Papo de Varzea

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Histórias do país da Copa: 12 gols em um 5 partidas. E nunca vingou
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Papo de Várzea

Webert dos Santos, o Beto. Provavelmente, você nunca ouviu esse nome. Mas ele é uma máquina de gols. Foram 12 em cinco partidas na Copa Kaiser. Aos 33 anos, ele é atacante do Santos da Vila Carmosina. Veja a história:

“Eu comecei a jogar nos campos da Vila Formosa, aos nove anos. Até tentei jogar no futebol profissional. Fiz testes, mas nunca passei. Acho que não era para ser. Do futebol amador, nunca fiquei muito longe. Jogo a Copa Kaiser desde 2009.  A melhor foi nesse ano. O time era muito forte. Saímos invictos, mas o regulamento não ajudou. E minha performance foi muito boa. Eu fiz gols em todos os jogos em que entrei em campo. Foram cinco. Só não marquei em seis porque não joguei uma vez”.


Histórias do país da Copa: medidor de água da Sabesp e craque de final
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Sabe aquele homem que passa, de mês em mês, na sua casa medindo quanto você gastou de água? Pois é: ele pode ser um craque…

É o caso de Everton Padilha. Aos 24 anos, ele é medidor da Sabesp desde 2013. Conseguiu o emprego quando desistiu da carreira de jogador de futebol profissional. “É um sonho, mas é um mundo muito fechado. Parei por causa de empresários que não fizeram nada de bom comigo”.

Quando parou, o futebol virou passatempo. Mas dos sérios. Hoje, ele é o camisa 10 do atual campeão do torneio mais importante do futebol amador do país, a Copa Kaiser. Ele foi eleito o melhor jogador da decisão, disputada em um estádio lotado com oito mil pessoas na Barra Funda de São Paulo.

Mas pode perguntar para a torcida do Nove de Julho, da Casa Verde, o time em questão, o que eles acham do Everton. Ninguém vai saber quem é… Futebol no Brasil, principalmente o futebol de várzea, não é para quem tem nome e sobrenome. Por isso, pergunte do Mosquito. Você vai ver como um jogador amador pode ser idolatrado…


Ontem várzea, hoje é Copa
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A cidade de São Paulo mudou muito em poucas décadas e o futebol de várzea teve de se adaptar aos novos cenários. No início do século passado, era possível identificar cerca de 1 mil campos só na região central da cidade, incluindo bairros como Brás, Casa Verde e Bela Vista. Para muitos, o futebol de várzea foi desaparecendo ao longo dos anos, mas o jornalista Flavio Adauto, criador do formato Copa Kaiser, definiu bem ao dizer que o “futebol de várzea não acabou, apenas mudou de endereço”.

E é verdade! Um do cenários mais paulistanos já deu lugar a campos laranjas de terra: o metrô. Algumas estações eram palcos para grandes jogos de várzea. Durante uma visita ao Artur Alvim, time da Zona Leste da cidade, ouvi que um dos primeiros campos da equipe era justamente onde hoje é a estação de mesmo nome, Artur Alvim. Ali é um dos pontos de encontro para torcedores que vão até a Arena Corinthians, principalmente durante a Copa do Mundo.

Ao longo da Radial Leste, há registros de que muitas das estações de metrô eram campos de várzea, um ao lado do outro. Outra estação que há anos fazia a alegria dos boleiros é a atual Tucuruvi, na Linha Azul. Ali era quase uma arena, com morros ao redor e o campo lá embaixo.

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 FOTO LEGENDA: Verônia x Uruguai 

O Verônia é um famoso time da Zona Leste, fundado em 1962, ano em que o Brasil se igualava em títulos mundiais com um eterno rival, o Uruguai. Mais de 50 anos depois, fiz esse registro (ao lado) durante partida entre Uruguai e Inglaterra, na Arena Corinthians. Encontrei esse rapaz vestindo o agasalho do Verônia. A imprensa nacional ou gringa nem reparou na presença dele, mas quem é varzeano conhece. Vi essa imagem e fiquei imaginando uma partida entre um time de várzea de tradição contra uma seleção nacional. Já pensou?

Por Diego Viñas, colunista do Varzeapedia

 

 


Histórias do país da Copa: ele viajou 2 mil km para jogar na várzea
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A Copa do Mundo começou. Pelos gramados de estádios novos em folha vão desfilar craques milionários. Todos os olhos do mundo estão focados em nosso país. Mas o Brasil não é o país do futebol por causa disso. É por causa do que heróis que jogam, a cada fim de semana, em campo de terra batida, cheios de buracos. Nos próximos disso, vamos contar a história de alguns desses heróis.

