Papo de Varzea

Categoria : Voz do Terrão

Voz do Terrão: Bafômetro, de Heliópolis, quebra a invencibilidade da Ponte Preta do Jardim Leme
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UOL Esporte

Na sexta-feira, dia 19 de julho, foi comemorado o dia do futebol. Você sabia? Mas, cá pra nós, dia de futebol, mesmo, é domingo. A rodada da série A da Copa Kaiser teve 18 jogos e uma média de 2,6 gols por jogo para provar isso. No CDC Parque Dorotéia, o Bafômetro , de Heliópolis, fez 2 a 1 na até então invicta Ponte Preta, do Jardim Leme.

Sem perder há dez jogos, a jovem equipe da Ponte tinha o desfalque do volante Alessandro Alves, mas contava com artilheiro da equipe, Fernando Nandinho, com seis gols. A última vitória na competição foi em cima do Cantareira, também de Heliópolis, por 1 a 0.  Já o Bafômetro vinha de derrota por 2 a 0 para o Pioneer/Vila Guacuri e tinha a obrigação de ganhar para sonhar com a vaga. O destaque do time é Luiz Felipe, o “Lipe”, garoto, habilidoso e artilheiro. A torcida da Ponte compareceu e fez seu barulho com a batucada e as criativas faixas do mano Bruxo. A torcida azul e branca do Bafômetro também se fez presente para apoiar seus jogadores.

Nos dez primeiros minutos, os times se estudavam e os chutes não tiveram muito perigo. A disputa no campo era nervosa, mas leal. Aos 11 minutos, Nandinho cruzou uma bola na cabeça de Guilherme, que mandou para fora. Aos poucos, os times foram se soltando e a Macaca fez muita pressão, principalmente com chutes de Renan, Cris Roberto e Michel Maicon.

Aos 23 minutos, Cris Roberto cruzou e Nandinho escolheu o canto e, de olhos abertos, cabeceou. A bola foi em direção ao ângulo, mas saiu. Pura sorte do goleiro Junior. Em seguida, o Bafômetro teve um escanteio cobrado por Anderson. A bola fez uma curva e quase entrou. Aos 25 minutos, o camisa 10 da Ponte, Cris Roberto, arriscou de fora da área. Pegou com força e de bico. O goleiro Junior salvou em cima da linha.

O jogo começou a ficar mais pegado e o árbitro Marcelo de Jesus passou a marcar muitas faltas. Nesse momento, a Ponte estava com maior volume de jogo e aos 29, Cris Roberto cobrou falta de longe. A bola viajou e beliscou o travessão. Aos 31 minutos, o árbitro expulsou o técnico Elvis Ricardo, da Ponte Preta. Perguntado sobre a razão da expulsão, o juiz disse que “reclamou de uma cobrança de lateral e me xingou”. “Ele me mandou tomar naquele lugar. Tive que pedir pra ele se retirar”. Já o técnico Elvis saiu inconformado: “ Vão se f… Juiz ruim do c… Vocês cobram um monte de coisa da gente. Ele está invertendo um monte de falta. Toda hora. E ainda vem me expulsar, pelo amor de Deus”.

Depois disso, nos acréscimos, aos 37 minutos (os jogos da Copa Kaiser são 35×35), saiu o gol do Bafômetro. Lipe saiu em velocidade pela lateral esquerda, deixou Marcelo Biliquinha para trás, penetrou na grande área, passou pelo zagueiro Rodrigo e tocou rasteiro na saída do goleiro Diogão. Foi seu oitavo gol na competição. Lipe, eleito depois o melhor em campo, correu para o alambrado em festa e ofereceu o gol para o seu amigo de apelido, Bozó.

No primeiro tempo, a Ponte criou várias oportunidades, mas foi afobada e pecou nas finalizações. O Bafômetro, se segurando como pôde, conseguiu em uma jogada individual abrir a vantagem. Os técnicos mexeram nos times para o segundo tempo. Nego Di, do Bafômetro, tirou o zagueiro Maurinho e o lateral Lê, colocando Edglay e Igor.

Já a Macaca colocou mais um meia, Diego Reis no lugar do volante Michel Maicon, para tentar a virada. O jogo caminhava forte, mas normal, até os 12 minutos, quando aconteceu o lance mais polêmico da partida. Em bola alçada, aconteceu uma confusão  na área. Na sobra, Guilherme mandou na direção das redes, de cabeça. O zagueiro Denilson evitou o gol com o braço. O juiz e o bandeira Vitor Carmona, porém, não definiram imediatamente a marcação. Havia dúvida se estava marcado o pênalti ou a falta de ataque. Os jogadores de ambas as equipes cercaram o trio de arbitragem e começaram a pressionar. Segundo o assistente Vitor Carmona, o lance foi rápido: “Já estou no meu sétimo ano de Copa Kaiser, sei da responsabilidade que é, com as duas equipes envolvidas na fase final. Minha função é auxiliar o árbitro. No ângulo em que estava, tive a convicção do lance. A bola ia entrando e o zagueiro levantou a mão, evitando o gol da Ponte Preta. Não poderia me omitir naquele momento e sinalizei a irregularidade”.

