Papo de Varzea

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Sucesso de Damião força várzea a se movimentar para aproveitar dinheiro de formação
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Você sabia que os clubes de futebol de várzea estão deixando de ganhar muito dinheiro com os jogadores que revelam? Pelas regras da Fifa, os clubes que participaram na formação dos jogadores entre 12 e 23 anos têm direito a 5% das transações internacionais. Para aproveitar essa regra, porém, é necessário que o clube comprove sua ligação com o jogador. E é este ponto que está fazendo com que os clubes amadores comecem a se mexer para ter acesso a esse dinheiro.

O caso Damião

O caso de Leandro Damião é o grande catalisador desse processo. Desde que chegou à seleção brasileira, o atacante virou alvo de clubes europeus. Nas últimas semanas, o valor de uma possível transferência chegou ao patamar de R$ 66,3 milhões. O último rumor, por exemplo, dava conta de que o Nápoli ofereceria 22 milhões de euros pelo atacante. A oferta não foi concretizada, mas os valores chamaram atenção: R$ 1,6 milhão desse total ficaria no limbo caso o jogador fosse, realmente, vendido.

O número corresponde a 2,5% do total da transferência, destinado aos clubes formadores que trabalharam com Damião dos 12 aos 18 anos. O problema é que, nesse período, Damião não teve vínculos com clubes profissionais. O atacante participava de escolinhas de futebol do Jardim Ângela e defendia clubes de várzea até receber uma chance no futebol profissional de Santa Catarina – de onde ele foi para o Internacional.

“Para fazer uso do mecanismo, você tem que provar a inscrição em uma equipe filiada à federação local. Normalmente, você usa uma certidão da Federação Paulista, mas também são aceitos outros meios de prova. Para o período em que o atleta não tem registro, o valor vai para a CBF aplicar na formação de atletas”, explica o advogado especialista em direito esportivo Fernando Ezabella.

Em outras palavras, caso os clubes que trabalharam com Damião não consigam provar o vínculo, os quase R$ 1,5 milhão acabariam no boldo da CBF. E a chave para o processo é o passaporte esportivo do jogador. O documento é emitido pela CBF e serve como guia para o clube comprador saber para quem pagar os valores do mecanismo de solidariedade.

“Os clubes que constam nesse documento vão receber o dinheiro. O problema é que, para ser reconhecido, é preciso ter o vínculo com a federação. No sul, por exemplo, é só ter o número de registro. O caso do Fernando, volante do Grêmio que foi vendido recentemente para o futebol europeu, é exemplar. Uma escolinha do interior do estado, que tem esse registro com a federação, está no passaporte, mesmo sem disputar competições oficiais”, explica o também advogado Pedro Alfonsim, que trabalha com casos semelhantes no Rio Grande do Sul.

ALGUNS CASOS DO MECANISMO DE SOLIDARIEDADE

Veja Álbum de fotos

Exemplos em São Paulo

Na várzea, um clube já está avançado nesse processo. O Benfica, da Vila Maria, trabalhou com o zagueiro David Braz dos 12 aos 15 anos. O clube, inclusive, foi o responsável por levar o atleta para o Palmeiras, onde ele se profissionalizou. De lá, o atleta foi para a Grécia e voltou para o Brasil, para jogar no Flamengo. A primeira transferência foi litigiosa e o Palmeiras ainda luta, na Fifa, para receber. A segunda, no entanto, foi normal. “Nós fizemos o cálculo e temos o direito de receber 1,5% da transferência. Contratamos um advogado e estamos aguardando”, fala Américo Marques, diretor do Benfica.

O processo ainda está em litígio justamente pela ligação do clube com a Federação Paulista. David jogou pelo clube em campeonatos da Associação Paulista de Futebol. Segundo Américo, esse torneio seria reconhecido pela Federação Paulista.

Em outro caso, no entanto, o torneio foi ignorado. Na transferência de Lucas do São Paulo para o PSG, da França, o Corinthians tentou comprovar sua ligação com o atleta entre 12 e 14 anos com a inscrição em torneios da entidade. Mas não obteve sucesso.

