andrada, goleiro que levou o gol de número mil de Pelé na partida entre Santos e Vasco da Gama. Valdir, natural de Brusque, atuou pelo clube carioca de 1966 a 1973 e hoje é empresário e vice-presidente do Brusque Futebol Clube.

Quer ver mais histórias assim? No texto Calotes, mentiras e atrasos: profissionais preferem a várzea para receber em dia nós apresentamos alguns exemplos.


Agenda do fim de semana: Kaiser define semifinalistas
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Como a agenda da Copa Kaiser foi adiantada pela falta de datas no Pacaembu e no Nacional, o torneio terá, nas próximas três semanas, 14 jogos decisivos. Além disso, temos ainda a Copa Vila Izabel e mais um evento da galera do Classe A.

Série A da Copa Kaiser: quem vai para as semifinais?

Todos os times fizeram contas. Nós também. Veja qual o objetivo de cada um no domingo (6/10)…

Danúbio x Família 100 Valor (13h, no Agostinho Vieira, na Vila Brasilândia)

O 100 Valor já está classificado. Para o Danúbio, um empate basta para garantir a classificação.

Pioneer  x Jardim São Carlos (13h, no Anhanguera, em Santo Amaro)

O Pioneer já está eliminado. Com um ponto, o São Carlos ainda pode ficar com a vaga. Para isso, porém, precisa vencer o Pioneer por dois gols de diferença. Com um gol de diferença, o São Carlos só fica com a vaga se balançar, e muito, a rede no domingo: pelo segundo lugar, o saldo de gols ficaria igual com vitórias simples de 100 Valor e São Carlos, mas o Danúbio tem vantagem de 3 x 1 nos gols marcados.

Leões da Geolândia x Nápoli (13h, no Nacional, na Barra Funda)

O Nápoli só tem uma alternativa: vencer por dois gols de diferença. Com isso, ultrapassa o Leões no saldo de gols e já fica com a vaga. O Leões da Geolândia já tem seis pontos e tem algumas combinações possíveis para se classificar. Além da vitória e do empate, se o time perder por um gol de diferença, abocanha a vaga. Mesmo se for goleado, porém, estará na semifinal se o Vila Izabel não vencer o Inajar.

Vila Izabel x Inajar de Souza (13h, no Magnólia, na Vila Maria)

O Vila Izabel também sabe do que precisa. Se vencer, estará classificado, graças ao saldo de gols. Se empatar, se classifica se o Nápoli não vencer. A situação do Inajar é a mais complicada. Zerado, só se classifica se vencer o Vila por dois gols de diferença e ainda contar com uma derrota do Nápoli.

 Série B da Copa Kaiser: finais zonais

Na Segundona, rolam, também no domingo, as finais zonais, nas quatro regiões. E ainda tem muita gente boa na competição, como o Classe A, campeão de 2011 da Série A, e o Santa Cruz do Jardim Sinhá, que chamou atenção na elite no ano passado. Os jogos são mata-mata e classificam para as semifinais, já no próximo domingo.

Zona Norte
Primos/Jardim Princesa x Vasco/Vista Alegre (às 12h, no Flamengo, da Vila Maria)

Zona Sul
Metalúrgico/Heliópolis x Portuguesa/Vila das Belezas (às 11h30, no Anhanguera, em Santo Amaro)

Zona Leste
Tabajara/Jardim Elba x Santa Cruz/Jardim Sinhá (às 12h, no Burgo Paulista, na Ponte Rasa)

Zona Oeste
Classe A/Barra Funda x São Jorge/Vila dos Remédios (às 12h, no Caju, no Jaguaré)

 Copa Kaiser Santa Catarina define finalista

Indo para Santa Catarina, o domingo (6/10) será de decisões nos gramados do Vale do Itajaí, com os jogos de volta das semifinais. Na categoria Titulares, Atlético Passo Manso e Salto do Norte encaminharam a classificação ao conquistar vitórias nos jogos de ida. Mas a disputa está em aberto. Nesta fase, o saldo de gols não é levado em conta e uma vitória simples das equipes derrotadas na semana passada leva o jogo para a prorrogação.  Confira abaixo os locais e horários das partidas:

Titulares:

Atlético Passo Manso x Canto do Rio (às 15h, no Estádio Guilherme Jensen – Blumenau)
Salto do Norte x Escalvados (às 15h, no Estádio Raimundo Hinkhus – Blumenau)

Aspirantes:

Grêmio Itopavazinha x Salto do Norte (às 15h, no Estádio Adolfo Largura – Blumenau)
Canto do Rio x JJ Bordados (às 15h, no Estádio Edmundo Hort – Blumenau)

Veteranos:

JJ Bordados x Primeiro Braço (às 9h30, no Estádio Guilherme Tribess – Jaraguá do Sul)
Salto do Norte x Horizonte (às 9h30, no Estádio Raimundo Rinkhus – Blumenau)

 Super Copa Vila Izabel

No torneio em Osasco, a organização avisa que alguns horários foram mudados- e que a tolerância de atraso é de apenas 20 minutos. Os jogos são no Ninho da Coruja (Av. dos Eucaliptos, S/nº – Alto de Quitauna – Osasco).

Sábado 5/10
14h Império Negro x Unidos Vila Iza
15h15 Nacadencia x Mocidade Cabuçu
16h30 Cap Peruz x Ué Que Foi
18h30 IDM x Levanta Poeira

Domingo 6/10
11h30 São José x Largo 13
13h Nós Do Pó x XI Garotos

 Torneio Melhor Idade no CDC Niterói

O pessoal do Arco mandou para o Papo de Várzea o aviso de que começa, no sábado (5/10) o torneio de masters “Melhor Idade”. As partidas estão marcadas para o CDC Niterói (Rua Jurimanás, 82 – Jd. Niterói – Zona Sul).

8h CDC Niterói x Recr. Real Atlético
9h30  Amigos do Nó x Aguia Negra/Americanópolis
11h Arco F.C  x Juventus da Vila Joaniza

 Jogo do Raízes Futebol e Samba

O Renato Colla, do Raízes Futebol e Samba da Vila Formosa, também convida para o seu jogo no sábado (5/10), pela Copa Noroeste/Vila Formosa. O rival será o Colina, às 14h, no Campo do União.

 Bloco da Vovó com Pagode Classe A

Mais um vez, o pessoal do Classe A apresenta uma alternativa para o futebol: o Pagode Classe A, ligado ao time que decide a Zona Oeste na Kaiser B, vai fazer uma roda de samba no carnaval de rua do Bloco da Vovó. Rola no sábado (5/10), a partir de 14h, no Bar do Sinval (Rua Doutor Ribeiro de Almeida, 151, na Barra Funda).