Nesse ínterim, a partida ficou parada por nove minutos, mas o pênalti foi batido. Cris Roberto cobrou forte, empatou e colocou fogo no certame. Mas, na saída de bola, o time de Heliópolis atacou e conseguiu arrancar um escanteio.  Na cobrança, houve um bate e rebate na área e o oportunista Rodrigo Goiaba tocou para dentro do gol, colocando seu time novamente na frente. Os jogadores da Ponte reclamaram de impedimento, mas o jogo prosseguiu.

O templo nublava e voltava a ficar bom, no céu e no campo. A Ponte ainda quase chegou aoa empate. Marcelo Biliquinha cruzou na zona do agrião e Diego Reis, livre de marcação, sem deixar cair, chutou e a bola saiu por cima, tirando tinta do travessão. O juiz deu 10 minutos de acréscimos, mas o time do Bafômetro soube suportar a pressão.

Ao final da partida, Nandinho lamentou: “A gente ficou muito focado na arbitragem e isso nos atrapalhou. Sentimos a pressão de ter que virar e hoje não foi um dia bom. Felizmente, ainda temos chances de ganhar essa vaga. Sabemos que é difícil, mas temos chances. Contra o Pioneer, vai ser o jogo do ano”.

Na outra partida do grupo, o Pioneer manteve-se invicto ao empatar sem gols com o Cantareira.  Os próximos jogos, no dia 28, serão eletrizantes e decidirão as duas vagas do Grupo S-18. Ao Pioneer, com quatro pontos, basta um empate diante da Ponte (que tem três pontos). O time do Jardim Leme, se vencer, fica com a vaga. O empate não será tão ruim, mas fará com que os times dependam de outros resultados.

No mesmo dia, o clássico da comunidade de Heliópolis, Cantareira e Bafômetro, será de arrepiar. Nas palavras de Nego Di: “É um jogo diferente. Além de precisarmos dos três pontos, o jogo envolve pressão demais. Mas acredito no meu elenco, mesmo sem dinheiro. São meus parceiros. Não temos dinheiro, mas temos amor. Lutamos muito pra isso, tenho muitos amigos do lado de lá, mas esse choque na competição nunca aconteceu antes. Quem estiver lá vai ver um grande jogo. Eles também merecem respeito”.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Marcelo Costa. Jornalista e funcionário público, ele está sempre atrás da melhor história nos campos da cidade. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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Voz do Terrão: Ouro preto vence Renascente e entra na briga por classificação
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UOL Esporte

No domingo, foi realizado um grande jogo no campo Anhanguera pelo grupo S- 19 da Copa Kaiser, o principal campeonato de futebol amador da cidade de São Paulo. O Ouro Preto/ Jardim Iporanga venceu por 2 a 1 o Renascente/Jardim Umuarama – Cidade Ademar.

A bola rolou às 11h40 para esse grande clássico da zona sul da capital paulista. Duas equipes bem organizadas do futebol várzeano. Não à toa, chegaram até aqui  nesta competição.

O Ouro entrou em campo precisando do resultado. Não podia perder ou iria se complicar. Fez um primeiro tempo seguro, evitando a pressão adversária. No segundo tempo, ficou atrás e procurou definir a partida em jogadas individuais. Acreditou na vitória e conseguiu.

O Renascente entrou em campo motivado com o resultado positivo da rodada passada. A equipe aposta na experiência de dois veteranos em meio à juventude do elenco: Juscelino, de 45 anos, e Moises, de 41, dão ritmo à rapaziada para formar um bom time. Suas principais jogadas apareceram nesse duelo tão equilibrado, mas o time perdeu muitas oportunidades de gols. O resultado foi mérito do adversário.

A partida

O Ouro Preto atacou primeiro, aos sete minutos. Johnatan Adrius recebeu pela linha de fundo e cruzou na cabeça de Clayton, que, ao cabecear, se chocou com o goleiro.

O Renascente teve uma bela jogada ao 18 minutos : Carlos Enrique carregou a bola pela linha de fundo e  tocou na medida para Jonatas. De primeira, ele chutou por cima do travessão. Outra boa oportunidade aconteceu aos 27 minutos, com o lateral direito Alessandro. Ele recebeu na linha de fundo e cruzou rasteiro. Mais uma vez, Jonatas chutou por cima.

Na segunda etapa, o jogo ficou eletrizante. Aos 10 minutos, Edimar “Didi” partiu do meio campo e chegou na cara do gol. Na conclusão, colocou para fora, desperdiçando uma ótima chance. O Ouro Preto foi para cima e sentiu que já era hora de fazer alguma coisa, motivado pela sua torcida e também pelos dirigentes do rival Tutu, Lili e Clayton, que estavam no campo para “dar aquela força”.

O gol apareceu aos 20 minutos com o baixinho bom de bola Johnatan Adrius. Atrevido, ele partiu para cima de dois marcadores e chutou prensado. No rebote, Clayton  colocou rasteiro, no fundo do gol.

Com isso, o Ouro ficou em alta e procurou fazer mais um. Aos 30 minutos, após bate-cabeça da zaga adversária na intermediaria, a bola espirrou na meia lua da grande área. Clayton, de novo, foi esperto e tocou por cima do goleiro para fazer 2 a 0. Mesmo assim, o Renascente não desistiu e, aos 35 minutos, Leandro sofreu pênalti. Ele mesmo bateu: bola de um lado, goleiro do outro.