Clubes interessados já procuram assessoria

Atualmente, dois clubes procurados pela reportagem admitiram que já estão buscando assessoria jurídica para não perder o dinheiro a que teriam direito. O Estrela da Saúde, do Jardim Aracati, por exemplo, é parte interessada na transferência de Leandro Damião.

O clube, tradicional em São Paulo e com 96 anos de história, já foi profissional, nos anos 50. Hoje, mantém escolinhas de futebol na região da represa de Guarapiranga e tem parceria com o São Paulo, para onde manda atletas que se destacam. “O Damião participou de nossas escolinhas. Chegamos a levá-lo para peneiras, mas ele não foi aproveitado. Ele, inclusive, chegou a jogar a Copa Kaiser com a gente”, lembra o vice-presidente do clube, Renato Correntino.

Já o Vasco, da Vila Galvão, está de olho no sucesso do meio-campista Paulinho, que fez parte das escolinhas do clube dos 9 aos 18 anos. O jogador surgiu no clube, foi para o Flamengo, de Guarulhos, e para o XV de Piracicaba. Atualmente, está emprestado no Flamengo. “Já estamos procurando advogados para buscar isso. Estamos torcendo pelo sucesso do Paulinho por ele. Mas se tudo der certo, também temos direito”, diz Genival Elias de Araújo, o Val, vice-presidente e técnico do Vasco.

A transferência de Paulinho, porém, seria nacional, e sujeita a regras diferentes. “No mecanismo da CBF, os clubes precisam comprovar que são formadores. Ter um registro de formador. É uma regra mais rígida que a da Fifa. Basicamente, a regra da CBF é excludente. A Fifa é mais abrangente”, explica Afonsim.


Com 86% de aproveitamento, Napoli é o melhor da Kaiser até agora (mas só Pioneer e Catumbi seguem invictos)
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Quando o primeiro jogo do Nápoli, da Vila Industrial, terminou, muita gente achou que a raposa da zona leste era carta fora do baralho. A derrota por 2 a 1 para o Estrela Azul, do Parque Boa Esperança, criou uma crise instantânea e o time ficou ameaçado de rebaixamento.

Desde então, porém, já são dez vitórias e um empate. É o único time da competição com dois dígitos na coluna de vitórias. E o aproveitamento impressiona, com 86%. É a melhor campanha de toda a Copa Kaiser.

E sabe o que é mais impressionante? Dois times dividem a segunda melhor campanha do torneio. E um deles foi eliminado! O Ajax, da Vila Rica, empatou os três jogos que disputou na Etapa 4 e acabou eliminado, apesar do aproveitamento de 77% e nenhuma derrota. Também invicto, o Pioneer, da Vila Guacuri, tem os mesmos 77% – e ainda é dono do melhor ataque da competição com 31 gols marcados (e apenas 11 gols sofridos). Só o Catumbi/San Remo, entre os classificados, também está invicto (mas a equipe empatou metade dos jogos que disputou…)

Os destaques

O melhor: Nápoli, da Vila Industrial, que somou 31 pontos em 36 possíveis.

Melhor ataque: Pioneer, da Vila Guacuri, com 31 gols em 12 jogos.

Melhor defesa: Nápoli, que só sofreu 4 gols em 12 jogos

Mais violento: MEC-Maranhão, da Cidade Tiradentes, que levou 41 cartões amarelos e 6 vermelhos em 12 jogos. A média é superior a 3 amarelos por partida.

Troféu Fair Play (até agora): Pioneer, que levou 19 cartões amarelos (mas teve um vermelho) e os quatro times que ainda não tiveram jogadores expulsos (Vasco/Vila Galvão, Milianos/Jardim Rosana, 1º de Maio/Tatuapé e Coroado/Guaianases).

Zona Norte

– O Vasco da Gama, da Vila Galvão, somou 26 pontos nos 36 possíveis, e é o melhor da Zona Norte, superando o Leões da Geolândia, da Vila Medeiros (com um pontos a menos).

