Neste domingo, o Apache/Vila Maria venceu o Peri Novo/Jardim Nova Cachoeirinha por 3 a 0. O jogo, pela segunda fase da Copa Kaiser, foi disputado no campo do Benfica, na zona norte da capital paulista.

No início, as duas equipes não se intimidaram e partiram para cima, em busca do gol. Com o tempo passando, as marcações melhoraram e o jogo foi ficando truncado, com muitas faltas.

O Peri Novo só esteve bem até os 18 minutos do primeiro tempo, quando quase abriu o placar. Em linda jogada, Vinicius tocou para Tico, que mandou uma pedrada. Tirou faísca do travessão do goleiro Lincoln. A partir daí, o time perdeu a organização em campo e permitiu que o adversário brilhasse.

O Apache abriu o placar aos 25 minutos. Dedeu, que já havia assustado uma vez o goleiro Pinguim, fez o primeiro gol com uma paulada à meia altura no canto direito.

O segundo saiu no final do primeiro tempo. Em um escanteio cobrado por Dédeu, Alessandro subiu no alto e cabeceou no travessão. Na sobra, Alan fez um lindo gol de bicicleta. A equipe do Peri reclamou de falta de Alessandro, mas a arbitragem entendeu como lance normal.

Na segunda etapa, o time da Nova Cachoeirinha reagiu, mas estava num dia infeliz. Nada dava certo. Em lances importantes, os jogadores escorregavam. Bom zagueiro, Boquinha saiu machucado. E a bola, simplesmente, não entrava.

Um desses lances rolou logo aos três minutos. Júnior, camisa 10 do Peri, cobrou falta com perfeição. Ou melhor: quase… A bola explodiu na trave. Campeão da Copa Fazendinha, o Peri seguiu no ataque, mas não conseguia concluir.

Já o Apache, bicampeão da Copa Nove de Julho, se acomodou, esperando os contra-ataques. Uma hora, aconteceu. Após bola alçada na grande área, a defesa adversária afastou mal. A bola sobrou nos pés de Dedeu, que escolheu o canto direito e colocou no fundo rede.

Por Tião Vieira, do É Nosso

Reynaldo Aparecido Prandini nem era tão aparecido assim quando jogava pelo Represa Nova, time de várzea da Zona Sul de São Paulo. “Eu até jogava bem, mas tinham grandes craques naquela época”, contou-me ele, 67 anos, num bate papo que tivemos no seu comércio, um café na região de Interlagos. A época que Reynaldo se refere são as décadas de 1960 e 70, período em que o futebol de várzea mudou a sua vida por conta de uma olhada. Vou explicar.

Dona Dina tinha 15 anos em 1º de maio de 1966, aniversário do Represa Nova. “O bairro votava em quem seriam rainha e princesas do time. Eu ganhei como segunda princesa”, conta ela, hoje com 62 anos e muito vaidosa. Antes da foto (acima), Dina ficou uns 15 minutos ajeitando o impecável cabelo.

Naquele festival, enquanto ela recebia o prêmio do ‘concurso de beleza’ daquele ano, Reynaldo fazia sucesso dentro e fora do campo. “As menininhas davam em cima dele”, revelou dona Dina. Mas nada como um olhar. “Eu estava saindo do campo e ele chegando. Cruzamos, andei mais uns metros e não me segurei. Olhei para trás. Para minha surpresa, ele também estava me olhando”. E aquela mirada virou casamento quatro anos depois. “Casamos no ano do Tri, em 1970”, lembra Seo Reynaldo, há 44 eternos anos ao lado de sua Dina.

Causos do Reynaldo

Entre um café e outro, Seo Reynaldo me contou diversos causos ao longo de suas décadas no terrão. “Uma vez fomos jogar na favela do Caramuru, ali perto do aeroporto de Congonhas (Zona Sul). Era uma rua estreita que só passava um veículo. De repente, vimos um carro de polícia na direção contrária. Paramos e fomos comunicados que acabaram de matar um na região. O medo tomou conta”, lembrou. No jogo, 1 a 0 para o Represa Nova até os 80 minutos do segundo tempo. “Quando eles empataram, acabou e pudemos ir para casa”. Ufa!