O melhor jogador da partida não podia ser outro: Clayton, autor dos gols da vitória do Ouro Preto. No outro jogo do grupo, no campo CDC Dorotéia, o Malianos/Jardim Rosana goleou por 4 a 1 a Turma do Baffô/Jardim Climax, embolando o grupo S-19, com todos os times com três pontos.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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Voz do Terrão: São Carlos e Noroeste ficam no empate na Arena
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UOL Esporte

No domingo, Jardim São Carlos e Noroeste da Vila Formosa empataram em 1 a 1. Jogo grande, esperado por muitos amantes do futebol varzeano. O campo do Nicolau Alayon (ou Arena Kaiser) teve bom público. As torcidas organizadas deram um show, com fumaça na entrada e os tradicionais bandeiras, faixas e gritos de guerra.

Nos confrontos entre as equipes no ano passado, vantagem para o Norusca, que ganhou uma vez e empatou a outra. O clima era festivo, mas tenso. O objetivo do São Carlos era quebrar a escrita e ganhar do rival.

O Jardim São Carlos, logo de cara, buscou o gol. No primeiro ataque efetivo, quase marcou. Luizinho, artilheiro da competição com nove gols, recebeu na intermediaria e tocou para Marcinho, que fez bom passe para a lateral esquerda. Quem chegou foi Ivan, que, de primeira, cruzou. Luizinho, de cabeça, acertou a trave. A bola ainda tocou nas costas do goleiro Gambeli e saiu.

O Noroeste foi ao ataque aos 12 minutos. Fabinho bateu escanteio e o goleiro do São Carlos, Renato, se complicou em uma bola fácil. Deu rebote e o atacante Thiago agradeceu. Dentro da pequena área, sem marcação, bateu forte, abrindo o placar.

Mesmo atrás, o São Carlos continuou em cima. Aos 14 minutos, Luizinho recebeu bom lançamento na direita, tocou para Uóchiton Baraúna, que ajeitou e bateu forte. A zaga do Noroeste se jogou na frente da bola, mandando para escanteio.

Nos minutos finais do primeiro tempo, a equipe carlense teve outra boa chance de empatar a partida. Em falta perigosa da entrada da área, Marcinho pisou na bola e Uochiton Baraúna bateu colocado, obrigando o goleiro Gambeli a fazer grande defesa, espalmando para escanteio.

Na volta do intervalo, tudo do mesmo jeito: São Carlos no ataque e Noroeste só na defesa, tocando a bola e se segurando atrás. Aos 10 minutos, bola parada para o São Carlos. Uochiton Baraúna bateu e Zóio subiu sozinho. Testou forte, para grande defesa de Gambeli.

O castigo em escanteio. A bola ficou viva dentro da área do Noroeste, que havia afastado mal. Rinaldo chutou fraco e o atacante Luizinho ajeitou de cabeça para o zagueiro Eder bater na saída do goleiro.  Agora, sim, a partida estava empatada? Nada disso! O assistente levantou a bandeira e o árbitro confirmou o impedimento de Luizinho na assistência, anulando o gol.

De tanto apertar, saiu o gol válido. Aos 20 minutos, Uochiton bateu tiro de canto e o goleiro Gambeli socou a bola. Só que Jackson pegou o rebote, ajeitou com o pé direito e bateu de canhota. Acertou um belo chute no cantinho para empatar a partida.

A equipe do São Carlos ainda teve outra boa oportunidade de ampliar o placar aos 28 minutos. Uochiton bateu escanteio, a zaga do Noroeste deu mole e, na sobra, Rinaldo chutou forte. Mas a muralha chamada Gambeli fez outra grande defesa.

Depois de tanto correr atrás do gol de empate a equipe do São Carlos deu uma relaxada. O Noroeste, na partida inteira, só deu um chute ao gol. Ficou o tempo todo na defesa, tocando a bola no meio campo e esperando o tempo passar. Não tomou mais gols porque o goleiro Gambeli, craque da partida, fez grandes defesas e segurou o empate.

Nessa fase, as 12 equipes da Zona Leste estão divididas em três grupos. Conquistam a vagas os dois primeiros de cada chave, mais os dois melhores índices técnicos no geral. No próximo domingo, dia 28/07, será realizada a rodada decisiva. No grupo L-43, o Madrid da Móoca enfrenta o Jardim São Carlos às 13h, no campo do Flor da Vila Formosa. As duas equipes tem quatro pontos e dividem a liderança. A outra partida do grupo será entre Noroeste e América, da Vila Iolanda , no campo do Santa Cruz, também às 13h. Ambas têm um ponto e ainda tentam alcançar a classificação.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Voz do Terrão: Turma do Baffô é goleado por 4 a 1 pelo Milianos
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Turma do Baffô, do Jardim Clímax, e Milianos, do Jardim Rosana, fizeram um jogo pegado no CDC Parque Dorotéia, na zona sul de São Paulo. Valendo pela segunda rodada de Etapa 4 da Copa Kaiser de Futebol Amador, o Milianos surpreendeu e goleou por 4 a 1.