– Na disputa dos melhores ataques e defesas, Vasco e Leões também aparecem na frente. O primeiro é dono da melhor defesa da região, com sete gols sofridos, e o segundo é o que mais balança as redes, com 24 gols feitos.

– Um dos times que mais levaram cartões no torneio também é da Zona Norte: o Inajar de Souza, do Jardim Cachoeirinha, foi advertido 40 vezes no torneio (37 amarelos e 3 vermelhos).

Zona Sul

– Além do Pioneer, dono da melhor campanha (77% de aproveitamento) e do melhor ataque da competição (31 gols marcados), outro destaque da Zona Sul é o vice-campeão dos dois últimos anos, Turma do Baffô, do Jardim Clímax, dono da terceira melhor campanha entre os classificados, com 26 pontos conquistados em 36 possíveis – além disso, o Baffô tem também a melhor defesa da região (com 9 gols sofridos).

Bafômetro, de Heliópolis, está entre os times que mais levaram cartões no torneio. Foram 36 amarelos e um vermelho em 12 jogos.

Zona Oeste

– O melhor aproveitamento da Zona Oeste é do Vila Izabel, de Osasco, com 25 pontos (em 36 possíveis), mas a região tem um dos dois times que seguem invictos (o Catumbi) e um dos mais disciplinados (o Danúbio, da Freguesia do Ó, que só levou 19 amarelose dois vermelhos).

– O melhor ataque é do Danúbio (com 22 gols) e a defesa, como não poderia deixar de ser, do Catumbi, com 10 gols sofridos – posto, aliás, dividido com o Vila Izabel.

– Um dos artilheiros do torneio também é do Danúbio: Edimilton Macedo dos Santos, o Baixinho, com dez gols. Ele divide a ponta da lista com Luizinho, do Jardim São Carlos.

Zona Leste

– Região com mais times no torneio, tem a melhor campanha, com o Nápoli, e também o time mais violento até agora, o MEC-Maranhão.

– Os quatro primeiros lugares na lista de melhores defesas, aliás, é da região: Nápoli lidera (com só 4 gols sofridos), logo à frente de Noroeste/Vila Formosa e Madrid/Móoca (com seis gols) e Jardim São Carlos/Guaianases (com 7 gols, ao lado do Vasco).

– A região tem, também, o artilheiro do torneio: Luizinho, o centroavante do São Carlos, com dez gols. Ele divide a ponta da lista com Edimilton Macedo dos Santos, o Baixinho, do Danúbio.


Vendedor de canoli do Juventus começou na várzea há 53 anos
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“Vamos adoçar a boca?”

A frase, dita com uma simpatia ímpar, é tradicional em um dos espaços mais tradicionais do futebol paulistano. Antônio Pereira Garcia é o vendedor de canolis mais famoso da capital graças ao local em que trabalha: há 43 anos ele bate ponto no estádio do Juventus, na Rua Javari, para vender as iguarias.

O que poucos sabem, porém, é que seu Antonio é um varzeano nato. Ele chegou ao clube da Móoca aos 20 anos. Nos campos de várzea, ele vende seus doces desde os 10. “eu tinha dez anos quando comecei a trabalhar com doces. E sempre os canolis. Foi uma receita que aprendi com meus pais. E mantenho desde então”, conta.

Então um garoto de dez anos, ele cresceu andando pelos campos de várzea com o tabuleiro de canolis a tiracolo. “Eu sempre morei em Itaquera. Eu pegava o ônibus Carrãozinho-Parque São Jorge de descia na Rua Vilela, próximo ao Parque São Jorge. Passava pelo campo do Corinthians e por uma série de campos de várzea. Começava pela manhã e só parava perto das seis da tarde”.

Seu Antonio andava por campos tradicionais da várzea paulistana. Alguns ainda existem. Outros foram acabando, superados pela especulação imobiliária. “Naquela época, na marginal Tietê, era um campo atrás do outro. Trave com trave. Eu começava atrás do campo do Corinthians e vinha subindo. Tinha o Primavera, o Nova Neuza, o Benfica e o Flamengo, na Vila Maria. Do outro lado tinha o União dos Operários, o Ginástico Paulista. Todos à beira do rio, onde a várzea surgiu. Quando eram cinco, seis da tarde, chegava ao Anhembi, onde tinham mais de 40 campos de várzea”.