O goleiro que viajou 2 mil quilômetros para jogar em um time amador

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No fim de semana, terminou a Copa Kaiser. No gol de um dos finalistas estava Fábio CataCoco. Nunca ouviu falar? Eu também nunca tinha ouvido. Mas sua história é longa. Aos 40 anos, ele jogou em times de Pernambuco antes de jogar no exterior.

Viveu por anos no Paraguai e, por lá, atuou no 12 de Octubro. Jogou a Libertadores uma vez. Até mesmo atuou ao lado de Salvador Cabañas, o astro paraguaio que eliminou o Flamengo em uma Libertadores. Foi depois do acidente do atacante, baleado na cabeça em uma briga de bar.

A história a ser contada, porém, não é essa. Aos 40 anos, ele é treinador. Dirigiu uma equipe no estadual pernambucano neste ano. Mora no Recife. Mesmo assim, viajou mais de 2000 km para jogar pelo Leões da Geolândia, da Vila Medeiros.

“É a segunda vez que defendo o time. Na primeira, eu estava em recuperando de uma lesão no joelho, tinha decidido parar de jogar. Voltaram a fazer o convite agora e aceitei. Vale muito a pena”, conta. “O futebol amador em São Paulo é muito organizado. Essa final (que reuniu oito mil pessoas no estádio Nicolau Alayon, na Barra Funda) mostra isso. Tem muito torneio de terceira, segunda divisão que não tem a mesma estrutura”.

O único problema é o sentimento de falta de segurança. “Às vezes, você tem medo de entrar em campo. Mas a gente supera”.

Por Bruno Doro (Foto de Rodrigo Campos/Copa Kaiser)


Copa Coroado – Confira os resultados do final de semana (14/06 e 15/06)
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Dia: 14/06 – Sábado – ARENA COROADO
14:00 E.C Esquadrão/Pantanal 1×2 Ninguem Bom F.C/Itaquera Chave D
15:15 G.R Kizomba/Cid. Kemel 2×0 Loucos & Malucos/Cid. A.E Carvalho Chave B

Dia: 14/06 – Sábado – ARENA CODO
14:00 Nave F.C/Guaianases 1×0 E.C Jardim São Carlos/Guaianases Chave C
15:15 Nação Juve F.C/Mooca 1×1 São Pedro/Jd São Pedro Chave B

Dia:15/06 – Domingo – Arena Coroado
10:30 E.C Mec/Cid. Tiradentes 1×0 Trovões/Curuçá Chave E
12:00 Tricolor do Parque/Pq Guarani 0x3 Porto/São Miguel Chave B
13:30 Vila Julia F.C/Vila Julia 2×1 Coimbra/Jd Robru Chave I

Dia:15/06 – Domingo Arena Codó
13:30 Leões Unidos/Inácio Monteiro 4×1 5 Estrelas/Jd Robru Chave H
14:30 Arsenal F.C/Itaquaquecetuba 0x0 Vila Itaim/Itaim Paulista Chave C

Dia: 15/06 – Domingo – Arena Az de Ouro

11:00 S.E Az de Ouro/Itaim Paulista 2×1 EC Nem Ligo/Jardim São Carlos Chave D

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Fotos enviadas por Robson Macedo

Por Carlão Carbone


Filhos do terrão
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Crédito da foto: Arquivo pessoal

 Hoje, jogo do Brasil na Copa, eu resolvi escalar uma seleção de craques que chegaram à Seleção Brasileira e nasceram nos terrões: Gylmar dos Santos Neves; Cafu, David Luiz, Márcio Santos e Zé Roberto; César Sampaio, Elias e Pelé; Serginho Chulapa, Leandro Damião e Ricardo Oliveira!

No gol, temos o inesquecível Gylmar dos Santos Neves. Em 1949, o time de várzea do bicampeão mundial foi o Vila Hayden F. C, famoso alvinegro do bairro do Boqueirão em Santos, litoral de São Paulo.

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Crédito da foto: Reprodução

Na defesa, Cafu pela direita, que jogou pelo Flor do Itaim (Parque do Povo). Pela esquerda, que tal Zé Roberto? Antes de Portuguesa e Santos, foi titular do Beira-Rio do Parque Guarani, Zona Leste. Dupla de zaga tem David Luiz, titular hoje pela Seleção. David nasceu em Diadema e até hoje visita os amigos do Acadêmicos da Vila Fachini, bairro da Zona Sul vizinho à região do ABC. Ao lado dele Márcio Santos, tetracampeão mundial em 1994. Ele viveu no bairro Capão Redondo em São Paulo, aonde atuou por diversos times da várzea do bairro.