Ambos os times estão no Grupo S-19. O Baffô entrou no jogo com três pontos, após a vitória sobre o Ouro Preto, do Jardim Iporanga, por 2 a 0. Já o Milianos precisava se reabilitar da derrota para o Renascente/Jardim Umuarama, pelo mesmo placar. Foi o segundo encontro dos dois times na temporada. No primeiro, no dia 5 de maio, empate em 0 a 0 no estádio Nicolau Alayon.

O destaque do Milianos no torneio era o atacante Rafael Bibiano, o Fafi, artilheiro da equipe. O Baffô, além da tradição de dois vice-campeonatos, apostava no centroavante Délcio, com cinco gols marcados.

A bola rolou às 11h30. O jogo foi bastante duro e movimentado. A arbitragem teve muito trabalho para conter os ânimos dentro e fora de campo. As torcidas não davam trégua. A famosa turma do amendoim cutucou, reclamou e torceu o quanto pode. Aos dois minutos do primeiro tempo, o Milianos abriu o placar. Fafi cobrou o escanteio e o atacante Peba subiu de cabeça.

Em resposta, aos 11 minutos, Thiaguinho, do Baffô, arriscou de fora da área, mas o goleiro Aranha segurou. Neste momento, a chuva começou na região. Chuva chata, daquelas que vão e vem a todo instante.  Mas o clima no jogo continuava o mesmo, com os jogadores fazendo sua parte, com muita garra.

O segundo gol do Milianos saiu aos 18 minutos do primeiro tempo. O lateral Rodrigo pegou uma sobra, entrou na área e chutou na saída do goleiro Bilica, do Baffô. A bola bateu no rodapé da trave e sobrou para o centroavante Peba fazer o seu segundo gol na partida. O Milianos impôs, então, o seu toque de bola.

Aos 26 minutos, o atacante Delcio recebeu na grande área e, no meio de dois adversários, foi puxado e caiu. O árbitro Douglas Perrone Katayama não teve dúvidas e assinalou o pênalti. Tiago cobrou rasteiro, sem chances para o goleiro Aranha, e diminuiu para o Baffô. Depois do gol, o sol voltou a brilhar para o time do Jardim Clímax, que chegou a pressionar, aproveitando o recuo do adversário. Mesmo assim, o primeiro tempo acabou mesmo em 2 a 1 para o time do Jardim Rosana.

Para o segundo tempo, o técnico Café pediu um pouco mais de tranquilidade para buscar o empate. “Não esperávamos tomar dois gols no primeiro tempo. Não estava no nosso script. Esperamos a recuperação nesse segundo tempo e resolver o jogo na vontade”, disse Leandro Japonês.

O técnico Delei, do Milianos, disse que o juiz atrapalhou um pouco o andamento da partida. Reclamou do pênalti: “Foi uma disputa normal dentro da área”. Comentou também que, para vencer, o time precisaria, no segundo tempo, cadenciar a partida e matar a jogada nos momentos certos.

Quando o jogo recomeçou, a temperatura continuou alta. As entradas fortes mostravam a vontade dos jogadores – e também resultavam em cartões amarelos.  Com isso, as oportunidades claras de gols eram poucas. Os atacantes tentavam, mas acabavam bloqueados pelas defesas e goleiros. Até que, aos 15 minutos do segundo tempo, saiu o terceiro gol do Milianos. O lateral Robson Muca deu uma cochilada e Fafi roubou a bola, penetrou na área e jogou rasteiro na saída de Bilica.

Na comemoração, a torcida do Milianos se empolgou e, segundo a diretoria do Baffô, jogou água e cerveja nos rivais. Isso acabou gerando certa confusão e Delei, do Milianos, teve que interceder para acalmar os ânimos por ali.

Dentro de campo, seguiu o mesmo frenesi. Aos 28 minutos, o Baffô quase diminuiu, com Bruno.  Ele pegou a sobra e deu um toque por cima do goleiro Aranha. Quando a bola ia entrar, o zagueiro Coca, que fez bela partida, pulou e, de cabeça, mandou para escanteio. O Milianos armou um esquema para viver de contra-ataques. Foi assim aos 29 minutos, quando Robinho entrou pela direita e deu um passe açucarado para Jô. Na hora de dominar, o zagueiro Tiago conseguiu desviar.

O último gol aconteceu aos 33 minutos: Jô entrou pela lateral-esquerda e tocou para o meio da grande área.  A bola encontrou o atacante Bruno Borracha, que havia acabado de entrar. Ele teve tempo de dominar e estufar as redes, fechando a goleada de 4 a 1. O Baffô ainda teve um jogador expulso: o camisa 13 Adriano Peixe. O melhor em campo foi centroavante Peba, do Milianos, que marcou dois gols.

No outro jogo do Grupo S-19, o Renascente enfrentou o Ouro Preto, no Anhanguera, e perdeu pelo placar de 2 a 1. Com esses placares, tudo ficou tudo embolado, com os quatro times com três pontos. A próxima rodada será decisiva e os times só dependem de si para se classificar. É bom lembrar que somente dois passarão para a Etapa 5.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Marcelo Costa. Jornalista e funcionário público, ele está sempre atrás da melhor história nos campos da cidade. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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Voz do Terrão: Madrid, da Móoca, começa bem e arranca três pontos diante do Noroeste
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Grande jogo de futebol na tarde de domingo. O Madrid, da Móoca, surpreendeu o Noroeste/Vila Formosa, no campo do Americano. O jogo era válido pela primeira rodada do Grupo L-43 da Etapa 4 da Copa Kaiser.