Por Diego Viñas, colunista do MetrôNews

Ser jogador de futebol no Brasil não é nada fácil. O nível do talento por aqui é altíssimo. Em qualquer categoria de base dos clubes você encontra um, dois, três craques. Por isso, fazer a transição da várzea para o profissional é ainda mais complicado. A história de Ramires, um daqueles jogadores varzeanos típicos, é um exemplo.

Em 2012, ele chamou atenção no Ajax, da Vila Rica. Era o comandante do meio-campo campeão da Copa Kaiser. Conseguiu um contrato com o Taboão da Serra e disputou o Paulista da Série B – que equivale à quarta divisão em São Paulo. Voltou a ir bem, mas esbarrou na parede que é o futebol profissional brasileiro.

Após o campeonato, ele foi chamado para um teste no Grêmio Osasco. Pena que foi justamente na época em que o clube de Vampeta comprou o Audax, aquele que já se chamou Pão de Açúcar. Ao chegar, o elenco do Osasco estava completo e ele só treinou. Mas com a fusão dos dois times, acabou de lado.

Como ele tinha impressionado algumas pessoas no clube, porém, surgiu outra opção: e lá foi Ramires para o Rio de Janeiro, para defender o Audax do Rio. Não deu certo também. Ele ficou treinando por três meses no time, mas, a poucas semanas do início do Estadual do RJ, o clube recebeu uma nova leva de jogadores. Entre eles, atletas famosos, como o lateral Jorginho Paulista e o atacante Washington, ambos ex-Palmeiras.

Acabou dispensado. Hoje está de volta em São Paulo, sem contrato e sem empresário, buscando alternativas. Ramires tem 26 anos. Chegou a jogar nas categorias de base do São Paulo, mas não conseguiu se profissionalizar. Sua primeira oportunidade surgiu aos 25. Não deu certo, mas não desistiu. Tanto que não foi inscrito na Copa Kaiser, o torneio de várzea mais lucrativo do futebol paulistano, que poderia garantir seu sustento até o fim do ano: “Para jogar, eu tinha que reverter (quando um jogador abandona, na Federação, seu status de profissional. Preferi esperar mais um pouco”.

“Não culpo o Grêmio Osasco ou o Audax. Acho que dei azar, cheguei em uma hora de mudança e ninguém tinha muito como olhar para um cara que veio da várzea, que não tinha nome. No Rio de Janeiro, a mesma coisa. O clube não podia fazer apostas. Ainda sonho em ser profissional. Acho que é possível”.

O Papo de Várzea torce por ele.

Por Bruno Doro

Depois de todos os problemas da primeira fase, a segunda etapa da Copa Kaiser 2014 começou neste domingo. E, como diziam antes do campeonato começar quer a disputa de verdade seria reservada para o quarto jogo, os campos ferveram. E quem já tinham uma base forte do ano passado se deu muito bem.

Dos quatro times que chegaram à semifinal do torneio no ano passado, três venceram neste domingo. A única exceção foi o Nápoli. O time do Jardim Industrial tropeçou no Fumaça, do Jardim Marília. A derrota por 1 a 0 faz com que a equipe, campeã de 2002 da Kaiser, fique em condição delicada para a classificação.

O atual campeão Leões da Geolândia, da Vila Medeiros, segue em alta velocidade. A equipe venceu o Serrano/Jaçanã por 2 a 0 – o grupo, porém, promete ser duro: na outra partida, o Apache, da Vila Maria, fez 3 a 0 no Peri Novo, da Vila Nova Cachoeirinha, e está na liderança da chave.