Em um dia, ele andava mais de dez quilômetros. Atualmente, ele está sempre nos jogos do Juventus, quando o Moleque Travesso joga na Javari. Além disso, segue rodando pelos campos de várzea, como o Americano, na Vila Formosa, ou o Lagoinha, na Vila Maria. Nos dias de semana, você pode encontrá-lo, todas as tardes em um atacadista na Vila Carrão, onde tem um ponto de venda.

A confecção dos doces é igual há 50 anos. “A receita é da minha mãe. E sempre vendi canolis. Nunca quis mudar. É uma massa a base de farinha, que é frita. E o creme pode ser feito com baunilha ou chocolate”, explica.

Ele também nunca fez outra coisa na vida. “Antigamente, eu vendia no Pacaembu, no Morumbi. Era só comprar o ingresso e vender nos estádios. Hoje, as coisas mudaram. As regras são outras e temos de respeitar. Além disso, a saúde não é a mesma, não dá para ficar subindo e descendo escadas” – no ano passado, seu Antonio ficou alguns meses afastados do campo. Ele teve sérios problemas cardíacos e acabou internado na UTI.

Mesmo assim, voltou a rodas atrás dos torcedores de futebol. A cada jogo do Juventus, cujos torcedores são sua principal clientela, vende 500 unidades do doce napolitano. Nos campos de várzea, a venda é menor, de 150 a 250 canolis por dia. “Minha mulher e minha nora ficam cozinhando o dia anterior inteiro antes dos jogos. Às vezes, eu saio para vender e elas seguem cozinhando, preparando o dia seguinte”.

Com tanto esforço, ele comprou casa, carro e ainda deu um bom futuro aos cinco filhos e 13 netos. “Mamãe e papai ensinaram que todo mundo tem talento para alguma coisa. Alguns são bons médicos, outros, engenheiros. Eu encontrei isso nos canolis”.

CONHEÇA OUTRAS LENDAS DA VÁRZEA


Atual campeão, Ajax é eliminado da Copa Kaiser sem perder nenhum jogo
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O Ajax, da Vila Rica, não perdeu nenhuma partida na Copa Kaiser 2013. Em 12 jogos, teve aproveitamento de quase 80%. E mesmo assim, o atual campeão do mais importante torneio de futebol amador da cidade de São Paulo está eliminado.

Neste domingo, a equipe amarela e preta empatou em 0 a 0 com o Coroado, de Guaianases. Foi o terceiro empate do time em três jogos na quarta etapa. O resultado, somado à vitória do SDX, da Cidade Tiradentes, sobre o 1º de Maio, do Tatuapé, por 1 a 0, deixou a equipe da Vila Rica em quarto lugar na chave L-45. O SDX, terceiro colocado, se classificou no índice técnico.

Quer saber quem mais está classificado? Leia no resumo da rodada: Atual campeão, Ajax é eliminado da Copa Kaiser sem perder nenhum jogo


Agenda do fim de semana: rodada decisiva na Kaiser, festa julina, baile e até sorteio de camiseta!
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Em mais uma agenda do fim de semana, temos um baile, festas julinas e rodadas decisivas em dois grandes torneios e até o sorteio de uma camiseta do Nove de Julho (tem algum evento para indicar? Mande um email para papodevarzea@gmail.com):

Festa Julina do Vila Izabel

A galera do clube de Osasco, que já está classificado para a próxima fase da Copa Kaiser, convida para sua festa julina. O arraial vai rolar neste sábado, a partir de 12h, no campo do time, na Av. Eucalipto, 0 – Vila Militar – Osasco. A galera do Vila avisou que quem vier de fora será bem recebido!