O Noroeste se sentiu à vontade jogando no seu território. Como não podia ser diferente, pressionou o tempo todo, mas esbarrou na retranca adversária. Nem as bolas paradas do bom camisa 10 Fabinho resultaram em gols e o time da Vila Formosa acabou derrotado.

O Madrid, que também é um time de tradição, soube jogar fora de casa. Fechou sua linha defensiva e usou os contra-ataques para, nos cinco minutos finais, construir a vitória.

A arbitragem controlou a partida em um jogo tenso, típico de decisão. A torcida do Noroeste lotou as arquibancadas. O time tem uma das mais fieis legião de seguidores do futebol de várzea. Paulo, zelador do campo do Americano há 23 anos, a torcida alvirrubra sempre enche as arquibancadas, passando emoção, alegria e energia. Como, aliás, merece o futebol varzeano.

Melhores lances

Aos 14 minutos, o Noroeste teve uma grande chance, usando seu ponto forte: a bola aérea. Mauricio, cobrou falta da linha de fundo e Emerson escorou de cabeça, por cima do travessão. Aos 20 minutos, Ricardo fez um belo cruzamento, a meia altura. Thiago tentou de bicicleta, mas não alcançou. Jogada sensacional. Se tivesse dado certo, seria um lindo gol.

A equipe do Madrid se segurou, sem encontrar espaços no campo adversário – que também estava bem distribuído no setor defensivo. Aos 30 minutos, Caio recebeu da intermediária e mandou uma bomba. A bola passou perto do canto esquerdo do goleiro do Noroeste.

Veio o segundo tempo e o Noroeste continuou procurando espaços no campo adversário. Mas, com a boa marcação, o tempo foi passando, a pressão e a ansiedade aumentaram e o time acabou sendo surpreendido. Aos 19 minutos, o Noroeste ainda quase chegou, novamente com Fabinho, que cobrou falta da intermediária na cabeça de Emerson, que mandou por cima do travessão.

Aos 33 minutos, o Madrid contou com a eficiência de Felipe Souza. Ele roubou a bola, escapou do adversário e viu o goleiro um pouco adiantado. Chutou direto, no ângulo. A bola encobriu o goleiro e morreu no fundo da rede. Madrid 1 a 0.

Não deu tempo para o Noroeste reagir. No último minuto, Felipe, novamente, chutou de fora da área. A bola foi na trave e, na sobra, Danilo escorou de cabeça.

O Madrid executou seu plano com perfeição e venceu por 2 a 0 – e ainda teve o melhor jogador em campo: Felipe. No outro jogo do grupo, no campo vizinho do Flor da Vila formosa, o Jardim São Carlos/Guaianases venceu por 1 a 0 o América/Vila Iolanda.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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Voz do Terrão: Paraíba, de Heliópolis, vence o Vamp por 3 a 0 pela Série B da Kaiser
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Neste domingo, foi realizado um grande jogo de futebol pela Série B da Copa Kaiser. O Paraíba, de Heliópolis, aplicou 3 a 0 no Vamp/Jardim Dafer no campo do Americano, da Vila Formosa. O jogo foi válido pela primeira rodada da segunda fase do torneio.

O Paraíba retrata o estado Nordestino, uma homenagem ao grande número de imigrantes que vivem na capital paulista. Logicamente, alguns paraibanos defendem a equipe, a começar pelo treinador.

O Vamp começou melhor e chutou algumas vezes ao gol, mas esbarrou sempre no goleiro Paraibano, que estava num bom dia. Aos 16 minutos, Silas tocou para Rodrigo, que dominou e, na hora de chutar, foi desarmado pela defesa.

O Paraíba marcou o primeiro aos oito minutos. Francisco Deyvide recebeu na grande área e mandou uma bomba. A bola explodiu no peito do goleiro. No rebote, Osmar tocou para o fundo da rede.

O Vamp ainda correu atrás do placar no primeiro tempo, mas não conseguir empatar. Teve uma bela chance aos 31 minutos, com Rodrigo em cobrança de falta. Ele chutou forte, mas a bola explodiu na defesa. Na segunda etapa, o jogo começou truncado, embolado no meio-campo.

O Vamp chegou pela primeira vez aos 17 minutos: Anderson, da linha de fundo, chutou cruzado. A bola foi em direção ao gol. O goleiro, atento, foi lá no alto e  tirou de ponta de dedos.

Logo depois, o Paraíba se ajeitou e encaixou os contra-ataques, mostrando entrosamento da sua tropa de ataque, organizada por Francisco Deyvide, que, com habilidade, deixou seus companheiros na cara do gol várias vezes. Foi assim aos 20 minutos. Ele cortou pra cá, cortou pra lá, e tocou para Rodolpho. Ele chutou, o goleiro espalmou e, no rebote, o mesmo Rodolpho chutou no alto, no canto esquerdo. Bola no fundo da rede.