O outro finalista, o Família 100 Valor, do Jardim Panamericano, tem campanha idêntica até agora do Leões: em quatro partidas, três vitórias e um empate. Neste domingo, venceu o Amigos, do Residencial Sol Nascente, por 1 a 0. Já o Danúbio, da Freguesia do Ó, fez 2 a 1 no Unidos do Largo 13.

Para quem não leu o regulamento, essa é a última fase de grupos do torneio. Classificam-se os primeiros colocados de cada grupo, mais os quatro melhores índices técnicos entre todas as equipes, independentemente da região.

Confira todos os resultados:

ZONA NORTE

Leões da Geolandia 2×0 Serrano

Apache 3×0 Peri Novo/Vila Nova Cachoeirinha

Vigor 0x2 Nove de Julho

Jardim Brasil 2×1 Inajar de Souza

ZONA SUL

Milianos 3×0 Festpan

Bafômetro 3×3 Palmeirinha

Unidos/Jd Maria Estela 1×0 Turma do Baffô

Internacional 2×1 Só o Pó

ZONA LESTE

Madrid 0x1 Associação Central Leste

Novo Horizonte 1×0 Raça Ruim

Paraná Clube 0x0 Tiradentes/Vila Curuçá

Coroa 1×0 Noroeste

Bento Gonçalves 0x0 Jardim Elba

Fumaça Futebol e Farra 1×0 Napoli

Jardim São Pedro 0x1 Associação Leões Unidos

Sambreja Boll 3×3 Santos/Vila Carmosina

Negritude 0x1 X do Morro

Verona 2×2 Tabajara

Novo Sapopemba 1×1 Pau Queimado

Juventude/São Mateus 1×3 Coroado

ZONA OESTE:

Classe A 2×0 Só na Brisa

Amigos/Residencial Sol Nascente 0x1 Família 100 Valor

Danúbio 2×1 Unidos do Largo 13

Saad 3×2 Praça

Por Bruno Doro (com fotos de Rodrigo Campos/Copa Kaiser, da partida Paraná Clube 0x0 Tiradentes/Vila Curuçá)

Na volta do feriado, dia de trabalho normal no futebol de várzea. Jogos decisivos, festivais e muita bola véia.

Domingo, 27/04

1º Festival em Comemoração 7 anos Festpan FC

10:30 – AD Ressaca x Botafogo FC
12:00 – Produtos do Morro x São Francisco
13:30 – Paraíba FC x Galo de Ouro FC
15:00 – Festpan FC x Bela Vista

Local: Campo Heliópolis (Arena Tim)

Domingo, 27/04

10ª Copa Pirituba – Semi-Final

14:30 – Bate Fácil x Biquinha FC
16:00 – Praça FC x União Viela FC

Local: Centro Esportivo Pirituba

Sábado, 26/04 e Domingo 27,04

4ª Copa Nove de Julho

SEDE: CDC CECÍLIA MEIRELES “MAGNÓLIA”

FASE – QUARTAS DE FINAL
Local: Flamengo Vila Maria.
15:30 – E.C Jardim Regina/Pirituba x Festpan F.C/Heliópolis.

FASE – SEMI-FINAL
Local: CDC Cecília Meireles “Magnólia”
10:00 – E.C Lapenna/São Miguel Paulista x Magnólia F.C/Vila Maria.

SEDE: CÉU JAMBEIRO “BOTAFOGO GUAIANASES”

DIA: 27/04 – DOMINGO
Local: Céu Jambeiro “Botafogo Guaianases”
13:30 – A.E.C Nova Era/Cid. Tiradentes x Grêmio Botafogo F.C/Guaianases
15:00 – A.E.C Vila Nova/Guaianases x E.C Jardim São Carlos/Guaianases.