Baile do Esquina do Samba FC

Depois da festa caipira do Vila, é hora do Baile do Esquina, da Vila Guarani. Está marcado para 21h na Sociedade Amigos da Cidade Vargas, na Praça 20 de setembro (próximo ao metrô Jabaquara). O ingreço antecipado sai por R$ 15.

Sorteio de uma camisa do Nove de Julho

Você quer ganhar uma camiseta do Nove de Julho, da Casa Verde? A Varzeapédia, do parceiro Diego Viñas, vai sortear uma. As instruções para como concorrer serão dadas na página da Varzeapédia do facebook às 16h. Participe!

Rodada decisiva na Copa Kaiser

No domingo, é dia de Copa Kaiser. E com jogos decisivos: é a última rodada da Etapa 4 e quem se classificar estará entre os 20 melhores de 2013 do torneio. Entre os destaques, alguns clássicos:

– Bafômetro x Cantareira, no Anhanguera, às 13h: os dois times são da comunidade de Heliópolis, que já foi a maior favela do país e a rivalidade entre os torcedores é alta (para quem não sabe, um episódio do programa “A Liga” sobre Heliópolis mostrou essa rivalidade e os ânimos esquentaram nas semanas seguintes). Quem vencer, se classifica. Em caso de empate, o Bafômetro pode avançar, mas dependeria de vitória da Ponte Preta, do Jardim Leme, sobre o Pioneer, da Vila Guacuri (que jogam no mesmo horário no Dorotéia), por mais de três gols de diferença – no outro grupo da Zona Sul, tudo embolado com Milianos/J. Rosana, Turma do Baffô/J. Clímax, Renascente/J. Umuarama e Ouro Preto/J. Iporanga.

– Leões da Geolândia x Inajar de Souza, no Flamengo da Vila Maria, às 11h30: na Zona Norte, só um time está classificado (o Vasco da Vila Galvão), então, os quatro jogos dos dois grupos serão quentes. Destaque para Leões e Inajar, que estão entre os melhores times do torneio – um empate classifica o Leões.

– Comercial x Unidos do Largo 13, no Agostinho Vieira, às 13h: com três dos quatro times que vão jogar a próxima fase definidos na Zona Oeste (Danúbio, Vila Izabel e Família 100 Valor), só uma vaga está aberta. Comercial, Unidos e Catumbi (que enfrenta, no mesmo horário, o Danúbio na Arena Kaiser) têm um ponto e a vaga, em caso de vitórias, pode sair apenas no saldo de gols.

– Com tantos jogos bom na Zona Leste, escolha um e se divirta: só o Napoli, o melhor time de toda a Copa Kaiser até agora, está classificado. Com isso, os outros sete classificados só serão definidos no domingo. Quer acompanhar um deles? Escolha um duelo (todos começam às 13h). É garantia de bom futebol!

Madrid x Jardim São Carlos, no Flor de Vila Formosa

Tamo Junto x Napoli, no Americano

Fumaça x MEC-Maranhão, no campo da Comunidade do Jardim Planalto

Coroado x Ajax, no Burgo Paulista

SDX x 1º de Maio, no Canarinho

Noroeste x América, no Santa Cruz

(os endereços dos campos você encontra aqui)

Semifinais da Copa da Paz

Para quem reclama que só falamos da Copa Kaiser, aqui vai outro campeonato. No sábado rolam as semifinais da Copa da Paz, de Paraisópolis, um dos torneios que os varzeanos mais respeitam. Às 15h, jogam Unidos do Jardim Lídia contra Dragões do Jardim Educandário. Na sequência, Tiradentes, da Vila Curuçá, contra Vida Loka, do Jardim São Luiz. Os jogos serão no campo do Palmeirinha de Paraisópolis, na Rua Melchior Giola s/n – Paraisópolis – SP.

Quermesse do Armação do Parque São Lucas

Já falamos na semana passada, mas como será neste sábado, vamos repetir: marcado para sábado (27/7). Vale a pena ir tomar um quentão e um vinho quente com a galera do Armação. Começa às 18h, na Rua Antônio Fontoura Xavier.