O Paraíba ainda teve tempo para mais um: aos 30, em contra-ataque, Osmar avançou e tocou para Rodolpho, que só teve o trabalho de tocar no fundo da rede, selando o placar. Rodolpho terminou o jogo com chave de ouro e foi eleito o melhor jogador da partida.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

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Voz do Terrão: Vitória e nervos à flor da pele marca vitória do Vila Izabel sobre Unidos/Jd. Brasília
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No domingo, o Vila Izabel venceu o Unidos/Jardim Brasília por 1 a 0, pelo grupo O-19 da quarta fase da Copa Kaiser. O clima estava tenso: era o segundo encontro das equipes nesse ano, após o empate na fase anterior, no Estádio Nicolau Alayon, que acabou empatado em 2 a 2.

As duas equipes entraram em campo com muita festa. As torcidas deram show nas arquibancadas com as tradicionais batucadas. A organizada Tanque de Guerra, do Vila Izabel, trouxe um colorido azul e branco. A Alvirrubra do Brasília trazia na bandeira os personagens Irmãos Metralha, dos gibis do Mickey, e uma faixa com o lema “Lutar sempre, vencer talvez, desistir jamais”.

A primeira etapa começou bem truncada, com as equipes se respeitando. O Unidos levou perigo com jogada de bola parada aos 17 minutos. O zagueiro Guto bateu a falta com endereço certo. Mas o goleiro Hebert, do Vila Izabel, se esticou todo e fez a defesa, espalmando para escanteio. O Vila Izabel quase fez aos 20 minutos, também de falta. Pita cobrou e o goleiro Ticão, do Unidos, bateu roupa. No rebote, Alan perdeu o gol. Aos 30 minutos, o Unidos ainda levou perigo. Peu fez boa jogada individual pela esquerda e arriscou. Hebert, atento, fez a defesa.

Na primeira etapa, foram poucas as chances claras. Os atacantes chutaram sem direção. O Unidos teve uma leve vantagem e jogou melhor.

No segundo tempo, o Vila Izabel foi pra cima, buscando o resultado. Criou uma boa oportunidade aos 10 minutos, com Duzinho. Ele cobrou a falta, da lateral direita, e o goleiro Ticão foi ao segundo andar para tirar.

O Vila Izabel era só ataque e, aos 23 minutos, Maurinho recebeu bom lançamento na ponta esquerda. Ele dominou em cima da linha e cruzou. A bola foi com muito efeito e quase entrou. O goleiro Ticão fez a defesa. Outra boa oportunidade para o Vila foi com a bola parada, aos 25 minutos. Em falta próxima do meio campo, Fá bateu forte, no centro do gol. Novamente, o goleiro Ticão, bem colocado, fez a defesa sem rebote.

A equipe do Unidos não criou muitas oportunidades no segundo tempo. Tentou sair nos contra-ataques que não davam certo. A equipe do Vila estava bem postada atrás e tirou todas. A melhor chance veio aos 30 minutos. O zagueiro Dande se arriscou no ataque, fez boa jogada e tocou para Neno. Ele dominou, saiu da marcação e bateu para o gol. A bola passou dando um susto no goleiro Hebert.

Nos minutos finais, quando todos pensavam que a partida ia terminar empatada, veio o gol do Vila, aos 34 minutos. Alan fez boa jogada pela ponta esquerda e tocou para Robson, que tinha entrado no segundo tempo. Ele pensou rápido e, com o bico da chuteira, achou o matador e artilheiro da equipe, Maurinho. Dentro da área, Maurinho fez o giro em cima da zaga e bateu forte, no canto. Fez o único gol da partida, decretando a vitória do Vila Izabel em cima do Unidos.

O fato lamentável aconteceu no final da partida. Com o sangue quente, uma confusão generalizada ocorreu entre os jogadores das duas equipes. Pontapés, socos e empurrões distribuídos para todos os lados. A briga deverá ser analisado pelo comitê disciplinar da competição e as providências cabíveis deverão ser tomadas. Os times podem sofrer de advertências a suspensão. Nós, amantes da várzea, queremos ver sempre a disputa sadia dentro e fora de campo, torcendo sempre pela paz.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Voz do Terrão: Vitória sobre o Mãe Sara não foi suficiente: Castelo é eliminado na Copa Kaiser
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No último domingo, Mãe Sara e Castelo Santo Amaro fizeram o ultimo jogo da terceira fase da Copa Kaiser Série A. O Castelo venceu por 1 a 0, mas o resultado acabou não sendo suficiente. Os dois times, tradicionais na Zona Sul, acabaram eliminados do torneio.

A bola rolou às 13h20, numa tarde quente para um jogo tenso, típico de jogo de decisão – ainda mais em um clássico de times fortes da mesma região. A partida teve jogadas fortes, faltas e muita pegada. Dificultou bastante para a arbitragem, que teve trabalho para controlar a partida.

Experiente, o Castelo usou seu bom toque bola, fruto de um meio-campo fortíssimo, para controlar a bola até os 12 minutos do primeiro tempo. E só isso foi suficiente para construir a vitória por 1 a 0.

A partir desse momento, fez o que ainda não tinha feito nessa fase: se fechou, montou um paredão. Atrás desse paredão, estava uma muralha: o grande goleiro Jesse, que defendeu de todas as maneiras e não deixou passar nem o vento – e ainda foi o melhor jogador em campo.