Domingo, 27/04

Copa Negritude Master 40

11:30 – Ferrolho x Grêmio Anchieta
11:30 – Irmãos Coragem x Negritude FC

Local: Campo do Negritude (Arthur Alvim)

Copa Negritude Master 50

08:30 – 7 Libaneza x Black Nery
09:20 – Negritude FC x Bela Vista
10:00 – Garantia x Cruzeiro do Sul

Local: Campo do Negritude (Arthur Alvim)

Domingo, 27/04

Copa Kaiser de Futebol Amador

ZONA NORTE:

FLAMENGO/VILA MARIA (piso: terra)
12:00 – Leões da Geolandia x Serrano FS (N-9)

SL BENFICA DO BRASIL (piso: terra)
12:00 – Apache FC x Peri Novo/Vila Nova Cachoeirinha (N-9)

CECÍLIA MEIRELES/MAGNÓLIA (piso: grama sintética)
12:00 – EC Vigor x Nove de Julho FC (N-10)

SAVIC (piso: grama sintética)
12:00 – SC Jardim Brasil x GR Inajar de Souza (N-10)

ZONA SUL:

AR ANHANGUERA/SANTO AMARO (piso: grama sintética)
11:30 – ADC Milianos x Festpan FC (S-10)
13:00 – Bafômetro FC x AE Palmeirinha (S-9)

FERRADURA (piso: grama sintética)
11:30 – Unidos/Jd Maria Estela x GR Turma do Baffô (S-10)
13:00 – Internacional FC x Ca Só o Pó (S-9)

ZONA LESTE:

FLOR DE VILA FORMOSA (piso: terra)
11:30 – Madrid FC x Associação Central Leste (L-25)
13:00 – AE Novo Horizonte 117 x Raça Ruim FC (L-26)

BURGO (piso: terra)
11:30 – Paraná Clube x EC Tiradentes/Vila Curuçá (L-25)
13:00 – Coroa FC x EC Noroeste (L-27)

G.BOTAFOGO FC/GUAIANASES/CÉU JAMBEIRO (piso: grama sintética)
11:30 – Bento Gonçalves FC x EC Jardim Elba (L-29)
13:00 – CE Fumaça Futebol e Farra x EC Napoli (L-30)

CDC VILA NHOCUNÉ (piso: terra)
11:30 – AA Jardim São Pedro x Associação Leões Unidos FC (L-29)
13:00 – SC Sambreja Boll x AR Santos/Vila Carmosina (L-26)

CANARINHO (piso: terra)
11:30 – Negritude FC x AA X do Morro (L-28)
13:00 – EC Verona x Tabajara FC (L-27)

1º DE MAIO/JD.STO.ANDRÉ (piso: terra)
11:30 – EC Novo Sapopemba x Pau Queimado FC (L-30)
13:00 – AE Juventude/São Mateus x SE Coroado (L-28)

ZONA OESTE:

CAJU (piso: terra)
12:00 – EC Classe A x Só na Brisa FS (O-10)

JARDIM REGINA (piso: terra)
12:00 – Amigos FC/Residencial Sol Nascente x AA Família 100 Valor (O-9)

AGOSTINHO VIEIRA (piso: terra)
12:00 – GDR Danúbio x ACF Unidos do Largo 13 (O-9)

VILA IZABEL (piso: terra)
12:00 – EC Saad x Praça FC (O-10)

Por Carlão Carbone

Na penúltima rodada da Copa Kaiser 2014, a equipe do Amigos São Francisco entrou em campo em sua última partida na competição com oito jogadores e tomou uma goleada de 20 a 0 do Bafômetro. Na rodada seguinte, a Associação Paraíba entrou, também, com oito jogadores e tomou de 15 a 0 do Santos, da Vila Carmosina. Outro placar fora da realidade foi da Turma do Baffô, do jardim Clímax, que meteu 9 a 1 na Portuguesa da Vilas das Belezas (que também entrou com oito jogadores). Será que a moda pegou?