Final da Especial de São Bernardo

Essa veio de última hora: no domingo, às 10h30, rola também a decisão da Divisão Especial da Liga Amadora de São Bernardo. O duelo será entre Blumenau e Vila Vivaldi e será realizado no estádio Primeiro de Maio, do São Bernardo – e que recebeu jogos da Série A-1 do Paulistão 2013.


Voz do Terrão: Deu empate na Arena entre Papa-léguas e Lobão
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Com quatro times classificados entre os 36 que seguem na disputa, foi realizada neste domingo a segunda rodada da quarta fase da Copa Kaiser. Pelo grupo L-45, o atual campeão e invicto Ajax, da Vila Rica, empatou em 1 a 1 com o SDX, da Cidade Tiradentes, no palco das grandes decisões do futebol amador em São Paulo, o campo do Nacional.

O Ajax vinha de outro empate, 1 a 1 com o 1º de Maio, do Tatuapé. E o SDX perdeu o último jogo por 3 a 1 para o Coroado, de Guaianases. Em campo, a rivalidade de duas equipes tradicionais da zona leste que tem no amarelo e no preto suas cores. Era o Lobão do Ajax contra o Papa-léguas do SDX.

A partida começou com o respeito e a pegada habitual, mas “tudo na bola”. O primeiro ataque da partida foi do Lobão, aos quatro minutos. Nenê bateu escanteio e Daniel “Nigéria” subiu sozinho, mas furou. Fred, que vinha atrás, dominou a bola e, sozinho dentro da pequena área, bateu forte. Pegou muito embaixo e a bola passou longe. A defesa do SDX ficou só olhando o ataque adversário. A resposta veio com Henrique, que recebeu na ponta esquerda e arriscou o chute. O goleiro Otavio, do Ajax, fez a defesa parcial e, no rebote, a zaga, atenta, deu um bico, afastando o perigo de perto da área.

Aos 12 minutos, quase gol do Ajax. Romarinho recebeu passe dentro da área, ajeitou e bateu, tirando do goleiro Ricardo. A bola passou raspando. A partida estava aberta, as duas equipes tiveram chance de abrir o marcador.

Na sequência, em uma jogada rápida da equipe do SDX, saiu o gol. Henrique recebeu a bola no meio campo e fez grande lançamento para Juquinha. Ele entrou por trás da zaga, como homem surpresa. Dominou a bola, já tirando do goleiro Otavio, para abrir o placar.

O Ajax saiu rápido para buscar o empate. Nenê fez boa jogada pela ponta esquerda e cruzou para Thiaguinho, dentro da área. Ele dominou e, na hora de bater, a marcação chegou rápido e chutou para fora, perdendo a chance.

O gol de empate do Ajax saiu aos 25 minutos. Thiaguinho, esperto, bateu a lateral rápido para Marquinho, que dominou e devolveu. Na ponta esquerda, o atacante ganhou na corrida da zaga e cruzou na medida para o atacante Daniel “Nigéria”, que se antecipou e bateu de primeira, empatando a partida em 1 a 1.

A equipe do Ajax ainda teve outra boa chance de desempatar o placar. Romarinho recebeu na ponta esquerda e tocou para Thiaguinho, o rei dos cruzamentos. Ele mandou para Daniel dominar no peito. Na hora de concluir, porém, a bola escapou e o goleiro Ricardo, do SDX, foi rápido e fez a defesa.

A segunda etapa começou fria, com as duas equipes parecendo satisfeitas com o empate. Com isso, foram poucos os ataques. As bolas eram trocadas no meio campo e ninguém arriscava. Ataque, mesmo, só foi acontecer aos 16 minutos. Geremias, do Ajax, roubou a bola no meio campo e lançou Thiaguinho, que bateu. O goleiro fechou o ângulo e fez a defesa parcial. No rebote, a zaga deu um chutão para fora.

O ataque do SDX só apareceu aos 22 minutos, com grande lançamento do zagueiro Chocolate, que achou Henrique sozinho. O atacante chegou batendo de primeira, na saída do goleiro Otavio. A bola ia entrando quando o zagueiro Fred, com o bico da chuteira, colocou para escanteio, evitando a virada. E ficou assim, um jogo equilibrado e um gol para cada lado.