O Mãe Sara, que tem um time bom e equilibrado, dono de ataque veloz e decisivo, não esteve em um dia bom. Nada deu certo: pressionou o tempo todo e, mesmo enfrentando o bloqueio adversário, bombardeou o goleiro do Castelo. O bom meia Júlio chutou muitas vezes, assim como o lateral Douglas. Mas o goleiro Jesse estava inspirado.

A partida começou a todo vapor, com o Castelo seguro. Aos três minutos, Diogo Cavalcante avançou e tocou para Thomas, que chutou forte. Parou nas mãos do goleiro do Mãe Sara. A resposta veio aos seis minutos, com o meia Júlio. Ele ajeitou uma bola açucarada para Everton, que não deixou a bola cair e mandou uma bomba de primeira, direto na defesa.

Aos dez, o Castelo balançou a rede em um contra-ataque. Em decida pelo lado direito, Marcos Antônio escapou da defesa e tocou por cima, para Robson Rocha. Ele mandou de cabeça no contrapé do goleiro.

O Mãe Sara foi pra cima. Primeiro tentou as pelas laterais. Encontrando resistência, passou a tentar usar a habilidade em jogadas individuais do seu ataque. A forte marcação adversária, porém, forçou a criação de outra alternativa. A escolhida foram os chutes de longa distância. Foi assim aos 15 minutos, com o bom lateral Douglas, que, da intermediária, mandou uma pedrada e goleiro espalmou para linha de fundo.

Na segunda etapa, o Mãe Sara continuou na mesma pegada. Aos 13 minutos, o camisa 10, Júlio Cesar, numa cobrança de falta da intermediária, mandou uma bomba à meia altura. O iluminado Jesse, do Castelo, tirou de soco, para fora. Outra boa jogada foi aos 24 minutos. Ewerson cobrou falta na linha que divide o gramado, mandou na área, típico chuveirinho. Marcus Vinicius, na frente do gol, tentou chutar, mas foi travado e se chocou com o goleiro.

Com o resultado nas mãos, o Castelo se defendeu e procurou os contra-ataques. Quase ampliou aos 20 minutos, com o centroavante Marcos Antônio, que invadiu a área e foi tocado pelo zagueiro. Reclamações à parte, o lance foi interpretado como normal pelo árbitro da partida, Bruno Soto.

Com o resultado, o grupo S-15 terminou assim: Ponte Preta/Jd. Leme, com 7 pontos, e Ouro Preto/Jd. Iporanga, com 6, se classificaram. Castelo/Santo Amaro (3 pontos) e Mãe Sara/Vila Santa Catarina (1) estão fora da próxima fase.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

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Voz do Terrão: Jaçanã ganha do Nove de Julho e dá passo importante rumo à próxima fase
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UOL Esporte

No domingo foi realizada a segunda rodada da terceira fase da Copa Kaiser. Em jogo válido pelo grupo N-15, no campo do Flamengo da Vila Maria, o Jaçanã venceu o Nove de Julho, da Casa Verde, por 2 a 1. O campo estava cheio de lama, dificultando as grandes jogadas. O jeito era ir na força e na vontade. A comunidade, mesmo com o tempo ruim, compareceu em peso e lotou o campo.

A primeira etapa começou com o Nove de Julho indo buscar o resultado. O time perdeu o jogo de estreia da terceira fase e precisava se reabilitar. Logo no primeiro ataque, levou perigo. Aos três minutos, Ferradura lançou Ieiel, que dominou com estilo e foi para a linha de fundo. No cruzamento, Willian fez o corta luz e a bola sobrou limpa para Valter bater de primeira. Para fora.

Aos 27 minutos, saiu o gol do Jaçanã. Thiago começou a jogada no meio campo e tocou  para Fernandinho na esquerda. Ele achou Kécio, que, sem marcação, arriscou no gol. O goleiro Dione, do Nove de Julho, aceitou. A bola pingou na poça d’água e subiu, caindo dentro do gol.

Depois de tomar o gol, o Pitbull da Casa Verde continuou no ataque. Aos 31, Willian bateu tiro de canto e o atacante Zé brigou pelo alto com a zaga. A pelota sobrou para Valter bater rasteiro. O goleiro João fez grande defesa, espalmando para escanteio. Antes de sair, a bola ainda tocou no pé da trave.

Aos 33, o Jaçanã achou um contra-ataque. Roubou a bola no meio campo e saiu em disparada. A defesa do Nove estava aberta. O Jaçanã perdeu a chance de ampliar: na hora de bater no gol, o zagueirão se recuperou e deu um  toque, colocando para escanteio. Já nos acréscimos, aos 38 minutos, Renato começou a jogada pelo meio campo e tocou para Zé, que só escorou. Os zagueiros do Jaçanã bateram cabeça e a bola sobrou limpa para Ieiel. Quando ia bater no gol, sofreu o pênalti. Valter tirou do goleiro e empatou a partida em 1 a 1.