Uma das equipes de várzea mais tradicionais da Zona Leste na Copa Kaiser, o Botafogo de Guainases ficou de fora da segunda fase por um desses resultados inusitados. Enquanto o time venceu o Unidos da Pacarana, de AE Carvalho, por 2 a 0, chegando aos sete pontos, ficou atrás do Santos, da Vila Carmosina, justamente por causa dos 15 a 0.

Quem viu o jogo atestou: Botafogo e Pacarana fizeram um jogo digno, mas que acabou não valendo muito…

A partida começou com o Pacarana com chances remotas de classificação. Por isso, ainda atacou. Aos 5 minutos, o atacante Felipe fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou. Keke dominou na entrada da área e bateu forte, mas sem direção.

O primeiro gol do Botafogo veio rápido, aos oito minutos. Binha foi até a linha de fundo e encontrou Dube, na área. Ele subiu mais do que a zaga do Pacarana e, de cabeça, fez 1 a 0.

Aos 11, o Pacarana chegou novamente. Buiu recebeu na entrada da aérea, arriscou de longe, mas o goleiro Marcos fez a defesa tranquila. O segundo do Botafogo veio aos 15, após boa troca de passes, que deixou o meio de campo do Pacarana sem achar a bola, Henrique recebeu na direita, rolou para Verón, que, de prima, deixou Zé Goiaba sozinho na área. Ele bateu no cantinho do goleiro Galo, do Pacarana.

No intervalo, os jogadores do Botafogo ficaram sabendo do outro resultado do grupo. Sabendo que dificilmente conseguiriam o número suficiente de gols necessários para a classificação, desanimaram. O Pacarana teve algumas boas chances de gol, mas não conseguiu balançar a rede.

Aos dois minutos, Keke bateu forte uma falta do meio da rua, obrigando o goleirão Carlos a fazer boa defesa. Aos 17, foi o lateral esquerdo Francisco que arriscou de longe. Seu chute explodiu no travessão e pingou em cima da linha. No rebote, Felipe chutou para fora, perdendo ótima oportunidade. Já nos minutos finais, Francisco recebeu na esquerda e bateu cruzado. A bola passou na boca do gol e foi para fora. Não tinha ninguém para empurrar para as redes.

Por Eduardo Lima, do É Nosso

Depois de duas semanas de muito trabalho (e decepção com alguns resultados da Copa Kaiser), o Papo volta aos trabalhos. Nas próximas semanas, o objetivo é não deixar você, leitor, esperando tanto…

Coroado 100% vence o Nova Cidade em clássico de AE Carvalho

No dia 13, rolou a rodada decisiva da última edição da Copa Kaiser, no campo do Burgo. Várzea de verdade: nada de terrão, lama mesmo, com muita poça de água. Mesmo assim, a vitória do Coroado/AE Carvalho sobre o Nova Cidade/AE Carvalho foi bonito.

As duas equipes chegaram invictas, mas o Coroado estava com o regulamento embaixo do braço: jogava pelo empate. Com a obrigação de vencer, o Nova Cidade também estava forte e quem estava no campo viu um jogaço.

No primeiro tempo, as duas equipes jogaram fechadas, sem dar espaços. E, com o campo muito pesado, a bola não rolava. A força prevaleceu. O Coroado quase chegou ao gol aos 20 minutos, em jogada rápida do meio-campista Baiano. Ele tocou para Maria Kátia, que dominou e ajeito bateu forte. A bola explodiu na trave e, no rebote, o goleiro Edmar, do Nova Cidade, fez a defesa. Aos 27, a zaga do Nova Cidade afastou errado e Maria Kátia, de primeira, fez a bola passar raspando a trave.

Na segunda etapa, o jogo foi mais aberto. No primeiro ataque, quase saiu o gol do Coroado. Maria Kátia recebeu na entrada da área e arriscou o chute. O goleiro Edmar bateu roupa e, no rebote, o atacante Ronaldinho dominou na cabeça e, meio sem jeito, bateu para fora. A resposta do Nova Cidade veio no ataque seguinte, em cobrança de falta. A zaga vacilou, Zike dominou errado, mas a bola sobrou para Damião, dentro da pequena área. Ele bateu forte, mas sem direção.