Os próximos confrontos do grupo L-45, no dia 28/7, serão entre SDX e 1º de Maio, no campo do Canarinho, de São Matheus, e Coroado e Ajax, no campo do Burgo Paulista. As duas partidas estão marcadas para 13h.

O texto foi feito pelo parceiro do blog Eduardo Lima. Segurança, ele faz questão de correr pelos campos aos fins de semana atrás das melhores partidas. Escreve, também, para o Jornal É Nosso.

Este é o “Voz do Terrão”. É o espaço que o Papo de Várzea oferece para que você conte a história do jogo que assistiu no fim de se semana. Você quer participar? Mande o relato pelo e-mail papodevarzea@gmail.com


Clube de várzea do Uruguai fica milionário com Cavani no PSG
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Essa história foi divulgada na terça-feira no UOL Esporte, mas, ainda assim, merece destaque no nosso Papo de Várzea:

O modesto clube uruguaio Salto, que disputa apenas ligas amadoras em seu país, ficou milionário do dia para a noite. A agremiação receberá R$ 1,8 milhão do Paris Saint-Germain, valor referente à transação do atacante Cavani, que trocou o Napoli pelo time francês.

A venda dos direitos de Cavani para o PSG representa a quinta maior transação da história do futebol, fechada em 64 milhões de euros (R$ 187 milhões). E por ter sido um dos formadores do atleta uruguaio, o pequeno Salto do Uruguai terá direito a R$ 2 milhões pelo Mecanismo de Solidariedade.

A cifra, segundo cálculo do clube amador uruguaio, será suficiente para manter a agremiação “no azul” pelos próximos cinco anos. O Salto conta com 300 associados e jamais disputou torneios das primeiras divisões do Uruguai. Cavani jogou no Salto até os 15 anos de idade. A agremiação tem como orgulho ser um dos fundadores da Liga Salteña, em que enfrenta equipes da região. Seu estádio não possui arquibancadas.

Ídolo local, Cavani esteve recentemente na região uruguaia de Salto para participar de amistoso beneficente. De acordo com o jornal uruguaio El País, Cavani atuou como se fosse uma final, disputando bolas e reclamando quando não recebia a bola.

Fonte: agências internacionais


Napoli agora é dono da melhor campanha da Copa Kaiser
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UOL Esporte

A Copa Kaiser já tem quatro times classificados para a próxima fase. Neste domingo, Danúbio, da Freguesia do Ó, Família 100 Valor, do Jardim Panamericano, Vila Izabel, de Osasco, Vasco da Gama, da Vila Galvão, e Napoli, do Jardim Industrial, chegaram aos seis pontos e já garantiram a classificação na Etapa 4 do torneio.

O principal destaque do dia foi o Napoli – único representante da Zona Leste a conquistar a vaga antecipamente. O time, comandado por Lombardi Júnior, fez 3 a 1 sobre o Fumaça, do Jardim Marília. O resultado não valeu apenas a classificação: com os três pontos, o time passa, agora, a ser o dono da melhor campanha do campeonato em 2013 – ultrapassando o Ajax, da Vila Rica, que empatou em 1 a 1 com o SDX, da Cidade Tiradentes.

Leia o relato completo aqui: Rodada classifica cinco para Etapa 5 da Copa Kaiser; Napoli toma melhor campanha do Ajax


Agenda da várzea: feijoada, quermesse e clássicos nos terrões
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A partir desta sexta, vamos mudar um pouco o esquema do que indicamos para o fim de semana. Muitos times programam festas, amistosos e jogos por festivais ou campeonatos menores. Esse espaço vai servir para divulgar esses eventos. Vale feijoada, quermesse, festa do chopp…

Quem tiver algum evento, ligado ao universo do futebol de várzea, pode mandar um e-mail para o blog: papodevarzea@gmail.com

– Feijoada do Carrão

Esse é um daqueles eventos tradicionais com boa comida, cerveja gelada e barato. No sábado (20/7), entre 12h e 17h, rola a Feijoada do Carrão – um dos times mais antigos da várzea paulistana, com 85 anos de história. O evento será na sede do clube (Avenida Conselheiro Carrão, número 1898). O ingresso custa R$ 15,00 – com direito a pagode e samba.