Na volta para a etapa complementar, a equipe do Nove de Julho continua em cima. Aos quatro minutos cravados, Valtinho lançou Ieiel. Ele ganhou na corrida da zaga e o goleiro João saiu rápido, nos pés do atacante, e fez a defesa. Outro bom ataque da equipe da Casa Verde foi aos seis minutos, com o sempre perigoso Ieiel. Ele tocou para Willian. Mesmo sem ângulo, ele arriscou o chute. A bola ia na gaveta, mas o goleiro do Jaçanã colocou para escanteio.

O gol da virada quase veio na sequência. Valtinho bateu falta do meio da rua e  o goleiro João fez boa defesa. No rebote, o zagueiro Willian entrou para a galeria do Inacreditável Futebol Clube. Dentro da pequena área, sem goleiro, ele chutou forte, mas para fora. Perdeu a grande chance de virar a partida.

O problema é que, no futebol, quem não faz… O Jaçanã, que ainda não tinha ido ao ataque, resolveu colocar lenha no motor da locomotiva (o apelido do time é Trem das Onze, em referência à canção de Adoniran Barbosa). João bateu tiro de meta e a zaga do Pitbull falhou.  Camarão dominou e bateu forte, em direção ao ângulo. O goleiro Dione foi buscar e tirou para escanteio. Na cobrança, Fernandinho mandou na área e a zaga do Nove ficou parada. André Góes subiu e testou firme, pra fazer o segundo do Jaçanã.

Foi um balde de água fria no adversário, que estava bem na partida. Seguiu o jogo e, aos 22 minutos, em bola parada o Nove ameaçou. Valtinho bateu a falta e o zagueiro Luizão subiu alto e testou no canto. O goleiro João tocou para escanteio. Grande defesa. A equipe do Jaçanã ficou atrás, se segurando, saindo apenas no contra-ataque. Butina recebeu bom lançamento e, sozinho, bateu na saída do goleiro Dione. A bola explodiu no travessão e saiu em tiro de meta, perdendo a chance de matar a partida.

Nos minutos finais, a equipe da Casa Verde ainda tentou o gol de empate. Valtinho bateu falta de longe e novamente o iluminado goleiro João (escolhido craque do jogo) espalmou para fora, evitando o empate.

O Trem das Onze não atropelou o Pitbull. Mas o cachorrão saiu com a pata machucada. Com duas derrotas, a equipe do Nove de Julho ainda sonha com a classificação no grupo N-15 por índice técnico. Na ultima rodada, vai encarar a equipe do Apache (que tem quatro pontos e joga pelo empate simples para passar de fase). O Jaçanã, com quatro pontos, encara o Líder Madeiras, que tem três – um empate garante as duas equipes na próxima fase.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas.

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Voz do Terrão: Flamengo vence o Vasco. Mas no clássico da várzea da Zona Norte de SP
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UOL Esporte

O domingo foi um dia de muita emoção no campo do Benfica. O Flamengo/Vila Maria venceu o Vasco da Gama/Vila Galvão por 1 a 0, pelo grupo N-17 da Copa Kaiser. O outro jogo do grupo foi no campo do Magnólia, com vitória do Inter Biricutico/Jardim São Luiz sobre a Mocidade Cabuçu/Jardim Elisa Maria.

O jogo começou às 13h25 no campo Benfica, da Vila Maria, que estava completamente cheio de lama e poças de água. Aos seis minutos, o Flamengo chegou com perigo. Jefferson partiu pelo meio e tocou para Sergio Felipe, que chutou forte. Com a bola molhada, o goleiro bateu roupa e a defesa salvou, tocando para a linha lateral. Outro bom lance no primeiro tempo foi com Sergio Felipe: aos 11minutos, ele cruzou da linha de fundo na cabeça de Eduardo, que tocou de raspão para fora.

Bem armado, o Vascão se defendeu e procurou sair para o jogo nos momentos certos. Com 20 minutos de jogo, encontrou uma brecha. Mateus arriscou de fora da área e mandou uma bomba. A bola explodiu em cima da defesa.  Aos 33 minutos, o time teve uma falta frontal. Na cobrança, Adriano cobrou com eficiência, no ângulo. O goleiro se esticou para fazer a defesa.

As duas equipes voltaram para o segundo tempo abusando das jogadas mais fortes. Além disso, alguns jogadores sentiram o campo pesado e foram substituídos. O Flamengo foi para a segunda etapa fechado, explorando os contra-ataques com jogadas altas.

E foi assim que surgiu o gol da vitória. Aos 14 minutos, Eberton sofreu falta. Sérgio cobrou colocado no canto direito. O goleiro espalmou e, na sobra, o próprio Eberton empurrou de cabeça para o fundo do gol, fazendo Flamengo 1 a 0.

O Vasco quase empatou aos 20 minutos, com falta de Renato, cobrada com violência. Aos 26, Adriano tabelou Eduardo e mandou uma pedrada. A bola tinha endereço certo, mas pegou na defesa.

O Vasco lutou, mas não conseguiu o empate. Quem quase fez, aos 34 minutos, foi o Flamengo. Eberton achou espaço e chutou forte. Wesley, livre, passou da bola. O Flamengo venceu por 1 a 0 e ainda teve o melhor jogador da partida: Eberton.

O texto foi feito pelo parceiro do Papo de Várzea Sebastião Vieira. Formado em jornalismo, ele aproveita os fins de semana para retratar o cenário do futebol de várzea de São Paulo.

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