Aos 18, Willian fez boa jogada na ponta direita e cruzou. Augusto bateu para fora, perdendo mais uma chance para o Nova Cidade. Três minutos depois, a defesa do Coroado deu um bicão para frente, Maria Kátia brigou no alto com a zaga e a bola sobrou limpa para Ronaldinho. Sozinho, o artilheiro bateu para fora.

Aos 23, Maria Kátia recebeu na ponta direita, foi até a linha de fundo e cruzou, Ronaldinho dominou e bateu para fora novamente. O Nova Cidade chegou aos 26 minutos. Após dividida no alto, a bola sobrou limpa para Willian, que bateu de pé esquerdo, perto da trave do goleiro Caveira, que tomou um susto.

Aos 30 minutos, o Punk bateu falta, a zaga do Nova Cidade não conseguiu afastar e, no rebote, Maria Kátia bateu forte. A bola explodiu na trave e, no rebote, Fabiano concluiu, mas a zaga se jogou na frente e evitou o gol colocando para escanteio.

O gol só saiu no último lance da partida. Fabiano fez excelente jogada no meio-campo e tocou para Ronaldinho. Após cansar de perder gols, ele não foi fominha: tocou para o atacante David, que tinha acabado de entrar. Em seu primeiro toque na bola, rolou para o fundo da rede. Não precisava da vitória, mas com ela, o Coroado chega à segunda fase da Copa Kaiser com 100% de aproveitamento.

Por Eduardo Lima

Lembra daquele tempo quando os times entravam em campo com as camisas do 1 ao 11? Pois é… Não existe mais.

Viu que o mesário elogiou uma numeração que até alguém jogando com o número 94? A explicação vai aqui, em um texto do ano passado:

A sorte que o número 13 carrega

Em 2013, o Leões completou 13 anos. O que a diretoria resolveu fazer, então? Homenagear o ano e a idade e ainda apostar na superstição – no melhor estilo Zagallo. Quem assiste aos jogos, porém, se assusta. O goleiro veste o 1313. A dupla de zaga pode ser formada pelos números 134 e 413.

O problema é que a opção não é nem um pouco prática. Durante as partidas, por exemplo, mesário e auxiliar têm de cantar as substituições por nome, não por número, quando se trata de um jogador do Leões. Nem os atletas se lembram da numeração bizarra.
“Pra falar a verdade, é meio embaçada (essa numeração). A diretoria resolveu fazer, é diferente, tudo bem”, diz oatacante Capetinha, que no dia em que conversou com o UOL precisou se virar para contar que estava usando o número 134.

Quando o juizão tem de advertir a equipe, também sofre. “Complica bastante. Toda vez que eu tenho de apresentar um cartão, seja amarelo ou vermelho, tenho de parar para fazer a anotação. E com esses números, ainda preciso pedir pro jogador virar. E o jogador que esta sendo punido já está de saco cheio. Você precisa ser mais enérgico”, diz o árbitro Francisco Carlos Ruffino, que trabalhou no segundo jogo da equipe na Kaiser.

Por Bruno Doro e Carlão Carbone

O futebol de várzea tem dois mundos: um é formado pelos times que disputaram a Copa Kaiser e grandes competições, que investem em jogadores de fora do bairro, com uma condição financeira mais privilegiada. Outro grupo tem times de bairro, que mantêm as tradições da equipe, mas que padecem de investimentos e correm a duras custas por um apoio para fazer parte da elite do futebol amador. E uma dessas equipes está na rua Juvenal de Jerusalém, no bairro Vila Natal, no Grajaú, Zona Sul de Sampa.