– Quermesse do Armação do Parque São Lucas

O evento está marcado para o próximo sábado (27/7), apesar de alguns cartazes que circularam com a data errada. Vale a pena ir tomar um quentão e um vinho quente com a galera do Armação. Começa às 18h, na Rua Antônio Fontoura Xavier.

– Encontro Craques para Sempre

União entre comida e futebol: vai rolar uma exibição da equipes dos Craques, com nomes como Basílio, Ademir da Guia, Badeco, Gilberto Sorriso, Zé Maria, Serginho Chulapa, Edu Bala, Dudu, Nelsinho e Wilsinho. Quem for, além de ver futebol de qualidade, poderá participar da resenha pós-jogo, com direito a churrasco e chopp. Será no Campo do Garotos da Vila Guarani (Rodovia dos Imigrantes, km 11,5km – ao lado do 97º DP), neste sábado (20/7), a partir de 8 horas. O ingresso custa R$ 50,00.

– Rodada dupla de clássicos na Copa Kaiser

Quem quiser ver dois jogões da elite do futebol de várzea deve ir ao estádio do Nacional, na Barra Funda (Avenida Marquês de São Vicente, 2477). No domingo (21/7), às 12h30, será realizado o duelo entre Jardim São Carlos, de Guaianases, e Noroeste, da Vila Formosa – dois times que estão entre os melhores desta edição do torneio. Às 14h, uma partida que envolve mais duas grandes torcidas: Ajax, da Vila Rica, contra SDX, da Cidade Tiradentes.


Artilheiro da Copa Kaiser levou calote na Polônia
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Luizinho tem 29 anos e poderia estar defendendo um time profissional. Mas está jogando no futebol de várzea de São Paulo. Decisão errada? Você diz isso porque só olha para o sucesso das estrelas dos times da primeira divisão. Amplie um pouco o foco de visão.

Pergunte para quem já passou por times de divisões menores. Fale com quem já jogou em times do interior do país. Você vai descobrir que o cenário amplo do futebol não é milionário como aquele da TV. “Rodei muito pelo interior. E é sempre a mesma coisa. Você joga três meses. Recebe só um. E o dinheiro não cai mais”, conta Luizinho.

Na várzea, não. O dinheiro é menor, o jogador não tem vínculo empregatício, mas depois de todos os jogos o envelope com o bicho está lá. É sagrado. “Você não recebe tão bem. Os valores são menores. Mas recebe sempre. Estou há três anos na várzea. E sempre recebi em dia”, conta o atacante.

Calote na Polônia

E não ache que isso só acontece no Brasil. Luizinho defendeu um time polonês por seis meses. Disputou a primeira divisão local. Sua equipe acabou rebaixada e o prometido pela transferência nunca caiu na conta. “Foi uma experiência boa, de vida. Passei muito frio, conheci outra cultura, aprendi como é viver em outro país. Mas não recebi”, lembra.

Voltou para o Brasil Teve propostas para rodar pelo Brasil. Poderia ter jogado no Centro Oeste, no Nordeste. Preferiu ficar em São Paulo. “É claro que não é fácil. Você tem de jogar por mais de um time, cuidar do físico. Alguns times até ajudam se você se machuca, mas nunca é bom estar parado. Mas consigo sobreviver do futebol, mesmo sem ser profissional”, conta o jogador.

A aposentadoria dos campos acabou sendo benéfica. Ele é o atual artilheiro da Copa Kaiser, o principal torneio amador da cidade de São Paulo. É, também, um dos destaques do Jardim São Carlos, de Guaianases, um dos melhores times do torneio.

Quer ler a matéria inteira, com mais exemplos de problemas? Leia o texto completo: Calotes, mentiras e atrasos: profissionais preferem a várzea para receber em dia