Histórias do país da Copa: medidor de água da Sabesp e craque de final
Papo de Várzea
Sabe aquele homem que passa, de mês em mês, na sua casa medindo quanto você gastou de água? Pois é: ele pode ser um craque…
É o caso de Everton Padilha. Aos 24 anos, ele é medidor da Sabesp desde 2013. Conseguiu o emprego quando desistiu da carreira de jogador de futebol profissional. “É um sonho, mas é um mundo muito fechado. Parei por causa de empresários que não fizeram nada de bom comigo”.
Quando parou, o futebol virou passatempo. Mas dos sérios. Hoje, ele é o camisa 10 do atual campeão do torneio mais importante do futebol amador do país, a Copa Kaiser. Ele foi eleito o melhor jogador da decisão, disputada em um estádio lotado com oito mil pessoas na Barra Funda de São Paulo.
Mas pode perguntar para a torcida do Nove de Julho, da Casa Verde, o time em questão, o que eles acham do Everton. Ninguém vai saber quem é… Futebol no Brasil, principalmente o futebol de várzea, não é para quem tem nome e sobrenome. Por isso, pergunte do Mosquito. Você vai ver como um jogador amador pode ser idolatrado…









Volantes: César Sampaio, que atuou pela famosa equipe Moleque Travesso da Vila Guarani; Elias, que já falamos aqui. De volta ao Corinthians, o jogador atuou pelo Leões da Geolândia da Vila Medeiros. Mais avançados, Serginho Chulapa, que vive no Cruz da Esperança da Casa Verde; Leandro Damião, do Nós Travamos, Família Tupi City (Jardim Ângela) e Estrela da Saúde do Jardim Aracati; e Ricardo Oliveira, que jogou no Estrela Vermelha da Vila Nivi (na foto ao lado – Crédito da foto: Reprodução).