A dedicação do Grêmio Recreativo e Cultural Garotos do Morro da Vila Natal por um reconhecimento é evidente. Os caras me mandaram um e-mail todo caprichado, contando a história do time, com foto, endereço, tudo! O clube foi fundado em 5 de fevereiro de 2005 com objetivo de reunir os amigos aos finais de semana para bater uma bola. No começo, a equipe era voltada apenas para o futebol, com o nome Garotos do Morro. Vendo a possibilidade de incentivar a cultura e lazer a equipe mudou o foco e partiu para novas iniciativas.

Quando o time só pensava em futebol, eram os próprios jogadores que se uniam para bancar as despesas. Tudo do próprio bolso. A arrecadação se dava da forma mais tradicional em um time de várzea: mensalidade. Quem não conhece um time que já cobrou o famoso ‘carnê’?

Quer ajudar? Fale com o Neílson

A rapaziada do Grêmio Recreativo e Cultural Garotos do Morro da Vila Natal mantém um trabalho muito legal nas redes sociais para divulgação de jogos e dos parceiros. Com páginas no Facebook, Google + e até canal no YouTube, os caras publicam diversas fotos e vídeos dos jogos, na maioria no CDC Arena Santa Fé, campo conhecido como Chácara do Conde. E se você quiser dar uma força para o time, conhecer mais da história, o email deles é garotosdomorrofc@gmail.com. O presidente é Neílson Lima e o diretor, Murilo Tadeu Cezário.

Por Diego Viñas

A bola “véia” não para mesmo no feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes. Por incrível que pareça, tem decisões, festivais e festa para alegrar a rapaziada.

Sábado, 19/04

Evento Esportivo Taipas FC

09:00 – Show Bar x Remanscence
10:30 – Família EP x Peñarol
12:00 – Escadão x Improviso
14:00 – Amigs do Jô Vet x Social Vet
16:00 – Escadão x Social

Local: Campo do Taipas FC
Domingo, 20/04

16º Aniversário do GR Kizomba

09:30 – GR Kizomba x Ajax FC Vet
11:00 – GR Kizomba x Ajax FC Vet
12:30 – Divisa FF x EC Olaria
14:00 – Santos x I. Coragem

Local: Rua Moisés Alves dos Santos, 962 – Jd. das Oliveiras

 
Domingo, 20/04

35º Aniversário EC Tiradentes – Festa na Viela

A partir das 15:30

Local: Travessa Maria Antonieta Berny

 
Segunda, 21/04

Festival Liga Paulinho Sport

09:30 – Vet Família Chaparral x Mocidade Colorado
11:00 – Família Chaparral x Bilinha FC
12:30 – Mancha Negra x Estrela Pq. S. Lucas
14:00 – Irmãos de Sangue FC x Tio Sam
15:20 – Estrela Vermelha x Radacha

Local: Campo Flor de Vila Formosa

 
Segunda, 21/04

Copa Nove de Julho

SEDE: S.L BENFICA VILA MARIA

Local: CDC Cecília Meireles “Magnólia”
FINAL (DOMINGO)
13:00 – Unidos do Morro/Jd Rincão x Estrela do Cantagalo

Local: CDC Cecília Meireles “Magnólia”
SEMI-FINAL (SÁBADO)
14:30 – E.C Tô Envolvido/Vila Nova Cachoeirinha x Clube Atlético Perus/Perus
SEDE: CÉU JAMBEIRO “BOTAFOGO GUAIANASES”

Local: Céu Jambeiro “Botafogo Guaianases”
QUARTAS DE FINAL
11:00 – A.E.C Vila Nova/Guaianases x Unidos SP/Jd Moreno.
12:30 – Associação Leões Unidos/Inácio Monteiro x A.E.C Nova Era/Cid. Tiradentes

SEDE: CDC CECÍLIA MEIRELES “MAGNÓLIA”

Quartas-de-Final
Local: CDC Cecília Meireles “Magnólia”.
16:00 – G.R Inajar de Souza/Jd Cachoeirinha x G.R Mocidade Cabuçu/Jd Eliza Maria.

Por Carlão Carbone