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10_Ricardo Oliveira_Vila NiviVolantes: César Sampaio, que atuou pela famosa equipe Moleque Travesso da Vila Guarani; Elias, que já falamos aqui. De volta ao Corinthians, o jogador atuou pelo Leões da Geolândia da Vila Medeiros. Mais avançados, Serginho Chulapa, que vive no Cruz da Esperança da Casa Verde; Leandro Damião, do Nós Travamos, Família Tupi City (Jardim Ângela) e Estrela da Saúde do Jardim Aracati; e Ricardo Oliveira, que jogou no Estrela Vermelha da Vila Nivi (na foto ao lado – Crédito da foto: Reprodução).

Para fechar essa Seleção Brasileira de jogadores filhos do terrão escolhi um tal camisa 10. Sim! Pelé começou também na várzea. Foi o campo laranja do bairro Vila Curuçá, em Bauru, interior de São Paulo, que serviu de cenário para desafiar o melhor do mundo. Na época, o melhor jogador do São-Paulinho do antigo terrão de Curuçá, bairro hoje conhecido na cidade como Vila Dutra. Em 1955, o pequeno Pelé (destacado na foto com a camisa do São-Paulinho) marcou oito gols na goleada do seu time do bairro por 11 a 0 contra o Popular Atlético Clube.

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Crédito da foto: Reprodução

Por Diego Viñas, colunista do Varzeapedia e Metrô News


Elite GR Jd. Iporã é campeão da 14ª Copa Rebote
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No domingo, o Elite/Jd. Iporã-Parelheiros venceu o Gaviões da Cidade Júlia por 1 a 0 e conquistou o título da 14º Copa Rebote, no campo Anhanguera. A torcida compareceu e viu um futebol alegre, solto e disputado, coroado com o gol da vitória no finalzinho.

No primeiro tempo, o Elite dominou o jogo até os 20 minutos, mas esbarrou na boa atuação de Marcelo, goleiro rival. Depois, foi seu goleiro, Arquiris, que fez milagre, em duas jogadas de Felipinho.

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No segundo tempo, o time da Cidade Júlia veio com força pra cima do Elite. Pelo menos em duas vezes o Gaviões perdeu chances de marcar, com Jean e Felipinho. O gole da vitória saiu aos 33 minutos. Em cobrança de escanteio perfeita de Miller, o iluminado Tomas escorou de cabeça no fundo da rede.

O melhor jogador da competição foi Beiço, do Gaviões, e os outros prêmios individuais ficaram para o Elite: Arquiris foi melhor goleiro e Tomas, o artilheiro.

Fotos: https://www.flickr.com/photos/86268575@N08/14191392699/

Por Tião (com edição de Bruno Doro)


Copa Coroado – Confira os resultados do final de semana (07/06 e 08/06)
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Dia: 07/06 – Sábado – ARENA COROADO
14:00 E.C Esquadrão /Pantanal 1×0 Batti Fácil F.C/Vila Inhocuné WO
15:30 S.E Coroado/Guaianases 2×0 Favela/Miragaia

Dia: 07/06 – Sábado – ARENA CODO
14:00 E.C XI Paulista/Jd Romano 0x5 Ninguem Bom F.C/Itaquera
15:30 G.R Bicho Solto/Itaim Paulista 0x2 A.E.C Colorado/Castro Alves

Dia:08/06 – Domingo – Arena Coroado
10:30 Paulistinha F.C/Jd Robru 1X4 Goiás/Jd Fanganiello
12:00 A.E.C Nova Era/Cid. Tiradentes 2×2 Acabalogo/Jd Nazaré
13:15 G.E Nova Cidade/A.E Carvalho 1X2 Jardim Marpu F.C/Guaianases
14:30 A.A Pacarana/Cid. A.E Carvalho 2×0 EC Itaim Paulista/Itaim Paulista

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(Fotos enviadas por Robson Macedo)

Por Carlão Carbone


Nove de Julho vence a última Copa Kaiser. No fim das contas, foi merecido
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Depois da reflexão, vamos ao jogo. O campo do Nacional estava lotado para a final da Copa Kaiser. E viu uma partida típica de várzea: o time que contava com a maioria da torcida na arquibancada começou mais forte, abriu o placar, mas, com medo do empate, recuou. E, como os Deuses da bola não perdoam, veio o empate, os pênaltis e a coroação de um novo campeão.

O Nove de Julho, da Casa Verde, venceu o Leões da Geolândia, da Vila Medeiros, nas cobranças da marca da cal por 4 a 3, após empate em 1 a 1 no tempo normal. Título merecido para um clube de 60 anos que nunca tinha passado da terceira fase da competição. E um presente para os torcedores que lotaram o campo. Segundo a polícia militar, oito mil torcedores assistiram ao duelo.

O jogo

A análise fria da partida dizia que o Nove era um time mais raçudo. O Leões, atual campeão, era mais técnico, mais cerebral. Quando o juiz (o catarinense Raphael Klaus, aspirante ao quadro da Fifa do estado de São Paulo) apitou o início do jogo, porém, o que se viu foi o oposto.

O Nove trocava passes com mais facilidade, comandava a partida. Mas não era objetivo. Até os 20 minutos, quando Diego Washington virou a bola, de maneira brilhante, para Mosquito. Livre, ele entrou na área e bateu na saída do goleirão Fábio CataCoco, do Leões.

O time da Casa Verde só ameaçava em chutes de longe. Em um deles, já no segundo tempo, obrigou o goleiro Bruno, do Nove a uma defesa dificílima, no ângulo direito. Aos 37 minutos, quando a torcida do Nove já esperava o fim do jogo para comemorar, veio o empate, em uma confusão dentro da área. Pênalti em Sullivan, Reginaldo cobrou e empatou.

Os pênaltis

Nas cobranças, Mosquito, o nome do jogo, começou perdendo. Acertou o travessão de Fábio. Sorte dele que a pontaria do Leões não estava das melhores. Sullivan e Tatu erraram, definindo os 4 a 3 para o Nove.

As frases

Nosso time entrou com uma postura muito ruim. Acho que pensamos que só precisávamos entrar em campo para vencer. Futebol não é assim”, Fábio CataCoco, goleiro do Leões da Geolândia

Não terá mais Kaiser. Mas se tivesse, iríamos para cima. Seríamos campeões de novo”, Ederson, técnico do Nove de Julho

Quando errei o primeiro, achei que tinha acabado ali a chance de ser campeão”, Mosquito, camisa 10 do Nove de Julho

O destino

Essa foi a última edição da Copa Kaiser. A organização deve seguir com a competição, com outro formato e, provavelmente, outro patrocinador. Torcemos para que a história tenha uma sequência. Não é todo dia que se vê um campeonato amador reunir oito mil pessoas em uma decisão – lembrando que é da Copa Kaiser o recorde brasileiro de torcedores em um jogo de várzea, no Pacaembu, em 2012, quando o Ajax venceu a Turma do Baffô sob o olhar de mais de 20 mil pessoas.

Por Bruno Doro


A Copa de verdade terminou neste domingo. Com gente como eu e você
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A Copa do Mundo começa na quinta-feira, em um estádio novinho em folha construído a preço de ouro em Itaquera. Mas essa está fora do alcance da maioria das pessoas. Eu, você, o seu vizinho, vamos acompanhar o Mundial pela TV. Quem for mais sortudo pode até ter conseguido ingresso, vai acompanhar um ou outro jogo por aí.

Mas neste domingo, uma copa muito mais real terminou. Sabe o funcionário da Sabesp que passa todo mês no seu portão para medir o gasto de água? Ou aquele garçom com pinta de jogador de futebol que te serve sempre com um sorriso no rosto? Pois saiba que eles estavam em campo nesta tarde.

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A Copa Kaiser é o principal torneio de futebol amador de São Paulo. Até o ano passado, reunia quase 400 times. Neste ano, diminuiu, teve “só” 192. E as aspas são para reforçar que é um torneio que não tem nada de pequeno. No total, mais de 4500 jogadores entraram em campo. Na Copa do Mundo? Só 736…

A partida que decidiu o título foi disputada às 13h30, sob sol forte – daqueles que os ingleses adorariam reclamar… O estádio escolhido foi o Nicolau Alayon, do Nacional, na Barra Funda. Acanhado, com capacidade divulgada para 12 mil pessoas, mas com público máximo de 8 mil expectadores para a Polícia Militar, recebeu público máximo.

E esses oito mil torcedores viram um espetáculo dos mais dignos. De um lado, o Nove de Julho, um time tradicional da Casa Verde, na zona norte de São Paulo, com mais de 60 anos de história – mas nenhum título do torneio mais importante da cidade. Do outro, o Leões da Geolândia, da Vila Medeiros, atual campeão e que já teve, defendendo suas cores, Vagner Love, ex-Palmeiras e Flamengo, e Elias, que voltou neste ano para o Corinthians.

 

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O jogo não chegou a ser empolgante. O Nove abriu o placar aos 20 minutos do primeiro tempo, com Mosquito (o funcionário da Sabesp) aproveitando uma virada de bola genial de Diego para marcar. O Leões empatou no último lance do jogo, uma confusão dentro da área em que o zagueiro Sullivan acabou derrubado – na cobrança, Reginaldo converteu.

A decisão foi para os pênaltis e a torcida atrás do gol derrubou o alambrado, invadiu o campo e fez a festa com a vitória do Nove de Julho. Quem venceu, também, foi o futebol, que viu 30 atletas jogando por amor à camisa e oito mil fanáticos na arquibancada. Uma pena que a Fifa não viu. Por que esse é o verdadeiro amor do brasileiro ao futebol.

Por Bruno Doro

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